Uma Vida não tão Perfeita assim escrita por Alice_Alice
Notas iniciais do capítulo
Ta ai mais um capitulo.
Espero que gostem!
Bjs,
Alice_Alice
- Claro. Tenho certeza de que não queria são dinheiro.- ele disse, rindo, me respondendo quando eu disse “Só por que você insiste”.
- Sério, eu não te entendo.- eu disse, com a maior sinceridade.- No tempo da Primeira Guerra Mundial as pessoas costumavam fazer isso?
Ele revirou os olhos.
- É tão velha que não se lembra! Vê se pode!- ele disse, ainda fazendo piadinha de quando eu disse “Nos meus tempos...”.
- É, eu não me lembro, não.
Ele riu.
- Não, não. No tempo da Primeira Guerra Mundial não era costume fazer isso, até por que... Estávamos na Primeira Guerra Mundial!
- Eu não sei o que tem haver.- eu disse, indiferente.
Ele balançou a cabeça.
- Nem eu, mas isso muda tudo.
Ficamos em silêncio. Eu fiquei olhando para frente, para céu. Observando as poucas estrelas que o clima de Forks me deixava ver.
E ele?
Bom, ficou olhando para mim. Com aquela mesma cara de paparazzi perseguidor.
- Ta fazendo aquilo de novo...
- O quê?- ele perguntou, confuso.
- Me olhando com essa cara assustadora de “entrevistador insistente de estrela que diz pouco”.
Ele franziu a testa.
- Estou?
- Está. Para com isso!
Ele riu, mas parou.
- De onde é que você tira essas suas comparações, hein?
- Eu não sei. Os paparazzi britânicos são muito perseguidores.- eu disse e ele pareceu não entender o que aquilo tinha haver, e, sinceramente, eu também não.
- Claaaaro.
- Por que você me olha assim?- perguntei, coisa muito incomum em mim... Até parece!
- Eu já disse... Isso tudo é... Muito curioso... Sua calma, sua mente silenciosa, o cheiro que você tinha quando humana.
- Eu já falei: eu sou especial. Se você não acredita, eu não posso fazer nada.- eu disse, dando de ombros.
Ele sorriu.
- Acho que tem uma explicação mais cientifica pra isso...
- Ah, nem vem... Pode até ser, mas eu sou sim uma pessoa especial, além de que era uma humana muito legal.
- Eu acredito nisso.
- É bom mesmo.
Seu celular tocou novamente.
Ele o pegou no bolso e atendeu.
- Oi, Bree.- aparentemente era a Bree de novo.
- Oi, Ed.- eu ri de novamente desse apelido.- Nós vamos ficar um tempo ai daqui a uma semana, tudo bem?
- Tudo bem.- o Ed disse.- Tem uma pessoa “especial”...- ele disse só por causa do que eu havia dito antes.-... que eu quero que vocês conheçam.
- Ta namorando?- ela perguntou, parecia meio surpresa e... preocupada. Hum. Talvez ela gostasse dele.- Disse que tava na mesma...
- Não, não tô namorando. É uma amiga que eu quero que vocês conheçam...
- Ah, ta.- ela parecia mais aliviada, mas ele não pareceu perceber nenhuma mudança em sua voz em nenhuma parte da conversa.-Então, tô ansiosa para conhecer sua amiga.
- Ela também.- ele disse.
É, eu realmente queria conhecer Bree e os outros.
- Claro. Até daqui á uma semana. Tchau. Beijos.
- Tchau.
Ele desligou e olhou para mim.
- O que foi?- perguntei.
- Ela quer te conhecer.- ele disse, meio estranho.
Eu ri.
- Não quer não.- eu disse.- Não me leve á mal, mas... Sinceramente, Edward, ou melhor, Ed, ela gosta de você. Ela ficou preocupada quando soube que você tinha companhia.- eu ri mais uma vez.
- Ah, fala sério. Ela só é... Curiosa. Não tanto quanto você, mas é.
- Por falar nisso...
- Não vai dizer que...
- Tenho mais perguntas.- disse, sorrindo.
Ele riu.
- Me diz uma novidade!- ele disse, sarcástico.
É claro que ele estava brincando, mas mesmo assim...
- Quando eu era pequena, pegava um ovo e desenhava uma cara nele. Aí pegava uma caixa e colocava o ovo em cima dela, derrubava o ovo “acidentalmente” e ficava o olhando se espatifar, feito Umpty Dumpty.
Ele riu mais uma vez.
- Isso é sério?
- É.
- Eu não devia estar surpreso.- ele disse, balançando a cabeça e sorrindo.- Pergunte.
- Você gosta da Bree?- era incrível a naturalidade com que eu perguntava sobre sua vida pessoal.
Ele desviou o olhar, eu senti que tinha que considerar aquilo um “talvez”.
- Não.- ele disse por fim.- Só como amiga. Por quê?
Ele não parecia ter se incomodado por eu ter perguntado, e sim incomodado por causa da suspeita, como se eu estivesse falando algo paranormal.
- Ah. Por que ai você deveria ficar feliz, ela gosta de você.
Ele me olhou com desdém.
- Por que você insiste nisso?
- Por que é verdade. Mas se isso te incomoda, eu paro.
Ele suspirou e concordou com a cabeça.
- Mas não era só isso.- perguntei e avaliei seu rosto.- Posso perguntar?
- Claro.- ele não parecia mais afetado pela pergunta anterior, mas tenho que admitir que cheguei a me arrepender de ter perguntado.
- Você se irrita que eu fique fazendo essas perguntas?- eu perguntei.
Ele pareceu perceber que eu realmente havia ficado triste em irritá-lo.
Eu estava pensando se sempre era assim.
Ele me olhou –os olhos suaves- e sorriu.
- Claro que não.- ele disse, mas eu não sabia se podia confiar.- Não me irritei com essa também, na verdade.
Eu o olhei de testa franzida.
- Não?
- É, por que... Não é como se tivesse dito algo impossível.- ele disse e eu sorri. É, ele gostava dela.- Não me olha com essa cara, eu só estou dizendo que eu sou solteiro e ela também...
Me fiz de inocente.
- O que está insinuando? Eu não fiz cara nenhuma...
- Claro que não.
- Não fiz, não. Não me acuse de... – nessa hora um pássaro voou por cima de nossas cabeças e, bom, me deixou um presente. Caramba! Foi bem na minha calça.- Aaaaaaahh!!! Que nojo! Droga! Pássaro idiota! O que você tem contra mim? Eu nunca fiz minhas necessidades em você!- resmunguei.- Poxa, eu não sou vaso sanitário, não! Eu pareço um vaso sanitário? Que coisa! Minha única calça! Oh, shit!
Edward riu.
- Se acalma, Bella.
- Me acalmar como? Você viu o que esse pássaro fez? Blegh! Minha única calça, tô traumatizada, esse não é como os pássaros fofos que eu gostava de ver voar! Odeio pássaros!
- Bella, calma, é só comprar mais roupas pra você, viu? Tudo se resolve com facilidade.
- É, ta, ta... Mas eu tô sem dinheiro, e provavelmente vai ter gente na loja! Além de que, mais uma vez, tô sem dinheiro, trinta dólares não compra nada! E, de novo, tem gente na loja. Mais uma vez: eu tô sem...- eu ia falando sem parar, mas ele me interrompeu.
- Dinheiro, está sem dinheiro, eu sei. E a loja não vai estar vazia e blá, blá, blá.- ele disse.- Vamos fazer assim: eu vou ao shopping, compro umas roupas com o meu dinheiro, te dou. As que você não gostar, você guarda e compro mais pra substituir.
- Não é mais fácil trocar?
- Até parece que eu vou deixar você ver o preço... Mas fica tranqüila, não vou comprar roupa de brechó, não.
- Não estava preocupada com isso.- afirmei.- É que eu não sei se posso aceitar...
- E por que não?
- Você vai pagar.
- E...- indagou.
- E que eu não vou ter como devolver o dinheiro.
- Mas não precisa devolver.
- Mas...
- Não tem “mas”, eu compro umas roupas pra você. Ainda hoje. Deixa só o shopping abrir.
- Hã... Tudo bem. Obrigada.
- De nada.- ele disse, indiferente, como se estivesse fazendo favor nenhum.
Depois de algumas horas, ele se levantou e foi embora, dizendo que o shopping devia estar abrindo.
E adivinha?
Algumas horas depois ele volta com roupas suficientes para a Marinha inteira.
- Mas o que é isso? Eu sou uma pessoa só! Por que trouxe roupas para toda a Marinha?
Ele segurava não sei quantas sacolas de shopping, não sei se já tinha visto tanta sacola de shopping junta.
- Você e suas comparações...- ele disse.
...
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