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As lagrimas quentes e salgadas ainda caiam por minhas maças do rosto, as queimando. Minha visão ficava embaçada e a chuva caia fortemente pelos vidros do carro. Mal acreditava que estava chorando, depois de todos esses anos sem derrubar uma única lagrima, a ponto de achar que meus tubos lacrimais haviam secado, agora elas caiam como a chuva lá fora.

“Eu não posso te amar”

Essa miserável frase vagava por minha mente perturbada junto com a imagem minha com Edward nos beijando. Eram tão bons seus lábios, suas caricias, que chagavam a arder meu corpo que aclamavam cada vez por mais. Eu nunca havia sentindo isso com o Jake. Oh Deus o Jake! Como pude fazer isso com ele. Bem que Alice tinha dito que isso iria acontecer.

Sem pensar mudei de rota e me caminhei para a casa de Jake. Eu não poderia continuar com isso, não era certo. Não era certo nem com Jake, nem comigo e nem com Edward.

A estrada para La Push estava perigosa e tinha inúmeras placas dizendo: “Cuidado curva estreita”; “Não acelere nas curvas”; “Use cinto de segurança”. Mas, isso não faria eu desacelerar eu tinha que vê-lo, então apenas rezei para que nada me acontece-se e que eu logo chegasse em sua casa. Felizmente eu consegui chegar em segurança em sua casa. 

Estacionei meu carro de qualquer jeito  e corri pela chuva mais uma vez até a porta e bati freneticamente nela. Escutei sua voz gritar um “Espera ai” junto com um palavrão bem formulado e quando escuto a chave entrar na maçaneta, girar, abrir e vê-lo na minha frente com uma expressão de surpresa no rosto eu não pude fazer nada a não ser abraçá-lo fortemente. 

-Bella o que aconteceu?- ele pergunta assustado me abraçando e beijando o topo de minha cabeça.

As lagrimas vieram átona mais uma vez e não pude escondê-las como sempre fiz.

-Bella você esta chorando?- ele pergunta mais uma vez surpreso- Você não chora- sussurrou.

Me abracei mais a ele e o olhei, vendo aqueles olhos chocolates derretidos vendo neles emoções nunca vistas. Confusão. Surpresa. Medo do desconhecido. E amor... Isso fez com que eu desse um impulso e o beija-se. Seus lábios moviam-se com os meus fortemente e seu gosto se misturava com as minhas lagrimas. Jacob fecha a porta e entra comigo na casa. Puxa-me pela cintura me prensando mais a ele e pega em meus cabelos embaraçados e molhados pela chuva.

Tinha raiva de mim mesma por estar fazendo isso com ele, mas eu não poderia terminar com Jake. Ele me amava e terminar seria egoísmo. Pior ainda seria trocá-lo não só pelo meu melhor amigo, mas por seu amigo também... Era errado demais. Mas o que eu poderia fazer? Eu estava apaixonada por Edward.

Incrível que só em pensar nele, me fez beijá-lo com ainda mais força do que já aplicava em seus lábios.  Minha mente estava nublada pela imagem de Edward. Era como se ele estivesse ali e não Jacob. Era mais forte do que eu. Rapidamente minhas mãos foram para seu pescoço o puxando cada vez mais.

-Bella- ele murmurou entre o beijo.

Escutá-lo me fez voltar a realidade. A realidade onde eu não tinha Edward, onde eu enganava Jacob.

-Jake- disse me abraçando a ele.

-O que esta acontecendo meu amor?

“Meu amor...” Isso machucava meu coração.

-Jake... eu não posso- negava com a cabeça.

-O que você não pode? Fale para mim. Não tenha medo estou aqui para te apoiar. Só não chore- limpou as lagrimas com seus dedos enquanto segurava meu rosto com suas duas mãos.

Eu não poderia terminar com ele, não podia.

-Me ame- disse olhando em seus olhos.

Jake me encarou por alguns segundos não acreditando em meu pedido, nem eu acreditava no que estava pedindo.

-Você tem certeza Bella? Você não pode depois voltar no passado caso você se arrependa. Eu te disse que esperaria um, dois, três, mil anos, se for necessário.

Olhei em seus olhos e vi que poderia fazer isso, sem me arrepender depois. Ele merecia isso. Ele merecia, por me amar tanto, por me querer bem, por ser meu amigo. E eu sei que poderia fazer isso por ele ser meu amigo, e pelo menos seria com uma pessoa que eu gosto. Mesmo que eu não o ame, eu devo isso para ele.

Então não precisei ter que responder, logo apenas tirei meu casaco junto com a blusa molhada, e o beijei...

Edward P.O.V.

“Eu não posso te amar”

Porque ela disse isso? Aquelas palavras que a pouco foram recitadas por ela me machucavam como facas atravessando meu coração o fazendo a chuva levar os resíduos de sangue com ela. Fiquei encarando a estrada vazia por segundos, depois minutos e logo depois horas. Vendo que não adiantaria esperar por ela voltar e se jogar em meus braços dizendo o quanto estava enganada, que me amava também, que me queria tanto quando eu a queria ,decidi entrar já prevendo uma futura gripe ou quem sabe uma pneumonia.

Joguei minha blusa no chão assim que atravessei a porta de entrada, e andei até o banheiro.

Liguei a água quente e entrei com calça debaixo do chuveiro. Me apoiei na parede de mármore e deixei a água escorregar por minha nuca e costas.

O gosto de seus lábios ainda estava nos meus, sua maciez ainda parecia fazer pressão em minha boca, seu cheiro ainda estava fixado em minhas roupas e mãos, as marcas de seus dedos ainda marcavam minha pele. Tudo dela estava  agarrado a mim. Soquei a parede fazendo uma rachadura na mesma. 

O que ira acontecer agora? Será que ela voltaria a falar comigo? Continuaríamos amigos?

Não deveria esperar que tudo ficasse perfeito depois de hoje, pois provavelmente Bella irá querer um tempo para pensar. E ainda tem o Jacob... Caralho ainda tinha o Jacob, além de namorado de Bella ele era meu amigo também de colegial, e ele “confia” em mim.

-Bosta!- murmuro molhando meus cabelos e os balançado debaixo do chuveiro.

Tirei minha calça e cueca, os pendurando. Sai do chuveiro com uma toalha amarrada na cintura (n/a: ai imagina ele saindo assim do banheiro de vocês *-*) e caminhei para meu quarto, coloquei uma samba calção e me joguei na cama pensando nos seus olhos caramelos, logo depois caindo no mundo dos sonhos.

Bella P.o.v

Eu e Jacob nos beijávamos fortemente e cada vez mais eu queria tirar suas roupas para acabar logo com aquilo. Jake impaciente tirou meu sutiã enquanto eu tirava sua blusa branca e suja de graxa. Passo minhas mãos por seus ombros e pescoço. Enquanto nos beijávamos minha mente vagava para a imagem de Edward, me fazendo dar incentivo a continuar. Pois eu não estaria com Jake na cama, hoje estaria com ele... Com Edward. Sua mão agarra um de meus seios fazendo eu jogar minha cabeça para trás de desejo. Melhor ainda foi quando seus lábios se chocaram com meus mamilos rígidos e sensíveis, o que me fez morder os lábios, impedindo que gemesse o nome de Edward. Agarrei seus cabelos e os puxei levemente.

Sinto ser levantada pela cintura e ser levada até algum cômodo, provavelmente o quarto de Jake, e ser jogada na cama. Ele começa a fazer um caminho de beijos desde meu pescoço até meu umbigo e enquanto trabalhava naquela área desabotoava meus shorts jeans levando junto minha calcinha e o escorregava por minhas pernas.

Inesperadamente senti uma pressão maravilhosa “nela” que pedia para ser atendia a noite toda. Era divino, delicioso. Jake começa seus dedos trilhar entre minhas pernas, aquela sensação maravilhosa me fazia revirar os olhos e ofegar, melhor ainda foi quando um de seus dedos escorregou para dentro de mim soltando um gritinho de prazer. Depois de um tempo com ele trabalhando no meio de minhas pernas sinto os dedos de meus pés se apertarem, minha respiração começa a ofegar, meu tronco se curva e meu corpo começa a formigar. Essa sensação que durou alguns segundos foi rompida com uma deliciosa e nova emoção. Não saberia explicar o que exatamente era, mas parecia um misto de quente com frio, de macio e áspero, de mar e lago, tudo tão oposto, mas ao mesmo tempo tão perfeito...

-Bella- Jake murmurou em meus ouvidos.

Ele se levanta e tira sua calça e Box ficando nu na minha frente. Pronto era agora. Não tinha mais volta. Deixei uma lagrima transparente cair de meus olhos esperando Jake o fazer. Então me lembrei de algo indispensável...

-A camisinha- disse um tanto rouca.

Jake começa a me beijar e tateia em algo que não pude ver, ele rompe o beijo e começa a procurar a porcaria da camisinha em tudo o quando é canto, mas nada. Abre a gaveta, vê nos bolsos de sua calça, dentro da carteira... Mas nada.

-Merda- ele murmura.

-O que foi?- pergunto puxando seu rosto para o meu.

-Eu... Er to sem camisinha...

“Só podia ser brincadeira”

-Como não? Você não anda sempre com uma?- perguntei.

-Não, eu parei de andar depois do dia da oficina. A ultima venceu e eu joguei no lixo. Eu não sabia que você iria um dia chegar do nada e querer transar.

-Que ótimo- murmurei um tanto irônica. Já estava sem clima para nada- O que a gente faz agora?

-Eu vou me alivar e já volto- beija meus lábios levemente e corre para o banheiro.

“Ai Deus ele vai se masturbar... Pelo menos ele não pediu para que eu fizesse isso. Droga de camisinha... Bom talvez seja o destino brincando comigo. Isso só pode ser um aviso. Talvez eu não pertencia realmente a Jacob. Mas como eu iria terminar com ele?”

Depois de longos minutos, eu já havia levantado e pego uma blusa de Jake e colocado minha calcinha e deitado na cama. Jake sai do banheiro usando uma Box e sem nenhum volume nela sorrindo.

-E ai como foi lá dentro- perguntei rindo.

-Você já teve o que queria na noite, não seria justo eu ficar sem isso também- deita na cama também e beija minha testa.

- E agora o que agente vai fazer?- pergunto.

-Bom, o que você acha de viajar comigo? Ai podemos terminar o que nos começamos- beija o meu pescoço.

-Eu não sei Jake...

Ele me olha irritado.

-Eu disse que você iria se arrepender.

-Não é isso... Droga eu to tão confusa- jogo as mãos no meu rosto.

-Eu sei que isso é tudo muito novo para você e que talvez você precise de um tempo para pensar no que a gente “quase” fez. Olha para mim- ele pega meu rosto com suas mãos- Faça o que seu coração manda. Não lute contra ele.

“Mas o que fazer quando meu coração não te quer... E sim quer outro?”

Essa era a minha vontade de falar para Jacob, mas apenas mexi minha cabeça e repousei-a em seu peito. Depois de algum tempo escutei sua respiração sincronizada e dormi pensando nos olhos esmeraldas, que agora eu amava.