Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 24
Roubamos um carro de funerária.


Notas iniciais do capítulo

Ai, gente, volteeeeei!!!
Olha, depois eu falo com vocês, agora vão ler!



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Acordei gritando e agarrando desesperadamente a minha mão como se ela fosse minha vida. Olhei para o meu lado e vi uma Annabeth assustada e um Nico vermelho de tanto prender o riso. Tapei minha boca com as mãos, apavorado com a possibilidade de ter chamado a atenção de alguém que trabalhasse no hospital.

Nico, não aguentando mais, começou a rir, seguido de uma Annabeth ainda um pouco chocada. Dei-me conta do que havia acontecido e olhei desesperado para a minha mão. Parecia normal. A sacudi e nenhuma dor me incomodava, então eu voltei a palma da mão para cima. A cicatriz com formato de sol ainda estava lá, negra, mas não soltava fumaça.

- Que foi, Percy? - Perguntou Nico, já centrado. Olhei para ele e ergui a sobrancelha. - Você está agindo como se tivesse perdido a mão.

"É, quase aconteceu isso", quis responder, mas decidi ficar quieto e deixar esse acontecimento para mim. Olhei em volta e percebi que não estávamos mais no hospital, mas sim em um beco no Brooklyn. Virei-me para os dois.

- Por que estamos aqui? - Eles se entre olharam e continuaram quietos. Respirei fundo. - Okay, vamos começar de novo, mas não vou repetir. Por que estamos aqui?

Annabeth respirou fundo para assim começar seu discurso "político":

- Percy, quando você desmaiou houve um imprevisto. Enquanto estávamos tentando te acordar, os médicos arrombaram a porta que a gente tinha trancado e invadiram o quarto, tivemos que fazer um plano de fuga de última hora. - O ar saiu dos meus pulmões.

- Como vocês fugiram? – Perguntei olhando para Annabeth, que estava descabelada.

- Eu e você fugimos com Blackjack, enquanto Nico viajou pelas sombras com o corpo de Rachel. – Assenti olhando para o rosto exausto de Nico. Acho que Blackjack não iria querer levar um defunto nem um filho do deus dos mortos nas coistas.

- Cadê Rachel? – Perguntei de repente. Ela olhou pra mim, deu um sorriso de lado e apontou para o lado de Nico.

Um lençol branco a envolvia, e ela estava tão pálida quanto ele. Aproximei-me dela e toquei sua testa com a mão direita, enquanto sentia a cicatriz formigar.

- Mais uma coisa, Percy. - Me virei para ele. - Err, daqui a pouco sairemos em todos os telejornais do país porque sequestramos a filha de um dos bã-bã-bães de Nova York, quem sabe até do mundo! - Ele ergueu os braços exasperado.

- Vai sair foto nossa? - Ele assentiu e eu praguejei em grego.

Droga! Agora minha mãe vai ficar super preocupada comigo, ainda mais quando ouvir no noticiário que eu roubei um defunto.

- E agora, o que vamos fazer? - Annabeth perguntou, quase tinha me esquecido da sua presença, quase!

- Hm, quando eu desmaiei, eu fui para a mente de Apolo de novo e ele me deu umas instruções básicas. - Que de básicas não tinham nada. - Bom, vou resumir tudo rápido. Nós temos que levar Rachel para o Olimpo, convencer Lady Ártemis a não nos matar e deixar que Rachel fique lá, depois vamos até o Mundo Inferior, conversar com o querido pai do Nico, pegar a alma da Rachel e ressuscitá-la.

As bocas escancararam-se até o chão. Fala sério, a gente já fez coisa pior!

- Ah, lembrei, e ainda temos um prazo.

- De quantos dias? - Nico me perguntou.

- Hã, não sei. Só sei que é até essa cicatriz aqui ficar da cor da minha pele. - Estiquei minha mão direita para que eles pudessem ver a marca. Os dois assoviaram admirando.

- Err, não sei se você percebeu Percy, mas já tá perdendo cor esse treco aí. - Nico apontou para a cicatriz e eu pude ver que a ponta dos raios estava descolorindo.

- Isso quer dizer que vamos ter que sair agora. Alguém tem algum plano? - Annabeth ergueu a mão. - Pode falar.

- Na verdade, não tenho um plano formado ainda, mas o que a gente vai fazer depois que ressuscitar Rachel?

Parei um pouco pra pensar naquela pergunta, eu não fazia ideia do que fazer depois, mas acho que na hora vai surgir a resposta.

- Não sei, a gente improvisa. - Dei de ombros. - Agora precisamos de um plano.

Todos ficaram quietos e começamos a pensar em algo brilhante e urgente. Volta e meia o Nico levantava a cabeça esperançoso, mas logo desistia de falar e voltava a pensar. Ficamos mais um tempo pensando e olhando para o começo do beco, observando a movimentação na rua.

Até que eu vi um carro que me chamou a atenção passar pela rua, mas não era um carro qualquer, era grande o suficiente e para um disfarce seria perfeito. Sorri só de pensar que o plano poderia dar certo.

- Tenho um plano! - Falei um pouco alto demais assustando os dois que ainda pensavam. Eles olharam para mim curiosos. - Alguém já pensou em trabalhar em uma funerária?

As reações dos dois foram completamente opostas. Enquanto Nico ria e se divertia com a possibilidade de trabalhar enterrando mortos, Annabeth ficava cada vez mais pálida e assustada.

- Gente, precisamos fazer isso juntos, por favor, por Rachel. - Eles assentiram.

Eu comecei a andar em círculos, planejando como iríamos invadir a funerária que por acaso ficava a um quarteirão de distância de onde estávamos. Pensei, andei, pensei e andei até que eu olhei para uma sacola de roupas que foi largada aqui. Virei-me para Nico.

- Nico, por acaso você já sabe controlar a névoa? - Ele piscou meio desentendido e sorriu depois.

Eu e Annabeth vestimos as roupas que estavam na sacola, enquanto Nico tentava camuflar Rachel no lençol de hospital. Não sabíamos o que fazer com o corpo dela, mas foi a nossa sorte que Annabeth nos disse que poderíamos deixá-la num galpão que tinha acesso pelo beco, eu não fazia ideia de como ela sabia que isso estava abandonado, mas deixei quieto.

Nico colocou o corpo de Rachel lá e fechou a porta, enquanto eu e Annabeth olhávamos para o seu rosto que mostrava um pouco de cansaço.

- Não se preocupem, deixei um guarda esqueleto lá para protegê-la. - Ele sorriu. - Vamos?

Assentimos e começamos a caminhar. Eu olhava para baixo toda vez que alguém passava pela calçada, com medo de ser reconhecido, mas parece que o disfarce é bom, pois ninguém nos olhava desconfiado. Depois de uns quatro minutos andando chegamos à funerária.

- Essa é a nossa deixa. Nico, nós vamos entrar primeiro e você conta até dez pra entrar depois. - Ele assentiu. - Annabeth, quero que você chore tanto, mas tanto que faça as pessoas chorarem com você, entendido? Vamos.

Annabeth adquiriu uma expressão de choro e dor, além de ter conseguido fazer lágrimas caírem pelos olhos. Essa menina iria longe. Tentei fazer o mesmo e a abracei pelos ombros, nos forçando a caminhar até o balcão de recepção. Não olhei para trás nenhuma vez. Então a encenação começou.

- Moça, por favor, nos ajude! - Comecei a falar enquanto Annabeth chorava sonoramente. A atendente nos olhou entediada. - Precisamos de ajuda, o pai da minha noiva morreu. Eu estou tendo que resolver tudo porque ela não condições de fazer nada, olha o estado dela!

Quando terminei de falar Annabeth começou a chorar mais e ameaçou quase desmaiar. Eu a segurava enquanto tentava manter a postura, mas querendo rir muito por dentro. A atendente começou a amolecer.

- Sabe, o pai dela era a vida dela, a mãe morreu quando ela tinha nascido, então o pai foi o único que a criou, muito triste. - A atendente olhou com pena para Annabeth, enquanto essa chorava mais. - Pode nos ajudar com os preparativos?

A atendente assentiu solidária e foi aí que Nico entrou. Caminhou até nós e parou ao lado de Annabeth.

- Olá, eu queria saber se posso começar hoje, sabe como é, primeiro dia. - Ele se apoiou no balcão e a atendente o olhou desconfiada. Por que Nico tinha que ser mais novo, mesmo?

- Qual é o seu nome? Preciso saber mesmo se trabalha aqui. - Ela ameaçou digitar no computador.

- Ah, não precisa ver nada no computador, não. Meu nome está aí, tenho certeza.

Nico estalou os dedos e o barulho pareceu ter ecoado por todos os lugares. Da ponta dos seus dedos surgiu uma lufada de ar que se espalhou por toda a sala em uma rajada de vento. A atendente o os outros mortais pareciam hipnotizados depois daquilo. Droga, eu queria saber controlar a Névoa!

- Verdade, acho que te vi quando veio conversar com o chefe. - Ela falava vagamente, como se fosse um zumbi.

- Sim, e você vai me deixa ajudar esse casal, não é? - Ela assentiu. - Ótimo.

Ela piscou os olhos como se tivesse acordado de um transe e nos olhou confusa. Depois olhou para Nico e sorriu.

- Boa sorte no primeiro dia de trabalho, você tem que ir ao vestiário colocar o uniforme. - Ela estendeu as chaves de um carro. - Depois pegue um caixão e leve os dois até o local para pegar o corpo.

Nico assentiu e caminhou até os fundos da funerária. A atendente olhou para nós com compaixão e sorriu solidária.

- Vocês poderiam me dar seus dados enquanto esperam o nosso funcionário...? - Ela franziu o cenho confusa, não sabia o nome de Nico. - Podem?

Então Annabeth começou a chorar cada vez mais alto e a berrar pelo pai, enquanto eu a segurava forçando um choro. A atendente parecia horrorizada. As pessoas começavam a olhar para nós com uma cara de pena.

- Oh, será que eu poderia dar meus dados depois? Prometo que volto. Eu não tenho condições de falar e não posso deixar minha noiva sozinha um minuto sequer.

A atendente sorriu meio atordoada e apontou para as cadeiras que formavam uma fila de espera. Arrastei Annabeth para o fundo da sala e a fiz se sentar comigo. Fiquei alisando suas costas e seus cabelos enquanto ela soluçava, pensando em como ela era uma boa atriz, conseguindo atuar até agora, mas quando fui olhar para o seu rosto que estava voltado para baixo, vi que ela estava vermelha de tanto rir. Bufei e ri baixinho com ela.

Esperamos um tempinho até vermos um Nico de macacão cinza caminhando até nós. Ele pediu para levantarmos e quando estávamos caminhando até a garagem a atendente insinuou perguntar o seu nome, mas ele apenas deu um sorriso de lado que a fez ficar calada. Revirei os olhos, esse aí está mais para filho de Apolo do que de Hades.

Nico caminhava todo feliz girando as chaves do carro, mas eu as peguei de sua mão e dei um sorrisinho, enquanto caminhava mais rápido que ele.

- Você não tem idade pra isso, Nico. - Ele bufou e Annabeth deu uma risadinha.

Andamos pela enorme garagem e Nico apontou para um velho rabecão* que estava com a pintura descascada. Sentei no banco do motorista, enquanto Nico estava no do carona e Annabeth ia atrás.

- Pé na tábua! - Annabeth berrou e eu acelerei com tudo. O caixão atrás bateu na porta do porta-malas.

Nós roubamos um carro de funerária, estava achando aquilo incrível.




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AI EU VOLTEI!

E COM TUDO, OKS?

Ah, antes que eu me esqueça. Rabecão* é aquele carro horrível de funerária que me dá arrepios só de ver passar na rua, é aquele troço que carrega o caixão com o defunto dentro, pelo menos minha mãe - vulgo google - disse.

AAAAAH, EU QUASE ESQUECI!!! Obrigada pela liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinda recomendação Violeta Collins, foi muuuito fofo da sua parte! Obrigada de novo!

Ah, e eu quero dizer que eu respondi a todos os reviews, e quando falo todos, são TODOS MESMO! Foi difícil pra caramba caçar os reviews antigos, mas eu acho que valeu a pena, porque eu adoro os reviews que vocês escrevem, em fazem rir muito! Ah e desculpa pelo atraso nas respostas!

E maaaais uma coisa. EU TO DE FÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS A-D-O-R-O!

AUSHSUAHSASHASUHASHAUSHAUSHASHAUSAHSUAHSAHSAHSUAHSAH

E aí, quem tá de férias também?

Hum, antes que eu me esqueça, leitores de A Marriage!?, vou postar AMANHÃ, sem falta! Se eu não aparecer, podem me matar, porque faz mais tempo que eu não posto lá do que aqui x.x

Bom, acho que é só isso :X

AH, eu vou postar mais cedo, espero, mas é bem provávem que siiim :DDDDD

Bjs

P.S.: TÔ DE FÉÉÉÉRIAS MANOLOOOOOU, SÓ NA VIBE

P.S.2: Gente, vocês viram que o Nimeyer morreu? Tá confirmado o fim do mundo, OMZ!

P.S.3: Não liguem, eu não to bem hoje :SSSS

P.S.4: MANDEM REVIEWS E UMA RECOMENDAÇÃO LIIINDA COMO A DA VIOLETA COLLINS!! Não? Então tá, né? Pelo menos tentei x.x


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