Falamos com o comandante que estava tudo bem e que poderíamos seguir viagem. Assim que ele terminasse de jantar ele poderia ligar para o Dan e voltaríamos para o avião. Conhecemos o aeroporto de Fortaleza. Era um lugar muito bonito, passeamos um pouco e voltamos para o avião. Dessa vez, eu me sentei ao lado dele. Acabei dormindo de novo, só que dessa vez foi um sono sem sonhos. Somente dormi, Acordei e já estávamos chegando em terra firme, mais duas horas e estaríamos em Londres. Já eram nove horas da noite, acordei com fome. Pedi a comissária que me trouxesse um chá de erva doce e bolachas salgadas. O Dan estava dormindo, tentei me desvencilhar do seu abraço sem acordá-lo, sem sucesso é claro. Ele abriu os olhos e deu um sorriso.

Eu disse:

 

- oi Amor, você esta bem?

 

-Oi, sim e você?

 

- Com um pouco de fome, mas já pedi um chá de erva doce e bolachas. Você quer também?

 

- Chá de erva-doce? Desde quando você gosta disso. Toda vez que eu te pedia para fazer, você ficava reclamando. Dizia que não gostava nem do cheiro!

 

 - É verdade, mas eu acordei com vontade de tomar! Acho que o nosso bebê vai gostar de chá de erva-doce!- eu dei risada e ele também.

 

- Bom, então já sabemos que ele tem um gosto igual ao meu!

 

- É verdade. Mas afinal você quer ou não?

 

-Quero sim.

 

Eu pedi outro chá para a comissária, depois de dez minutos ela voltou com os dois chás. Comemos em silencio, foi terminar de tomar o chá. Que me veio a vontade de vomitar. Corri para o banheiro e o Dan ficou sem entender nada. Ele veio atrás de mim.

 

-Laurha, você esta bem?

 

Mas eu não conseguia falar nada, não naquele minuto. Quando eu consegui me acalmar, quando parei de vomitar. Eu disse:

 

-Dan, esta tudo bem. Você pode pegar a minha escova de dente e a pasta?

 

-Claro só um minuto.

 

Ele voltou mais rápido do que eu imaginava.

 

-Amor esta aqui! Você esta melhor?

 

- Sim, amor. Foi só um enjôo.

 

- E vai ser sempre assim?

 

- Acho que sim.

 

Sai do banheiro, ele estava lá me esperando. Com a feição aflita. Eu dei uma risadinha. E disse:

 

-Calma amor, esta tudo bem!

 

- Tem certeza?

 

-Claro que tenho. Toda vez que o bebê tem vontades, quem come é a mãe. E geralmente isso acontece, é normal de toda mulher grávida!

 

- Que coisa chata. Então vamos sentar a comissária já tirou o chá de lá. Vamos?

 

- Sim, vamos. É capaz de eu ficar tonta se continuar de pé!

 

Sentamos e não falamos quase nada. Após uma hora do ocorrido, o comandante avisou que estávamos em Londres e que iríamos pousar. Chegamos ao aeroporto de vez ir para o Hospital, fomos para a casa da mãe dele. Tomamos um banho, guardamos a mala e depois disso, fomos para o hospital. Chegamos lá ele encontrou o Henry e disse:

 

-Oi Henry, tudo bem? Já nasceu? – ele chegou perto e lhe deu um abraço!

 

- Oi Dan, tudo sim e você? Não ainda. Estou esperando a enfermeira vir me chamar. Eu vou assistir o parto. E já a aviso que você chegou.

 

- Claro Henry essa é a minha noiva, Laurha. Eu vou dar uma passadinha no médico com ela, e depois voltamos para ficar aqui, esperando o Adryan nascer.

 Ele disse e fez o gesto com a mão, me apresentando ao cunhado dele.

 

- Tudo bem? Laurha é um prazer te conhecer.

 

- O prazer é todo meu!

 

- Bom, então já voltamos. Se você entrar antes de voltarmos, avisa a Danny que eu já cheguei.

 

- Ok, eu aviso.

 

Deixamos o Henry sozinho, pelo que pudemos perceber, ele estava muito nervoso. Não é para menos, o filho dele esta nascendo. Passamos no medico, ele escutou o coraçãozinho do pequeno Andrew, que ainda não sabemos se será Andrew ou Angel. Mas para mim, será um menino, tenho quase certeza. Novamente nos emocionamos com a batida do coração do nosso pequeno. Saímos da sala do médico, mais tranqüilos. Agora o nervosismo era outro. Era a espera do pequeno Adryan. Voltamos para a recepção onde o Henry estava. Ele não estava. Perguntamos para uma enfermeira que estava passando. Ela nos disse que ela havia ido para a sala e que o Henry estava com ela. Esperamos cerca de uma hora o Henry apareceu na sala chorando. O Daniel levantou preocupado e perguntou:

 

- Henry, o que foi?

 

- O... O... O Adryan nasceu... Ele nasceu... – ele responde e voltou a chorar!

 

O Daniel o abraçou e disse:

 

-Calma Henry, não precisa chorar.

 

-Eu estou calmo – começou a dar risada!

 

Ele não sabia se chorava ou se sorria. Eu o abracei e disse:

 

- Parabéns cunhadinho! Que o pequeno Adryan, venha com muita paz, amor e saúde!

 

- Ele já chegou com tudo isso, cunhadinha!

 

- E a Danny. Já foi para o quarto?- o Dan perguntou.

 

-Sim, mas você só vai poder vê-la, daqui uns trinta minutos. Mas o Adryan, vocês já podem ver, ele está no berçário, vamos lá?

 

- Sim, é claro!

 

Fomos ao berçário, antes mesmo do Henry nos mostrar o Adryan. O Dan disse:

- O Adryan é aquele ali, não é?- Ele perguntou para o Henry

 

-É sim, como você sabe? – ele respondeu

 

- É porque ele é a cara da Danny. – e deu risada

 

Ele era lindo, era o bebê mais lindo que eu já tinha visto. O Henry chamou a enfermeira e disse:

 

-Oi será que o meu cunhado e sua noiva, podem pegar o Adryan?

 

- Tudo bem, mas daqui a dois minutos ele vai para o quarto, ficar com a mãe. – ela respondeu.

 

- Você falou para a Danny que eu estou aqui?- o Dan perguntou ao Henry.

 

-Nossa, eu me esqueci completamente.Ele respondeu

.

- Não tem problema- ele disse ao Henry e falou para a enfermeira- será que você me deixa levar o Adryan para ela?

 

- Bom, eu não posso. Mas se eu for junto, eu dou um jeito de você entregar o neném para ela.

 

Ele pegou o pequeno Adryan nos braços. Ele ficou maravilhado, como aquele pequeno ser, poderia ter um poder sobre as pessoas. Ele deu uma risadinha para mim e disse:

 

-Olha como ele é lindo, valeu a pena essas dez horas do Brasil ate aqui, só para ver ele. Não valeu?

 

- É claro que sim. Ele é perfeito!

 

A enfermeira que havia ido falar com outra família, voltou e nos disse:

 

-Está na hora de ir, você vai levá-lo no colo?

 

-Sim, eu posso?

 

- Claro que sim.

 

Ela nos levou até o quarto, abriu a porta. Ele entrou segurando o pequeno Adryan, nos braços. Logo depois dele, eu e o Henry. A Danielly estava dormindo. Ele chegou perto dela e disse:

 

-Olá mamãe. Como você esta?

 

Ela abriu os olhos, virou para ele e viu o irmão e o filho de uma só vez. Ela abriu um sorriso maravilhoso e disse:

 

- Oi, Dan!Achei que você não ia conseguir chegar aqui! Eu falei com a Alyce, ela me disse que você estava no Brasil. Eu posso saber o que você estava fazendo lá?- ela perguntou para ele fazendo cara de brava!

 

 

Ele deu uma risada para ela e disse:

 

- Eu fui buscar minha noiva fujona. Ela foi passar um tempo com a mãe dela, iria voltar na semana que vem, mas senti muita saudade e fui buscá-la.

 

-Ah, então você esta perdoado, como assim você vai se casar e nem apresenta sua noiva, para sua irmã mais velha!

 

-Eu ia vir te apresentar. Só que tivemos um imprevisto. E não conseguimos vir.

 

-Ah, então ta. E agora porque você ainda não me apresentou. Estou esperando!

 

-Claro você não muda não e! Descobri porque o Adryan nasceu antes da hora. Essa é a Laurha a minha noiva e futura mãe dos meus filhos!

 

Ela me olhou, deu uma risada e disse:

 

-Ela é mais bonita do que eu pensei!

 

- Ela é linda!- ele retrucou

 

- Ah, por favor, parem os dois com isso, já basta o Dan viver me deixando sem graça, agora você também não da!

 

Todos nós rimos muito, como já era uma hora da manha, decidimos ir embora. Amanha iremos voltar! Voltamos para a casa da Jessye, chegamos, tomamos um banho, e dormimos no quarto dele que nem dois anjinhos. É claro que ele como sempre dormiu mais. Levantei, preparei o café-da-manhã. Lembrei-me do dia em que eu vi a Lucia pela primeira vez. Não consegui não chorar, não sei porque mas fiquei com medo e nada tinha a ver com o Dan e o meu pequeno Andrew, mas sim com ela e a pequena Jolie. Eu sentia um amor pela filha do Dan, que não tinha explicações. Geralmente quando o marido tem um filho de outro casamento, ou fora do casamento, as mulheres não gostam. Eu não consigo ter raiva nem da Lucia, imagina da Jolie.

 

Eu estava absorta em meus pensamentos e em minhas lagrimas, que nem percebi que o Dan chegou na cozinha. Quando eu vi, ele já estava perto de mim, que nem deu para fingir que eu não estava chorando.

Ele me perguntou:

 

-Amor o que foi?

 

-Porque você esta chorando?

 

 Aí as coisas pioraram, abracei-o, chorei até cansar, até não conseguir mais cair uma lágrima. Ele esperou calmamente. E quando eu consegui parar de chorar, eu disse:

 

- Não aconteceu nada. Eu estava aqui fazendo o café, e me lembrei da Lucia. Meu coração apertou, fiquei com medo. Liga para a Lucia, vê se está tudo bem. Por favor? – eu comecei a chorar de novo.

 

-Calma amor, eu já vou ligar!

 

Ele pegou o celular, ligou para ela. Perguntou se estava tudo bem. Ela disse que estava e que hoje ela tinha ido ver o arquiteto que iria montar o quarto da Jolie. Ele iria montar um na casa da Lucia e o outro na nossa casa. Ele teria que fazer dois trabalhos diferentes. O do Andrew será a Alyce que vai montar. Apesar de ela ainda não saber. Alias ninguém sabe ainda que estou grávida. Ele desligou e ligou para Alyce, disse que estávamos em Londres e na casa dela. Perguntou se estava tudo em ordem. E desligou.

 

-Laurha, esta tudo bem! Ela esta vendo o quarto da Jolie. E em casa também esta tudo bem.

 

- Não sei, não! Dan desculpa, mas eu quero voltar para Los Angeles. Faz muito tempo que estou fora de casa. E já não agüento mais isso.

 

-Esta bem, vamos para o hospital e de lá voltamos para Los Angeles.

 

- Esta bem. Vamos de taxi e aproveitar que o avião ainda esta aqui. Avisa o comandante que vamos para Los Angeles em três horas.

 

- Ok, você que manda!