Opostos escrita por Prih Ribeiro


Capítulo 2
Proibido.




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Luck:


–NIIIIIIIIIIIIIIIIIICK SAI DESSE BANHEIRO LOGO! EU TO APERTADO!. –gritava Thomas pulando com uma mão no meio das pernas segurando voce-sabe - o que.


–Já vou. To terminando de fazer chapinha. – gritou ele de lá de dentro.


–EU NÃO ACREDITO NISSO. EU VOU ESTOURAR ESSA PORTA.


– já vai!Só falta à franja.


–Pelo amor de deus a gente vai se atrasar. – eu disse olhando o relógio.


Ao ouvir isso Thomas começou a socar freneticamente a porta:


–SAI DAÍ SUA BICHA LOUCA.


Nick abriu a porta, e Thomas  sem querer lhe acertou um soco no meio da cara.


–Ai beu nariz. – disse ele enquanto  tentava estacar o sangue com algum feitiço.


Thomas nem pediu desculpa, entrou correndo bateu a porta.


–AAAAH POR MERLIM QUE ALIVIO! – o ouvimos falar dentro do banheiro enquanto urinava.


Todos os  dias pela manhã, Nick tinha que nos atrasar, ou ele não acordava nunca, ou acordava muito cedo e ficava horas  no banheiro fazendo não sei o que sabe-se onde.

                       *****************

 Já no salão comunal, eu tomava meu suco de abóbora. Thomas  e Nick falavam sobre quadribol,quando :


– Já reparou como elas só conversam entre si?


–Quem? – disse Thomas.

–As quatro novatas.


  Eu estava me servindo de suco de abóbora, quando as vi chegar, e me lembrei do meu sonho. Fiquei lá “sonhando” acordado quando vi não estava mais colocando suco no copo e sim na toalha vermelha.


–Ela é diferente, mas é tão bonita. – Disse eu olhando pra Kate.


–É. Muito bonita. – vi que Thomas olhava pra Ashley.


–São bonitas, mas parecem bonecas vudus, são mudas, e não estão nem aí pra vocês. -Disse Nick de boca cheia fazendo voar um monte de farelo de bolo na minha cara.


–Valeu pela parte que me toca. – disse eu,enquanto limpava.


–É. Podia ter guardado esses pequenos detalhes com você.-falou Thomas


–Nossa. Ataque duplo contra mim agora, ein? Mike me defenda, disse pro calouro nerd que sentava ao seu lado.


–O que? – perguntou  garoto sem saber o que se passava.


–Eles estão me atacando moralmente. Defenda-me ou não vai ter hoje á noite. – disse ele afinando a voz, e abanando os cílios.


–Viu? Parem de  brigar com minha garota. – disse ,o nerd  fazendo todos rirem.



 Ashley:

Assim que bateu o sinal, indicando que devíamos nos aprontar pra primeira aula, eu saí apressadamente da minha mesa e segui em direção á torre leste, onde ficava a sala da professora June. No caminho esbarrei em Claire.


–OLHA POR ONDE ANDA IMBECIL. – assim que ela tocou em mim, pude sentir sua raiva passando pra mim.


–Ta tudo bem? –perguntou a amiga dela enquanto viravam o corredor.


–Ta sim. Minha raiva sumiu. Que estranho. –ouvi-a responder enquanto se afastava.


  O ódio que absorvi me atingiu de tal forma, que fiquei tonta e tive que me apoiar na parede.

Isso sempre me acontecia quando eu era tocada por alguem.

Quando pequena recebi uma maldição:

A dor e angústia alheia sempre lhe acompanhará.

A paz e felicidade você nunca sentirá.

A pessoa em que você confiar,

Sua confiança á trairá.




  E desde então, sempre que alguém sentia ódio raiva, tristeza, angústia, dor ou outro sentimento do gênero, eu absorvia esse sentimento,  aliviava a pessoa, e todo o mal estar passava pra mim. Quando meu corpo estava bem carregado por sentimentos ruins então ela despertava : Molly.

   Por isso eu não falava e nem confiava em quase ninguém, eu não queria que ninguém soubesse do meu segredo, e não queria absorver mais do que o necessário. Eu tinha que mante-la adormecida.

 Eu nasci apenas pras pessoas poderem sugar minha paz e felicidade, como dementadores sugam a alma das pessoas

–Esta tudo bem com você? – Thomas se paroximava de mim no corredor..


Apenas balancei a cabeça em sinal positivo.


–Nossa, Às vezes acho que você é muda. – disse em tom de brincadeira.


Apenas o encarei séria, ele parou de sorrir e me estendeu a mão,mas eu o deixei com a mão estendida em minha direção e me levantei sozinha; Eu não precisava de outro sentimento fervilhando dentro de mim. 

 Entrei na sala e o dexei pra trás parado com cara de bobo.


Sentei no canto mais afastado da sala, longe de todo mundo, e comecei a ouvir tudo o que já sabia.



Kate:


Segui para a aula de história da magia. Um professor gordinho falava sem parar enquanto metade da sala dormia e a outra metade conversava por papelzinho.

  Eu  estava quieta, me ligando nos pensamentos  de Claire, uma garota da sonserina:

 “–Claire eu te amo, fique comigo. - Dizia Thomas de joelhos.

–Claro meu amor. Serei eternamente sua...

E ela bateu a testa na mesa e acordou. Que pena. Eu queria ver o final da novelinha. Peguei minha pena e anotei o dever de casa dando graças á Merlin, por  aquela aula chata ter acabado.


July:


  Eu estava feliz, aqui em Hogwarts, não havia aparecido nenhum sinal de problemas e isso era bom, porem ainda mantínhamos as regras e tentávamos não abaixar a guarda.

Eu tenho um dom muito bizarro, posso curar qualquer machucado por mais grave que seja meu ou de qualquer outra pessoa, mas também posso machucar qualquer um, e faze-lo sentir uma dor insuportável se eu quiser. Foi graças a mim que nunca conseguiram nos  pegar até agora.

*****************

Adentrei a sala de poções.

–Srtª Moore carteira dos fundos. – ondernou a profªjune.


Sentei em meu lugar e logo abri o livro de poções.


– Srtª Weasley, atrasada de novo? – Falou a professora de modo severo.


–D-desculpe professora, estava na biblioteca.


–As dupla já estão formadas, faça par com a Srtª Moore.


Ha não. Eu nunca faço dupla com ninguém, não gosto de confiar ás mãos de outra pessoa metade do trabalho sendo que eu posso fazer sozinha perfeitamente. Logo a garota veio andando em minha direção, no caminho  Mark Willian colocou o pé na frente da garota que tropeçou e  foi ao chão espalhando pergaminhos pra todo lado.


–Hey! Imbecil cuidado! – falou  Kevin Malfoy enquanto, limpava sua camisa suja de tinta com um feitiço qualquer.


Ao vê-la nesse estado lembrei-me do tipo de garota que eu costumava ser, antes de conhecer Ashley e Kate. Era uma nerd, que não tinha atitude, não tinha nada até que descobriram meus poderes, e comecei a treinar com minhas atuais amigas.


–Hey! Idiota não fala assim com ela, não viu que seu amiguinho a fez tropeçar? – Falei em tom alto.


O garoto virou-se bruscamente.


–E você não se meta.


–E você cale a boca! – falei sacando a varinha.


–CHEGA! Sr. Malfoy e Srtª Moore, se eu ouvir mais um pio de vocês , mando os dois pra detenção!

Quando a Sra. June, virou-se de costas mostrei-lhe o dedo do meio, o Malfoy me olhou espantado enquanto seus amigos quase se afogaram de tanto rir.

Luck:



Eu tinha a quarta aula livre, resolvi dar uma voltando jardim. Logo avistei Kate, sentada em baixo de uma árvore. Não resisti, e acabei usando meu dom.

Imaginei uma rosa rubra, tão vermelha quanto os cabelos dela, e logo a tal rosa apareceu em minha mão. Eu podia fazer as coisas se materializarem, com o pensamento.


–Oi. –disse eu estendendo-lhe a rosa.


–Ola. –respondeu pegado e a colocando de lado em cima do livro que lia.


Bom. Pelo menos ela falava, não era igual a outra que nem dava moral pra nós.


–Que bom, que você fala.


–É... –disse sorrindo sem graça.


–Não acredito que eu disse isso. Foi mal.


–Eu sei que você pensa isso, por causa da Ashley e da July. Mas elas têm seus motivos pra ficarem caladas.


–Que motivos? –perguntei intrigado.


–Er... Legal sua camiseta. Vamos andar na beira do lago? – perguntou. E percebi que estava mudando de assunto.


–Então de onde vocês vêm? –Perguntei enquanto andava ao lado dela.


–De Beubaxton.


–É meio longe.


–É. Sempre estudou aqui?


–Sempre. Desde o primeiro ano.


–Eu vi a rosa aparecer de repente na sua mão. Como fez aquilo?


–Bom. Não posso falar disso pra uma garota que mal conheço. – Me fiz de difícil.


–Me conta. Se confiar em mim, eu posso confiar em você.


  Seus olhos eram tão francos, e seu sorriso era sapeca, como o de uma criança levada. De repente eu senti que poderia confiar naquela garota.


–Eu imagino alguma coisa, e se eu a quiser muito  se materializa na minha mão. – Disse eu  como se fosse uma coisa simples.


–Que massa. Quero um chocolate. –disse estendendo a mão, e batendo o pé no chão como se exigisse algo.


–Pensa que é só pedir e pronto? Eu sou um cara difícil.


–Não se ache você não é o único que tem um dom. – disse isso e logo, ficou quieta, como se não devesse ter dito aquilo.


–Eu confiei em você. Se quiser pode falar pra mim, não vou contar a ninguém.


–Promete?


–Prometo.


–Eu posso ler pensamentos, adentrar e fazer o que quiser na mente de qualquer um.


–Nossa. Humilhou-me agora.


–Nem é grande coisa. –disse fazendo modéstia.


–É sim.


–Tem que ver o dom da July. – Imediatamente ficou quieta de novo, como se tivesse falado o que não devia novamente.

 Resolvi não insistir no assunto, e mudei o rumo da conversa:


–Sábado agora nós vamos á Hogmeasde. Não quer nos acompanhar?


–Claro. -Disse animada.


–Chame suas amigas se quiser.


–Não sei se vão querer ir, mas eu falo com elas.


–Ok então.


–Nossa tenho que tomar banho pro jantar. Tchau. –acenou pra mim e fez menção de correr.


–Hey. Kate.


–O que é?


Entreguei-lhe o chocolate, e sai andando em direção contraria.

Kate:

Algo me impediu de sondar seus pensamentos, achei injusto eu desvendar toda a vida dele sem ele poder saber nada da minha. Resolvi que quando ele quisesse ele contaria sobre ele.

Luck me entregou o chocolate, e correu em direção ao castelo. Fitei o papel prateado sorrindo, no verso havia um bilhete;

Você descobriria se eu estivesse pensando em você?

Obrigada por confiar em mim.

Vejo-te no jantar.

Sorri ao ler isto.


–Desculpe. Mas não posso me envolver com ninguém aqui de Hogwarts, não é seguro nem pra você e nem pra mim. – sussurrei pra mim mesma enquanto o via adentrar o castelo.



Ashley:



No jantar, Kate não parou de conversar com Luck.


–O que será que deu nela? –disse July, pra mim.


–Não sei. Mas é bom ela parar de quebrar as regras.


–Kate chegou sorrindo á toa no dormitório hoje.


–Bom. Pelo menos ela não tem muito com o que se preocupar.


–A não ser em tomar cuidado pra não nos expor.






Nicolly.


Aquelas garotas novas, estavam me irritando já, a ruiva praticamente se jogava em cima do Luck.


–São tão idiotas. –disse Claire pra mim.


–É.


–Não se preocupe, Luck e Thomas têm juízo, jamais vão querer aquelas roceiras.


–Tem razão.


–Mas precisamos agir.


Concordei com a cabeça.


–Quem tem razão do que? –Perguntou Michelly, abraçada com Greg.


–As garotas novas são estranhas.


–Verdade,- disse  Nicolly enquanto se olhava em um espelhinho cor - de – rosa.


–A Nicolly ta falando isso só porque a ruivinha ta dando mole pro Luck. –Disse Greg.


–É  claro que não.


–Não se preocupe Nicolly nenhum garoto dispensaria você .-Disse Mark sorrindo pra mim.


–-Sério?- disse eu mais animada.


–Claro. Eu sairia com você na boa. – disse com um sorriso sacana.


–Acontece Mark, que eu não sou do tipo pega e joga fora, como você está acostumado.

–Vocês mulheres são egoístas, devem aprender a dividir o pão. –Disse apontando pra si mesmo.


–Você é tão infantil. –disse lhe mostrando a língua.


Ashley:

Kate e Cassie chegaram logo depois da gente nos dormitórios.


–Preciso falar com você.


–Sou toda, ouvidos. –disse Kate sentando-se na cama.


–O que você está fazendo?Esqueceu da regra? –perguntou July.


–A regra é não chamar atenção. E chamamos muito mais atenção se não falarmos com ninguém. – disse Kate.


–Kate. –Falei com delicadeza. –Você está ciente de que você não pode passar da amizade. Né?


–Sei sim.


–Sabe que a qualquer momento Lucy pode nos encontrar?


–Sei.


–sabe que se nos apegarmos com alguém, esse alguém pode se machucar fisicamente ou sentimentalmente. Né?


–Estou ciente de tudo isso.


–Então tudo bem, fico mais tranqüila.


–Não se importam se sábado, eu for ao povoado com eles?


–Divirta-se.Só não nos exponha.



Thommas:


Eu estava sem sono á noite, então pé ante pé. Peguei minha vassoura e voei pela janela do dormitório. Pousei numa árvore alta na orla da floresta proibida, e fiquei pensando em tudo o que tinha acontecido hoje. De repente vejo   Ashley, sentar-se embaixo da árvore onde eu estava, como ela conseguiu sair do castelo sem uma vassoura e sem ser pega eu não sabia.

Fiquei um bom tempo a observando, enquanto ela olhava absorta, ao seu redor. De repente vejo o zelador Matt, vindo lá longe.

Imediatamente baixei o vôo, a joguei na vassoura em minha frente e tapei sua boca. Ela se debatia sem parar, mas não a soltei.


–Tem alguém aí? – gritou Matt com voz de poucos amigos.


Quando percebeu que corríamos risco de sermos pegos, ela parou de se debater.

O zelador  iluminou em cima com a lanterna, fiquei tenso com medo dele nos ver. Então ele abaixou a lanterna e foi embora na direção do castelo.


–Faksa pó de jsdne me d agorrke.  – exclamou ela.


–O que?


Ela apontou pra minha mão em sua boca.


–Há. -Disse eu retirando a mão. -Desculpe.


–Não conseguia nem respirar mais. – disse bruscamente, e pela primeira vez ouvi sua voz que  apesar de brusca era tambem doce e melodiosa,   meiga porém firme.


–Quase nos pegam. – disse eu abobadamente. Ela simplesmente balançou a cabeça.


  Eu queria ouvir aquela voz outra vez, eu precisava. Ela preparava-se para ir embora, segurei em sua mão. Sem querer eu senti as emoções que emanavam dela,e eram variadas...ódio, amor,afeto,alegria. Era estranho eu nunca havia sentido uma pessoa com tantas emoções em um só momento.


–Quer que eu te leve até a janela do dormitório? –perguntei.


–Quero. – disse num tom tranqüilo.



Ashley:


Eu não conseguis dormir, o porquê?

Simples:


A raiva e desejo de vingança que absorvi de uma garota qualquer, já era um peso enorme pra mim . e eu não quería Molly de volta fazendo arruaças na nova escola. Kate  dormia sorrindo,sonhando não sei com o que. Eu precisava me distanciar então fui dar uma volta perto da floresta proibida.

Depois que Thomas me salvou de pegar uma detenção, me pegando desprevenida sem querer ele   segurou minha mão, fiquei esperando a carga de emoções, mas nada aconteceu. Na verdade, pela primeira vez em anos, tudo sumiu e eu senti apenas as minhas emoções e não emoções ruins trocadas por minhas emoções boas pra aliviar as pessoas. Ele me levou com sua vassoura até a janela do dormitório feminino. Eu não queria que ele soltasse minha mão, não queria que aquele alivio fosse embora.


–Boa noite. –sussurrou, soltou minha mão e sumiu na noite escura.


Eu estava incrivelmente vazia de sentimentos ruins,completamente limpa,e fazia um bom tempo que não sabia o que era paz.  Deitei-me, mas não consegui dormir. O que aquele garoto possuía que era como um antídoto pra mim?Eu precisava saber mais sobre ele.


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Notas finais do capítulo

o que acharam??? *---* Por favor comentem.



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