Um Conto de Fadas nos Dias de Hoje! escrita por Kah Correia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gostar? Não Laurha eu não gosto. O fato de eu ter uma filha com a Lucia, não tem nada a ver com isso. Agora não posso negar que estou felicíssimo em saber que vou ter dois filhos de uma só vez.



— eu também não posso negar que estou super feliz, só não quero te deixar mais confuso.



— Laurha, eu nunca tive tanta certeza na minha vida!



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Ele colocou a mão em minha barriga, me deu um beijo. E foi para o hotel. Eu fiquei em casa, liguei para o meu pai, a minha mãe e para o Miguel!

Tomei banho esperei minha mãe chegar a casa, depois que estávamos todos prontos, fomos para o restaurante. Deixei a minha mãe e o Junior no restaurante, e fui ao hotel.

Logo em seguida ele apareceu me deu um beijo. E seguimos para o restaurante.

De mãos dadas, eu o apresentei aos meus pais e minha madrasta!

 

- Mãe, pai e Lú, este é o Daniel, meu noivo!

 

-Olá Daniel, seja bem vindo a família!- disse meu pai!

 

-Oi Daniel, que você seja muito bem vindo, e que vocês sejam muito felizes! – disse a minha mãe

 

- Oi Daniel, seja bem vindo! É um prazer te conhecer!- disse a lu

 

- Oi, obrigada a todos. Seremos muito felizes!- ele olhou para mim e deu um beijo em minha testa.

 

O jantar foi muito bom, conversamos por altas horas, até que ele parou olhou para a minha mãe e disse:

 

- Olha dona Ju, quando o nosso filho nascer, a senhora vai ter que passar um tempo lá conosco, porque a Laurha é muito esquentadinha e não vai dar conta!

 

- Nossa Daniel, você fala como se ela já estivesse grávida, como se tudo fosse mudar assim de repente.

 

Eu quis matar ele essa hora, ele percebeu meu olhar e tratou de consertar.

 

- Não foi isso o que eu quis dizer. Eu quis dizer que a senhora vai ter que ficar por bastante tempo para cuidar de nosso filho quando ele nascer, não que ela esteja grávida ou que estivéssemos querendo que isso aconteça agora! E outra agora eu tenho um monte de filmes para fazer. A Laurha tem um monte de campainhas pela frente. E temos que arranjar outro empresário porque o senhor James vai se aposentar, e não podemos ficar sem nenhum.

Foi isso o que eu quis dizer!

 

- Ah, entendi!

 

Acabamos de jantar, fizemos um brinde a nossa felicidade, e eles foram embora. E eu fiquei com o Dan. Como ainda eram dez horas da noite, subimos para o quarto. Subimos bastante quietos, quando chegamos ao quarto ele abriu a porta, ligou para a recepcionista e pediu para não ser incomodado.

Ele olhou para mim e perguntou:

 

-Lalá, de quantos meses você está grávida?

 

-Quase três meses. Dois meses e três semanas para ser mais exata. Por quê?

 

- Então você ficou grávida naquela vez lá no apartamento, na nossa primeira vez?

 

- Provavelmente, ou então pode ter sido naquele dia em que chegamos em casa.

 

-É pode ser, mas ainda acho que foi na 1ª vez.

 

- É, mas para que todo esse questionário?

 

- Nada. É que pelas minhas contas, o filho da Lúcia vai nascer em Janeiro. E meu pai faz aniversario dia dezesseis, e pelas minhas contas ela vai nascer por esse dias. E o nosso vai nascer em março, próximo ao meu, que é dia dezenove!

 

-Olha é verdade, nem tinha pensado nisso. Que coincidência, não? Mas vocês já escolheram o nome?

 

-Sim, irá se chamar Jolie! Em homenagem a avó da Lucia. E se a nossa for menina irá se chamar Angel se for menino você escolhe!

 

- Se for menino irá chamar Andrew. Igual ao seu pai!

 

Ele parou olhou para mim, os olhos encheram de água, ele me perguntou:

 

- Como é que você sabe o nome do meu pai?

 

- Bom, acho que eu sei muito mais do que você pensa, lembra naquele jantar em que você me apresentou a sua mãe?- ele fez sinal de que sim – E que assim que saímos, você me contou que havia acontecido algo com o seu pai, porém você não quis me contar o que havia acontecido. Depois disso eu falei algumas vezes com a sua mãe, e foi em uma dessas que ela me disse o nome do seu pai!

 

-Entendi, mas porque você escolheu o nome dele, se nem ao menos sabe o que aconteceu?

 

-Porque todas as vezes que eu falei com a sua mãe, ela me falava dele com muito carinho e muito amor. Ela me disse que ele teria muito orgulho de ti, tanto no profissional quanto na vida pessoal, que você é muito responsável e seguir os passos dele. E que um dia ele disse a ela que esperava que você não cometesse nunca o mesmo erro que ele!

 

Ele não se conteve e começou a chorar. Eu o abracei esperei ele se acalmar, quando ele parou de chorar, eu perguntei:

 

- Dan, o que é que aconteceu, porque você ficou assim?

 

-Senta aqui que eu vou te contar uma história. Quando meu pai e minha se conheceram, ele era casado, mas ele não era feliz, ele era quase seis anos mais velho que a minha mãe, eles se apaixonaram, mas ele tinha duas filhas, não era fácil largar tudo e começar uma nova “vida”, ele e minha mãe se afastaram ela acabou casando com outro homem bem mais velho do que ela com quem ela teve um filho! A Alyce! Quando ela estava grávida de seis meses da Alyce, ele morreu de um ataque do coração. Por isso eu me chamo Daniel Rhyder e ela se chama Alyce Leah Lewis. Quando ela tinha dois anos  meus pais se cruzaram novamente e ele já não estava mais casado. Eles acabaram se casando, ela nunca mais ouviu falar da ex-mulher dele e de suas filhas. Um dia chegou uma carta informando que ela havia morrido. Ela queria descobrir a todo custo se meu pai abandonou a Susie depois de ficar sabendo que ela estava com câncer. Acabou descobrindo com a minha avó que ele se separou antes e nunca mais quis saber nem dela e nem de suas outras filhas. Quando eu nasci a Alyce tinha três anos e meu pai a amava como se fossa a filha dele, ele nos criou com muito amor, amava principalmente a minha mãe, era um amor incondicional, mas mesmo assim ele não era completo, acho que era por sentir culpa por ter abandonado suas filhas. Quando eu fiz dezessete anos, meu pai foi atropelado por um carro que tinha perdido o controle. Meu pai morreu antes de chegar ao hospital e a pessoa que o atropelou era minha irmã. Ela saiu desacordada do carro, resistiu por três dias, mas no dia que eu fui falar com ela, ela não agüentou e acabou morrendo. Depois disso eu conheci a minha outra irmã, sempre que dá nos falamos, já enviei o convite do nosso casamento.

Preciso ligar para ela, para saber se o convite chegou e explicar o porquê eu não fui entregar pessoalmente.

 

-Nossa que historia incrível, mas e ela como é? Você parece com ela?- eu perguntei

 

 

-Pois é, é por isso que eu quase não falo de meu pai, eu sofro muito com a falta que ele me faz, então tanto não falar nele, para não me lembrar da saudade que eu sinto dele. Ele foi um pai maravilhoso, pelo menos para mim e para a Alyce que nem filha dele era, mas acabou fazendo mal as outras duas e acabou morrendo sem pedir perdão. Alguns meses depois achamos uma carta que ele havia escrito para elas um mês antes de morrer.

Eu peguei a carta antes que a minha mãe ou mesmo a Alyce pudesse ler, fui até a casa da Dannyelle e entreguei pessoalmente, como eu não sabia o que estava escrito, deixei-a ler, assim que ela terminou de ler caiu em um choro desesperador, abracei-a e perdi perdão por tudo o que ele fez a ela. Ela me olhou com doçura e me disse: “Daniel, você não precisa me pedir perdão, você não me fez nada. Olha eu não tenho mais magoas do papai e nunca tive suas. Só é estranho saber que tenho um irmão tão carinhoso e que só conheci agora..”Depois disso, ela se casou cerca de dois anos atrás , eu entrei com ela, para representar meu pai. Ela esta grávida de sete meses, e me chamou para ser padrinho do filho dela que irá se chamar Adryan.

E respondendo a sua pergunta sim, nos parecemos muito, a Adriana a minha outra irmã, ela se parecia muito com a mãe dela. Ela era morena, mas tinha os olhos azuis como os de meu pai. Ela era muito bonita e tinha um sorriso cativante, pelo menos pelas fotos. A Dannyelle é loira alta, também tem um sorriso lindo, só que tem os olhos castanhos claros, porem ela se parece muito comigo. Quando chegarmos em casa, vamos à Londres para você conhecer eles antes do casamento.

 

Eu o abracei, não sabia que eles haviam vivido tanta coisa. Nunca poderia ter imaginado tamanha tragédia perder o pai e a irmã de uma só vez, me veio a imagem da Lucia.

 

-Entendi o porquê você esta tão presente na gestação da Lucia, você tem medo de fazer a mesma coisa que o seu pai fez com a Adriana e a Dannyelle.

 

- é mais ou menos isso, mas acho que é porque é meu filho. Sempre fui louco para ser pai, é claro que não queria que fosse naquela circunstancia. E muito menos com a Lucia, mas Deus foi muito bom comigo, meus filhos vão nascer um perto do outro. -  Ele segurou a minha mão entrelaçou-as e colocou a outra na minha barriga.

 

Eu dei uma risadinha, e ele me perguntou:

 

-Quando é que vamos contar para os seus pais que você esta grávida?

 

- Amanha, vamos até a minha mãe e falamos. Depois vamos ao meu pai e contamos para ele, está bem?

 

-Está, mas será que eles vão reclamar?

 

-É capaz de nos dizer que somos novos demais, que poderíamos ter esperado mais um ou dois anos. Mas nada demais. Acho que não deveríamos ficar preocupados com isso, temos que descansar, hoje tivemos um dia muito agitado.

 

-É verdade, quantas coisas passamos hoje, descobrimos que vamos ter um bebê, conheci seus pais, te contei sobre a historia do meu pai e de minhas irmãs. E o melhor de todos, nosso reencontro. É muita coisa para um só dia. – Ele deu uma risada gostosa, que foi difícil não sorrir junto.

 

Deitamos, eu estava com saudades de dormir agarradinha a ele, dormir em seu peito, não havia nada melhor. É como se nada de ruim pudesse me atingir, como se ele fosse me proteger de tudo.

Dormi maravilhosamente bem, acordei com uma fome, e parecia que ele havia lido a minha mente, pois abri os olhos ele já havia pedido o café- da – manha. Estava entretido no seu notebook, lendo algumas reportagens de Los Angeles. Fui ao banheiro escovei meus dentes, voltei ao quarto, ele já não estava, o seu celular que antes estava sobre a mesa também não estava mais. Deduzi que ele tinha ido fazer uma ligação importante.

Sentei a mesa, e comecei a tomar o café que estava delicioso, terminei de comer e nada dele voltar, decidi ir tomar um banho. Voltei para o quarto e nada do Dan aparecer, então me troquei e desci ate a recepção. A recepcionista disse que ele havia saído e que tinha deixado um bilhete para mim.

 

“Laurha, tive que sair às pressas, me desculpe por não ter avisado, vá para a casa da sua mãe, estarei lá na hora do almoço! Eu te Amo!”

 

 

Fiz o que ele mandou. Cheguei à casa da minha mãe por volta das onze horas, fui a casa do Miguel, acabei acordando ele. Fiz o café para ele e pedi para ele ir almoçar conosco, porque iríamos contar para a minha mãe que eu estava grávida e como o Dan não sabe que você já sabia, queria que você fosse almoçar junto conosco. Ele concordou, mas queria que eu falasse para o Dan que ele já sabia. Cheguei em casa, só o Junior estava lá. Assim que eu entrei ele disse:

 

-Laurha, o Dan ligou pediu para você ligar para o hotel, assim que você chegasse, parece que aconteceu algo.

 

-Como ele estava?

 

-Muito preocupado!

 

Liguei para o hotel, e pedi para passarem no quarto dele. Ele atendeu com uma voz seria.

 

-alô!

 

-Dan, sou eu! O que foi?

 

- oi amor – a voz dele acalmou e ele continuou- parece que a Dannyelle entrou em trabalho de parto, e o Henry ligou para a Alyce pedindo para que eu fosse para o hospital o mais rápido que pudesse, porque ela queria que eu estivesse lá. Estou indo direto para Londres, já aluguei um jatinho sai daqui uma hora. Eu queria que você fosse comigo, mas se não puder vou entender.

 

-É claro que eu vou! É só o tempo de arrumar as minhas coisas, você passa aqui para me pegar?

 

- Claro que sim, daqui meia hora eu estou ai. Avisa a sua mãe e ao seu pai, para eles não ficarem preocupados!

 

- Ok, Eu te amo!

 

Desliguei. Pedi para o Junior e para o Miguel ir arrumando as minhas coisas e liguei para  a minha mãe.

 

- Oi mãe, tudo bem?

 

- Oi Laurha, tudo sim e você?

 

- Esta tudo bem, olha mãe eu e o Dan estamos indo para Londres agora, a irmã dele entrou em trabalho de parto, ela só tem sete meses. Ela pediu para ele ir, eu vou com ele esta bem?

 

- ok, mas aconteceu alguma coisa?

 

- Não, esta tudo bem, é que o menino é afilhado dele. Então ele quer estar presente

 

-Ah, entendi! Então vão com Deus. E ate mês que vem.

 

- Vocês fiquem com ele! Até mês que vem. Mãe eu te Amo!

 

-Eu também criança.

 

Desliguei a ligação com a minha mãe e liguei para o meu pai. Expliquei a situação e ele entendeu. Desliguei e fui terminar de arrumar as minhas malas, coloquei uma roupa mais confortável afinal irá viajar direto para Londres, precisava cuidar da minha gravidez. Após vinte minutos o Dan chegou, pediu para o taxista esperar, entrou em casa, me deu um beijo e foi falar com o Junior e o Miguel.

 

-Olha Junior, vou esperar você em Los Angeles para poder me explicar sobre tudo o que você fez na Austrália, quero que você passe um tempo em nossa casa, lá é uma cidade maravilhosa!

 

- Claro, assim que der, passo um tempo lá, mas eu não vou ficar muito, não vou conseguir deixar a minha mãe sozinha. Daniel toma conta da Laurha, Por favor!

 

- Pode deixar que eu vou cuidar dela direitinho, e você Miguel fique a vontade para ir lá a hora que você quiser. A nossa casa irá estar de portas abertas sempre para ti!

 

- muito obrigado Daniel, irei sim, a Laurha vai precisar de mim daqui a uns meses. - ele deu uma risada

 

 Que sorriu e disse:

 

- Com certeza, nos iremos adorar a sua visita.

 

- Bom Junior – Eu atrapalhei a conversa deles- se cuida e cuida da mãe. Vou te esperar lá mês que vem, eu te amo!

 

- você também se cuida, assim que chegar em Londres me liga!

 

- Claro pode deixar, e você Miguel, estarei esperando você em Los Angeles, para poder te levar para conhecer as praias, lá é tudo lindo. É tudo muito diferente daqui.

 

Eles se abraçaram e eu cheguei bem a tempo de poder me juntar ao abraço. Despedi-me do Miguel e do Junior, pegamos o taxi e começamos nossa viagem a Londres. Assim que saímos de casa ele me perguntou:

 

- Laurha, essa viagem não vai fazer mal para o bebe?

 

- Para falar a verdade Dan, eu não sei. Acho que não, mas para ter certeza eu vou ligar para o medico da Lú!

 

Ele concordou, eu liguei e falei com o Doutor Lucas, ele me explicou tudo o que poderia acontecer. Mas que assim que eu chegasse era para eu procurar um medico!

 Desliguei o celular e falei pára o Dan:

 

-Dan, o medico disse que não faz mal, mas que assim que eu chegasse a Londres, seria melhor eu ir ao medico só para ele ver se estava tudo certo com o neném.

 

-Ah tudo bem, então vamos logo porque se não a Danny me mata!

 

Chegamos ao aeroporto e após dez minutos embarcamos, No avião havia cinco tripulantes, que nos acomodaram em nossos assentos. Como sempre eu dei um beijo no Dan antes de decolar, sentei em minha cadeira e acabei cochilando, eu sabia que de agora em diante seria sempre assim. Tive um sonho legal, sonhei com o meu pequeno Andrew corria para abraçar a pequena Jolie, ele era loirinho com os olhos mel esverdeado. Ela tinha o cabelo escuro, igual aos da mãe, tinha a pele clara e os olhos azuis do Dan, eu e o Dan estávamos sentados e no colo dele tinha uma menina loirinha também com os olhos azuis, então o Andrew e a pequena Jolie olharam para ela, e vieram correndo. Quando eles pularam em cima de mim e do Dan eu acordei sorrindo. O Dan olhou para mim com curiosidade e perguntou:

 

- Você teve um sonho engraçado?

 

- Não, eu tive um sonho lindo, sonhava com os nossos filhos!

 

- Nossos filhos?

 

- Sim, a pequena Jolie, o pequeno Andrew, e uma menininha loira!

 

-Amor, a Jolie não é sua filha.

 

-Eu sei, mas terei por ela o mesmo amor, que terei pelo Andrew.

 

-Amor, você não existe, a Lucia fez de tudo para nos separar, ate mesmo por conta dessa gravidez e você me diz que ira amar a filha dela como se fosse sua!

 

-é claro que sim, Daniel. Em primeiro lugar a Jolie não tem nada a ver com essa historia, e em segundo lugar ela é filha do meu noivo, eu te amo, e te amar implica amar os que você ama, e os pertencem a ti. A Jolie é uma parte sua, uma parte que você ama incondicionalmente, e como eu poderia amar você, e não amar a sua filha?

 

- Mesmo assim, amor. Eu duvido que se fosse a Lucia que estivesse em seu lugar, ela não teria essa mesma opinião.

 

- Pode ser que não, Dan. Mas com certeza ela não te ama da mesma maneira que eu! E vamos trocar de assunto.

 

- esta bom, Lalá! Amor o Miguel já sabia da sua gravidez?

 

-sim, ele foi buscar o resultado do exame. Por quê?

 

-Por nada. É que você não me falou, quando eu me despedi dele, ele me deu os parabéns e pediu para eu cuidar de você!

 

-Ah, o Miguel é superprotetor, mas você não ficou bravo não e?

 

- É claro que não. Não tenho motivos, você terminou com ele para ficar comigo. Fiquei receoso de como ele iria se comportar comigo, ate porque você era noiva dele. Mas ele me surpreendeu, foi muito simpático e muito companheiro, dava para ver nos olhos dele que gostava de você e queria que você fosse feliz. É um verdadeiro amigo, e amigos assim temos que fazer de tudo para não perder.

 

- Amor que bom que você gostou do Miguel, ele é um amigo insubstituível.

 

- Com certeza, mas você não esta com fome? Passou quase três horas dormindo, deveria estar!

 

- Três horas? Nossa! Estou com um pouco de fome sim. Mas vai demorar a chegarmos em Londres?

 

- Ache que mais cinco ou seis horas, não sei direto.

 

- Hum, então acho melhor eu comer algo até porque eu não almocei.

 

- é verdade Laurha, eu me esqueci completamente. E já são quase quatro horas da tarde, eu vou pedir que te tragam um almoço.

 

-Não, Dan eu estou enjoada, mas pode pedir uma salada de fruta com iorgute de morango. Isso vai sustentar pelo menos até a noite ai eu prometo que como comida.

 

Ele concordou, e pediu para a comissária que preparasse uma salada de frutas e que me fizesse bastante. Ela voltou dez minutos depois com uma tigela cheia de frutas. Comi toda a salada de frutas, que dava para três ou quatro pessoas. Estava deliciosa. O Dan olhava para mim com tanta curiosidade.

 

- O que foi Dan?- eu perguntei

 

- Nada, - ele sorriu e continuou – desde quando você come tanto assim?

 

- Desde quando eu fiquei grávida, e desde que eu não comi quando deveria!

 

- Nossa... E precisa me responder, com toda essa grosseria.

 

- Desculpa Daniel. Mas fiquei brava.

 

- eu to brincando sua boba. Agora vem senta aqui comigo.

 

Eu estava sentada na poltrona de frente para ele. Levantei, me deu uma tontura quase cai no chão do avião. O Dan me pegou, assim que eu titubeei.

- Laurha, o que foi? Você esta bem?

 

- Estou... Acho que fiquei tonta.

 

-Então senta aqui...

 

Ele me sentou na poltrona, sentou ao meu lado, colocou a mão em minha testa e disse:

- Laurha, você está bem? Você esta gelada!

 

-Eu não sei, estou me sentindo tonta, acho que a minha pressão caiu, preciso comer alguma coisa salgada!

 

- Você quer que eu fale com o comandante e peça para ele pousar assim que der?

 

-Eu acho que não precisa, mas não estou bem.

 

-Entao, eu vou falar com ele e você descanse, vou pedir também uma água de coco para ti.

 

-Esta bem.

 

Ele foi até o comandante do avião, explicou a situação, ele compreendeu, mas disse ao Dan, que teremos que esperar para achar uma região com um aeroporto que desse para pousar, e que a nossa sorte, foi que avisamos antes porque estávamos prestes a entrar em alto-mar e não poderíamos voltar.

A comissária trouxe a água de coco e bolachas salgadas. Eu fui melhorando, após trinta minutos, o comandante deu o aviso que iríamos parar.

Assim que o avião pousou, eu tive outra tontura. Descemos do avião, o comandante disse ao Dan que só poderíamos ficar ali por duas horas, porque os controladores de vôos disseram que estava chegando uma tempestade, e se começasse antes desse tempo, não iríamos mais decolar hoje.

Fomos ate o pronto atendimento do aeroporto, a medica foi muito atenciosa, disse que era normal ter tontura em aviões, porque eles estão sempre perdendo ou ganhando altitude. Ela fez um exame que dava para ouvir o coraçãozinho dele. Foi tão emocionante, ele ate chorou e depois disfarçou. Ele estava tão feliz e parecia menos preocupado. A medica terminou a consulta em vinte minutos, e mandou eu comer nem fosse uma sopa, mas eu não queria. Porem o Dan com aquela mania de me forçar a comer, me fez comer uma salada de alface e um pouco de arroz com um peixe grelhado.

Eu disse a ele:

 

-Amor, desse jeito eu vou ficar gorda. Você viu o tanto de coisas que você me deu para comer.

 

-É claro, Laurha se eu não faço você comer, você vai acabar matando o pequeno Andrew de fome!

 

-Não vou Não!

 

-Se você não se alimentar direito, ele não vai conseguir sobreviver. E você não esta pensando nele. Quando você pensar em não comer, pensa que ele precisa ser alimentado. Para quando ele nascer agüentar viver nesse mundo doido!

 

-Ai Daniel, você não precisa falar assim. Esta bem, eu vou começar a me alimentar direito, Mas não quero que volte falar assim. Você viu que lindo é o nosso filho!

 

-Ele é lindo demais, você ouviu o coraçãozinho dele. É tão rápido!

 

-Ouvi sim, tão emocionante, não é?

 

-É sim, uma experiência que eu nunca vou esquecer!

 

-Por quê? Você não foi com a Lucia em nenhum dos ultra-sons?

 

- Não, ela ate me chamou, mas eu acabei esquecendo e nem fui! Depois ela ligou chorando!

 

-Eu também iria brigar se eu soubesse. Ai de você, senhor Daniel Rhyder, se você não for a todos os meus!

 

- Ah então vamos brigar sempre!

 

- É bom saber, então já me fala agora que assim eu nem volto para os estados unidos! Nem me caso mais.

 

-Ai que horror, Laurha. Estou só brincando. Você nem vai precisar me pedir, eu já estarei sabendo e pronto para quando tiver que ir!

 

- Hmmmmm, sei... Espero mesmo que seja assim. Quero só ver. Agora vamos andar um pouco, e avisar o comandante que podemos partir em meia hora!

 

- Tem certeza, se você quiser podemos ficar. Se você não estiver bem, eu ligo e aviso o Henry!

 

-Não precisa esta tudo bem, você viu o que a medica disse, vamos que ainda temos muitas horas para terminar essa viagem.

 

-Então esta bem. Vamos falar com o comandante e vamos sair logo do Brasil, antes que chova!

 

- Está bem!

 

 


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Notas finais do capítulo

Prontinhooo...

Mais um capitulo, amores estou esperando o review de vcs...

Bom, Amanhã tem mais!!!

beijinhos