Um Inferno Te Amar! escrita por Mari


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando. Prometo que ficará melhor com o tempo.



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Por um momento, ambos permanecemos imóveis. O sorriso confiante que eu havia preparado para Milene Heryson desaparecera completamente, deixando apenas uma sombra de confusão.

 

- Mary!

Nenhuma pergunta, nenhuma surpresa. Raphael apenas pronunciara meu nome com naturalidade.

 

- Oi Raphael. Não esperava vê-lo aqui. Disse que seu escritorio ficava perto, mas não imaginei...
-Não? Então trata-se apenas de uma coincidência? – Antes que respondesse, ele me segurou pelo braço e me conduziu ate o outro lado da sala.

- Raphael! – protestei – Tenho um encontro...

 

Precisava me acalmar, mas Raphael não me deu oportunidades, abriu uma porta e me fez entrar no aposento indicando uma cadeira. Olhei ao redor e tive a leve impressão de estar no topo do mundo, ao observar a paisagem, através as amplas janelas de vidro que enchiam a sala com a luz do sol. Voltei a encara-lo.

 

- Tenho um encontro com a sra. Heryson. Poderia me dizer onde é o escritorio dela?

-Sente! – repetiu, vendo que ainda estava de pé.

Obedeci, porem sentei-me na ponta da cadeira, não tinha intenção nenhuma de permanecer um segundo a mais.

- Mih, você está esperando Mary Venturine? – Ele perguntou
- Sim, Raphael. Ela é da agência de secretárias sobre a qual falei. Ela já chegou, mas parece estar perdida em algum lugar do prédio.
- Duvido muito que ela esteja perdida. Na verdade, creio que ela se encontre no lugar onde deseja estar. Deixe o assunto comigo.

 

Raphael não falou de imediato, olhou-me durante algum tempo, com evidente ar de irritação. Então, como que tomando uma decisão, ficou em pé e se aproximou.

- Uma vez poderia ser coincidência, Mary. Mesmo sob a curcunstância inusitada de ontem à noite. Mas duas vezes? A sra. Heryson está no vigésimo andar. Esse é o vigésimo primeiro, meus aposentos particulares.
- Então devo ter apertado o botão errado. – me levantei – Um erro simples, facil de corrigir. Não o incomodarei mais.
- Fique onde está, Mary!
- Porque? Para que possa me insultar novamente? Não, obrigada.

Não voltei a sentar-me, mas permaneci onde estava. Era pouco provavel que conseguiria realizar algum negócio  com essa empresa agora. Entretanto, devia ao menos uma tentativa a Mandy.

- Desculpe se o importunei Raphael, mas vim a convite da sra. Heryson para tratar sobre a contratação do serviço temporário de uma secretaria. Gostaria de fazer isso agora, se me der licença.

- Pode falar diretamente comigo. Convença-me de que tem algo valioso a me oferecer. – fitou-me com um olhar frio. – Não será muito fácil, assim toda vestida, mas faça o melhor que puder.
- O que disse? – franzi o cenho, chocada.
- Não era isso que queria? Jogou-se nos meus braços ontem à noite. Depois me convidou para “tomar um café” em seu apartamento. Só que, infelizmente, não mordi a isca. E agora você está aqui. Sente, Mary, jogue seu anzol. Talvez consiga me tentar a mordê-lo.

- Que tipo de mulher pensa que eu sou? – Quase gritei.
- Tem dez minutos para demonstrar – Seu olhar frio me atingiu como uma flecha – Deixo o metodo a seu critério.

Sentei-me e sesolvi deixar de lado qualquer tentativa de explicação. Ele não acreditaria e minha oportunidade iria por agua a baixo. Se Raphael Collins era o dono dessa empresa, melhor seria fazer o que ele pedira, antes que a situação piorasse.
Sem perder tempo comecei a falar sobre os serviços que a agência oferecia e as vantagens que ele teria se os contratasse. Quando terminei, ficou tudo silencioso por um bom tempo.

- Vocês cobram muito caro – ele me disse por fim.
- Mas somos os melhores – argumentei.
- Essa é sua opinião. Além disso, seus métodos de negociação não me parecem muito seguros.
Recusei-me a sentir derrotada, apesar do que Raphael podia estar pensando, eu sabia que não havia feito nada de errado e não tinha motivos pra me envergonhar.
- Posso oferecer referências, se quiser. As empresas com as quais trabalhamos e que não se arrependem em pagar o preço que pedimos, poderçao informá-lo.
- Claro que você não me daria o nome de alguém que ficou insatisfeito com o trabalho – ele salientou – Prefiro fazer meus proprios julgamentos.
- Fico feliz com isso. – Notei seu olhar pensativo
- Está bem, Mary. Aceitarei seus serviços.

Sorri satisfeita com a oportunidade de retribuir a provocação que ele me fizera há poco.

 

- Lamento, mas não sou eu quem prestará o serviço, Raphael.

- Que pena...Talvez quando for...- arqueou uma sibrancelha – astuta o bastante para agarrar a oportunidade que ofereci, posamos voltar a conversar. – Acompanhou-a até a porta.
Somente quando estava no meio do caminho foi que me dei conta do que aconteceia, Raphael dispensara minha proposta.

- Mas...não posso. Tenho um negócio para administrar. – Contestou.
- Talvez esteja com medo de enfrentar a situação – o olhar dele se tornou desafiador, mas um minuto seria tarde demais.
- Claro que não!

 

Minha mente vervilhava com o que ele sugeria e até que não me parecia uma má ideia. Ninguem melhor para demonstrar a competência de minha agência. Contratara tidas as secretárias de acordo com meus próprios padrões de trabalho. Mandy poderia cuidar do escritório durante uma semana, mais ou menos.
Raphael continuava esperando, então fitei-o nos olhos e disse.

 

- Muito bem, Raphael! Obrigada pela oportunidade. Posso deduzir que se alcançar os padrões exigidos você dará preferência à minha agência, de acordo com os termos que descrevi?
- Sm – ele sorriu desafiador – Mas acho melhor avisar que sou extremamente exigente.
- Etambem – ergui o queixo, altiva – Quando posso começar, e para quem irei trabalhar?

- Pode começar agora, Mary. E irá trabalhar para mim.


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Notas finais do capítulo

Qualquer sugestão ou criticas me avisem!



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