Speechless escrita por Vick_Vampire, Jubs Novaes


Capítulo 13
12. Gastando os créditos do celular do Jazz


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por Jubs Novaeszinha...
MUAHAHAHA!
Boa leitura!



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Jasper

Saquei o celular rapidamente e disquei o número familiar. Eu já o sabia de cor, obviamente, depois de tantos anos.

A voz ainda mais familiar atendeu ao primeiro toque.

- Alô? – disse a voz. – Jasper! E aí? O que aconteceu? Meu deus! Eu estava tão preocupada!

- Está tudo bem, Tanya. – tranqüilizei-a. – Meu pai está com ela dentro da sala, ela vai ficar bem.

- Já sabem o que ela tem? – questionou.

- Não sei, mas deve ser algum tipo de impacto emocional. – eu suspirei. – meu pai disse que ela não pode sofrer grandes emoções.

Eu tinha causado aquilo. Ela quase morrera por minha causa. Eu tinha causado a “Grande Emoção” Minha voz estava fraca, eu estava fraco, não fisicamente, é claro.  Eu estava um caco, obviamente. Não era nada fácil viver, nem que fosse por alguns segundos sabendo que você é culpado pelo sofrimento alheio.

- Oh, Jazz. –Tanya percebeu a fraqueza em minha voz e disse com piedade. – Está tudo bem, não é culpa sua.

- É óbvio que é culpa minha... Tanya, eu não devia ter feito isso. – disse pesadamente.

- Qual das partes você não devia ter feito? – agora ela falava com autoridade. – Ter sentido pena dela? Ter tentado ajudá-la? Começar a gostar dela? Se decepcionar com a personalidade dela? Ficar furioso? Ou se odiar por ter causado mal a ela? Jasper! Não é algo que você possa evitar! É o ciclo natural! Você vai cometer o mesmo erro mil vezes, mas uma hora você vai aprender, e quando você aprender, você verá que todos os erros anteriores valeram a pena.

Ciclo natural? Do que ela estava falando? E desde quando eu tinha “gostado de Alice”? Desde nunca, obviamente, mas Tanya sempre conseguia ver alguma coisa inexistente entre as pessoas, talvez fosse por isso que ela gostava de todos à sua volta.

Eu não tinha resposta para a pergunta dela. Não sabia exatamente de qual parte eu me arrependia.

“Talvez de nenhuma”, o pensamento veio à minha mente. Eu me arrependia do dia em que conhecera Alice. Eu não estaria ali se não a conhecesse.

- Me arrependo do dia em que a conheci, Tanya. – eu disse.

- Ah, Jasper! Não seja tão cansativo! Alice gosta de você e é óbvio que você também gosta dela, só você ainda não percebeu! Até ela, que tem tanta coisa com que se preocupar já notou.

O que? Do que diabos ela estava falando?

- Tanya, do que diabos você está falando? – perguntei sem me preocupar em ser grosseiro. – Eu não gosto de Alice. Ela me trata feito lixo desde o dia em que olhou na minha cara.

Um suspiro cansativo se apoderou da voz no outro lado da linha.

- Nada, Jasper. Esqueça. Estou perdendo meu tempo e os créditos do meu celular aqui. Tchau.

- Mas fui eu que ligu... – tarde demais, ela já tinha desligado.

O que tinha significado aquela conversa toda? Até agora eu não tinha entendido nada do tal do “ciclo” ou “só você ainda não percebeu”.

Mudei todo o rumo dos meus pensamentos, que logo parariam em algum lugar que eu definitivamente não queria estar. Olhei para a porta do quarto de hospital.

Eu precisava ver se ela estava bem, afinal, era culpa minha e não tinha nada a ver com “ciclo” nenhum.

Bati na porta três vezes, como de costume. Meu pai me mandou entrar, ainda estava de cara amarrada.

- Como ela está? – me aproximei do corpo inconsciente de Alice.

- Melhor. Aparentemente foi só um choque emocional. – meu pai estava mais calmo.

Ouvimos batidas na porta e meu pai deixou quem quer que fosse entrar.

Havia um homem e uma mulher. Os dois com mais de quarenta anos. Deviam ser os tios de Alice.

- Olá, somos Caius e Renée, os tios de Alice – o homem disse o nome de Alice com uma certa repugnância.

- Olá. – meu pai comentou sem muito interesse.

Os tios observaram o sono de Alice por alguns segundos. O monitor que captava as batidas de seu coração começava a apitar mais auto.

- Por que o coração dela está batendo tão rápido? – a tia dela perguntou.

Não era óbvio? Ela estava acordando. Até um bebê de quatro anos podia chegar a esta conclusão.

- Ela deve estar acordando. – meu pai tinha ainda menos paciência do que eu - teve sorte, filho. Você podia tê-la matado.

Ah, claro. “Obrigado por lembrar que a culpa é minha”. Meu mal humor com meu pai era tanto que eu nem conseguia distinguir quando ele realmente falava com preocupação.

- Podemos ter um momento à sós com a nossa sobrinha, por favor, doutor? – dessa vez foi Caius quem perguntou.

- É claro. – meu pai respondeu, nós dois fomos andando até a porta, até que ele recuou – Só para confirmar. Ela está comendo fibras, não é?

Fibras?

Agora eu entendi o por quê daquelas barras de cereais que ela comia de hora em hora.

Saí do quarto e meu pai me seguiu.

Fiz menção de andar até a saída mas meu pai me segurou pelo braço.

- Sua mãe te contou, certo? – eu sabia perfeitamente ao que ele se referia.

Meu pai tinha saído de casa, depois de eu ter contado à minha mãe que ele a traía.

- Sim, por quê? – eu fui rude.

- Por nada.

- Quando tempo você ainda vai ficar na cidade? – continuei.

- Talvez até o fim do mês. – ele respondeu.

Eu não tinha mais nada para dizer a ele. Naquele momento, meu pai era a pior pessoa possível. Eu não tinha um pingo de respeito por ele.

Sair do hospital com certeza seria a melhor coisa que eu poderia fazer naquele momento.

Então foi isso que fiz.

Nem olhei para trás ao passar pela porta de entrada.

Eu teria que andar um longo percurso até chegar em casa.

***

Entrei pela porta da sala. Rosalie estava novamente estirada no sofá conversando com alguém pelo telefone, mas dessa vez, não me dei com o trabalho de ouvir a conversa.

Fui até cozinha, onde minha mãe estava.

- Oi mãe. – cumprimentei.

- Oi filho. – ela sorriu.

- Mãe, o papai ainda está na cidade. – falei.

- Eu sei, ele pretende ficar até o final do mês, depois receberá o salário e vai não sei para onde. Provavelmente para fora do país.

- Vocês não vão se divorciar legalmente? Talvez queiram se casar depois. – perguntei.

Rosalie me olhou com uma expressão de “eu vou te matar” quando eu disse aquilo. Eu não via problema nenhum em minha mãe se casar de novo, mas pelo visto ela via.

- Para que? – ela deu uma risada triste. – Olha só para mim, Jazz. - ela apontou para seu rosto. – Quem vai querer se casar comigo?

Senti pena de minha mãe naquele momento.

- Mãe, você é uma pessoa fantástica, todos amam você. – eu disse, tentando apaziguar a tristeza dela.

Minha mãe se aproximou de mim e me abraçou.

- Obrigada, acho que eu precisava ouvir algo assim.

Jantamos. Eu, Rosalie e minha mãe.

Não havia mais aquele clima estranho que acontecia quando meu pai estava conosco. Rosalie, é claro, era fria e arrogante sempre que podia, mas não se intimidava mais. Na minha opinião as coisas estavam bem melhores do que antes.

Depois do jantar subi para o meu quarto, liguei o iPod e deitei na cama. Não havia nada melhor do que o prazer de não fazer nada.

Os acontecimentos do dia passaram pela minha cabeça. Será que Alice estava bem?

O mínimo que eu tinha que ter feito era me certificar disso.

Pensei em ligar para o meu pai e perguntar, mas as lembranças dos acontecimentos anteriores me fizeram mudar de idéia.

Talvez até eu ligasse para a própria Alice.

Esta me parece uma idéia um pouco melhor. Saquei meu celular na bancada e procurei “Alice Brandon” ou “Mary Alice” ou “Alice” e talvez até “Indesejável número #1” na minha lista de contatos, mas não achei nada do gênero.

Rosalie! Lembrei. Provavelmente ela teria o telefone da Alice em alguma de suas agendas.

Desci as escadas rapidamente e entrei no quarto de Rosalie.

O rosa berrante de suas paredes me fez fechar os olhos de irritação. Como ela conseguia dormir num quarto daqueles?

Me aproximei da gaveta da cômoda, que também era rosa, diga-se de passagem e abri-a.

Havia milhares de cadernos rosas e roxos espalhados.

Aquilo ia demorar um século.

Peguei o primeiro caderno e abri. Havia fotos de Rosalie com 5 anos, Rosalie com 10 anos e Rosalie com 15 anos.

Definitivamente não era o que eu procurava.

Tentei o próximo.

Era roxo cheio de florzinhas estampadas na capa. Pelo amor de deus! Quantos anos tem a minha irmã, mesmo?

Abri o caderno e mais fotos caíram, mas essas não era de Rosalie. Havia homens de todo o tipo nas fotos, todos sem camisa.

Eu é que não queria saber quem eram aqueles homens.

Peguei o próximo caderno, era rosa com uma menininha desenhada na capa.

Finalmente!

Dentro havia uma lista de nomes em ordem alfabética.

Procurei pela letra “A”.

Adilson

Ádria

Afonso

ALICE

Anotei o número na mão com a caneta ROSA em cima da cama e subi para o meu quarto antes que Rosalie descobrisse minha pequena excursão ao seu “mundinho cor-de-rosa”.

Peguei meu celular e disquei o número.

Esperei, esperei e esperei, mas tudo que eu ouvia era o barulho irritante do telefone chamando.

“Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens, estará sujeita a cobrança após o sinal”.

Caixa postaL, QUE ÓTIMO! Pensei com ironia.

Bem, não havia outro remédio além de deixar recado.

- Oi, Alice, você provavelmente não vai reconhecer esse número. Bem, é o Jasper... Hum... Sim, Jasper Hale... Bem, liguei para me certificar de que você estava bem, é... Hum... Eu fiquei me sentindo um pouco mal depois de... Hum... Você sabe, o acidente... Então, espero que você esteja, porque eu liguei esperando que você me falasse sobre isso... Opa. Espera, desculpa... Você não fala...Eu tinha me esquecido... Desculpe, eu não quis ser rude...Sério, me desculpa mesmo... Hum...Espero que você esteja bem... Acho que é isso. Tchau.

Idiota! Idiota! Idiota!

Como pude me esquecer que a garota não falava? Era um fator básico! Agora ela provavelmente vai pensar que eu sou mais um idiota tirando onda com a cara dela.

Amanhã eu teria de e desculpar, definitivamente.

- QUEM FOI QUE MEXEU NAS MINHAS COISAS! – ouvi o berro vindo lá de baixo.

Merda! Era Rosalie. Seria uma longa noite...

\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t    ***

Andei até a entrada principal da Forks High School na manhã seguinte. A escadaria estava novamente sem ninguém. A “turma” da minha irmã não estava mais ali.

Entrei pela porta de vidro e estava dentro da escola. Pude ver Ângela e Mike parados, com as costas encostadas nos armários individuais.

- Oi Jazz! – eles me cumprimentaram alegremente.

Sorri em resposta.

- Vocês ficaram sabendo? – perguntei.

- Do acidente no supermercado? Ah, sim. – Ângela respondeu. – Aquela sua amiga, Tanya, nos contou. Alice Brandon está bem?

- Suponho que sim. – respondi.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas observando as pessoas ao redor.

- Vocês falaram com Tanya? – perguntei curioso.

- Ah, sim. Vimos ela aqui hoje de manhã. – Mike esclareceu. – Ela estava te procurando, disse que tinha uma surpresa para você.

- Onde ela está? – perguntei.

- Dissemos que você ainda não tinha chegado e ela falou que volta mais tarde, aliás, ela é BEM bonita, tem certeza que ela é só sua amiga? Quer dizer... Vocês ficam juntos o tempo inteiro.

Nem prestei mais atenção no que Mike me dizia. Olhei para a entrada principal da escola e a vi.

Alice andava desajeita pela porta de vidro, um meio sorriso estampado em seu rosto. Ela andava na nossa direção. Pensei que ela fosse se dirigir ao armário dela, mas ela estava com os olhos em mim. Se aproximou lentamente de onde eu, Mike e Ângela estávamos e mostrou-me um papel:

“Eu vi seu recado”, estava escrito.

- Ah, sim. – eu disse, sem muita emoção. – Me desculpe por aquilo, eu meio que... Me confundi.

Alice nem olhou para mim quando falei, ela pegou uma caneta na bolsa e escreveu mais uma mensagem no papel:

“Obrigada por se preocupar”, escreveu.

- Hum... De nada, eu acho. – respondi.

Ela virou para mim e deu um sorriso feliz. Estava radiante, acho que eu nunca a vira com um sorriso tão sincero. Talvez nem antes do acidente.

Tentei retribuir o sorriso, mas acho que minha tentativa não passou de uma leve curva no rosto, talvez até engraçada, porque Alice começou a rir silenciosamente.

Fiquei vermelho de vergonha e recompus minha expressão carrancuda.

Alice se despediu de nós com um aceno e saiu de nossas vistas.

- Oh meu deus! Você viu isso Mike? – Ângela estava estupefata.

- Pode apostar que vi, Ângela. – os dois começaram a rir igual a uns dementes.

- Qual é a graça? – fiquei com raiva.

- E você ainda pergunta! – os dois começaram a rir novamente, só que ainda mais esganiçados do que na primeira vez.

- Retiro totalmente o que eu disse sobre a Tanya. – Mike falou e Ângela quase rolou no chão de tanto rir.

- Qual é o problema com vocês? – eu ainda tinha a mesma expressão de “não estou entendendo nada” no rosto.

Nem um dos dois se deu com o trabalho de me explicar do que estavam rindo, então eu saí de perto dos dois e entrei na sala de biologia.

Sentei-me na terceira carteira da terceira fileira, como sempre. Ângela sentou-se ao meu lado e Mike atrás de Ângela. Fingi que não notei a presença deles.

O sr. Barner ainda não tinha dado as caras na sala, então, todos os alunos ainda conversavam, exceto eu.

Ângela conversava com Mike atrás de mim.

O sr. Barner entrou na sala com a sua mesma cara de “pastel” do dia anterior.

A aula começou, mais monótona do que nunca. Agora, ele tentava nos ensinar as propriedades do DNA. Um terço da sala conversava, um terço dormia e o outro tomava notas, mesmo sem entender nada.

Onde estava Alice? Me perguntei.

Ela já devia estar na aula a essa hora.

Qual era o problema dela com as aulas?

Chamei a atenção de Ângela, que ainda conversava com Mike.

- Ang, onde está Alice? Ela devia estar na aula, não? – perguntei.

Ela e Mike sorriram um para o outro e gargalharam.

Qual era o problema com eles? O que tinha de tão engraçado?

- Estão rindo de que? – eu estava bravo.

- Jasper! – Ângela disse recuperando o fôlego. – Alice não tem a primeira aula com a gente hoje.

Mike olhou para ela e os dois caíram na risada novamente.

- E o que pode ser tão engraçado nisso? – falei com raiva.

- Tem razão, Jasper, é muito triste mesmo. – ela disse num tom de deboche e logo em seguida, ela e Mike soltaram gargalhadas em tom alto demais.

- O que é tão engraçado, srta. Weber? – o sr. Barner ouviu as risadas nada discretas.

- Nada sr. Barner. – ela voltou para sua postura normal, mas ainda com um tom debochado.

Não falei com Ângela ou Mike até o fim da aula.

O sinal tocou mais rápido do que eu esperava, para a minha felicidade, então rumei para a aula de inglês.

O professor já estava na sala, vestido com sua jaqueta marrom ridícula. Ele escrevia na lousa alguma coisa que eu não tive o menor interesse em ler.

Avancei para a terceira carteira da terceira fileira, mas alguém fora mais rápido do que eu. Havia uma mochila azul-marinho em cima da cadeira. Bufei de raiva e me sentei na quarta cadeira da terceira fileira, Ângela se sentou atrás de mim, porque outro garoto idiota já tinha ocupado a lateral.

Aos poucos, a sala foi se enchendo de gente. Nem uma das pessoas tinha um pingo de interesse pela aula de inglês.

Alice entrou na sala, seu olhar imediatamente foi parar em mim e ela sorriu. Sorri de volta, fracamente.

Ela se sentou bem longe de mim e a aula começou.

Chata, como sempre. Eu rabisquei o que restara do meu livro de inglês, sem nem me importar com o que o professor dizia.

Os minutos se arrastaram. Cada aula só durava cinqüenta minutos, mas aquela, eu tinha impressão de que tinha muito mais do que isso.

Até que finalmente o sinal bateu. Foi quase um milagre.

Os alunos praticamente correram para o refeitório.

Sentei-me na mesa sete, acompanhado de Ângela, Mike, Eric e Tyler.

Ângela e Mike ainda soltavam risadinhas ridículas de vez em quando, mas eu já tinha desistido de tentar entender.

O resto do almoço foi insuportável. Não consegui prestar atenção em nada que o resto das pessoas falava.

Fomos para a aula de cálculo. Essa era uma das únicas que todos nós assistíamos juntos.

A professora entrou sorridente. Era loira de olhos verdes, magra, alta e jovem. Todos na escola se questionavam por que diabos aquela mulher era professora de cálculo e não modelo.

Tyler tinha uma ligeira quedinha por ela desde... Bem... Desde sempre.

A aula começou. Não estava tão insuportável como as outras. Eu de graças a Deus por isso.

Pelo menos, naquela aula ninguém ousava conversar, talvez fosse porque todos os garotos olhavam babando para a srta. Brooks.

A porta se abriu escancaradamente e um menino do primeiro colegial entrou na sala.

- A diretora quer falar com Jasper Hale imediatamente. – ele anunciou.

A professora fez um gesto com a cabeça para mim e eu saí da sala, indo até a diretoria.

A diretora estava sentada atrás de sua escrivaninha de madeira com uma cara emburrada. Ela nem esperou que eu me sentasse e já começou:

- O senhor está dispensado da detenção. – ela não parecia muito feliz com aquilo.

- O que? Mas como? – perguntei.

- Alice Brandon veio assumir a culpa hoje de manhã e me pediu especificamente para tirar você da detenção.

- Certo então. – respondi.

Alice tinha feito aquilo mesmo? O que estava acontecendo com aquela garota?

Talvez ela fosse bipolar. Uma hora me odiava e na outra era legal comigo. Eu realmente não entendia esse tipo de comportamento.

- Está dispensado, sr. Hale.

Saí da diretoria com uma cara de interrogação gigantesca. Quando voltei, a aula da srta. Brooks já havia terminado e todos rumavam para a Educação Física.

- O que aconteceu? – Ângela perguntou quando eu voltei.

- Ela me livrou da detenção.

- Sério? Como? – ela pareceu surpresa.

- Alice assumiu a culpa pelo lance do carro. – respondi.

Mike e Ângela começaram a rir freneticamente e eu saí de perto dos dois.

O resto do dia na escola foi normal. Nada de muito empolgante aconteceu, mas Mike e Ângela continuaram rindo igual a dois bobos toda a vez que eu me aproximava.

Fui embora assim que o sinal da última aula tocou.

Segui andando até o supermercado sem ir para casa. Eu não estava com vontade de encarar a Rosalie naquele seu BMW.

Tanya estava parada na porta do supermercado com um celular na mão. Provavelmente ela digitava uma mensagem.

- Oi Tanya. – cumprimentei.

- Jasper! Você não acredita!

- O que foi?

- Minha candidatura foi aceita em Dartmouth!

- Você foi aceita? – perguntei.

- Ainda não, mas eu sou uma candidata! – ela praticamente gritou.

- Tanya, isso é demais! Meu deus! Você sempre quis!

- Eu sei! Eu sei!

Naquele momento, o meu celular tocou. Quem poderia ser uma hora daquelas? Todo mundo sabia que eu estava trabalhando.

- Alô? – falei.

- Jazz? – era minha mãe.

- Oi mãe, o que foi? – perguntei.

- Olha, Jazz, tem uma menina aqui, ela quer falar com você. – minha mãe respondeu do outro lado da linha.

- Menina? Que menina?

- Não sei o nome dela, ela só me mostrou um papel onde estava escrito que ela queria falar com você, Jazz.

Alice. Pensei.

- Agüenta aí, mãe. Estou indo para casa.

Desliguei o telefone.

- O que foi, Jazz? – Tanya perguntou.

- Alice está na minha casa, eu preciso voltar. – respondi.

- Ah, claro. Até mais então. – Tanya se despediu.

- Tchau Tanya, parabéns pelo lance da universidade.

Ela apenas sorriu para mim e continuou trabalhando.

Andei o mais rápido possível até em casa, precisava saber o que Alice queria ali comigo.

Abri a porta da sala com força. Alice estava sentada no meu sofá, com um sorriso fraco no rosto que imediatamente cresceu quando eu entrei em casa.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei.

Ela levantou do sofá e me entregou um papel.

“Me desculpe por ir ao supermercado ontem e me desculpe por colocar você na detenção também”

Olhei para seu rosto. Ela tinha uma expressão de culpa.

- Foi por isso que você livrou a minha cara hoje na diretoria? – perguntei.

Ela pegou o bloquinho e escreveu:

“Parcialmente. Eu fiquei me sentindo realmente mal por tudo o que você me disse.”

- Desculpe por fazer você passar mal.

Ela me deu um sorriso fraco e voltou a escrever.

“Olha, eu sei que eu não sou a pessoa mais honesta do mundo, sei que já fui muito ruim com você e sei também que você não precisa de alguém como eu na sua vida, mas aqui estou eu, na sua casa, na sua frente. Você tem todo o direito de me mandar pastar depois disso, mas eu quero ter em sã consciência de que eu tentei tudo. Desde o acidente,você foi a única pessoa naquela escola que teve a humanidade de vir falar comigo e não ficar me esnobando enquanto eu passava no corredor. Você é a última pessoa com quem eu quero brigar agora e ao contrário do que você pensa, eu não estou fazendo isso para me apoiar em alguém porque eu não tenho amigos. Talvez, se você me perguntasse a algum tempo atrás, eu responderia que não faria para você o que você está fazendo por mim agora. Errei com você em todos os sentidos da palavra e é exatamente por isso que eu estou aqui. Por favor, me desculpa? Me deixa começar de novo? ”

Ela me olhou, seus olhos suplicavam para que eu a perdoasse.

Que chances eu tinha contra aquela garota?

Como eu poderia olhar nos olhos daquela menina e falar “não”?

Devia ser por isso que antigamente ela tinha tudo o que queria. Bastava olhar nos olhos dela e você seria seu eterno escravo.

Me perguntei se já a tinha perdoado por tudo. Acredito que não, mas naquele momento, eu preferia ignorar o fato.

Me adiantei até ela e a abracei.

Foi meio constangedor, talvez porque eu nunca tivesse chegado tão perto de Alice com ela em perfeitas capacidades físicas e em sã consciência.

Seu corpo era extremamente frágil, tive medo de acabar quebrando seus ossos com um simples e leve toque.

Suspirei de alívio.

Talvez eu ainda não a tivesse perdoado, mas aquele bilhete fora o suficiente para me fazer esquecer temporariamente meu ódio por ela. O simples fato de ela ter vindo até a casa deRosalie, totalmentedesarmada simplesmente para pedir desculpas já me dera motivos suficientes para perdoá-la.

Passos vindos da cozinha nos interromperam. Me afastei dela rapidamente. Era minha mãe.

- Opa, me desculpem, eu não devia...

- Sem problemas, mãe. – eu ri. – Alice já estava de saída.

Alice fez que sim com a cabeça e se despediu de nós com um aceno leve.

- O que ela estava fazendo aqui? – Rosalie perguntou depois que Alice saiu pela porta.

Ela tinha aparecido logo depois de minha mãe.

- Nada que seja da sua conta, Rose. – fui ríspido.

- Você não está chegando perto dessa garota, está? – ela me olhou com nojo.

- Qual seria o problema, Rose? – minha mãe interveio, com um olhar depreciativo para Rosalie.

- Mãe, seria suicídio social. Minha reputação já sofre bastante por causa do Jasper, imagina só se ele virasse amiguinho dessa aí!

- Rosalie, vai lamber sabão! – subi as escadas em direção ao meu quarto.

Peguei o celular imediatamente e liguei para Tanya.

- Jazz? – ela atendeu ao primeiro toque.

- Tanya, acho que gosto de Alice Brandon


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Notas finais do capítulo

Oiee xentem!!!
Jubs Novaes falando aqui!
LOL.
Bem, então... O NOME DO CAPÍTULO FICOU RIDÍCULO, MAS EU NÃO TÔ NEM AÍ... ;D

Ficou uma porcaria esse capítulo, eu tô sabendo...
Sim, eu to achando tudo um lixo hoje..;D

Mas desculpem, eu não estava muito com cabeça para escrever essa semana. MOTIVO PRINCIPAL: HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE PARTE 1 ESTÁ CHEGANDO.
E tipo assim, eu sou demente por Harry Potter e só pensei e falei disso a semana inteira (pode perguntar para a Vick). Acho que metade dos meus amiguinhos da escola já sabem de cor a cena da corça prateada. ENFIM! CHEGA DE LIBERAR SPOILER AQUI.
;D
Se você é Pottermaníaca igual a mim você entende porque eu não escrevi nada com nada, agora, filha... Se você não é eu te aconselho a pegar um livro de HP e começar a ler para você entender do que eu tô falando.
ENFIM! CHEGA DE FALAR DISSO!
Vamos à parte interessante.
Então, mais três pessoinhas lindonas mandaram recomendações:

JW-Freitas: OIZINHOOO! (nossa, esse oizinho é q foi tosco), tudo bem? (parei com o "como vai você?"). Amiga! Já falei, vou falar de novo: TOMA CUIDADO COM A MORAL QUE VOCÊ DÁ PRA NÓIS! Nesse exato momento, eu estou me sentindo a Jane Austen (pra quem não conhece é uma escritora inglesa famosa que eu particularmente amo, pena que ela já morreu). hauhau Menitra, não é pra tanto... Fiquei muito feliz, realmente com o que você falou da fic. É muito bom mesmo escrever aqui e saber que alguém lê e gosta. ENFIM: OBRIGADA MESMO.

Replay: OIEEE!!! MEU! QUANTO TEMPOO!!! Não te vejo por aí desde o ano passado! Fiquei muito feliz quando vi a sua recomendação!!! Que bom que você está gostando da fic! hauha... Achei que não fizesse o seu estilo, ainda bem que eu estava errada... enfim... Fiquei chocada com o que você escreveu! Muito profunda a sua recomendação. ;D.... Essa história do humanismo... EU JÁ TAVA ME SENTINDO A JANE AUSTEN DEPOIS DA RECOMENDAÇÃO DA JW, AGORA EU TO ME SENTINDO O PRÓPRIO SHAKESPEARE (não sei se escreve assim, to nem aí também)... Ow... Por que as pessoas cismam com a minha idade? kkkkkk... EU TENHO 14 ANOS E NUM TÔ NEM AÍ! EU MORO COM O MEU PAPAI E COM A MINHA MAMÃE (separadamente) E ESTOU NA SÉTIMA SÉRIE! Tá tirando? Brincadeirinha, tá? OBRIGADA MESMO PELA RECOMENDAÇÃO! BEIJOS

VicMONROE: OIZÃOOOO!! (foi pior que o OIZINHO)... Como vai você? (desculpem, tive uma recaída)...AHH!!! VOCÊ É A PESSOA GATONA QUE LÊ UP TAMBÉM! AH! AGORA EU LEMBREI! hauah... Sabia que conhecia seu nome de algum lugar! ENTÃO! OI DE NOVO! VOLTANDO AO ASSUNTO PRINCIPAL: Bem, obrigada pelos elogios... Fiquei até um pouco sem graça (imaginem a Jubs sem graça, eu sei, é difícil, mas tentem)... Não é pra te humilhar... Mesmo, ok? ;D.. AIII!! EU TAMBÉM AMO O MEU JASPER (modéstia parte)! Eu acho ele muito divo. hauhaua... VICK_VAMPIRE, VOCÊ ESCUTOU ESSA? NÓS SOMOS MUSAS, MEU! DEMAIS! DEMAIS! Enfim: TAMBÉM AMO MUITO TUDO ISSO (eu sou viciada em McDonald's, num é à toa que as gordurinhas me amam... HEHE... )... ENFIM... VALEU POR RECOMENDAR! BEIJOS!

ENTÃO XENTEM... Cansei de escrever aqui. hauhauha...
Então meu pedido de review hoje vai ser simples.

Amigo ou amiga que estiver lendo isso.

Odiou o capítulo? Manda um review xingando
Gostou mais ou menos? Manda um review xingando só um pouquinho.
Gostou? Manda uma review e aumente generosamente o meu ego nada pequeno.
Odiou mas é educado? Manda um review só falando mau (eu nunca sei quando é com L e quando não é).

Se você é bonito e já se convenceu de que vai mandar review, pode ir lá em baixo, mandar o review e nós vamos te amar, ok?

SE VOCÊ É UM INSUPORTÁVEL QUE NÃO VAI MANDAR REVIEW DE JEITO NENHUM, NÃO IMPORTA O ARGUMENTO, PODE SUBIR A PÁGINA, TÁ? VOCÊ É UM CASO PERDIDO!

Agora, se você é uma pessoa bonita que vai mandar review de qualquer jeito e só está lendo isso pra ver que tralha que tem aqui embaixo ou você é um indeciso... Continue lendo:

Se você quer que as autoras não só dessa fic pelo menos SAIBAM quem é você, colega, você tem que aparecer de alguma forma.
Vou te dar uma dica bem bonitinha, tá?
CHEGA NESSA BARRINHA BRANCA AÍ EM BAIXÃO E ESCREVE "TE ODEIO". EU COM CERTEZA VOU LEMBRAR DE VOCÊ...
DESAFIO QUALQUER PESSOA A ESCREVER "EU TE ODEIO" AÍ EM BAIXO!
JURO QUE NÃO VOU LEVAR PARA O LADO PESSOAL...
OUVIU INDECISO?
EU TO TE DESAFIANDO!