Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 7
Feridas Abertas.


Notas iniciais do capítulo

Neste Capítulo, os mistérios sobre Alex serão revelados hoho. Apesar de algumas de vcs já terem decifrado isso.
Boa leitura. :)



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Katharine voltou normalmente para a casa depois da aula sem a companhia de Alex, que achou melhor ir para a casa direto.

Chegando lá, Katharine vê seu pai trabalhando no notebook, e felizmente, sem nenhum sinal de Soraya. Ela aproveitou, passou pela sala e foi até a cozinha, sem incomodar o pai, que estava muito ocupado, preparou um sanduíche, e subiu para o quarto, fechando a porta atrás de si.

Depois de tomar um banho, ficou bastante tempo fitando o teto, deitada na cama, dispersa em seus pensamentos, quando ouviu as batidas na porta, e depois de seu consentimento, seu pai entrou no quarto.

- Oi filha. Eu queria falar um pouco com você... E a primeira coisa, é o do por que estas coisas estarem na lata de lixo? – ele mostrou o que trazia na mão: o celular, e o ipod. – e ainda tem a televisão e o DVD. Eu não vi você chegar, acho que estava ocupado demais.

O Que ela ia dizer? Seu pai acabara de pegar as coisas que foram confiscadas por Soraya no lixo, provavelmente foi ela que havia posto lá, mas como explicar? Será que ele acreditaria?

- E a sua madrasta, Soraya, disse que você está dando muito trabalho aqui em casa. Katharine, você sabe que ela está grávida e precisa de paz. – Ele argumentou, antes que ela pudesse se justificar da acusação anterior. Apesar de ele estar brigando com a filha, falava com a maior calma do mundo.

Katharine ficou vermelha de raiva com tanta ladainha que Soraya tinha contado ao seu pai. Era mais fácil ela precisar de paz do que aquela cobra.

- Eu sei que não é fácil. Nós morávamos sozinhos. Mas vai melhorar. – ele olhou para a filha com uma expressão de suplica.

Aquele olhar fez Katharine começar a pensar, que talvez estivesse sendo um pouco egoísta de mais, que seu pai merecia uma pessoa para ficar ao seu lado, depois da morte de sua mãe. Mas porque de todas as mulheres, ele escolheu a pior?

- Ok, papai. – ela se rendeu. Ele abriu um sorriso. – Mas, eu realmente não sei como essas coisas foram parar no lixo. – talvez se fazer de inocente melhoraria a situação.

- Se você as quiser de volta, é só pegar lá embaixo. Acredito eu, que ainda estejam funcionando.

- Muito obrigada.

- De nada. Eu te amo. – ele depositou um beijo paternal nas bochechas da filha e saiu deixando o celular e o Ipod na cama da mesma.

Ela saiu atrás dele, e recolheu do chão da sala, o DVD e a Televisão. Ela não pôde esconder um sorriso de felicidade ao ter todas as suas coisas de volta. As colocou novamente no lugar onde deveriam estar, e ligou a televisão.

 

Alex estava deitado, de olhos fechados, tentando se concentrar. Hoje, como havia prometido a eles, entraria em contato. Ele se concentrou e elevou seus pensamentos ate o lugar no qual ele morava, um tempo antes de receber essa missão.

Ele pode sentir saindo no corpo mortal que habitava, e se elevando até lá. Isso pode até parecer fácil para quem está lendo, mas reunir toda essa concentração em um mortal, é muito difícil.

Chegou lá, e os três anjos já o esperavam, todos com uma expressão muito serena no rosto.

- Bem vindo de volta Alexander.

- Sentia saudades deste lugar. – E é verdade. Aquele lugar era tão calmo, tão sereno, sem brigas, sem inveja. Ele se sentia totalmente diferente, feliz por dentro, por ter voltado de lá.

- Então, como está indo lá embaixo? – perguntou um deles, chamado Anthonie, um homem de aspecto de 30 anos com cabelos loiros encaracolados, e olhos azuis.

- Muito bem. A garota está confiando em mim cada vez mais. – Ele passou o olho pelo três, e percebeu que Vitória, a única mulher dos três, o olhava desconfiada.

- Que bom. Você sabe que seu destino como um de nós, depende do seu sucesso na missão.

- Claro.

- Mas alguma coisa em especial? – perguntou o outro, chamado Danilo, que tinha a pele braça em contraste com os cabelos e olhos negros.

- Não, Danilo. Tudo ocorrendo perfeitamente.

- Muito bom. Temos que ir. Até a próxima, Alexander.

Os dois saíram, mas Vitória continuava lá, e quando viu que Danilo e Anthonie estavam longe o bastante para não escutarem o que ela iria dizer, começou a falar:

- Eu venho te observando, Alexander. E principalmente, no dia em que você subiu no quarto para espiá-la, sem que ver ela seminua não era a sua intenção, mas viu e isso despertou outros sentimentos em você. Apenas vou lhe dar um aviso: não se apaixone. Será pior do que falhar. Não contei isso para os outros, poderiam querer tiram você de lá, nem que fosse arrancando o cordão que o prende aquele corpo mortal, e cortar as suas asas fora.

- Muito obrigado, Vivian. Tomarei os cuidados necessários.

- Eu espero que sim. E eu estarei olhando por você.

- Até outro dia.

- Até.

Então Alex voltou para seu corpo. Ele pode matar um pouco da saudade que era estar lá, mas ainda sim não era o bastante, não era igual.

Ele ficou um bom tempo ainda deitado na cama, pensando no que Vitória tinha acabado de falar, e pensou se realmente tinha despertado "outros sentimentos", como a mesma havia dito.

Ora, não era a primeira vez que isso acontecia, pensou se referindo ao ver uma garota nua, mas por que me surpreendi tanto?

Ele ficou remoendo essa pergunta durante muito tempo na cabeça, mas não achou nenhuma resposta coerente para a questão, então decidiu dormir. Amanhã seria sexta, e tinha que fazer o trabalho de detenção com a Katharine. Seria um longo dia.

 

Katharine acordou um pouco feliz de mais na manhã seguinte, tão feliz, que até ela estranhou. Era uma sexta-feira, comum e normal, não tinha nada marcado no calendário, nada de especial, pelo menos que ela se lembrasse.

Ela fez como todas as manhãs (todas as manhãs na qual o seu pai está), e foi para a escola. Ela se encontrou com Evangelina e ficaram conversando até o sinal bater, e cada uma ir para a sua sala.

Alex estava as observando de longe, e quando bateu o sinal, seguiu Katharine até a sala, claro, teria a mesma aula que ela.

- Trouxe o livro de história? – perguntou Alex antes que o professor entrasse na sala, sentado ao lado dela. Katharine agora tinha se lembrado o porquê estava feliz quando levantou. - Você esqueceu? Bem, não tem problema. Eu trouxe o meu. – perguntou ele vendo a expressão no rosto dela.

- Que bom que pelo menos você se lembra. – disse ela sorrindo para ele.

- Hoje você está mais alegre. O que aconteceu?

- Meu pai voltou de viagem...

- Mas e sua mãe? – ele sabia que ela não morava sozinha.

- Ela morreu. – Ela disse bem baixinho, e abaixou a cabeça.

- Sinto muito. Mas você não mora sozinha, mora?

- Ah... Não. Moro com a minha madrasta na maior parte do tempo, já que meu pai vive viajando a trabalho. Até o ano passado, ele tentava segurar mais isso, para eu não ficar sozinha em casa, mas aí, ele a conheceu...

- Eaí você não gosta dela? – ele estava tentando entendê-la. Será que tinha sido a madrasta que fez todas aquelas marcas no corpo dela?

- Não. – disse somente. Neste exato momento o professor de física entrou, e o assunto se deu por encerrado.

 

Depois de física, Educação física, e todas aquelas outras aulas chatas que tinha na sexta, o sinal de saída havia finalmente tocado. Alex e Katharine saíram juntos da escola, e foram para biblioteca fazer o trabalho.

Os dois fizeram todo o trabalho, ficaram mais de 3 horas na biblioteca, já que nenhum dos dois sabia nada sobre o assunto, e precisaram pesquisar muito mais. Mas quando saíram ele já estava todo acabado, e não iriam precisar mais resolver mais nenhum detalhe sobre ele.

- Então, você poderia terminar de me explicar sobre a sua família? – ele pegou a mão dela, e a convidou a se juntar a ele, e sentar no meio fio na frente do prédio da biblioteca.

Ela crispou um pouco os lábios. Não gostava muito de tocar naquele assunto.

- Não é tão difícil de entender: minha mãe faleceu e meu pai se casou de novo.

- E o que você acha disso?

- Ele tem que ser feliz. Se ele se sente feliz com ela, então é o que tem que ser.

- Não me parece o que você realmente acha Katharine. Você se sente feliz?

- Quem se importa para o que eu penso?

- Eu me importo. E garanto que seu pai também.

- O problema não é com meu pai.

- Então seria com sua madrasta? – subitamente, as lágrimas começaram a correr pelo seu rosto sem autorização.

Alex, sem querer tocou em uma ferida aberta de Katharine. Uma na qual ela gostaria que ninguém nunca tivesse conhecimento, na qual ela gostaria de esconder atrás de si mesma, e nunca mais tocar nas lembranças que ela tem de uma vida que teve.

Ele secou as lágrimas dela, e a levou de volta para a casa.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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