Meu Verão em Tokio escrita por Diinha, XXX


Capítulo 2
Herói Sem Medalha


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente! Voltei com mais um capítulo!
Oh, comecei a me animar com essa Fic depois que recebi algumas revil's de vocês então, por favor, continuem acompanhando e ajudando, OK's?
Bom... tá aí! Espero que gostem e boa leitura! ^//^



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Capitulo 2: Herói Sem Medalha

 

Comecei a andar sem rumo algum. Nossa, tinha muita coisa naquele lugar!

Eram ruas cheias de lojinhas de lamen, uma comida típica japonesa que eu gostei. Me fez lembrar o famoso miojo, mas, claro, lamen era bem melhor porque não era industrializado e nem vinha em latinha ou saquinho.

– Mocinha...? – chamou uma voz reconfortante feminina. Olhei para trás e vi uma mulher de avental e touca, o que me impossibilitou de ver a cor de seus cabelos ou a de seus olhos, pela sombra.

– Ahn...? Sim? – foi o que eu disse. Acho que eu disse algo mais inteligente quando Tsunade me pegou falando enquanto dormia, no orfanato em Nova York. Foi estranho porque eu não tenho idéia em relação a o que eu sonhara aquela noite. Só me lembro de que quis socar Tsunade e seus peitos do tamanho de Marte quando ela me acordou.

– Não quer experimentar uma de minhas maçãs do amor? – ela ofereceu, estendendo uma maçã aparentemente suculenta e envolvida em um caldo que, primeiramente, pensei que fosse caramelo. Estava espetada em um palitinho. Eu não sabia que vendiam maçãs do amor no Japão, mas... não custava experimentar, certo? Alem de que, a mulher parecia tão simpática...

– Hum... Obrigada – eu disse e peguei a fruta de suas mãos, envolvidas em luvas braças de cozinheira que se preze. Saí de lá sorrindo, mas sem muita fome e nem vontade de comer aquilo, afinal, eu havia acabado de me empanturrar de lamen.

Fui caminhando até um pouco mais a frente e, antes que eu pudesse sentir fome, já me deu vontade de mordiscar a maçã. Encarei-a por um instante, com medo de que grudasse em meus cabelos e, depois de jogá-los para trás, fui chegando mais perto da fruta, com fome dela. Mas, antes que eu pudesse mordê-la, o primeiro milagre de Tókio esbarrou em mim.

Eu caí para trás, fechando os olhos. Quando abri, deparei-me com um menino me fitando de cima. Eu não vi nada direito porque o sol estava forte, e iluminava as costas dele, sombreando toda a parte da frente. Só soube eu que se tratava de um menino, quando ele disse:

– Tenha mais cuidado – uma voz severa e um pouco fraca, meio rouca. Mesmo assim, eu gostava de ouvi-la. Ele estava sério.

– Ah, cala a boca! – eu gritei, levantando e, sem olhar para ele, abanei as roupas, notando que a maçã estava grudada em minha blusa – Foi você que bateu em mim e olha só o que você... – assim que olhei para ele, minha raiva sumiu completamente. Eu não liguei porque, quando olhei bem, vi que ele era lindo.

Seus cabelos eram negros assim como os olhos e eles eram lisos na frente, formando uma franja que cobria os olhos – o que o deixava misterioso – e, ainda, fios completamente rebeldes atrás; espetados. Sua pele era branca, embora eu pudesse sentir que o sol irradiava de suas veias.

– Quem... – gaguejei e ele me interrompeu.

– Não importa – em seu tom frio.

– Claro que importa! – eu voltei a mim e o empurrei forte – Olha só o que você fez, garoto! Como eu vou sair por aí assim, hein?!

– Foi culpa sua – ele retrucou, colocando as mãos nos bolsos da bermuda que usava e virando para o outro lado.

– Ei – a raiva me dominou e eu segurei sua camiseta por trás e o virei para mim – Pode parar! Faz alguma coisa, droga!

Ele me olhou com uma expressão de “Hm...? Está falando comigo?” que me fez ficar vermelha de raiva. Eu queria socá-lo, mas eu não tinha força o suficiente. Eu queria matá-lo, mas eu não podia. Eu queria ofendê-lo, mas ele não iria ligar.

– Olha aqui, seu... – eu quis estapeá-lo mas, na mesma hora, meu pai apareceu.

– Sakura... – ele começou, olhando para o lado. Eu só o fitei, virando a cabeça, envergonhada, mas não soltei o menino.

– Achei que tinha saído – aleguei, arqueando as sobrancelhas –... e isso faz uns dez minutos – ele disse que o carro tinha pifado no meio do caminho e não teve como eles irem e, quando eu ia suspirar de raiva, culpando o destino, o menino (que ainda estava sendo segurado por mim) falou pela primeira vez e, alias, não parecia nem um pouco envergonhado ou preocupado:

– Onde está o carro, Sr... – ele parou, sem saber o sobrenome de meu pai.

Foi naquela hora que eu notei que eu também não sabia.

– Haruno – meu pai disse e eu não senti mais meu corpo. Nenhuma parte dele. Eu queria sair dali. Sair para sempre. Não sei porquê, mas eu me senti extremamente envergonhada. Quando notei, estava olhando para ele, com o “chato-de-galocha-que-me-banhou-de-caramelo” bem ao meu lado. Eu o soltara por falta de controle.

– Melhor irmos logo – eu disse, mesmo sem entender de onde havia saído voz.

– Certo. Vamos, ahn... – meu pai parou, imitando o garoto e curioso para saber seu nome.

– Sasuke – ele anunciou – Sasuke Uchiha, senhor – eu o fitei e ele também estava olhando para mim quando eu me virei. Senti minha face queimar e logo tive de desviar o olhar, acenando para qualquer um que parecesse estar atrás do Uchiha. Enfim, acho que ele não caiu nessa.

~’~

– Ótimo, então... – meu pai olhou para Sasuke, que estava novamente ao meu lado, embora mais distante do que eu desejava – Obrigado, garoto. Aqui estão seus 20,00 reais.

Meu pai estendeu o dinheiro em direção ao garoto mas o mesmo fez que não com a cabeça.

– Não precisa, senhor – disse simplesmente.

– Mas apostaram que se você conseguisse meu pai teria de... – eu tentei argumentar.

– Eu sei o que apostamos, Haruno – ele disse, sem olhar para mim. Devia me achar irritante. Ótimo, eu não me importava, de qualquer forma... – mas não precisa. Obrigado, Sr. Haruno.

– Hm... tudo bem então, rapaz – meu pai falou, guardando novamente o dinheiro no bolso. Eu olhei para ele, incrédula.

– Pai, mas ele concertou o carro! E vocês apostaram que se ele conseguisse... Ah, não importa. Devia cumprir sua promessa! – nisso, Sasuke já havia se despedido e saído devagar pela porta da frente, que dava para aquele imenso e valente mar. Era, na verdade, um rio (ou lago. Nunca descobri a diferença entre os dois) mas, mesmo assim, me lembrava o mar pelo cheiro de protetor solar e a areia em volta. Fora o sol gostoso que cobria o local inteiro, fazendo minha pele ejetar algumas gotinhas de água.

– Ele não quis, Sakura – ele devia ter algum problema em me chamar de “filha”, mas eu também não queria ser chamada assim – Não posso fazer nada.

Eu suspirei pesado e o fuzilei com os olhos. “Que trapaceiro...!”, foi o que consegui pensar a respeito de meu pai. Arranquei minha carteira do bolso da calça larga e verde que estava vestindo e a abri apressadamente, enquanto assistia meu pai entrar em casa.

– Droga... – murmurei. Não havia nada lá. Nada. Meu pai não me daria o dinheiro porque saberia que seria para o garoto e acharia que eu estaria gastando com idiotices.

Olhei para o mar, carrancuda.

– Como você quer que eu trabalhe aqui?! Poxa, estamos em pleno verão! – ouvi algo em minha cabeça, uma parte de mim, me lembrando que, se eu queria apenas 20 pratas, o trabalho seria por um dia só. Olhei para a carteira, ainda na palma de minha mão – Tudo bem. Não vou passar a imagem errada a respeito dos Haruno.

Comecei a correr pela areia até chegar ao lugar cheio de cabanas. Tantas pessoas, tanta alegria. Certo, não era hora para se alegrar.

– Ei, senhora! – eu disse, parando de correr bem em frente a uma barraca de lamen – Com licença, a senhora precisa de ajuda? Eu faço a limpeza e coisas assim... – parei tentando adquirir algum oxigênio pelo tanto que havia corrido – por 20 pratas...

Ela me olhou de cima a baixo e disse, por fim, que “não precisava de vaga, obrigada”. E foi assim o dia inteiro, praticamente. Até eu encontrar a moça que havia me dado a Maçã do Amor.

– Moça! Moça! – eu gritei, pedindo que ela esperasse. Estava a alguns passos dela quando tropecei em alguma coisa em meio ao asfalto e caí de cara no peixe que um homem estava vendendo. Eu já tinha tentado arrumar emprego ali naquele dia.

– Ei, veja só o que você fez, garota! – ele gritou em meu ouvido. Eu ergui a cabeça com dificuldade e olhei para ele do chão.

– D-Desculpe... – gaguejei, acariciando a cabeça.

– Vai ter que pagar por esse peixe – ele gritou de novo.

– Mas eu nem tenho dinheiro, cara! – reclamei – Eu estava procurando emprego e, se eu achar, eu prometo que...

– Sem essa, menina – disse, ainda mais bravo. Ora, o que eu fizera para ele?!

Quando ele ia agarrar meu braço, a mulher que eu seguia colocou a mão sobre seu ombro, repreendendo-o.

– Sinto muito, ela está comigo – apressou-se em dizer – Venha, Sakura.

Eu juro que comecei a tremer. Como sabia meu nome?

– C-Como...? – eu tentei mas foi inútil.

– Vamos – disse novamente, ainda calma mas, mesmo assim, demonstrando estar um tanto desconfortável. Eu me levantei e depois de dar algumas batidinhas na calça, olhei para ela novamente. Ela me torturava no olhar, o que me fez apressar o passo em direção à lojinha. Bom, na verdade, eu acho que quase corri até lá.

– Como pagarei o prejuízo? – o homem indagou, desconfiado, ao ver que estávamos saindo de fininho. Eu me virei e vi que a moça fizera o mesmo.

– Dará um jeito – e acariciou sua cabeça careca de leve, com a ponta dos dedos para não machucar. “Sua mãe te acariciava assim quando era bebê” era o que Tsunade dizia. Mas, bem, aquela mulher não tinha nada a ver com minha mãe – eu tenho certeza.

O cara amoleceu na hora e ficou todo envergonhado, chegando até a colocar o dedo na boca. Fiquei com vontade de rir, mas fiquei quieta, afinal, eu deixava todos com raiva de tudo quando me pronunciava. Isso porque isso os lembrava que eu existia e isso irritava.

Ou talvez porque eu realmente não fale nada que preste.

Tomara que seja a primeira opção. Por favor, que seja a primeira opção! Eu cruzei os dedos atrás do corpo, onde estava minha bolsinha dependurada. Lá estava a carteira vazia. Vi que a mulher se aproximava e me apressei em segui-la.

– Ah, valeu senhora! – eu tive de dizer, colocando a mão em seu ombro. Ela se virou para mim e parecia mais bonita que antes.

– Oh, querida – ela disse – tudo bem. Não foi nada – ela deu uma pausa e eu não ousei falar nada porque, bom, poderia falar alguma coisa que não prestasse, correndo o risco de a segunda opção ser a real.

Depois, ela me perguntou o que eu fazia por ali novamente. Eu, mesmo sabendo que ela era uma estranha e sabendo de cór e salteado a história da Chapeuzinho Vermelho, sobre não falar com estranhos e tal, eu me sentia segura com ela. Então respondi:

– Estava procurando 20 pratas – eu falei sem pensar e, assim que vi o que tinha dito, me corrigi rapidamente: – Um... Um emprego. Estou procurando um emprego.

– Oh, que bom! – ela exclamou – Estou mesmo precisando de ajuda, Sakura – ela sorriu de um jeito tão bonitinho que eu acho que sorri também, junto com ela. “Ah, é!”, me lembrei de repente.

– Ahn... como a senhora sabe meu nome? – eu perguntei, coçando a cabeça e fechando um dos olhos, com cara de ponto de interrogação.

– Seu pai – ela disse – Ele sempre falou muito de você. E, bem, ele comentou que seus cabelos eram como os dele. Então, qualquer moça de cabelos cor-de-rosa que entrasse aqui na cidade, com uma idade entre 15 e 16 anos... poderia ser você. Como essa cor de cabelos não é tão comum... – ela não terminou e fechou os olhos, ainda sorrindo.

– Oh, entendo – suspirei, cruzando os braços. Eu realmente não imaginava que meu pai falasse de mim – De onde a senhora o conhece?

– Podia parar de me chamar de “senhora”? – ela riu, soltando os cabelos. Parecia ter voltado uns 20 anos; podia ter minha idade. Uns 18 anos – Eu sou pouco mais velha que você, Sakura...

Eu me surpreendi afinal, bem, eu não esperava que uma adolescente falasse daquele jeito; me chamando de “querida”, usando aquelas roupas ou, ainda, trabalhando ali no centro da cidade.

– Minha família é bem amiga da sua, eu acho... – ela sorriu de novo. Eu fraquejei.

– Oh, sério? Super! – comemorei – Quem é você?

Tinha cabelos negros que, ao sol, eram um pouco azulados, com uma franja acima dos olhos cortada corretamente, assim como as pontas dos cabelos. Os olhos eram perolados e foi o que mais me chamou atenção. “Putz! É mais bonita que eu!”.

– Sou Hinata Hyuuga, querida – ela sorriu de novo.

– Ei, nem vem! – gritei, saltando para trás. Ele me olhou, confusa – Se eu não posso te chamar de “senhora”, então não pode me chamar de “querida”, também!

– O-Oh – gaguejou ela, tornando a sorrir – Certo, Sakura-chan.

Eu sorri vitoriosa.

– Assim está ótimo, Hinata. Acho que seremos ótimas amigas!


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Notas finais do capítulo

Sakura e Sasuke, Sakura e Hinata, Sakura e Ino, Sakura e Pai da Sakura, Sakura e amigos do pai da Sakura... Ai, confunde! ~o~'
Essa é uma Fic. SasuSaku, então, não vão esperando que ela fique com outro no final U.U
CLARO que, já vou adiantando, ela vai ter todos os meninos como amigos, viu? TODOS aparecem na história (ai, beu dariz! Tou doente, cheia de alergia!)
Beijos! Até o próximo capítulo! *U*/



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