Depois que a gente se beijou ele olhou pra mim e passou a mão no meu cabelo.

Eu fique meio extasiada com tudo aquilo, primeiro que eu nunca teria coragem de fazer aquilo, segundo, ele tava sendo perseguido e queriam matá-lo, na verdade ele e a Hinata.

- a parte em que ele fala que você dança numa boate... isso é verdade?

Eu engoli em seco, e me sentei na cama.

- é, é sim. É que eu tava com muita raiva da minha mãe e, bem, eu tinha que esquecer você né.

Ele ficou me olhando um bom tempo até conseguir digerir tudo um pouco, afinal de contas ele soube por um “assassino”, digamos, que eu tava trabalhando e ainda por cima era menor de idade.

- bom agora eu tenho que terminar com a Hinata.

-mas e o filho de vocês?

-eu disse que iria assumir o bebê, mas não que iria casar com ela, e... espera um pouco.

O celular dele tava chamando, mas o pior era que a gente não encontrava. Quando ele achou o celular, foi por que olhou pro chão e viu metade dele embaixo da cama.

Ele pegou meio desconfiado.

-quem era?

- a Ino. Melhor retornar.

Enquanto eu arrumava a bagunça que tínhamos feito pra achar o celular dele, ele retornava a ligação.

-“Naruto”

-Ino, o que foi?

-“onde você ta? A Sakura tava te procurando que nem doida.”

- to aqui na casa dela. Por que?

-“ah, na casa dela. Não só queria saber mesmo. Até mais tarde.”

- até.

-o que ela queria?

- sei lá, mas é melhor eu voltar pra casa do meu avo Sakura. Amanha eu venho aqui.

- ta bom então.

Ele desceu as escadas e foi embora.

Moegi chegou toda feliz no quarto.

- o que rolou?

-nada. E para de ficar bisbilhotando viu. Ta parecendo o papai.

- é, sou bem parecida com ele.

Eu desci e fui arrumar algumas coisas, depois fazer a tarefa de casa.

Moegi sempre gostou de estudar biologia e tinha dificuldades em matemática.

Alguns hábitos nunca mudam.

Rodamos a cidade toda praticamente, com a Tenten e a Ino-porca.

Ela ainda me chamava de testa de marquise.

Quando cheguei do trabalho, fui pro computador. Já tinha se tornado vicio.

Resolvi ver as gráficas que tinham falido nos últimos anos, a do tio do Sasuke era uma. Uchiha Madara. Eu nunca gostei muito do nome Uchiha, carregava uma coisa estranha, como um mal de família, se um tem é provável que outros tenham.

A Uchiha’s Grafic faliu no mesmo ano em que o pai do Naruto foi morto, achei estranho. Mas resolvi deixar de lado.

Vi mais algumas coisas e encontrei a gráfica que minha mãe trabalhava não me lembro o nome, mas o dono era um tal de Orochimaru. Eram nomes muito estranhos pra algumas pessoas. Esse tal Orochimaru tinha um filho adotivo chamado Kabuto, e o sócio dele, era o tio do emo, que quando faliu resolveu liberar o Orochimaru do acordo de união das empresas, mas teve que deixar algumas ações com o seu sócio, que com o passar dos anos foi reabilitando essas ações até se tornar dono de ambas gráficas.

Eu realmente me interessei por isso e resolvi pesquisar imagens sobre eles dois, mas eram poucas as que apareciam.

Resolvi dormir, ainda teria que estudar e encarar de novo o dia.

- Sakura, levanta ou vai perder a hora.

Minha mãe sempre me chamava as 06:00 da manhã. Era um sacrifício levantar, principalmente quando se dorme pouco durante a noite.

Levantei, fiz o que sempre fazia e fui pra escola.

-Pessoal- o professor Kakashi dava aula de matemática- quero dizer que nesta segunda-feira começará a greve de professores nas escolas estaduais.

- mas professor, quanto tempo vai durar a greve? Não podemos ficar assim sem aula. - nisso o Kiba tinha razão.

- Kiba larga mão de ser problemático. O professor Kakashi, nós teremos que repor aula?

- provavelmente sim.

- mas por que greve? O que a gente fez de tão grave?

O professor riu da pergunta do Chouji, ah e por incrível que pareça, a maioria dos meus amigos estuda comigo.

- não são vocês, é o governo que não quer dar aumento no salário dos professores. E quando decidem dar, é tudo picadinho.

- então vamos à greve.

A sala entoou o coro GREVE, GREVE, GREVE, GREVE...

- parece que a sala de você é a única que apóia a greve.

Ficamos nisso quase a manha toda.

Na hora da saída deu o maior bafafá sobre a greve.

Cheguei em casa, e fiquei pensando sobre o dia anterior e nas coisas sobre as gráficas. Me deu medo só de pensar que Naruto estava encrencado por causa de uma coisa que ele não fez.

As horas chegaram e passaram de tal forma que estranhei quando Naruto chegou em casa. Me pegou desprevenida.

- Sakura-chan.

-Naruto o que você ta fazendo aqui?

- ué? Já são duas e meia.

-a é, temos que ir ver a Hinata. Eu só vou trocar de roupa.

Eu estava subindo e ele tava subindo também.

- o que pensa que vai fazer? Olhar eu me trocar?

Só então ele foi perceber o que estava fazendo.

Ficou do lado de fora da porta e me esperou pacientemente. Ouvi que o celular dele tocou.

Eu abri a porta e vi a expressão de tristeza nos olhos dele.

- o que foi?

-Sakura eu acho melhor você ficar. Eu tenho que ir.

Ele desceu as escadas correndo, eu fui atrás dele.

- psiu, ei, o que ta havendo? Quer me responder?

-ta bom então, vem comigo.

- pra onde?

- pro hospital.

Eu logo achei que ela teve um ataque cardíaco e morreu, mas era outra coisa.

Chegamos ao hospital e encontramos Ino e Sai na sala de espera.

-Ino, Sai alguma notícia?

-não Naruto. Ino pode nos dar licença?

A Ino veio na minha direção com uma cara de dar dó.

-o que foi Ino?

-a Hinata tava mesmo grávida Sakura.

-é eu sei.

-como?

-o Naruto me contou e ele se lembra de algumas coisas que ele e ela fizeram naquela noite.

- nossa coitado dele.

- por quê?

- a Hina perdeu o bebê.

A principio eu não acreditei naquilo. Eu fiquei imaginando o Naruto, como ele estaria por dentro.

Ele se sentou e o Sai ficou de pé olhando o relógio. A Ino foi até ele e o abraçou.

-Ino eu vou ver como o Naruto ta.

-uhum.

Eu fui até ele. Tava triste parecia até que tava em transe, olhando pro nada, todo cabisbaixo.

-ei, gatinho.

Ele ergueu a cabeça e deu um meio sorriso.

- a, Sakura-chan, eu me esqueci de dizer o que houve a Hinata...

- eu sei, eu sinto muito por vocês.

- eu ia terminar com ela ontem, mas não consegui falar com ela.

-mas ela ta precisando do seu apoio agora Naruto.

- é melhor eu terminar logo com ela do que ela ficar achando que eu tenho dó.

- faz o que for melhor.

Ele me olhou nos olhos e eu desviei, acho que tinha medo que de alguma forma ele pudesse ler o que se passava em minha mente.

Passaram-se algumas horas desde que chegamos afinal ela tinha que retirar o feto e ficar um pouco em observação. Sai e Ino se sentaram. Eu já estava querendo ir pra casa, mas não poderia deixar ele daquele jeito.

- Sakura.

- o que foi Naruto?

- to com sono.

-Ta bom.

Peguei a jaqueta dele que tava no banco e fiz como um travesseiro. Coloquei sobre a minha perna esquerda. Ele deitou a cabeça e eu fique acariciando seu cabelo.

Era como se fosse antigamente, só eu e ele.

Ino e Sai ficaram olhando a cena até que perceberam que eu tava com um olhar meio assassino pra eles, daí começaram a achar o chão mais interessante.

-ai, isso ta demorando demais, eu tenho que ir trabalhar.

-você não vai mais naquele lugar.

-“aquele lugar” é onde eu trabalho.

-eu sei, mas... Foi mal, eu num to bravo com você. Por que não me disse antes?

- eu não tinha nada seu, nem e-mail, nem telefone, nada... E a Ino achava o Sai mais interessante pra falar a verdade.

Ele se sentou ao meu lado e começamos a falar sobre o que aconteceu comigo após ele ter ido pros EUA.

Ele ficou meio surpreso com o que eu falei, mas depois foi se controlando.

-é só isso?

- sim. Por quê?

- achei que tivesse feito mais coisas tipo...

- sexo? Não obrigada prefiro ser virgem.

Ele riu com a afirmação, mas logo se lembrou que quebrou o voto que fez a si mesmo na época do colegial:

Disse que iria ser padre e salvar a todos.

- bem parece que acabamos com meu sonho de ser padre.

-ainda bem que acabamos com ele, seria um desperdício.

A porta da sala em que estávamos se abriu, Tsunade nos informou sobre a situação de Hinata.

- mas e quando a gente pode vir visitá-la?

- só amanhã. E Sr Uzumaki, ele insiste em falar com o Sr.

- eu já vou lá.

Lancei um olhar mortal a ele, que ficou meio com medo, uma coisa estranha.

- fica calma, não vai acontecer nada demais.

- bom mesmo.

Ele me deu um beijo na testa e foi para o quarto da Hinata.

(Naruto pov.)

Quando eu entrei no quarto vi Hinata deitada na cama com um aspecto cansado.

- Naruto, eu preciso falar com você.

- Tudo bem eu também preciso te falar uma coisa.

Ela me olhou como se já soubesse o que eu iria falar.

- você já sabe que eu perdi o bebê e não temos mais laço algum que nos una, então _ ela se preparou, parecia ser mais difícil pra ela do que eu imaginei_ quero terminar tudo com você Naruto.

Eu fiquei aliviado por dentro, mas não poderia demonstrar isso, e por outro lado se eu ficasse triste ela iria achar que eu gostava dela, então fiquei neutro.

-era sobre isso que eu queria falar com você. Faz alguns dias que eu to com isso entalado pra falar, mas nunca saía, então... Eu tentei vir ontem falar com você pra... Terminar, mas eu não pude entrar no hospital.

Ela me olhou com a cara mais triste do mundo, mas eu não poderia ficar mole de novo.

- podemos pelo menos ser amigos?

- claro agora você precisa descansar tudo bem?

Ela balançou a cabeça em sinal positivo. Fui dar um beijo na bochecha dela, mas ela virou o rosto, quase que beijei a boca dela, mas parei antes que isso acontecesse.

- Hinata, é sério não posso te dar esperança.

- tudo bem.

Beijei o topo da cabeça dela e fui embora.

Quando cheguei à sala de espera só estava a minha flor, enrolada no meu casaco dormindo. Tinha sido realmente um dia exaustivo pra todos.

Cheguei perto dela e passei o dorso da mão no seu rosto. Ela foi abrindo aquelas grandes esmeraldas até encontrar nossos olhares.

-oi.

-oi, que horas são Naruto?

- hora de ir pra casa.

Aproximei meu rosto do dela e ela se encarregou de tocar nossos lábios, mas por meros segundos. Ela sempre fez isso.

- agora vamos que eu preciso trabalhar.

- já disse que não quero que trabalhe lá.

- Eu te amo você me ama que mal poderia acontecer?

Olhei meio desconfiado pra ela, mas aí ela abriu aquele sorriso, e eu tive a sensação de que realmente nada de ruim poderia acontecer.

Nós saímos do hospital, tive a sensação de que havia alguém nos seguindo, e pelo visto Sakura também, pois me abraçou de repente e não me soltou até que entramos no carro.

Não trocamos nenhuma palavra até acharmos que estava tudo bem.

- Naruto, lá atrás, era como se estivessem...

- nos seguindo? É eu sei.

- será que...

- eu sei lá _chegamos a casa dela_, mas eu não vou deixar que nada de ruim aconteça a você, custe o que custar.

Ela me olhou meio tristonha, mas com um meio sorriso.

- você sempre fez isso. Obrigada. Você quer entrar?

-claro.

Eu entrei e fiquei na sala assistindo alguma coisa quando ouvi um barulho atrás da casa. Fui para a cozinha e peguei uma frigideira, quando abri a porta...

- AAAHHH!

-AAAHHH!

Ouvi passos descendo a escada correndo.

- o que ta acontecendo?

- quem é ele?- perguntei.

-ele quem? Konohamaru? O que você ta fazendo aqui sozinho com a Moegi?

- Sakura eu posso explicar...

- então ele é o Konohamaru?

- sim e vocês não me responderam.

A Moegi tomou fôlego e respondeu com a maior cara de pau.

- a gente tava se beijando então o Naruto apareceu.

- vocês tem noção a que um beijo pode levar?

- sabemos.

Realmente a Sakura-chan sabia como cuidar da irmã dela, mais parecia mãe que irmã.

Ela disse que iria conversar com a Moegi e pediu pro Konohamaru ir pra casa dele. Eu o acompanhei até a porta, não podia deixar o garoto daquele jeito.

- você gosta muito da Moegi né?

-e você não sabe quanto.

-mas não pode ir fazendo isso, são novos demais.

- você e a Sakura também eram.

- mas nunca demos um beijo assim antes, e tínhamos a cabeça no lugar_ abri a porta_ te cuida.

- hã, você acha que a Sakura vai ficar brava comigo?

- não. Isso passa. Pode confiar.

Ele foi embora e eu voltei pra a sala, Moegi tava de cabeça baixa, envergonhada. Me lembrou a Sakura no dia em que fomos pra casa da Ino.

- me desculpe pelo susto que dei em vocês. Achei que fosse outra pessoa.

Elsa ergueu os olhos, eu continuava a fitar o que se passava na TV.

- tudo bem Naruto. Aliás, o clima tava meio quente. A gente mereceu.

- quente é?

Ela riu. Ouvimos a Sakura descer depois de algum tempo, tava muito gata.

Parecia aquelas caipiras assanhadas de filme.

De maria-chiquinha e um batom vermelho sangue, uma blusa que era na metade dos ombros com um espartilho preto.

Um short curto, e põe curto nisso. Uma sandália preta de salto alto que vinha trançando nas suas pernas até um pouco abaixo dos joelhos.

- to pronta. Vamos?

 Eu não respondi, fiquei boquiaberto com a imagem que estava a minha frente.

- você ta muito gata.

Ela ficou envergonhada com tal comentário então percebi que eu já não a estava olhando-a normalmente, eu precisava dela. Ela era a única pessoa que podia me entender. Não era tímida e nem muito extrovertida, mas também não era séria, sabia a hora de falar o que precisava ser dito sem medo de nada.

Ela pegou o casaco dela e deixou a Moegi em casa, mas quando estava prestes a abrir a porta a mãe dela chegou.

- a onde vocês vão?

- mãe o Naruto vai me levar pro trabalho, a Moegi tem que te contar uma coisa e eu já vou indo.

- que coisa Moegi? Pode me falar filha.

 A mãe da Sakura chamava a Moegi de filha, estavam ha tanto tempo juntas que a relação mudou de filha bastarda do ex-marido para filha de mãe solteira.

A vida da Sakura virou de cabeça pra baixo, foi uma loucura.

- e mãe, talvez na semana que vem a escola entre em greve. Tchau.

 Ela deu um abraço na mãe dela e me puxou pela mão.

-tchau Sra. Haruno.

Eu a levei para a boate e fiquei lá com ela, e ela dança super bem.

Vi muitos jovens perguntando se ela fazia programa. E a resposta era sempre a mesma. NÃO.

Cara eu imaginava os outros jovens, se eu já fiquei alegrinho de vê-la naquela roupa, imaginem eles?!

Ela realmente sabe como conquistar alguém.

Eu sabia que ela não podia ficar dando atenção pra mim no trabalho, mas eu sentia como se não pudesse deixá-la sozinha.

“... não me esqueci de sua linda namoradinha e da sua ex, como ela é linda, eu a vi dançando numa boate aqui do Brasil, se você quer protegê-la deixe-a fora do meu caminho, meu não, do seu... afinal uma garota assim não se troca por outra tão tímida”

Não tirava isso da minha cabeça. Ele só poderia estar blefando.

Mas ele falou com tanta certeza que me fazia tremer só de pensar que ele a viu, que pode ter perguntado se ela fazia programa, de ter pensado nela uma vez sequer.

Realmente era desconfortável ficar nisso.

Ela parou de dançar, ficou lá umas duas horas com as outras, e depois foi para o bar trabalhar.

Vi algumas pessoas conhecidas ali, o Neji, a Temari, a Tenten, Chouji.

Ela tava pagando uma bebida pra uma guria. Ela agradeceu e deu um beijo na bochecha dele. Pra ela fazer isso só se gostar muito dele.

Eu fui falar com ele assim que ela saiu...

- e aí Chouji.

-hã? Naruto, o que você ta fazendo aqui?

-eu vim trazer a Sakura.

- vocês voltaram?

-por quê?

- não é que eu fiquei sabendo que você tava com a prima do Neji.

- é eu tava mesmo com a Hinata, mas daí quando ela perdeu o bebê terminou comigo.

- e então você foi chorando pra Sakura? Cara isso não é certo não, se você ainda gosta da Hinata você devia...

- ei Chouji, calma cara, eu ia terminar com ela ontem eu nem sabia que ela tava mal, e eu não gosto dela, eu namorei com ela por que eu fiquei sabendo que ela tava grávida, ponto. Mas eu sempre gostei mesmo foi da Sakura.

-olha só. Você não sabe a falta que faz lá na sala. Ta todo mundo junto de novo. Até a Ino ta lá, volta pra nossa escola.  Daí fica a galera toda junta de novo.

-nossa não sabia que eu era tão importante assim aqui. Mas vem cá. Quem era aquela garota que tava com você?

- a Kimi? Ela é a filha do churrasqueiro.

- aquela Kimi? A que usava aparelho e tudo mais?

- é, ta mó gata. Eu sempre gostei dela sabe, ajudei ela a tirar aqueles óculos fundo de garrafa, quando ela tirou o aparelho eu ajudei também. Foi bem legal ver ela mudar.

- então ela gosta de você?

- eu sei lá, ela diz que sim, mas e se não for verdade...

Ele parou de falar de repente.

- que foi Chouji?

-kkkkkkkkkkkkk, eu num to vendo isso.

- o que?

Olhei na direção em que ele apontava.

-o que o tapado do Gai ta fazendo?

- acho que é kkkkk, a dança do acasalamentokkkk...

Tenho que falar a verdade, o Gai tava dançando igual a um pato dos anos 80.

Morri de rir aquela noite. Pegamos um monte de gente no flagra.

Neji se atracando com a Tenten, sempre soube que eles se olhavam demais aquela época, Kakashi sendo tecnicamente arrastado pela filha do Sr. Teuchi da barraquinha de lámen, a Ayame.

Vimos uns caras meio da barra pesada chegando pegaram outro cara e saíram, pode se ouvir a cantada do pneu deles de lá de dentro.

- Naruto, é verdade que estão tentando matar você e a Hinata?

- como?

- é um cara querendo matar você e a Hinata.

É nessa hora que eu digo quem tem um avo como o meu não precisa de inimigo.

-é que meu pai foi falar com o seu avo, sobre as investigações e ele disse que você viria pra cá.

- ele fala demais...

- é cara seu avô merece o recorde por falar demais, fala mais que uma menina.

-oi meninos vão quere alguma coisa?

A Sakura tava falando com o Lee e com o Sai.

- eu quero que você tire o Gai daqui Sakura.

- Sai, não fala assim do Gai-sensei, ele dança até bem.

- Sakura até eu gosto do Gai sensei, mas não vou defender ele dessa vez, ele ta chapado.

Eles riram, ela pegou um guaraná pra eles, que saíram de lá.

Chegaram uns caras lá, um eu conhecia, Sasuke, os outros eu nem sei o nome... Só ouvi que eles começaram a falar com a Sakura. E me deu vontade de esfolar a cara do baixinho de cabelo branco.

-Vocês vão querer o que?

- só você gata.

- você quer uma gata aqui?

- é, pois é.

- aqui não temos nenhuma, mas lá atrás tem uma gatinha que criou três vezes talvez você queira ela, não tem dono não.

-como você...

- Suigetsu vai com calma cara.

- me deixa Juugo.

Me deu vontade de socar a cara deles.

- chouji eu vou lá falar com eles.

- não cara fica aqui e escuta a Sakura.

- o garota eu já disse que não quero bebida nenhuma.

- então ta fazendo o que aqui?

Eu e o chouji rimos bastante, a cada frase que ela falava ela tinha uma pronta.

- Suigetsu pra com isso a Sakura não quer papo com você.

- e muito menos com você Sasuke.

Foi só eu ouvir esse nome pra parar de rir e olhar pra Sakura, que por sua vez tinha ódio nos olhos quando o viu.

- desculpe a inconveniência.

- Saia daqui.

Ela bateu o copo com tanta força que eu achei que fosse quebrar.

- esse lugar é publico sabia? Posso sair daqui à hora que eu quiser. Ele roçou a mão no rosto dela, quando eu me levantei pra ir lá uma garota louca chegou e abraçou o Sasuke, tirando a mão dele da Sakura, que limpou o rosto depois na frente dele.

- SASUKE-KUN.

- Chouji que é ela?

- hã?! A Karin é louca pelo Sasuke. Mas ele só fala que vai tirar a Sakura de você e tal.

- eu posso falar uma coisa?

- claro.

- eu duvido.

- eu também.

Pegamos o refrigerante e terminamos com ele. Quando vi alguém se aproximar de nós.

- olha só quem eu vejo aqui. Naruto que surpresa te encontrar, como vai a Hinata?

- bem se é o que quer saber. A gente terminou.

Ele fechou a cara como se quisesse dizer “você só aparece pra atrapalhar”.

- o que foi Sasuke perdeu a língua?

O Chouji também não perde uma, mas também não é ele que ta ferrado.

Sasuke me pegou pela gola da camisa, mas eu nem fiz questão de dar atenção a ele.

- se você atrapalhar a mim e a Sakura, você vai se ver comigo.

- não eu não sou muito ligado a ter encontro com alguém do mesmo sexo, se é que me entende.

Fechei a cara pra ele, ele me soltou.

- é melhor você não ferrar com o meu namorado Sasuke.

Ele ficou mais branco do que já era e segurou o pulso da Sakura, que fez uma expressão de dor.

- você vai se arrepender.

Agora eu não me agüentei, peguei o braço livre dele e coloquei pra trás, isso fez com que ele largasse a Sakura.

- é você que vai o pateta.

Eu o levei pra fora, ficou lá xingando e ameaçando todo mundo.

- meu tio vai prender vocês seus idiotas.

- ele ta causando problemas- disse pro segurança.

- vai pode fugir seu merda.

Eu nem fiquei lá pra ouvir as besteiras que ele tava dizendo.

Só me importei de ver ela segura, e bem. Não suportaria que alguém a machucasse. Eu a amava demais pra perdê-la. Acho que nunca suportaria sentir que ela se foi de novo, a primeira vez foi quando ela ficou em coma por cinco dias, por causa daquela batida do carro, a segunda foi quando eu fui embora e achei que ela iria desistir de mim.

Nunca mais quero sentir isso.

E creio que não vou mais sentir.