Acordei com uma tremenda dor de cabeça nessa tarde de sexta feira. Meu quarto apesar de ser 15h dá tarde, esta numa escuridão profunda. Ainda estava cansada então virei de bruços me encolhendo mais na cama, o barulho de chuva caindo me acalmava. Pelo que parece esse final  de semana seria muito chuvoso.

Depois de muitas reviras voltas na cama, finalmente abri os olhos e virei para o relógio e quando vi que marcava dia 1° de outubro mal pude acreditar. Hoje faria três anos que Lauren havia morrido. Um grande aperto no coração se fez. Lembrar do que aconteceu com a namorada de Edward á três anos me machucava.

Ela havia morrido devido a uma leucemia que ela desenvolveu quando tinha 19 anos. Isso tudo aconteceu depois de um ano que conhecia Edward. Dois anos mais tarde tudo se complicou, ela começou a ter sérios problemas, enjôos, e febre de uma hora para outra. Os pais dela á levaram para o Hospital de Forks e bem, receberam a triste noticia de que a leucemia havia passado para um estagio avançado e que suas chances eram poucas.

Lembro de quantas horas ficava no hospital com Edward o consolando e o motivando. Apesar de ter tezes sete anos naquela época e Edward ter vinte e um já éramos melhores amigos, e vê-lo sofrer daquele jeito me deixava mal também, então sempre depois das aulas eu ia visitá-la no hospital e ficar com Edward. Lauren se recusou a raspar a cabeça, e mesmo que os cabelos loiros e brilhantes estivessem caindo, ela não quis cortá-los. Apesar de estar pálida e com oleiras profundas, seu sorriso ainda radiava o quarto de hospital, sua risada continuava a ser contagiante.

Bom as coisas realmente pioraram no dia trinta de setembro quando Lauren teve uma recaída grave, onde quando na madrugada, quando seu coração parou de bater... Ela se foi.

Edward ficou péssimo. No funeral ele usou óculos escuros para esconder seus olhos vermelhos e tristes. Tentava passar a imagem de que estava tudo bem, mas eu conhecia meu melhor amigo. Então sem avisá-lo fui até seu apartamento. Lembro-me como estava bagunçado e monótono.

Tudo estava cinza e gelado, toneladas de jornais estavam se fazendo na porta, contas a se pagar eram deixadas na mesinha de entrada da casa, na geladeira não se tinha vestígio de comida, e não tinha nenhum prato a se lavar. Então tirei a conclusão de que ele estava começando a ter depressão.

Mas o pior não foi ver tudo aquilo, mas sim quando eu entrei no quarto de meu amigo e o ver esterçado no chão dormindo pesadamente com  a foto dela nas mãos e marcas de lagrimas no seu rosto. A barba mal feita, o corpo magro e pálido me deixou assustada então fui até ele e quando me abaixei ele abriu os olhos e a chamou.

-Lauren?- pergutou.

-Edward, sou eu Bella. Lauren se foi- peguei em seu rosto com as mãos e passei meus dedos levemente sobre sua pele frágil. Ele chorava silenciosamente.  Agachei-me mas e me deitei ao seu lado abraçada a ele com seu rosto na curvatura de meu pescoço.

Depois de uma semana que passei na casa dele. Edward voltou á faculdade e a sair um pouco mais. Só que realmente as coisas se estabilizaram depois de um ano. Hoje ela ainda esta em nossas memórias, mas mal tocávamos no seu nome.

Passei meus dedos pelos meus cabelos e apoiei minha mão no ossinho de minha cintura, olhando para o teto, que permanecia escuro.

Decidi por fim me levantar e arrumar minhas coisas para dormir na casa de Edward. Apesar da idéia maluca que meu pai teve, até que deu certo porque sempre ficávamos juntos no “aniversário de morte” de Lauren.

Estava apenas com uma calcinha e uma blusa branca, meus cabelos que estavam com aquele ar de dia pós-festa estava indo até a cintura. Ligo a luz fraca de meu abajur e vou até o armário. Pego minhas roupas e as coloco na minha mochila. Separo uma roupa  para ir a casa de Edward, e vou tomar um banho rápido sem lavar meus cabelos.

 Já pronta, arrumo minha mala e desço as escadas já com as chaves da caminhonete na mão. Vou até a cozinha e vejo um bilhete de meu pai, que diz para não me preocupar com ele, e que nos veríamos amanha. Escrevo uma resposta para ele, grudo na geladeira, e aproveito e já pego um suco de laranja.

Vagava pelas ruas marotas de Forks em meu carro, onde guiava para a casa de Edward. Já eram cinco da tarde então decidi passar numa locadora de filmes que tinha aqui e comprar umas guloseimas.

Depois de ter comprado tudo, e alugado Casablanca, meu filme predileto fui para casa de Edward. Chegando lá pego minhas coisas e a sacola de papel com as cervejas e os salgadinhos, vou até a porta e toco a companhia. Edward abre a porta com um olhar pouco vermelho e uma expressão triste. Abro um sorriso e vou ate ele lhe dando um beijo na bochecha. Corro até a cozinha e coloco as coisas na mesa. Vou ate a sala onde Edward está sentado no sofá e com as mãos na cabeça. Sem disser nada vou até ele e sento do seu lado me deitando em seu colo. Não sei por quantas horas ficamos naquela posição, eu deitando nele e ele passando as mãos nos meus cabelos, até ele quebrar  o silencio  e perguntar:

-O que vamos fazer hoje?- ri.

-Eu aluguei Casablanca e comprei cervejas- virei meu rosto para ele ainda deitada no seu colo.

-Então o que estamos esperando?- diz se levantando e me levantando também.

Vamos até a cozinha e pegamos tudo o que iríamos precisar.

-Porque você ama tanto esse filme?- pergunta Edward abrindo uma cerveja enquanto eu coloco o DVD.

-Tem melhor coisa do que a mistura de romance com a Segunda Guerra Mundial?  Não- vou até ele pego uma cerveja também e me sento ao seu lado.

-Você é a única pessoa que deve gostar de assistir esse tipos de filme, que ainda é passado em preto e branco.

-É um clássico, clássicos são em preto e branco. E agora shii vai começar.

Ele sorri e da um gole de sua cerveja.

O filme estava rodando a uns quarenta minutos e me sentia um pouco nervosa por estar ao lado de Edward. Já estava tarde e a única luz que se tinha era da televisão a nossa frente. Chovia horrores lá fora e os trovões gritavam por Forks. Tanto que um deles foi tão forte, que eu levei um susto fazendo eu me acolher nos braços de Edward. Ele surpreso por minha agarração repentina, hesitou no começo, mas depois se deixo por deixar e me abraçou. Edward e eu nos encarávamos fixamente, seus lábios rosados era tentadores demais, então virei meu rosto para não correr o risco de fazer algo errado. Passar alguns momentos e estávamos tensos, percebi isso porque Edward não parava de se mexer, e eu estava ficando cada vez mais difícil não olhar para ele.

(http://www.youtube.com/watch?v=cPUYl8Aom8Y link seguro)

 Então foi quando olhei para ele novamente e que vi suas pupilas dilatadas, que percebi o quanto ambos queriam aquilo. Edward se ajeitou melhor no sofá e pego em meu rosto enquanto eu apoiava minhas mãos em seu pescoço. Seu hálito de cerveja misturado com menta passava por meu rosto como um sopro quente. Então tão inesperadamente, nossas bocas estavam coladas uma na outra, nos separamos um pouco e nossa respiração estava entrecortada, voltei a dar um beijinho e foi assim até eu ficar na sua altura me sentando sobre meus joelhos. Enfiei meus dedos por seus cabelos e dei leves puxadas, umas de suas mãos estavam em minha cintura enquanto a  outra trabalhava nos meus cabelos desalinhados.  Eu não pude deixar de suspirar de leve... O que manteve meus lábios abertos apenas o bastante para que a língua inquieta de Edward se lançasse para dentro de minha boca, fazendo uma chama se acender em meu interior. Assim que nossas línguas se cruzaram ele deixou escapar um gemido, um som que poderia ser confundido com um lamento de dor, só que ele não me afastou, ao contrario disso, Edward me puxou para mais perto dele com uma de suas mãos, me colocando em cima de seu colo, enquanto a outra mão subiu até o decote de meu minha blusa, até chegarem ao ponto onde meu coração batia forte contra meu peito.

Senti-me como estivesse sendo queimada pelo forte calor de sua mão na curvava de meu seio. Com nossas línguas ainda brincando de esconde-esconde, soltei um murmuro. Então um de seus longos dedos penetraram por debaixo de minha blusa, acolhendo entre eles a carne fresca de seu seio, fazendo meu bico enrijecer de encontro com sua palma.

-Oh- ofeguei quando seus dedos começaram a massagear essa parte sensível de meu corpo, fazendo uma pressão suave, porém implacável, que quase me fez gemer, fazendo eu ir beijá-lo mais avidamente.

-Bella- ele gemeu meu nome muito perto de minha boca, logo voltando a me beijar. Seu polegar se movia sobre meu mamilo enrijecido, provocando uma nova onda de calor por meu corpo principalmente entre as pernas, que aclamavam por algo que eu não saberia disser.

Nossas respirações ficaram entrecortadas novamente, fazendo eu perder o ar, cada vez que ele pegava em meu seio. Comecei a puxar sua blusa para cima e quando o fiz, Edward tirou suas mãos me fazendo gemer em protesto, logo ele já havia tirada não só a sua blusa como a minha também, e quando agarrou novamente meu seio, senti algo longo e duro se formar em sua parte da frente, e tocar minha perna. Foi então que eu percebi o quanto isso estava indo longe demais, e com que isso estava acontecendo. Eu o empurrei com toda força que tinha e fiquei lhe observando respirando rapidamente. Edward me olhava confuso, esperando que eu tomasse alguma atitude.

-Oh Deus, Oh Deus, Oh Deus!- comecei a gritar já me levantando e pegando minha blusa que tinha sido atirada no chão. Edward sem entender nada ficou me olhando sentado no sofá. Corri até a mesinha da cozinha e peguei minhas chaves do carro, deixando para trás minha mochila. Quando abro a porta da frente vejo Edward se levantar e vir na minha direção já com sua blusa. Saio correndo pelo temporal que estava lá fora e quando estou perto de meu carro Edward me puxa pelo braço.

-Bella, o que aconteceu, porque você saiu assim- seus cabelos estavam ensopados e suas maças do rosto de porcelana estavam rosadas e quentes devido o beijo que aviamos trocado.

-Edward esta me machucando- disse quando senti ele apertar mais seu braço em meu punho.

-Desculpe- soltou-me, mas antes de conseguir fugir novamente, ele me puxou pela cintura- Bella olha eu não sei o que aconteceu lá dentro , só seu que estou sentindo coisas por você desde que eu te vi no lago no fim do verão. Você é minha melhor e eu venho me condenando por achar isso errado, mas não é Bella não é! Eu te amo.

-Edward, por favor... Me solta- falei num sussurro rouco.

-É só isso que você tem para me disser?

-Por favor- digo olhando para ele com os prováveis olhos de desespero.

Então ele me solta e deixa a passagem livre para que possa ir até meu carro. Mas quando chego perto da porta e a abro, sinto o aperto no meu coração. Eu sei que mais tarde iria me arrepender por isso mas não podia deixar de sentir seus lábios pela ultima vez.

Então corri até a sua direção e me joguei em seus braços molhados, o beijando com todo o meu amor possível e impossível que alguém poderia ter. Sim eu o amava também, queria gritar por isso. Nosso beijo era tão ardente e febril e chegava a ser até doentio. Cortei nosso beijo brutamente e quando ele voltava  a fazer o que parei, o impedi colando nossas testas.

-Eu não posso te amar.

E saio correndo para meu carro, e logo já entro no mesmo para que não corra o risco de querer voltar, logo já o ligando e entrando pela rua.Ao olhar ele pelo retrovisor ali parado, molhado, e chorando o habitual aperto em meu peito apareceu só que  agora parece um esmagamento tão forte, tão forte e dolorido que quando achei que iria explodir.... Até que  tudo se acalmou e quando senti gotas de água quente molharem meu rosto com um gosto salgado, e percebi que não era da chuva, vi no espelho do carro que estava derrubando minhas primeiras lagrimas depois de tantos anos.