Um Inferno Te Amar! escrita por Mari
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora para postar esse capitulo, mas semana passada foi muito corrido.
Espero que gostem, e que continuem acompanhando.
Raphael me olhou esperando algum protesto, entretanto não lhe daria esse gosto. Era hora de começar a demonstrar toda a calma e competência que disse ter.
- Claro. Posso telefonar para minha sócia e explicar a situação?
- Certamente – respondeu ele com um brilo de desagrado nos olhos, o que me fez sentir uma pontada ridicula de triunfo – Vou mostrar sua sala.
Me conduziu ate um aposento adjacente, modernamente equipado.
- Encontrará tudo o que precisa aqui. Tem cinco minutos para realizar seu telefonema. Depois pode voltar para minha sala, levando um bloco de papel.
Quando fiquei sozinha, telefonei para Mandy, e com poucas palavras expliquei a ela o que acontecera e marquei um encontro anoite, para organizarmos o trabalho na agência. Logo que desliguei, peguei um bloco de anotações juntamente com uma caneta e me dirigi a sala dele novamente.
- Pronta? – Perguntou assim que me viu, mas nem esperou minha resposta – Quero isso aqui redatilografado. Sem erros, de preferência.
- Farei o melhor que puder, Raphael.
- Responda para essa empresa que não. – Disse apontando para uma pilha de correspondência – E peça mais detalhes sobre a proposta dessa aqui. Tenho um relatório para ser feito o mais rápido possivel – Me olhou e arqueou uma sobrancelha – Acha que pode dar conta disso ainda hoje?
- Talvez.
Então ele começou a ditar com tanta velocidade que quando ele parou para respirar, imaginei se estaria fazendo aquilo de proposito. Minha caneta preencheu várias páginas, antes que ele concluisse o relatório. Só então, ergui a vista esperando a proxima tarefa.
- Entregue-me um rascunho disso antes de qualquer outra coisa – Ele me avisou
- Isso é tudo?
- Por enquanto. Manterá você ocupada pelo resto da manhã.
- Já passa do meio-dia – Salientei com cuidado – E de acordo com a agenda da sua secretária, tem um encontro com Jenna daqui uma hora.
- Correto – Fiz menção de sair – Ahh Mary, antes que eu me esqueça... – Voltei-me para ele – Não quero ver nenhum de seus admiradores rondando meu escritório.
Senti-me prestes a explodir, perder o controle e esbofetear Raphael com tanta força que todas as chances de travar negócios com a empresa dele estariam perdidas para sempre.
- Sim, senhor – respondi num tom falsamente submisso.
Em minha sala, nem pensei na possibilidade de sair para almoçar. Havia muito serviço. Passei boa parte do tempo me familiarizando com o processador de textos, antes de fazer o rascunho do relatorio que Raphael ditara.
Encontrei a versão original dos papéis que precisavam ser corrigidos. Mal havia começado a cuidar dessa parte do trabalho quando a fome me forçou a sair para procurar um sanduíche. Fiquei fora por quinze minuto e quando voltei, encontrei Raphael furioso em sua sala.
- Onde diabos estava? – gritou ele antes mesmo que ue pudesse tirar meu casaco.
- Fui comer um lanche, se não se lembra, não almoçei.
- Lanche? Esse é o tempo em que suas “competentes secretarias” costumam levar para comer?
- Boa parte delas – Respondi – Se está procurando o relatório, deixei o rascunho em cima de sua mesa.
Ele voltou para sua sala sem dizer mais nada.
- Obrigada Mary! – Resmunguei comigo mesma.
Começei a cuidar da correspondência, apesar do numero de vezes que fui interrompida por ele, consegui terminar o serviço às cinco. Raphael depositou uma pilha de cartas assinadas sobre minha mesa.
- Quando terminar de envia-las, pode ir embora – ele avisou.
- Ir embroa? - Por um momento pensei que um dia de trabalho havia sido o suficiente, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, ele voltou a falar:
- Sim. Quero que esteja pronta às seise meia. Tenho um encontro com os fornecedores para os quais preparei aquele relatorio e preciso de você para tomar notas.
- Ohh, entendo. O encontro será aqui mesmo, ou fora?
- Nem um, nem outro. Será em Hammersmith. Passarei para pega-la em casa. – Ele parou e voltou a me olhar – O horário será inconveniente, Mary?
- E se for?
- Melhor – Ele me deu um sorriso insinuante e saiu ante de qualquer reação minha.
Telefonei para Mandy cancelando nosso encontro, e cuidei das correspondências. Assim que acabei peguei minhas coisas e meu casaco e me dirigi ao elevador.
- Ainda está aqui?
Virei e me deparei com Raphael usando apenas uma toalha na cintura. Os cabelos castanhos ainda estavam molhados do banho. Alguns fios caidos na testa o deixavam com aparência de menino. Foi então que me dei conta de que ele dissera que aquele era seu “aposento particular”.
- Você mora aqui? – perguntei um tanto surpresa.
- Ora, muito bem, Mary! – Ironizou ele com um meio sorriso – Já pensou em seguir carreira no palco? Representa muito bem. Mostrarei o resto do apartamento quando tivermos mais tempo. Quem sabe ate tomarmos aquele café que você me ofereceu. Mas por enquanto, sabemos exatamente onde devemos ficar. – Encostou-se na parede – Dispensei-a há meia hora, porque ainda está aqui?
- Tive que mudar meus compromissos para esta noite. – Engoli seco ou ver sua expressão.
- Tenho certeza que ele poderá esperar. Afinal, vale a pena esperá-la não é, Mary?
- Isso você nunca saberá!
Disse completamente irritada, e me virei para entrar no elevador, porém ele foi mais rapido e me impediu.
- Use o elevador particular, ele a levará para a saída lateral do andar térreo. – Ele abriu a porta do elevador e entregou as chaves a mim. – Acho melhr você ir andando, caso o cantrário me deixará esperando e perderá pontos comigo. – Apertou o botão do elevador – Seis e meia, nem um minuto a mais.
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