Recomeço escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 17
Uma noite em família


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora...



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Quando aceitei Edward de volta, deixei bem claro que agora Seattle é a minha casa... Isso inclui meu trabalho, que nunca pensei que fosse ser tão importante quanto se tornou. E eu tinha que trabalhar em um caso complicadíssimo, que estava me tomando mais tempo do que o necessário. Agora, eu não teria mais as noites livres para estudar.

Mal percebi as horas passarem. Minha concentração foi quebrada com o ramal de minha sala tocando.

- Pois não?

- Doutora Cullen? – uma voz grave e nada familiar perguntou.

- Sim, sou eu. Quem é?

- Peter, da portaria. Há um Edward Cullen e uma Renesmee Cullen querendo falar com a senhora.

Estranho. Eles deveriam apenas esperar lá fora até que eu saísse. – Peter, diga, por favor, que eu desço em alguns minutos. – ouvi o homem repetindo minhas palavras, seguido pela voz preocupada de Edward.

- Peter – ele desdenhou –, diga, por favor, que é urgente.

O que será que estava havendo? Ouvi pacientemente o funcionário do Edifício repetir as palavras de Edward para mim.

- Ok. Pode deixá-los subir.

Era melhor que eu esperasse por eles na saída do elevador. Não seria bom se alguém do escritório me visse com Edward e isso chegasse aos ouvidos de Robert antes que eu rompesse definitivamente com ele. Decidi que já era o suficiente de trabalho por hoje e peguei minha bolsa para ir embora. Não haveria outra maneira de impedir que Edward entrasse para conhecer o lugar, a menos que eu já estivesse de saída.

Eles demoraram cerca de cinco minutos para chegar ao meu andar. Eu estava ficando impaciente, quando vi a porta do elevador abrir e Edward e Renesmee desembarcarem. Foi só o tempo da porta fechar com o segurança que os acompanhou para os dois dispararem em minha direção, me abraçando.

- O que é tudo isso? – perguntei sorrindo, deopis de ter certeza que os dois estavam bem.

Renesmee me mandou imagens sobre uma possível reação do Robert quando eu dissesse que tinha voltado para o meu marido. Como ela não o conhecia, sua imagem não tinha rosto. Mas eu sabia de quem se tratava, porque não era Edward comigo. Quem mais então?

Só pude acalmá-los. - Ainda não falei com ele. Ele teve de viajar e só volta em alguns dias. E não acho que isso seja motivo para tanta preocupação.

Edward segurou meu rosto para encará-lo.

- Você tem certeza, meu amor? Por que eu não posso imaginar qualquer um-

O interrompi com um beijo.

- Hey... Não sou mais aquela menina frágil que você conheceu, Edward. Eu sei me cuidar. Vocês estão exagerando. – o beijei mais demoradamente. "Nós já não tivemos esta conversa mais cedo? Por que você está agindo assim?" – deixei que ele entrasse em meus pensamentos. – "Entendo que Renesmee não tem muita ideia do que esperar, mas você?"

Edward estava envergonhado.

- Estou com medo de te perder mais uma vez – confessou aos sussurros em meu ouvido.

- Sou sua, só sua – disse tão baixo, que Renesmee não nos ouviu. Consegui demovê-lo das preocupações naquele momento, pelo menos.

Desde a mudança para Seattle, não estava dando a devida atenção que minha filha merecia. Sugeri, então, que ela escolhesse o que íamos fazer, já que tínhamos várias horas livres e há muito tempo Edward não nos acompanhava.

Renesmee quis ir ao shopping onde poderia ver um filme. O cinema não foi o que ela planejou, afinal, Edward e eu parecíamos dois adolescentes em começo de namoro, mas era quase torturante me negar a corresponder os beijos intensos do meu marido, uma ofensa recusar seus lábios nos meus. Às vezes ele reagia aos pensamentos dela, mas nada que o fizesse se afastar o suficiente.

Atravessamos a baía de ferry, algo que eu nunca tinha feito com Renesmee. Fui de mãos dadas com Edward até ela.

- Já devíamos ter vindo aqui há um bom tempo –lamentei.

- Mas então não seria especial como está sendo hoje – e ela tinha razão. Nós três, enfim, juntos novamente.

Edward respondeu aos pensamentos dela. - Eu não senti nenhum cheiro diferente e nem ouvi pensamentos estranhos.

- Eu percebi – ela disse, mas parecia uma crítica.

- Não. Você achou que o papai tinha coisas mais importantes com que se preocupar. – Eu podia imaginar do que eles estavam conversando, e tentei amenizar.

Edward soltou minha mão e me puxou em um abraço, falando com Nessie por cima da minha cabeça. – Não importa onde eu estou ou o que eu estou fazendo, sempre estou prestando atenção em você, filha. – Edward esticou o braço e puxou Renesmee para junto de nós.

Voltamos para casa bem tarde e eu podia apostar que Renesmee não chegaria acordada. Eu teria perdido porque ela aguentou. Mencionei isso enquanto esperava ela tomar banho. Ela justificou dizendo que queria ficar mais tempo conosco, como se não tivesse o resto da vida para isso. "Minha pequena tão preocupada", suspirei.

Esperei na sala, junto com Edward, que nossa filha se juntasse à nós. Nos sentamos no chão, encostados no sofá, em frente à lareira. Ouvimos os passos de Nessie em direção à sala, mas ela parou de repente.

- Vocês estão vestidos, né? – e a vimos na porta, com as mãos por cima dos olhos.

Edward disparou até ela, puxando-a pelos punhos. - Não seja boba. – Logo e seguida, o sorriso desapareceu de seu rosto, uma reação aos pensamentos de Renesmee. - Controle seus pensamentos, sim?

Renesmee se jogou nos meus braços e Edward sentou ao nosso lado. A abracei com força. Eu sabia que minha menininha cresceria logo. Eu já não tinha mais tanto tempo para aproveitá-la desta maneira. Em breve, seus pais não seriam as pessoas mais importantes de sua vida – pelo menos eu não seria a mais importante. Edward suspirou ao ouvir meus pensamentos, ele concordava comigo.


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