Only Need Your Look escrita por NyahM


Capítulo 2
Capítulo Segundo – Or Maybe I Need More


Notas iniciais do capítulo

HEHE, eu here.


Pelo grande sucesso do último texto, acho que essa história merece continuar de pé.

Se seu review não foi respondido, espere pacientemente! Logo logo farei o favor de responder mais que decentemente !

QUACK QUACK, DUCK YEAH! 8U





Aconselho a ler ouvindo ' Lacie '



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Talvez o tempo lhe havia feito mais triste, talvez as circunstâncias á haviam feito mais madura. Talvez o trabalho á havia feito ficar distante, talvez a solidão á tenha feito aceitar essa condição. Talvez o olhar vazio poderia ter sido evitado, talvez ela pudesse estar sorrindo. Talvez essa decadência do estado físico e mental - já não muito coerente - tenha aumentado graças á saudade, ou talvez nada disso importasse e ela estivesse afinal destinada á ter uma vida que sempre piorasse, como uma pedra rolando em um desfiladeiro. Todas as alternativas foram coerentes, não faltava verdade em nenhuma delas. Mas, nenhuma delas é realmente a correta. Para perguntas sobre a decadência, sempre existe apenas uma resposta.

 

Uma vida é uma vida. Uma alma, é uma alma. E, o mundo em que vivemos, o grande habitat da espécie mais desprezívelmente interessante: Os seres humanos. Sua vida poderia ter melhorado, ou piorado. Era tudo questão de circunstâncias - o humor da vida. Não de Deus. As questões levantadas por religiosos não contam por aqui.

 

Se existe algum Ser Superior nesse caso, vamos chama-lo de Acaso. Todo o Acaso Proposital.

 

E, como o Acaso Proposital havia lhe tirado o seu pássaro, da mesma maneira, porque não trazê-lo de volta?

 

 

Talvez o Acaso fosse cruel... Talvez ele fosse apenas o Acaso. O Acaso e seu jeitinho cruel de ser.

 

 

Mas, a verdade, é que tudo havia apenas piorado. Na manhã em que acordou sozinha em casa, perdeu para o Acaso a única pessoa que estava ao seu lado. Talvez Medusa não estivesse do seu lado de uma maneira boa, mas era a única coisa que tinha. Ela viu o sangue de Ragnarok - seu irmão - no chão em alguns lugares - não o suficiente para deduzir que ele fora morto. Mas, seja lá o que tenha acontecido, o fato era que estava sozinha.

 

Mesmo assim, o habitat da raça desprezível continuava rodando, e ela precisava trabalhar. Ou ao menos, queria fingir que estava tudo bem.

 

 

O caminho para a rodoviária anexada á ferroviária, era curto. Talvez algumas quadras. Mas estava chovendo, afinal. E, o baque deixava os seus olhos opacos com o brilho insano e vazio do puro choque. Andava com o vestido negro de sempre, com o diferencial de um casaco grosso aleatório que havia pegado, já que as únicas respostas que recebia eram as do seu corpo. Frio, fome... Nem ao menos escutava direito mais... Ela estava escutando vozes inexistentes... Sussurros distantes...

 

Garota! Crona!

 

Como um grito abafado. Ela se agarrou mais ao casaco, que praticamente dobrava o tamanho normal de seus ombros, pois era realmente grosso. pena que era curto... E os gritos continuavam, somados ás gotas geladas de chuva batendo em seu rosto, como pequenos pedaços de gelo. A voz parecia estar mais clara agora.. Ouvia passos também, como pés batendo nas poças rasas de água formadas na rua. Ela pensava que era alguma ilusão de sua mente... Claro, quem mais poderia se importar com seu nome? Os únicos que sabiam haviam sumido de sua vida. Medusa, Ragnarok... Até mesmo o garoto do trem, além de que-

 

– O que está fazendo aqui?!

 

A voz agora estava a seu lado, e duas mãos de uma pessoa mais baixa lhe pararam, segurando em seus ombros. Crona sentiu o choque que estava passando pelo seu corpo - como estática - dar um looping novamente por cada partícula de sua pele, e ela levantou a cabeça, com olhos grandes como pratos.

 

– Meu Deus, faz tempo, não é mesmo... É Crona, seu nome, certo? Bem, que seja. Se continuar na chuva, vai ficar doente. Você parece mal... O que houve? Venha, vou te levar para a minha casa. Você me explica lá... E, sério, você parece realmente muito doente.

 

A última coisa que se lembra, foi as três listras dançando na sua frente, enquanto uma mão pegava firmemente em seu ombro e á guiava para o caminho contrário ao que pretendia ir.


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