Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 25
Sequestramos o Senhor John.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Vão ler logo!



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             Colocamos Rachel com uma certa pressa no caixão. Na verdade, foi o guarda esqueleto quem fez isso e apesar dos meus protestos Nico insistiu para que aquele ser - se algum dia já foi - colocá-la. Ainda não confio nesses seres malignos,  tive certo probleminha com eles no passado, águas passadas que na verdade nem passaram.

             Nico ordenou o esqueleto a colocar o caixão no carro e assim foi feito. Após isso o esqueleto desapareceu, virando cinzas, enquanto nós entrávamos no carro para acelerar com tudo de novo. A polícia estava espalhada por toda a cidade e paravam os carros, o que dificultava nossa ida ao Empire. Tivemos que sair da rota várias vezes para não sermos parados.

             - Percy, a sua cicatriz. - Annabeth me chamou a atenção, olhei para a palma da minha mão direita.

             A pequena cicatriz estava a mesma coisa, as pontas diminuídas como eu havia visto da última vez. Suspirei um pouco aliviado. Pena que o alívio foi bem passageiro.

             - Ah, não! - Exclamei, enquanto um guarda mal-encarado nos fazia parar ao lado da calçada. Annabeth olhou para mim pelo retrovisor e vi que ela já tinha um plano.

             - Continuem com o plano e não deixem ele olhar o caixão. - Assentimos e Anabeth saiu do carro já com uma expressão chorosa.

             - Pois não, seu guarda. - Falei fingindo uma voz cansada e uma expressão pesarosa. O guarda deu um sorrisinho de lado e rodou o cassetete na mão direita. Reprimi a vontade de girar os olhos.

             - Estamos fazendo uma ronda pela cidade, sabe? - Ele foi andando calmamente em direção ao carro - Um grupo de adolescentes idiotas roubou o corpo da filha de um dos mais importantes empresários daqui. O que você acha?

             - Acho que são um bando de pirralhos com problemas mentais e que querem chamar a atenção dos pais que nem lhes dão atenção. - Falei solícito e calmo. Annabeth me fuzilou com os olhos enquanto o policial estava de costas. Apenas dei de ombros.

             - Hum, é, sua opinião é válida. Mas o que levam nesse carro? - Nesse instante Nico sai do carro e tira seu crachá da funerária.

             - Olá, meu nome é Nico. Trabalho em uma funerária. - Ele estendeu o crachá de identificação para o policial, que o pegou desconfiado. - Estamos levando o corpo do pai dessa senhora para o funeral. Sabe, estão todos esperando lá.

             O policial olhou várias vezes para o crachá e para o rosto de Nico. Depois olhou para mim e Annabeth umas cinco vezes, tentando ver se descobria algo. Depois ele suspirou e devolveu o crachá.

             - Posso ver o defunto? - Bastou ele perguntar isso que Annabeth entrou em ação. Ela começou a fingir um choro desesperado. As pessoas olhavam para ela e depois olhavam feio pro policial. Ele fechou os olhos e parecia contar até dez. - Tudo bem, tudo bem! Já entendi moça! Se continuar a chorar eu vou prendê-la.

             Annabeth fechou a boca na hora e seguiu para o carro. Olhou pro policial e fechou a porta com uma força tão grande que pensei que o carro fosse se despedaçar.

             - Desculpe a minha esposa, ela era muito ligada ao pai. - Falei estendendo a mão para o policial que a apertou.

             - Tudo bem. Eu também era muito ligado ao meu. Meus pêsames pelo seu sogro. - Agradeci e entrei no carro. Demos tchauzinho pro policial e seguimos para o Empire State.

             O que você faz com um caixão no meio do saguão do Empire State? Se você não sabe a resposta nem me pergunte, porque eu também não sei. Ficamos lá, olhando o movimento, enquanto o movimento olhava para nós com uma cara esquisita. Parecia que eu era um bicho no zoológico. 

             Nico batia o pé impacientemente no chão, enquanto Annabeth olhava ao redor, sempre fazendo uma careta quando alguém apontava pra gente. Suspirei e decidi ver se o porteiro estava por perto.

             - Fiquem aqui. Vou falar com o porteiro. - Eles concordaram e Nico simplesmente se jogou no chão, enquanto o tédio o consumia. Annabeth preferiu ficar em pé e dar olhares mortais aos atrevidos que falavam de nós descaradamente. Dei de ombros e me misturei à multidão.

             O mesmo cara de sempre estava lá. Os pés em cima da mesa e o livro na frente do rosto. A saga era a mesma da de antes e ele parecia realmente gostar dela. Aproximei-me silenciosamente e  falei bem alto:

              - Senhor John? - Ele pulou da cadeira, deixando o livro cair no chão. Depois berrou olhando para o livro, pegou-o e o abraçou, como se fosse um bebê. Reprimi a vontade de bufar.

             - Senhor Jackson! Que prazer revê-lo! - Ele se levantou da cadeira e foi correndo me cumprimentar. - Como vai?

             - Vou bem. - Falei tentando soltar minha mão do aperto que nunca acabava. - E o senhor?

             - Ah, eu vou bem! - Ele sorriu. - Algum problema?

             - Err, sim. Preciso ir ao Olimpo de novo! - Falei já quase estendendo a mão para pegar a chave. Óbvio que ele iria deixar.

             - Sinto muito, senhor Jackson. Qualquer entrada está proibida. O Olimpo está fechado e Lady Ártemis disse que deceparia minha cabeça se eu deixasse qualquer ser entrar. - Suspirei. Sempre Lady Ártemis me atrapalhando. Trovões retumbaram. - Cuidado com o que pensa!

             - Eu sei, eu sei. Foi mal, aí! - Falei olhando pra cima. - Mas é sério mesmo isso? Nenhuma pessoa pode?

             Ele assentiu. Olhei para ele desafiador e saí andando sem dar satisfação. Fui esbarrando nas pessoas até chegar ao centro do saguão, encontrando Annabeth e Nico. Acenei para os dois.

             - Annabeth, preciso da sua ajuda.

             - Como assim ninguém pode entrar no Olimpo? - Annabeth foi falando e andando até o porteiro, que se assustou novamente, mas não deixou o livro cair no chão. - Como vou continuar a obra?

             - Sinto muito, senhorita Chase, mas eu não posso...

             - Não. Eu não aceito isso! Depois de meses de projeto eles param a obra! - Annabeth passou a mão pelos cabelos. - Sabe como é difícil colocar aqueles seres da natureza pra trabalhar? Muito!

             Ela apontou o dedo na cara do porteiro, enquanto o mesmo se encolhia contra o encosto da cadeira. Eu observava aquilo tudo calado, mas com uma imensa vontade de rir.

             - Eu não vou ser impedida de continuar o meu trabalho. NÃO VOU. - Ela olhou raivosa para ele, o rosto vermelho. Depois se virou para mim. - Temos que tomar medidas drásticas.

             - Desculpa, cara. - Falei enquanto pegava a chave do seu bolso e ele gemia. - Quando a gente voltar soltamos você. É só uma garantia de que você não conte nada para Ártemis.

             Ele gemeu triste enquanto tentava se ajustar na tampa do vaso sanitário. Sim, Annabeth e eu o prendemos e amordaçamo-no no banheiro. Só pra deixar claro, no banheiro masculino. E não foi uma tarefa nem um pouco agradável e fácil.

             - Eu não. Deixaria ele aí. - Ele olhou triste para ela - Ah, nem vem. Você está me impedindo de fazer meu trabalho. Mas depois conversamos.

             Fechamos a figura do porteiro todo amarrado em cordas na cabine e saímos do banheiro. Seguimos até Nico, paramos ao seu lado e o acordamos a chutes. Ele quase convocou um exército de mortos para nos matar, quase.

             O saguão já estava meio vazio, a hora do rush havia acabado e ali só estavam as pessoas que estavam esperando alguém ou alguma coisa. Levantamos o caixão e seguimos até um dos elevadores. Como aquilo poderia caber num caixote como aquela geringonça?

             Quase jogamos um tétris. Aposto que o corpo de Rachel está todo machucado por causa das posições que tentávamos para colocar o caixão. No fim nós deixamos o caixão lado - lê-se jogamos para o saguão assustando as pessoas - e entramos carregando o corpo de Rachel.

             Não que carregar um defunto seja desagradável. Bom é, mas pelo menos Rachel não está fedendo. Nico ficou encarregado de levá-la porque ele já tem mais experiência com mortos. Encaixei a chave no segredo e girei-a, fazendo surgir um botão com o famoso símbolo do infinito. Apertei-o. Ficamos nos olhando com cara de tédio enquanto uma música muito chata tocava no elevador. Sinceramente, eles precisam trocar esse repertório e colocar umas músicas atuais, porque não dá mais pra ficar ouvindo essas músicas chatas de enterro. Nada contra músicas antigas, eu adoro algumas, mas não as que tocam em elevador!

             Ouvimos o característico "plim" do elevador e saímos dele assim que as portas se abriram. O Olimpo continuava o mesmo. Claro que havia algumas mudanças como obras inacabadas e prontas, mas ainda era o mesmo. Enquanto caminhávamos pelos jardins Annabeth dava ordens aos seres da natureza que a olhavam espantados. Eles se levantavam do conforto que estavam tendo e corriam para o trabalho, com medo do que Annabeth pudesse fazer. Era engraçado, mas não gostaria que fosse comigo. Por um tempo fiquei imaginando se ela faria o mesmo comigo quando nós casássemos, mas decidi apagar isso da memória com a desculpa de que pelo menos ela me amava, eu acho.

             Durante o percurso eu decidi carregar Rachel porque Nico não aguentava mais o peso dela. Eu sentia os olhares dos seres divinos por trás das cortinas de suas casas, mas toda vez que eu me virava para ver eles fugiam. Continuamos o caminho até chegarmos à porta da Sala do Trono. Tentamos empurrá-la, mas nada a fazia sair do lugar. Comecei a ficar nervoso, enquanto Annabeth e Nico faziam força para empurrá-la. 

             Deitei Rachel em um canto e fui ajudá-los, mas uma voz retumbou no ambiente, nos fazendo paralisar.

             - O que ousam fazer aqui? - Ártemis surge em sua aparência de dezoito anos. Ruiva de olhos claros. A pele branca quase transparente trazia sardas. Seu rosto demonstrava pura raiva. - O Olimpo está fechado e eu estou cuidando dele. Vou incendiar-vos se não me derem uma resposta plausível. Andem!

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Ai, como eu amo o Natal!

E aí gente? Vim mais cedo, não? Então gostaram?

Sério, eu amo muito o Natal, mas as pessoas falam que eu sou maluca porque eu sinto  o cheiro de Natal!

Ok, aposto que vocês também estou me chamando de maluca! Mas é sério! Cheiro de Natal é cheiro de terra molhada porque nessa época está sempre chovendo u.u

Ok, continuam me chamando de maluca x.x

Mas enfim, Feliz Natal pra todos e um própero Ano Novo pra vocês! Espero que tenham gostado desse capítulo, pois esse foi meu presente pra vocês ;DDDD

Então, até a próxima!

Bjs

P.S.: VIRAM, NÃO TEVE FIM DO MUNDO NENHUM #XATIADÍSSIMA FEAT. #BOLADÍSSIMA!

P.S.2: REVIEEEEEEWWWWWS ~~ ~~


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