Fogo escrita por Gosmenta


Capítulo 18
Maldito


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o nome do capitulo, mas é o melhor nome qe pude pensar hihi. Bom este capitulo é o mas forte até agora, mas foi o mais divertido de fazer, boa leitura.



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Me levantei ainda tensa, Alex de algum modo mexia comigo, me deixava nervosa, sem saber o que fazer. Eu não gostava dele, sabe, como mais que um amigo, mas é estranho ver uma pessoa que te ama, e não tentar corresponder.

Tomei um banho para tirar todos os pensamentos ruins, hoje eu voltaria para casa. Sai do banho, me troquei e desci para tomar café, meu voo seria dali a quatro horas.

Alex estava apenas mexendo o cereal no balcão da cozinha, com a cabeça baixa enquanto brincava com a colher.

-Bom dia. –disse com vergonha.

-Bom dia. –sussurrou.

Peguei uma maça na geladeira e mordi enquanto sentava na bancada.

-O que houve?

-Nada está tudo bem. –concluiu ainda sem olhar pra mim.

-Tudo bem mesmo?

-Eu disse que estou bem! –ele finalmente olhou pra mim, seus olhos estavam mais profundos hoje.

-Tá bom!

Ele voltou a olhar entediado para o cereal.

-Daqui há duas horas nós vamos sair.

-Certo. –falei saindo batendo o pé da cozinha.

Passaram-se as duas horas e desci com as malas. Alex me deixava muito irritada, dava vontade de gritar com ele e dar um tiro nele...

Terminei de descer as escadas e ele pegou as malas sorrindo.

...E ficar na frente para protegê-lo.

Ah, não suporto bipolaridade!

-Obrigada. –disse seguindo ele até o elevador.

-Você é minha hospede, preciso ser gentil.

Agora que percebeu?

Sorri forçada e entrei no elevador.

-Quer ajuda?

-Não precisa, eu aguento. –chegamos ao estacionamento e ele ligou o alarme. Abriu o porta mala e jogou as malas. Sorriu pra mim, apenas virei e abri a porta.

-Estamos atrasados. –fechei a porta e ele entrou logo depois. Respirei fundo. Estava tudo bem.

Ligou o carro e saiu rápido da vaga, o caminho inteiro foi silencioso, mas ele tinha em seu rosto um sorriso vencedor.

Chegamos ao aeroporto e fizemos o check-in, sabe aquelas coisas bem chatas, chatas mesmo, então, não vou falar.

Tá bom, só faltavam vinte minutos para ir eu ir para o embarque, estavamos sentados em um desses bancos de metal bem grandes, até que ele olha pra mim.

-Renesmee, não vá. –sussurrou. –Eu preciso de você.

-Você vivia sem mim há quase um mes, vai me esquecer, e alias, você parecia tão bem hoje.

-Eu tento ficar bem, mas meu mundo sem você não tem graça.

-Você acha uma diversão em um minuto.

-Por favor. –ele balançou a cabeça. –Uma semana, fale pra sua mãe que eu pago, eu pago as passagens, tudo bem, mas me de uma semana a mais com você.

Revirei os olhos.

-Dois dias.

-Quatro dias.

-Dois dias e meio.

-Três dias e não se fala mais nisso.

-Tá.

-Obrigado Renesmee.

Liguei para Bella, ela aceitou, depois de trinta minutos, voltamos para o apartamento.

-Olhe, eu vou te magoar de novo, acho melhor não fazermos isso.

-Eu não tenho medo de me magoar. Isso não importa.

-Ah. –falei baixo. –Bom vou subir.

-Tá.

Subi e naquele dia não desci mais, eu nao sei por que tinha ficado, era tão imaturo da parte dele, três dias não iriam mudar nada, eu só iria despresá-lo.

Se passou um dia, ele falava comigo de vez em quando, mas eu não corria atrás. Até que chegou a noite do meu penultimo dia, estavamos assistindo televisão quando ele me olha de novo com aqueles olhos ardentes.

-Você me daria uma chance?

-Aah não Alex, pare de falar sobre isso.

-Não é isso, sei que não toparia namorar comigo. Mas você ficaria comigo, sabe, como aposto que fica com os outros.

-Não sei, talvez. –ele curvou os lábios.

-Agora?

-Não sei. –seus olhos fecharam.

-Tudo bem...

Mas naquele momento, meu coração acelerou, olhei-o mais uma vez, decepção estampada em sua face, de repente senti falta de seu beijo gelado, de seus toques calculados, pensados, senti saudade do jeito que ele me olhou no dia em que me beijou, seus olhos já não eram os mesmos.

Me aproximei dele, e acariciei seu rosto, ele abriu os olhos, curvou os lábios mais uma vez, toquei suavemente nossos lábios, ele me envolveu em seus braços frios, me apertando contra seu corpo, puxei seus cabelos e o beijo se tornou mais rápido, mais selvagem, menos apaixonante.

Em alguns minutos estavamos seminus sentados no sofá, me movia pelo prazer, como fazia antes... Antes de...

O momento se tornava cada vez mais prazeroso, me sentia inconsciente. Até que o momento menos esperado por mim, mas estava bom, não podia negar, Alex era forte e quase me machucava.

Ele beijava meu pescoço, meus olhos estavam fechados com força, não tinha coragem de ver o que eu mesma estava fazendo. Até o momento em que meus olhos se abriram de subito.

Uma dor ultrapassou minhas veias, meus órgãos, meus musculos e enfim minha pele. Uma dor que parecia me rasgar, esmagar meu corpo e cortá-lo ao meio, uma dor que eu nunca imaginei sentir antes. Um grito irrompeu meus lábios, minha visão estava embaçada, mas ainda o sentia sugando meu sangue. Meu corpo dava espasmos de dor.

-Alex. –puxei o ar com a maior força que pude. –Alex pare!

Mas foi naquele momento que percebi que não era Alex, era Alec Volturi. Ele parou por um momento e o olhei, piscando para melhorar minha visão, sai rápido de perto dele. Filho de uma...

Respirei fundo, já tinha feito isso antes, olhei meu corpo, meus braços e meu tronco estavam encharcados de sangue escuro. Você sabe o que fazer. A dor ainda explodia em minhas veias. Avancei fazendo a mesa de centro cair, peguei Alec pelo pescoço e o joguei contra a parede. Mais um espasmo de dor.

-Eu posso não ser tão forte quanto você, mas eu sei o que fazer com você. –olhei mais uma vez para seus olhos agora totalmente vermelhos.

Mordi seu pescoço, agora com mais força do que com Jane.

-Renesmee, não, sou eu Alex. –apenas não respondi.

Sugava seu sangue e cuspia logo em seguida. Depois de alguns minutos agarrei seu pescoço.

-Eu vou matar você, é muito bom que nenhum dos Volturi tente me deter de novo, eu não sou como minha familia, se tenho que destruir eu vou fazer isso, sem nenhuma piedade.

Joguei Alec ao chão, pisei em seu pescoço logo em seguida.

-Não vou dar outra chance pra vocês.

Me troquei e sai com Alec em meus braços, peguei a chave do carro e dirigi até uma área com muita vegetação, longe de Manhattan. Um terreno plano e grande. Lá haviam algumas lenhas, peguei meu isqueiro e o acendi junto as toras de madeira. O fogo subiu. Encarei para os olhos vermelhos que pareciam me desafiar. Quebrei seu pescoço e o atirei na fogueira, esperando ve-lo queimar. Voltei para a cidade no carro, e peguei minhas coisas depois de um banho, fui para o aeroporto e comprei a passagem com o dinheiro que tinha em minha carteira.

Naquela noite, fiz coisas que nunca pensei que seria capaz de fazer, mas tinha dentro de mim um sentimento, ódio, e depois de ver Alec queimar naquela fogueira, meu ódio se foi, deixando em seu lugar a saudade de uma pessoa importante. 


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam da Nessie selvagem?