Uma Vida não tão Perfeita assim escrita por Alice_Alice


Capítulo 7
Pássaro Idiota!


Notas iniciais do capítulo

Ta ai mais um capitulo.
Espero que gostem!
Bjs,
Alice_Alice



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- Claro. Tenho certeza de que não queria são dinheiro.- ele disse, rindo, me respondendo quando eu disse “Só por que você insiste”.

- Sério, eu não te entendo.- eu disse, com a maior sinceridade.- No tempo da Primeira Guerra Mundial as pessoas costumavam fazer isso?

Ele revirou os olhos.

- É tão velha que não se lembra! Vê se pode!- ele disse, ainda fazendo piadinha de quando eu disse “Nos meus tempos...”.

- É, eu não me lembro, não.

Ele riu.

- Não, não. No tempo da Primeira Guerra Mundial não era costume fazer isso, até por que... Estávamos na Primeira Guerra Mundial!

- Eu não sei o que tem haver.- eu disse, indiferente.

Ele balançou a cabeça.

- Nem eu, mas isso muda tudo.

Ficamos em silêncio. Eu fiquei olhando para frente, para céu. Observando as poucas estrelas que o clima de Forks me deixava ver.

E ele?

Bom, ficou olhando para mim. Com aquela mesma cara de paparazzi perseguidor.

- Ta fazendo aquilo de novo...

- O quê?- ele perguntou, confuso.

- Me olhando com essa cara assustadora de “entrevistador insistente de estrela que diz pouco”.

Ele franziu a testa.

- Estou?

- Está. Para com isso!

Ele riu, mas parou.

- De onde é que você tira essas suas comparações, hein?

- Eu não sei. Os paparazzi britânicos são muito perseguidores.- eu disse e ele pareceu não entender o que aquilo tinha haver, e, sinceramente, eu também não.

- Claaaaro.

- Por que você me olha assim?- perguntei, coisa muito incomum em mim... Até parece!

- Eu já disse... Isso tudo é... Muito curioso... Sua calma, sua mente silenciosa, o cheiro que você tinha quando humana.

- Eu já falei: eu sou especial. Se você não acredita, eu não posso fazer nada.- eu disse, dando de ombros.

Ele sorriu.

- Acho que tem uma explicação mais cientifica pra isso...

- Ah, nem vem... Pode até ser, mas eu sou sim uma pessoa especial, além de que era uma humana muito legal.

- Eu acredito nisso.

- É bom mesmo.

Seu celular tocou novamente.

Ele o pegou no bolso e atendeu.

- Oi, Bree.- aparentemente era a Bree de novo.

- Oi, Ed.- eu ri de novamente desse apelido.- Nós vamos ficar um tempo ai daqui a uma semana, tudo bem?

- Tudo bem.- o Ed disse.- Tem uma pessoa “especial”...- ele disse só por causa do que eu havia dito antes.-... que eu quero que vocês conheçam.

- Ta namorando?- ela perguntou, parecia meio surpresa e... preocupada. Hum. Talvez ela gostasse dele.- Disse que tava na mesma...

- Não, não tô namorando. É uma amiga que eu quero que vocês conheçam...

 - Ah, ta.- ela parecia mais aliviada, mas ele não pareceu perceber nenhuma mudança em sua voz em nenhuma parte da conversa.-Então, tô ansiosa para conhecer sua amiga.

- Ela também.- ele disse.

É, eu realmente queria conhecer Bree e os outros.

- Claro. Até daqui á uma semana. Tchau. Beijos.

- Tchau.

Ele desligou e olhou para mim.

- O que foi?- perguntei.

- Ela quer te conhecer.- ele disse, meio estranho.

Eu ri.

- Não quer não.- eu disse.- Não me leve á mal, mas... Sinceramente, Edward, ou melhor, Ed, ela gosta de você. Ela ficou preocupada quando soube que você tinha companhia.- eu ri mais uma vez.

- Ah, fala sério. Ela só é... Curiosa. Não tanto quanto você, mas é.

- Por falar nisso...

- Não vai dizer que...

- Tenho mais perguntas.- disse, sorrindo.

Ele riu.

- Me diz uma novidade!- ele disse, sarcástico.

É claro que ele estava brincando, mas mesmo assim...

- Quando eu era pequena, pegava um ovo e desenhava uma cara nele. Aí pegava uma caixa e colocava o ovo em cima dela, derrubava o ovo “acidentalmente” e ficava o olhando se espatifar, feito Umpty Dumpty.

Ele riu mais uma vez.

- Isso é sério?

- É.

- Eu não devia estar surpreso.- ele disse, balançando a cabeça e sorrindo.- Pergunte.

- Você gosta da Bree?- era incrível a naturalidade com que eu perguntava sobre sua vida pessoal.

Ele desviou o olhar, eu senti que tinha que considerar aquilo um “talvez”.

- Não.- ele disse por fim.- Só como amiga. Por quê?

Ele não parecia ter se incomodado por eu ter perguntado, e sim incomodado por causa da suspeita, como se eu estivesse falando algo paranormal.

 - Ah. Por que ai você deveria ficar feliz, ela gosta de você.

Ele me olhou com desdém.

- Por que você insiste nisso?

- Por que é verdade. Mas se isso te incomoda, eu paro.

Ele suspirou e concordou com a cabeça.

- Mas não era só isso.- perguntei e avaliei seu rosto.- Posso perguntar?

- Claro.- ele não parecia mais afetado pela pergunta anterior, mas tenho que admitir que cheguei a me arrepender de ter perguntado.

- Você se irrita que eu fique fazendo essas perguntas?- eu perguntei.

Ele pareceu perceber que eu realmente havia ficado triste em irritá-lo.

Eu estava pensando se sempre era assim.

Ele me olhou –os olhos suaves- e sorriu.

- Claro que não.- ele disse, mas eu não sabia se podia confiar.- Não me irritei com essa também, na verdade.

Eu o olhei de testa franzida.

- Não?

- É, por que... Não é como se tivesse dito algo impossível.- ele disse e eu sorri. É, ele gostava dela.- Não me olha com essa cara, eu só estou dizendo que eu sou solteiro e ela também...

Me fiz de inocente.

- O que está insinuando? Eu não fiz cara nenhuma...

- Claro que não.

- Não fiz, não. Não me acuse de... – nessa hora um pássaro voou por cima de nossas cabeças e, bom, me deixou um presente. Caramba! Foi bem na minha calça.- Aaaaaaahh!!! Que nojo! Droga! Pássaro idiota! O que você tem contra mim? Eu nunca fiz minhas necessidades em você!- resmunguei.- Poxa, eu não sou vaso sanitário, não! Eu pareço um vaso sanitário? Que coisa! Minha única calça! Oh, shit!

Edward riu.

- Se acalma, Bella.

- Me acalmar como? Você viu o que esse pássaro fez? Blegh! Minha única calça, tô traumatizada, esse não é como os pássaros fofos que eu gostava de ver voar! Odeio pássaros!

- Bella, calma, é só comprar mais roupas pra você, viu? Tudo se resolve com facilidade.

- É, ta, ta... Mas eu tô sem dinheiro, e provavelmente vai ter gente na loja! Além de que, mais uma vez, tô sem dinheiro, trinta dólares não compra nada! E, de novo, tem gente na loja. Mais uma vez: eu tô sem...- eu ia falando sem parar, mas ele me interrompeu.

- Dinheiro, está sem dinheiro, eu sei. E a loja não vai estar vazia e blá, blá, blá.- ele disse.- Vamos fazer assim: eu vou ao shopping, compro umas roupas com o meu dinheiro, te dou. As que você não gostar, você guarda e compro mais pra substituir.

- Não é mais fácil trocar?

- Até parece que eu vou deixar você ver o preço... Mas fica tranqüila, não vou comprar roupa de brechó, não.

- Não estava preocupada com isso.- afirmei.- É que eu não sei se posso aceitar...

- E por que não?

- Você vai pagar.

- E...- indagou.

- E que eu não vou ter como devolver o dinheiro.

- Mas não precisa devolver.

- Mas...

- Não tem “mas”, eu compro umas roupas pra você. Ainda hoje. Deixa só o shopping abrir.

- Hã... Tudo bem. Obrigada.

- De nada.- ele disse, indiferente, como se estivesse fazendo favor nenhum.

Depois de algumas horas, ele se levantou e foi embora, dizendo que o shopping devia estar abrindo.

E adivinha?

Algumas horas depois ele volta com roupas suficientes para a Marinha inteira.

- Mas o que é isso? Eu sou uma pessoa só! Por que trouxe roupas para toda a Marinha?

Ele segurava não sei quantas sacolas de shopping, não sei se já tinha visto tanta sacola de shopping junta.

- Você e suas comparações...- ele disse.

 

...


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Notas finais do capítulo

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