Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 26
Pulverizados? Não!


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey! Cheguei cedo hoje, não?



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          Estremeci quando meus olhos entraram em contato com os de Lady Ártemis. Não sei se era o jeito que ela nos encarava ou a cor dos seus olhos que viviam mudando que me apavorava. Decidi optar pela primeira opção.

          Annabeth, dando uma de louca suicida, deu um passo a frente e encarou Lady Ártemis. Podia ver as faíscas que trocavam enquanto se encaravam. Nico soltou um riso nervoso, enquanto tremia nas bases. Se a situação não fosse tão aterrorizante eu estaria rolando no chão de tanto rir.

          Ficamos olhando as duas se encararem por um tempo, até eu perceber o quão idiota aquilo era além de não nos levar a lugar algum. Decidi tomar uma providência.

          - Er... Lady Ártemis? - Ela me encarou rapidamente e reprimi a vontade de me encolher e colocar os braços na frente do meu rosto. - Viemos para ajudar Apolo.

          Ela mantinha a postura, mas ao ouvir o nome do Apolo seus olhos diminuíram a intensidade que me encaravam. Ela bufou e cruzou os braços. Annabeth fez o mesmo. Quase rolei os olhos.

          - Como posso confiar em vós? - Ela me questionou. - Além disso, eu já deveria ter vos pulverizado, já passou o tempo!

          - NÃO! - Berrei. Pigarreei tentando me controlar. - Não, por favor! Primeiro nos escute.

          Ela me lançou um olhar impaciente e zangado, como se não tivesse todo o tempo do mundo para me ouvir. O que era mentira, claro.

          - Prossiga. - Ela fez uma cadeira surgir e sentou. Minha boca fez um perfeito círculo. É, eu ainda não me acostumei com essas coisas de magia.

          - Bom, a senhora sabe... - A cara dela se retorceu em uma careta e fez um sinal com a mão para que eu parasse de falar. Calei na mesma hora.

          - Por favor, senhora não. Chame-me pelo menos de você. - Ela suspirou massageando as têmporas. - Isso me faz parecer tão velha. Prossiga.

          Meus olhos quase saltaram quando ela fez o pedido. Sério, se não fosse tão aterrorizante eu estaria rolando e cagando de tanto rir. Talvez eu faça isso no futuro, quando me lembrar. Decidi fazer o que ela me pediu.

          - Okay. Você sabe que eu estou em uma missão para Apolo, não? - Ela assentiu. - Estamos aqui trazendo a única esperança. Trouxe o corpo de Rachel para cá. Só ela pode salvá-lo.

          Ártemis me encarava e eu tentava manter o olhar. Ela estava vendo se era verdade ou não.

          - Eu não sei, Perseu. - Ela suspirou. - Já tentei de tudo. Eu, uma deusa. Como uma simples garota mortal pode ajudá-lo?

          - Fácil. Ela não é uma mortal qualquer, é o Oráculo de Delfos.

          Ártemis teve uma reação engraçada. Horripilante, mas engraçada. A princípio ela arregalou os olhos e abria e fechava a boca toda hora, como se quisesse falar. Depois suas sobrancelhas se juntaram e seu olhar foi ficando furioso, enquanto ela se erguia em sua forma de três metros e fazia surgir uma lança prateada como a lua.

          - Como ousas falar uma calúnia dessas, Perseu Jackson? - Sua voz era um tanto grossa e triplicada, fazendo meus pelos se eriçarem. Sentia o cheiro de ozônio queimado ao nosso redor. Olhei para o meu lado e vi um Nico quase desmaiando, seu rosto branco como o papel demonstrava pavor. Annabeth parecia em estado de choque, enquanto tentava dar um grito que não saía. Acho que eu não estava muito diferente dos dois.

          - Por favor, Lady Ártemis! Me escute! - Ártemis me ignorava, enquanto nos fuzilava com os olhos. - Isso tudo é verdade! Rachel possui parte do Espírito de Delfos. Preciso ir até o acampamento Meio-Sangue para pegar o Oráculo. Além disso, preciso reviver Rachel para que Apolo sobreviva!

          Ártemis parou. Simplesmente parou como se fosse um brinquedo travado. Depois ela nos olhou e começou a murmurar em grego. No pouco que eu entendi de grego e pela cara que Annabeth fazia, coisa boa não era. Ela ia nos pulverizar!

          - Lady Ártemis, por favor, não! - Annabetth berrava, enquanto olhava para Rachel desesperada. - Não faça isso! É a única chance!

          "Use os argumentos que precisar"

          Minha mente se iluminou por um milagre. Aquela frase de Apolo me fez ter uma ideia doida que talvez pudesse ser a nossa salvação, ou a nossa morte imediata.

          - Lady Ártemis! - Ela me olhou. - Por favor, sei que a história não é convincente, mas pense em Apolo! Pense na vida do seu irmão, que você consequentemente tirará se tirar a nossa.

          Ela pareceu hesitar. Era a hora perfeita pra soltar a bomba.

          - Ele te ama. Não como irmã, nem como amiga. Ele te ama e quer te ter do seu lado. - Suspirei. - Ele me disse, com todas as letras.

 Fechei os olhos, me arrependendo de não ter feito um testamento. Queria deixar tantas coisas para Tyson e Grover...

         ... Até que a morte não dói tanto. Sei lá, foi tão rápido que nem senti. Não sei, mas acho que estou meio, como posso dizer, chateado? É, chateado.

 Eu esperava uma morte mais gloriosa depois das coisas que eu fiz. Sabe, sem querer me gabar, eu salvei o Olimpo! O Olimpo!

          Então eu comecei a estranhar. Acho que almas penadas não sentem sensações, não? Então porque Hades estou sentindo alguém dar tapas na minha cara?

          Decidi abrir os olhos e encarei uma Annabeth desesperada me chamando. Quando ela me viu acordado me abraçou tão forte que me senti sufocado, mas tentei retribuir da mesma forma, tenho que aproveitar, ué!

          - Graças a Atena! Você está vivo! - Então ela me beijou. É, vida dura, não? 

          Ficamos ali, nos beijando como se não tivesse amanhã. Ela puxava os cabelos da minha nuca, me fazendo ficar arrepiado enquanto eu apertava firmemente sua cintura. Queria mostrar a ela o quanto ela era importante pra mim.

          - Caham. - Alguém pigarreou ao nosso lado. Ignorei ainda beijando Annabeth. - Ah, por favor.

          Senti-me ser empurrado para trás e ser separado de Annabeth, caindo no chão. Olhei para cima e vi um Nico corado, de braços cruzados.

          - Eu sou muito novo para ficar vendo esse tipo de coisa! - Ele gralhou para gente. Sim, gralhou.

          - Não parecia muito novo quando cantou a mulher da funerária. - Ele virou o rosto corado enquanto eu e Annabeth gargalhávamos. Abracei Annabeth pela cintura e víamos um Nico revoltado falando sozinho. Cômico.

          - Perseu Jackson. - Me virei ainda abraçado à Annabeth. - Vou acreditar em você. Só por ora.

          Ri de leve, enquanto Annabeth me dava um beijo no rosto.

          - Que desperdício, jovem. - Ártemis disse desolada para Annabeth. - Tem certeza que quer gastar sua vida com esse reles mortal?

          Annabeth suspirou e eu gelei por dentro, temendo sua resposta. Então ela sorriu.

          - Sim, Lady Ártemis. Eu o amo. - Ela suspirou derrotada e virou-se para falar com um Nico quase calmo. Eu estava quase explodindo de felicidade.

          - Então você me ama? - Falei erguendo uma sobrancelha. Ela bufou.

          - Claro que não, Percy! Foi só uma encenação pra eu me livrar dela. - A olhei abismado. Então ela riu. - É claro que eu te amo, Cabeça-de-Algas!

          Senti-me tentado a sorrir enquanto ela beijava todo o meu rosto, mas decidi brincar um pouco.

          - Mas eu não. - Me afastei. Ela me olhou assustada. Parecia em choque. - Faz um favor pra mim?

          Ela parecia furiosa com o meu pedido, mas assentiu relutante. Eu queria muito rir.

          - Diz pra uma loira muito enfezadinha e filha de Atena que é brincadeira e que eu a amo muito mais. - Dei um risinho. Annabeth cruzou os braços.

          - Desculpa, não sou garota de recados, diz você mesmo pra ela. - E saiu andando. Garota complicada a que eu fui me apaixonar, hein!

          Decidi ir atrás dela. Olhava sua figura mais à frente, gesticulando muito e provavelmente falando sozinha, Típico dela. Corri um pouquinho para pegá-la de surpresa. Ela berrou assustada quando a peguei no colo. 

          - Me solta, Percy! - Ela começou a me bater. Mão pesada a dela. - Estou zangada com você.

          - Ah, mas eu vim dar um recado tão bonito à minha namorada. - Ela quase soltou um sorriso com a palavra, mas fechou o semblante.

          - Você não tem namorada, Percy. - Ela falou me olhando séria. - Me solta.

          - Duas respostas em uma: não. - Ela bufou. - Quero dizer, eu ainda não tenho, só estou esperando ela aceitar.

          Annabeth arregalou os olhos. Parecia uma coruja. Bem digno.

          - I-isso foi um pedido? - Opa, alguém aqui gaguejou?

          - Entenda como quiser. - Dei de ombros enquanto Annabeth bufava. Coloquei-a no chão. Ela desamassou a roupa e me olhou séria. - Que foi?

          - Você precisa ser mais objetivo. - Rolei os olhos. - Por favor, Percy! Você consegue.

          Suspirei e fui para o chafariz que havia no jardim. Os seres da natureza que ali trabalharam pararam o serviço para me encararem com uma cara de interrogação igual à de Annabeth. Tentei não rir da situação, mas eu estava começando a ficar nervoso, como eu faria aquilo?

          - Sabe, eu conheço uma garota muito irritante. Sim, inteligentemente irritante. Ela acha que sabe tudo e por isso sempre tem que impor sua opinião, mesmo onde não é chamada. - Annabeth arqueou as sobrancelhas para mim e eu dei de ombros. 

          "Quando cheguei ao Acampamento Meio-Sangue ela cuidou de mim. De um jeito meio estranho, mas cuidou. Quando olhei para ela pela primeira vez pensei que ela era uma princesa, mas quando ela começou a falar percebi o quão convencida e confiante era.

          "Acho que nunca vou me esquecer de quando ela foi à minha primeira missão, que por acaso foi a dela também. Depois disso fomos nos tornando amigos. Enfrentamos inimigos mortais e a amizade mais forte ficava. O que eu não esperava era eu me apaixonar por ela. Eu não sabia, mas alguma coisa nela me encantava. Quem sabe não eram os olhos nublados ou o jeito de agir, mas sinceramente acho que foi o jeito convencido que antes eu odiava que me fez amá-la.

          Suspirei sentindo o repuxar no meu abdome. Fechei os olhos fazendo força e tomando coragem.

          - Então é por isso que estou aqui tentando convencer a pessoa mais teimosa do mundo. É tão difícil acreditar que eu te amo? - Abri os olhos, Annabeth chorava. - Então, você aceita esse humilde servo como namorado da linda princesa?

          Sua boca abriu quando as palavras "Quer ser minha namorada?" apareceram escritas com água flutuando no ar. Eu sei, brega. A culpa não é minha se eu não sou romântico, então pega leve!

          Fiquei um tempo esperando a reação dela, mas como a minha barriga estava doendo muito, relaxei e deixei a água voltar para o chafariz.

          - Esse tipo de pergunta pede resposta, sabia? - Perguntei apoiando o peso em uma perna. Ela pareceu acordar e foi correndo até pular em meus braços. - Eu te amo.

          Ela sorriu emocionada e eu limpava suas lágrimas. Então ela me deu um breve beijo.

          - Eu aceito. - Sorri e a beijei de novo. Beijei a minha namorada. 

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Eu NUNCAAAA ia colocar um capítulo com o título "Minha namorada" ou algo do tipo! 

ASUAHSAUSHAHAS

Choquei vocês, né? Adoro quando faço isso!

Queria ver a reação de cada um de vocês! Seria tãããããão divertido :BBBB

Vocês acreditam que eu passei todas as minhas férias em casa? ¬¬'

Mas em breve isso vai mudar MUAHAHAHAHAHAHHA

Ok, sem-noção essa parte, mas vamos ignorar porque eu sou assim x.x

E aí, quem gostou de Percabeth definitivo levanta a mãozona!!! \O

UHUUUUULEESSSSSS

Ah, é! Esse capítulo foi dedicado à Claire Knust pela recomendação M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A! Fiquei boba pelo resto do dia em que a li! SUAHSAHSUAHHS

Então, não vou ficar prendendo vocês aqui!

Bjs

P.S.: REVIEEEEEEEEEEEEEEEEEEWS!!!! YEAH YEAH

P.S.2: Sigam o exemplo dela!!! Siiiiiiiiiiiiiiiiim!

P.S.3: Eu não tô bem hoje, não. Acho que é o excesso de açucar no sangue. Comi feito uma porca hoje x.x


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