Recomeço escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 15
E a estória do perdão voltou...


Notas iniciais do capítulo

Como vou viajar amanhã, novo capítulo apenas após o dia 16 de novembro, ok?



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Fui para meu quarto enquanto Edward deixava Renesmee na cama dela, dormindo profundamente. Tive uns minutos para me certificar de que estava realmente disposta a restabelecer meu casamento. Edward estava tão ou mais apreensivo do que eu. Assim que entrou no quarto, houve um longo silêncio. O único som audível eram as nossas respirações instáveis iguais ao nosso humor.

Lentamente, Edward se aproximou de mim. Colocou as mãos de cada lado do meu rosto e me beijou, puxando-me para junto de si. Ele desceu as mãos por meus ombros, costelas até pousá-las na minha cintura, prendendo-me firmemente ao seu corpo. Enrosquei meu dedos em seus cabelos. Me afastei ofegante. Ele me encarou confuso. Comecei a abrir os botões de sua camisa, um a um, começando de cima. Mas eu estava devagar e Edward não teve paciência. Ele mesmo arrancou sua camisa fazendo-a em pedaços. Assim que vi seu peito nu, esqueci deste detalhe. Beijei cada parte descoberta, ouvindo os gemidos de Edward várias vezes.

De repente, ele me pegou nos braços, me beijando, e seguiu até a cama. Com cuidado, deitou-se por cima de mim e beijou meu pescoço, meu ombro, minha boca. Ao mesmo tempo, ele arrancava minha blusa. Desceu seus lábios para o meu busto seguindo um caminho imaginário até minha barriga.

Puxei o rosto de Edward para mim e o beijei novamente. Girei-me por cima dele e abri os botões de sua calça. Seus olhos estavam escuros de excitação. Mas eu já sabia disso... Já sentia isso. Afastei meu escudo para que Edward soubesse exatamente o que se passava na minha cabeça. Eu queria que ele soubesse cada pensamento meu. Com um gemido forte, Edward me tomou em seus braços. Antes que eu percebesse, minha calça já estava em pedaços no chão. Com a dele fui mais cuidadosa e tirei sem estragá-la.

A noite de amor entre mim e meu marido foi infinitamente melhor do que a tarde. Eu tinha certeza que não havia sensação melhor nesse mundo do que amar meu marido e não tinha nenhuma dúvida quanto ao que ele sentia por mim. Compartilhando as mesmas sensações, as mesmas vontades, os mesmos atos. Éramos praticamente um único ser. E seríamos assim para sempre.

Mal percebemos quando o dia clareou. Era difícil me afastar de Edward por um milímetro que fosse e tinha certeza que ele também se sentia assim. Estranhei quando ele me soltou e se apoiou no cotovelo.

- Eu te amo – ele sussurrou. - Volta para casa, volta para mim, amor.

- Aqui é minha casa agora, Edward.

- Por favor... Preciso de você, Bella – ele insistia.

Era o momento de ser sincera de novo, desde que eu quisesse fazer o nosso relacionamento funcionar.

- Edward, eu conheci alguém.

- Eu sei.

- Ele é vampiro.

- Sei disso também. – Não havia ressentimentos, nem acusações em suas palavras.

- Você não se importa?

- Nem posso imaginar você com outro, mas eu tenho certeza que você vai me amar para sempre.

- Assim como você. E você está disposto a passar por cima disso?

- Definitivamente – disse, decidido.

Ele me beijou. Interrompi.

- Mas eu não estou. Realmente, vou te amar para sempre, mas ainda não pude te perdoar.

- E porque estamos aqui, agora? – Edward se ajeitou junto a mim de modo que eu entendesse que ele falava literalmente. – Por que dissemos tudo aquilo à Nessie ontem à noite?

- Quer que eu peça para você ir embora?

- Quero que você peça para eu ficar – ele falou baixo.

- E depois, Edward? – sues olhos brilhavam - Você virá quando quiser sexo?

Ele se assustou com minha acusação velada. - É claro que não! – e ofendeu-se. – Eu não quero ter que ir. Quero voltar a ser o seu marido.

- Você viria morar aqui?

- Se você pedir, com certeza.

Percebemos ao mesmo tempo que a respiração de Renesmee já não era profunda. Ela estava acordada, nos ouvindo. Frustrado, Edward levantou-se, vestiu-se rapidamente e saiu do quarto. Bloqueei meus pensamentos novamente.

- Você vai se atrasar para a escola... – Edward disse para Renesmee.

- Desculpe – e não era pelo atraso. Era por ouvir nossas conversas. - Você vai me levar para a escola hoje?

Ele quase soava automático. - Pode ser.

Edward voltou para meu quarto para pegar uma camisa limpa. Eu o puxei no meio do caminho.

- Eu quero. – Fui enfática.

Ele me olhou, em dúvida.

Respirei fundo e recomecei. – Eu quero que você venha morar aqui em Seattle comigo e com Renesmee. Você viria? – disse tão baixo que apenas se Renesmee fosse um vampiro ela me ouviria.

Edward me agarrou e me beijou até tirar a última partícula de oxigênio dos meus pulmões.

- Eu disse que você só tinha que me pedir. – Ele estava feliz.

Levantei outra vez meu escudo para que ele pudesse me ouvir. "Te amo".

Como da água para o vinho, o ar de minha casa havia mudado, de um cinza escuro, quase preto, para um branco reluzente.

Fomos de mãos dadas para a cozinha onde Renesmee chegaria em poucos instantes. Edward sentou-se à mesa e eu, rapidamente, preparei o café da manhã de minha filha antes que ela chegasse.

Me sentei na cadeira ao lado de Edward. Ele se virou, puxando o móvel para mais perto. Girei meu corpo de modo a ficar de costas para meu marido, sabendo que ele não perderia a oportunidade de envolver-me com seus braços. Senti sua respiração no meu pescoço, seguida por vários beijos.

Renesmee entrou no cômodo meio ranzinza. Imagino, porque não pôde saber o que seu pai e eu estivemos conversando.

- Bom dia – ela desejou.

- Bom dia, dorminhoca – sorri.

Renesmee sentou-se do outro lado da pequena mesa.

- Bom dia, linda – Edward disse, complacente. – Agora, por favor, Bella, você pode tirar seu escudo de Renesmee?

Não só tirei o escudo de Renesmee como de mim também. Ele me encarou de olhos arregalados, enquanto eu inundei sua mente com algumas lembranças da noite passada. Senti seus braços se apertarem ao meu redor, mas eu apenas mantive-me tranquila. De fato, eu estava me divertindo mexendo com as lembranças de Edward e sabendo que ele não poderia fazer nada, não ali com nossa filha tão próxima. Possivelmente, nem se ela estivesse dormindo. Isso me fez olhá-la com um sorriso no rosto.

- Não vai comer? – perguntei, sentindo o olhar de Edward em mim.

Renesmee encarava o pai como se esperasse resposta. Imagino que era isso mesmo. Ele a olhou e voltou sua atenção para mim novamente, depois para ela de novo.

- Vou ficar aqui com vocês por um tempo. – Edward me soltou tentando segurar a mão de Renesmee, que reagiu rispidamente, afastando-se. Ela desviou o rosto e percebi que estavas prestes a chorar. Apesar de estar me divertindo antes, agora eu a estava fazendo infeliz.

- Filha? – ela não me respondeu. – Renesmee? Tudo bem se agora você quiser me ignorar. Isso pode ser um monólogo, mas eu acho que você deveria prestar atenção... Eu prestaria...

Edward me deu sinal para falar. É claro que ela estaria ouvindo.

- O papai vai ficar por tempo indeterminado, Renesmee. Você que não deixou que ele terminasse.

Ela nos encarou.

- Nós conversamos bastante. Talvez tenhamos resolvido quase todos os problemas, então – Edward me ajudou com as explicações - eu ainda vou ficar aqui por tempo indeterminado, como a mamãe disse.

- Vocês estão falando sério? – Nessie perguntou, incrédula.

- Podemos esconder uma ou outra coisa, mas jamais mentimos, filha.

Renesmee nos abraçou juntos, mas ainda estava tensa.

- O que está errado? - Edward mencionou ao mesmo tempo que eu me afastava dele para que ele puxasse Renesmee para seu colo.

- Não sei, pai. Só que está estranho aqui dentro – ela apontou para seu coração.

- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. Deixe isso para os adultos. – a tranquilizei.


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