Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 8
Violada


Notas iniciais do capítulo

Troquei a capa, gostaram? Mas os créditos pertecem a Milena Carneiro, uma grande amiga minha que fez ela pra mim. xD



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Katharine foi acordada pelo pai na madrugada de sexta, ele disse que tinha tido um imprevisto, e teria que viajar em cima da hora. Ela gritou , ainda dormindo, suplicando que ele ficasse, mas infelizmente ele teve que ir. Deu um beijo na testa da filha, e saiu pela porta, deixando-a sozinha.

Quando a mesma acordou pela manhã, sua madrasta estava com o mesmo comportamento de que quando seu pai estava ausente, então constatou que tudo aquilo ontem a noite não havia sido um simples sonho. Teria que aguentar ela durante o final de semana, ou até mais.

Nem desceu para tomar café da manhã, ela apenas ficou sentada na cama com os braços abraçando as pernas olhando para um ponto fixo em sua frente, pensando. Será que o problema dela seria fé? Nunca foi muito religiosa, de ir a uma igreja, mas tinha uma bíblia no seu criado-mudo. Mas mesmo assim, ela percebeu que nunca conversou com ele. Será que se agora ela pedisse ajuda, ele ajudaria? Não seria muito egoísmo? Diziam que seu amor era infinito, e que perdoava. Então assim fez, pediu que a ajudasse, numa oração silenciosa. Mas mal ela sabia que já estava sendo ajudada.

 

Os outros dias transcorreram calmamente. Soraya, toda a manhã batia na porta do quarto de Katharine e gritava ofensas, mas ela nem ligava, ficava trancada no quarto o dia todo, e só saia a de madrugada quando tinha certeza que ela dormia, para pegar comida e guardar de baixo da cama.

Mas na noite de domingo não foi bem assim que ocorreu.

Katharine levantou de sua cama, abriu a porta, e estava descendo pela escada, quando escutou uma conversa vindo de dentro do quarto do seu pai e sua madrasta. Ela caminhou, fazendo o mínimo de barulho possível até a porta e colocou o ouvido colado com ela para que pudesse escutar o que acontecia no cômodo. Soraya conversava com alguém. Um homem.

- Mas vocês não podem me dar mais um prazo?

- Já te demos um prazo, e ele será comprido! Se você me chamou aqui para isso, acho melhor desistir.

- Seu infeliz! Nós fizemos um acordo!

- Exatamente. E ele tem prazo de validade. – ela não estava entendendo nada. Como assim acordo? – E a propósito, se você acha que só porque está batendo na pobre Katharine, não quer dizer que isso te traga um bônus.

- Vocês todos são uns infelizes! – berrava Soraya.

Neste momento, Katharine dá um passo em falso e acaba derrubando um vaso de flores que ficava em cima de uma mesinha. Automaticamente os dois pararam de discutir, estava sendo espionados, e eles sabiam por quem. Katharine correu para seu quarto e tracou a porta.

- Deixa que eu cuido disso. – disse o homem e foi até o quarto de Katharine.

Ele viu que a porta tinha sido trancada. Ele riu. Que tentativa mais patética de fugir dele. Ele colocou a mão sobre a maçaneta, a girou e adentrou no quarto.

Ela ficou totalmente espantada. Como aquele homem tinha entrado no quarto dela, de o havia trancado com a chave.

- Pois é, você não acha que essa tentativa é um pouco idiota? Pelo menos para mim, não acha? – ele se aproximou dela, sentando na cama. Ela se encolheu – Por que você estava escutando a gente atrás da porta? Seu pai não te ensinou  que isso é falta de educação?

Ela não respondeu.

- Me responde droga! – ele deu um tapa na cara dela, deixando vermelho. – O que você escutou?!

- Nada, eu juro. Por favor, me deixa em paz! – ele agora a olhava com uma certa malícia.

- Vamos virar essa página, docinho? Que tal você me mostrar o que tem debaixo dessa camisola? – ele passou a mão de leve nas coxas dela, mas Katharine deu um tapa na cara dele, o repelindo. – Sua vaca!

Ele puxou o rosto dela, e colou a boca violentamente com a dela pedindo passagem com língua, mas ela não concedia.

- Abre a boca desgraçada! – ele gritou e deu outro tapa na pobre garota.

Ele fez de novo, mas dessa vez ela abriu passagem com medo de receber outro tapa por aquele monstro. Ele rasgou a camisola dela e depois a calcinha. Tirou rapidamente suas vestes e entrou dentro dela bruscamente.

Katharine gritou de dor, e não pode conter algumas lágrimas de dor que automaticamente desciam dos seus olhos. Ele estocava com muita força a fazendo sangrar. Ele tinha prazer de vê-la sofrer, se deliciava vendo ela se contorcer de dor, mas Katharine, apenas queria que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível.

- Sabe, você é uma delícia. Toda apertadinha. Podíamos repetir mais vezes não acha? – disse ele com um total ar de ironia, vestiu suas roupas e saiu rindo do quarto.

Ela se encolheu ainda mais na cama. Se sentia completamente envergonhada. Katharine, há um ano, sonhava que um dia encontraria um rapaz meigo, carinhoso e que a amasse, e se entregaria completamente a ele, mas agora seus sonhos de adolescente de 15 anos foram completamente.

Será que Deus existia mesmo? Ela pediu uma ajuda e tudo o que aconteceu foi pior do que já estava. Mas não era para isso acontecer, mas Katharine não sabia disso. Alex falhou novamente.

Victória entrou em seus sonhos e o informou o que estava na casa dela, mas ele chegou tarde de mais.

Agora ele estava em cima da mesma árvore que um dia não muito distante, a viu seminua, e naquele exato momento pode ver a dor dela de ter sido violada. Como sentia raiva daquele maldito que tinha feito aquilo com ela, queria mandar ele de volta para o inferno, da onde tinha vindo. Talvez agora entendesse o que deveria ter entendido antes: a madrasta de Katharine tinha feito um pacto com demônios, e agora queria descontar isso em Katharine.

Mas por que ela? Ela não tinha nada a ver com tudo aquilo, apenas pelo fato de ser filha dele e estar em seu caminho.

Alex se sentia mais que culpado por tudo o que aconteceu. Mas não tinha coragem de ir até lá consola - lá. O que ela iria pensar? Que estavam a espionando? Ele então desceu da árvore e foi até seu apartamento decepcionado.

 

Quando amanheceu, Katharine nem havia percebido, ainda estava na mesma posição. Mas Soraya não podia deixar de avisar a ela que tinha aula, não, precisava encomodar ela.

- Vamos cachorra! Levanta! Teve uma noite muito dura de trabalho? – disse sua madrasta e saiu rindo.

Ela se levantou sem nenhuma vontade de ir a escola e se vestiu. Saiu de casa e foi direto para a escola.

Alex a esperava ansioso na porta da escola, tentando encontrar alguma forma de consolar Katharine sem levantar suspeitas de que estivera ontem à noite vigiando seu quarto.

Ela andava rápida e decidida, passou direto pelo Alex e esbarrando em vários alunos. Logo o sinal bateu e eles foram para a aula de química. Se sentaram os dois no mesmo lugar da aula passada, mas se falarem. Ela fitava o quadro negro como se fosse uma coisa muito interessante.

Como ele queria abraça - lá e a consolar. Mas naquele momento ele apenas colocou a mão sobre a dela e olhou, e ela logo deixou de mirar o quadro para olhar para as mãos coladas.

 

O sinal do intervalo toca, e logo Katharine percebe que sua amiga Evangelina tinha faltado à aula. Se sentou-se à mesa do refeitório sozinha pensativa, mas logo Alex chega.

- O que aconteceu, Katharine? – ele perguntou de uma forma carinhosa, procurando os olhos dela.

- Nada. – respondeu ela apenas

- Você sabe que pode me contar tudo.

- Talvez nem tudo seja tão fácil quanto parece.

- Quando você tem alguém para ajudar, fica mais fácil. As coisas melhoram.

Então ela começou a chorar. Por que as coisas não iam melhorar. Elas simplesmente estavam assim, e não podiam ser mudadas. Ninguém podia.

 Alex a abraçou e sussurrou:

- Ninguém nunca mais vai encostar um dedo em você.

- Como você sabe disso? – perguntou ela espantada.

 

 

 


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