Make You Mine escrita por becky
Notas iniciais do capítulo
Huum. Agora a fic realmente está começando! Esse capítulo antecede muitas surpresas que ainda estão por vir, haha.
Divirtam-se e mandem reviews :D
- Vo-você? – foi a única coisa que consegui pronunciar.
- Às suas ordens, senhorita! – curvou-se perante mim como se eu fosse uma cortesã. Era Frank. Como ele conseguia ser tão idiota daquele jeito? E tão...
- Pára com isso! Quer me matar de vergonha? – ri.
- Não, mas posso matar de outras formas se preferir. – sentou-se ao meu lado roubando meu milkshake e o devorando.
- Nossa, que engraçado não acha? – puxei bruscamente o copo de suas mãos, sorrindo sarcasticamente.
- Que senso de humor você tem hem? Mas me conta... Como você tá? – perguntou.
- Vou indo... Ah, me mudaram de sala, acho que amanhã já estarei sentando ao lado de outras pessoas. – voltei a tomar meu milkshake encarando-o.
- É, fiquei sabendo. – “como as notícias correm rápido não?”
- Como assim “fiquei sabendo”? Não sabia que era vidente ou algo do tipo.
- Não, minha cara, apenas escutei a conversa da sala do diretor.
- Ah, entendi, que exemplo de aluno você é senhor Iero, escuta as conversas alheias do diretor. – sorri ironicamente.
- Não era conversa alheia, se tratava de você – meu coração disparou não sei por que, tolice minha... - te vi dentro da sala e queria saber o que era que tava havendo, coisa boa não era já que a Anne tava envolvida no caso né? – ele se mostrara curioso para saber o que realmente tinha se passado entre a gente.
- Você com certeza conseguiria prever uma situação como essa, todos do colégio sabem o quanto aquela idiota é irritante, até eu que cheguei aqui ontem.
- Entendo – assentiu – então... Sabe de que turma eu sou? – perguntou seriamente franzindo o cenho.
- Não me diga que... – parecia que o destino nos unia cada vez mais “mas que merda é essa que eu estou falando”?
- “F”! Seja bem vinda outra vez minha nova colega de classe. – riu.
- Acho que você está envolvido em uma perseguição onde o alvo é Victoria Kemper! Estou com medo de você. – disse e gargalhei junto com ele.
O sinal tocou e o Sr. Richard me chamou até a diretoria, pediu que recolhesse meu material e ele me levaria até minha nova turma, estava um tanto nervosa, iria estudar até o fim do ano com o Frank, que até agora se mostrara uma pessoa muito interessante... Bem interessante. Entrei na sala olhando para o chão, fazia isso quando estava altamente tensa e envergonhada, fui caminhando em direção ao Frank que sorria para mim, e logo ao seu lado tinha uma carteira vazia com apenas um papel dobrado e deixado sobre a mesa. Sentei-me. Todos olhavam para mim e se perguntavam o que eu estaria fazendo ali, até que o diretor falou em voz alta para toda a classe escutar.
- Essa é Victoria Kemper, houve alguns imprevistos – imprevistos esses que todos já desconfiavam, pensei. – e então resolvi transferi-la de sala, recebam-na bem e tenham um bom dia! – dizendo isso fechou a porta e todos voltaram a tagarelar em tom baixo.
Percebi que Frank explicava algo ao seu amigo da frente, que estava virado para trás e com os braços debruçados em sua cadeira. Olhei o papel, hesitei em abri-lo até ouvir uma voz logo atrás de mim.
- Pode abrir, é pra você mesma! – não sabia quem era. Tratava-se de um garoto de pele alva e olhos verdes como os de um lince, um conjunto muito belo e que chamava atenção.
- Para de ser metido Gerard! – exclamou Frank para seu amigo – é pra você sim Victoria, eu que fiz, pra marcar seu lugar.
Abri e olhei desconcertadamente o desenho que ali estava: cinco palitos que representavam o sexo masculino e um palito representando o feminino, provavelmente era eu, aliás, muito mal desenhado pra falar a verdade.
- Olha só a cara dela! Hahaha, não ta entendendo nada Frankie... maaaaas se você tivesse deixado EU desenhar, com certeza ela estaria entendendo tudo, né Mikey? – disse o outro que eu acabava de conhecer, é, esse tal de “Gerard”, se voltava para um outro que usava óculos e sentava-se mais atrás, era magro e tinha uma aparência muito bonita também. Eu apenas observava tudo aquilo sem falar uma palavra sequer.
- Larga de ser convencido Gee! E mal educado também... – olhou enraivecido para Gerard e continuou – Oi Victoria! Me chamo Mikey e sou amigo do Frank, muito prazer!
- O-oi – disse fremente e forçando um tímido sorriso – o prazer é meu.
- Tá legal vai, sou Gerard, mas para os íntimos e garotas bonitas como você, sou apenas o amável “Gee’”– dizendo isso puxou minha mão direita e beijou-a.
- Idiota – suspirou Frank – então... Esse ai é o viado do Gerard – riu.
- É! E eu sou o irmão do viado! Hahaha. – zombou Mikey.
- Hey! Assim vai acabar espantando a garota – disse outro que tinha cabelos volumosos e longos, que batiam em seus ombros – Eu sou Ray, prazer.
- Prazer, Ray – este me pareceu bastante simpático.
- E eu sou Bob, como sempre sou o último em tudo né? – olhou para os outros quatro. Eu apenas sorri.
- Bom, já que todos se apresentaram que tal falar alguma coisa hem Victoria? Assim eu fico achando que somos um bando de malucos querendo te assediar.
- Calma Frank, também não é assim – olhei para ele como se ele fosse um tremendo idiota, sempre lanço esse olhar quando falam coisas absurdas como a que ele tinha acabado de falar – primeiro, me chamem de Vicky para o bem de cada um aqui presente.
- Ui! Agora fiquei com medo dela. – exclamou Gerard. Fiz uma cara de quem odeia ser interrompida e então ele se tocou – prossiga, por favor...
- Segundo, muito prazer a todos e espero ter maravilhosos e péssimos momentos esse ano junto de vocês.
- Não entendi o “péssimos” – perguntara Bob com cara de desentendido.
- Terceiro, odeio ser interrompida. Pronto. Essa sou eu, e ai? Ainda querem ser meus amigos? – encarei-os descaradamente levando na brincadeira.
- Nossa... Mesmo depois disso tudo eu... – disse Frank pausadamente – quero sim ser seu amigo. – abriu aquele belo e largo sorriso que eu começara a me acostumar e admirar.
O dia passou rápido como uma ventania que arrasta folhas e mais folhas caídas das mais belas árvores, e eu apenas pude sentir o quão agradável era aquela sensação, eu realmente estava feliz como naqueles dias de outono, onde a passagem de estações marca em cada um de nós uma nova fase em nossas vidas...
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