Recomeço escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 22
Mais que minha própria vida


Notas iniciais do capítulo

Este é o penúltimo capítulo da Fic. Se tiver pelo menos 05 reviews, posto o último antes do final de semana, deixando apenas o Epílogo para o sábado que vem, ok?

Sim, já acabei de escrevê-la.

Outro recado ao final!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/92579/chapter/22

[Bella]

Eu só podia estar no maior pesadelo da minha vida. As últimas horas foram tão perfeitas que eu não achava que existisse algo neste mundo que pudesse me perturbar.

Até Edward praticamente congelar em meus braços. - Renesmee – sussurrou, com os olhos perdidos.

Só havia uma razão para que Edward usasse aquele tom para mencionar o nome de nossa filha. Foi o suficiente para que eu levantasse da cama em um pulo e já estivesse vestida e pronta para caçar quem estivesse machucando a minha filha.

Edward mal se movia. Parecia em choque. Do mesmo modo que ficou quando soubemos de minha gravidez. Comecei a me desesperar ao perceber que ele não estava reagindo.

- Edward, amor! Eu preciso de você! – praticamente gritei puxando-o pelo braço afim de levantá-lo. – Por favor, Edward. Me diz o que está havendo – supliquei.

Então ele me encarou e me abraçou forte. – Ela precisa da gente. Ele a pegou, Bella. Aquele maldito está com nosso bebê.

Me afastei de Edward. – Quem está com Nessie? – vociferei.

Edward saiu da cama vestindo-se. – Robert! O maldito está com Renesmee. Ligue para Carlisle. Quero um grupo de busca – ordenou, saindo de casa sem mais explicações.

Robert. Como ele poderia fazer uma coisa dessas? Por que ele estava com a minha filha? O que eu ia fazer? Edward não podia ter me deixado sozinha.

Eu enlouqueceria se não fizesse nada para recuperar minha vida, minha filha. Eu enlouqueceria ficando no chalé tentando descobrir a razão disso tudo.

Comecei por ligar para Carlisle, mas quem atendeu no primeiro toque foi Alice. – Bella? O que está havendo? Todo o futuro desapareceu para mim. – Ela estava muito preocupada e eu não precisava disso para praticamente me descabelar.

Tentei ignorar as informações de Alice – Chame Carlisle, Alice. Agora!

Não esperei dez segundos até ouvir meu sogro do outro lado da linha. – Bella, o que está havendo?

- Carlisle. Robert sequestrou Renesmee. Vocês têm que vir para o chalé. Edward quer um grupo de busca – despejei de uma vez só.

- E onde está seu marido, Bella?

Então me lembrei que Edward saiu sozinho em busca de nossa filha. Me desesperei. – Carlisle. Ajuda ele – implorei.

- Logo estaremos aí – e, então, a linha caiu.

Tão logo desliguei o telefone tentei ser racional. Eu não ajudaria meu marido e minha filha com as emoções à flor da pele.

O primeiro passo era pensar para onde Robert poderia ter levado Renesmee. O grande problema era que eu não o conhecia suficientemente bem para ter uma resposta e saber como começar a procurar.

Antes de eu concluir meus pensamentos, minha família irrompeu pelo chalé e senti os braços de Esme me apertando forte, seguido por suas palavras de conforto.

- Nós vamos trazê-la de volta, Bella. E ali eu soube que se pudesse, minha sogra estaria aos prantos.

Visivelmente, Carlisle havia adotado a postura "Líder do Clã" vista por mim tantas vezes no passado – Onde está Edward, Bella?

- Assim que soubemos que Robert estava com Nessie ele partiu! – tentei centrar-me. – Apenas disse para reunir vocês antes de sair. - Ele acha que vai adiantar estar sozinho? – retrucou Emmett, inconformado.

Rosalie, por sua vez, estava impaciente. – Edward está certo. Não podemos perder tempo. Parados, aqui, não estamos sendo úteis a ninguém.

Pela primeira vez, Alice se manifestou. – Eu não consigo ver o futuro! Há alguma coisa muito errada. Bella – a olhei esperando o pior -, você sabe quais os dons do tal Robert?

E eu não sabia. – Não, Alice. Desculpe. Ele nunca mencionou nada.

Jasper ponderou. – Mas é certo que ele tenha algum, já que suas ações não podem ser vistas por Alice e nós sequer sabíamos que ele estava por perto.

Minhas tentativas de racionalidade estavam indo embora pelo ralo. Porém, a cada nova constatação, minha vontade de agir aumentava.

- Eu não sei o que vocês vão fazer, mas eu vou sair para procurá-los – e antes que Carlisle tentasse demover minhas intenções, acrescentei -, e você não vai me impedir, Carlisle.

- Posso sugerir nos dividirmos? – tentou.

- Façam o que quiserem. Estou saindo. – Não dei tempo para me impedirem e disparei sem rumo à procura das razões da minha vida.

Sem parar de correr, tentei encontrar algum rastro e, como esperava, senti o cheiro do meu marido na floresta.

Eu sabia que podia ser uma armadinha, mas eu tinha que seguir meus instintos e, naquela hora, eles diziam para continuar. E eu o fiz até chegar na nossa campina. Não quis questionar por que Edward teria ido para lá.

Meu celular vibrou no bolso da calça e, por um instante, considerei não atendê-lo. E se fosse minha família tentando me convencer a voltar? Passando por cima do receio, decidi por atender. Poderia ser Edward, para dizer que encontrou nossa filha.

Ao olhar o número desconhecido no visor, senti um aperto no meu coração congelado.

- Alô – atendi, temerosa.

- Minha querida Bella, vejo que você foi mais feliz que o estúpido do seu ex-marido – e eu reconheci a voz macia e rouca que me foi tão próxima nos últimos meses.

Tomei um fôlego que não precisava e tentei demonstrar a tranquilidade que eu não sentia. – Robert, por favor, me diga onde está Renesmee.

E, sem desgrudar o aparelho do meu ouvido, busquei sons diferentes no ambiente.

- Bem, Isabella. Concentre-se – recomendou. – Quem sabe você descobre sozinha. – Girei meu corpo em todas as direções tentando entender sua mensagem até parar bruscamente ao ouvir o coração de minha filha, mais rápido que o normal.

Imediatamente seu cheiro me atingiu e eu a vi, seguramente a mais de 200 metros de distância, escondida pelas sombras de grande árvore, amordaçada e com o rosto banhado pelas lágrimas.

Meus instintos me alertaram para a facilidade da situação. Havia algo errado. A voz de Robert ao telefone me tirou do transe.

- Não vai salvar sua cria, Isabella? Você está me surpreendendo. Imaginei que seu instinto maternal pudesse se sobrepor ao vampírico.

Enquanto ouvia sua voz, tentei localizá-lo. Ele estava perto o suficiente para me ver. Eu o encontraria.

- Vamos ser práticos, Isabella. – Continuei ouvindo. – Eu proponho uma troca: sua filha por você.

Não pensei duas vezes. – Eu aceito!

- E está aí! Este é o instinto maternal ao qual me referi – animou-se. E então o senti atrás de mim. – Sabia que você não me decepcionaria – falou perto do meu ouvido.

Imediatamente o encarei – Me deixe levá-la para casa, Robert. Você tem a minha palavra que voltarei.

Minha proposta despertou um Robert que eu não conhecia. Voei bons dez metros com o forte tapa que levei, caindo desajeitada com a surpresa.

- Você acha que sou estúpido? – vociferou já ao meu lado, quase em cima de mim. – Eu acreditei em você apenas uma vez, Isabella. E isso foi no passado.

Em meio ao medo e ao choque que me tomavam, tentei argumentar. – Me perdoe, Robert. Eu fiz uma grande confusão. Me perdoe por envolvê-lo nos meus problemas. Me perdoe por deixá-lo acreditar que não amava mais meu marido.

Outro golpe forte me acertou. Desta vez, me vi indo de encontro a uma árvore, que foi ao chão, junto comigo. Se isso significasse que ele manteria suas mãos longe de Nessie, eu não revidaria às agressões.

- Não, Isabella – Robert vinha cainhando em minha direção calmamente. Ele usava a voz macia e rouca outra vez. – Você não pode voltar atrás nos seus atos. Agora você me pertence!

Eu já estava preparada para a fúria que viria em seguida e apenas fechei os olhos, torcendo para que minha família ou Edward encontrassem Renesmee antes de Robert lembrar-se dela.

O grito aliviado de Nessie, tão longe, chamou minha atenção. – Papai! - E com o estrondo que veio em seguida, percebi que estávamos salvas.

Corri para desamarrar minha filha. Ela mesma tinha tirado a mordaça de alguma forma e não me preocupei em perguntar como. A abracei.

- Mamãe – Nessie chorava.

- Eu te amo, meu anjo – as palavras foram embora dando lugar apenas ao alívio que eu sentia, mas os sons vindos da floresta me lembravam que ainda não havia acabado.

Gritos, gemidos, urros, rosnados, coisas quebrando.

Peguei o celular e liguei para Carlisle.

- Bella? – atendeu no meu do primeiro toque.

- Carlisle, estamos na campina! Robert e Edward estão lutando. Eu não os vejo. - Carlisle desligou o telefone sem dizer nada e eu desejei que eles estivessem perto.

O grito estridente de Renesmee me chamou a atenção para ela. Apavorada, imaginei mil coisas – O que foi, filha? Você está ferida?

- Meu pai – chorou, apontado para trás de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esta semana devo postar uma nova OneShot em meu perfil do Nyah e do FF. O nome é "Sensatez e Luxúria" e como está óbvio pelo nome, tem Lemons. Ela será postada ao vivo na comunidade Falando em Códigos, do Orkut. Trata-se de um projeto chamado Noites Pervas, que acontece às quartas-feiras à noite. Quem quiser acompanhar e interagir ao vivo, basta adicionar a Comunidade.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Recomeço" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.