Uma Vida não tão Perfeita assim escrita por Alice_Alice
Notas iniciais do capítulo
Ta ai mais um capitulo.
Espero que gostem!
Bjs,
Alice_Alice
Me mantive encolhida ali. Sem me mexer, sem piscar...
Já deviam ser umas 2:00 da manhã quando ouço alguém correndo. Na velocidade da luz!
Em dois segundos Edward estava ali, sentado do meu lado, segurando o celular.
- O que foi?- perguntei.
- O tal do James respondeu.- ele disse, me olhando, a mão estendida, segurando o celular, esperando que eu o pegasse.
O movimento foi rápido. No mesmo instante em que ele disse que James havia respondido minha mensagem, eu estendi a mão, e ainda no mesmo segundo eu segurava seu IPhone.
Ele já deixara na mensagem, para que eu não tivesse o trabalho de ter que esperar o tempo –os longos dois milésimos de segundo– de colocar na mensagem, mas eu tinha que admitir, estava ansiosa para ver a resposta.
Lá estava escrito:
Bella,
O que está acontecendo? Como assim
vai se mudar? Por quê? Que número
é esse? Estou confuso.
Beijos pra você também.
James.
O que eu diria á ele?
- Não sabe como responder, não é?- perguntou Edward.
Eu o olhei, a testa franzida.
- Pensei que não pudesse ler minha mente.
Ele riu.
- Não posso.- ele disse.- Mas posso ler seus olhos.
- Não, não sei o que dizer. Ele era meu namorado... O que eu pensaria se de repente recebesse uma mensagem dele, falando que vai se mudar, não vai se despedir, sem explicações, apenas dizendo que estava com problemas, e que eu não podia ajudar?- perguntei, tanto para Edward quanto para mim mesma.
- Você pensaria que ele está com outra. Que queria se livrar de você, mas não queria te magoar.- ele disse, o rosto sério.
Ele chegara á essa conclusão antes de mim, mas estava correta.
Suspirei.
- Eu tenho que confirmar isso?- perguntei.- Para que não pareça estanho que eu suma assim... Ele vai pensar que continuo falando com os outros, como Jéssica, Seth, Angela, Tyler, e vai pensar que estamos todos rindo da cara dele.
- Hum... Não é necessário.- ele disse, pegando o celular, clicando em responder, e começando a escrever.
James,
Realmente sinto muito, mas
será necessário. Não se
esqueça de falar para os
outros. Eu te amo.
Beijos.
Bella.
- Assim está bom?- ele perguntou, me entregando o celular, caso eu quisesse fazer alguma “reforma” no que ele escreveu.
- Está.- eu disse clicando em Enviar.
- Olha, eu realmente não tenho palavras para dizer como me sinto triste por ter feito isso á você. Realmente não existe. Queria poder voltar no tempo, só para não cometer o erro e de estar no lugar errado, na hora errada.
Eu novamente não diria “Tudo bem”, mas não ia ter sentido começar uma discussão, assim como ia ser idiota se eu tivesse a mesma reação de antes, mas ignorar não era uma opção...
Suspirei.
- Eu acredito. Infelizmente, isso não muda nada.- isso, era isso o que eu tinha que responder... Não! Não era, não! Não sei o que eu devia ter dito, mas essa fala não está certa.- Hmmm...- eu fiz, pensativa.
E então o celular dele começou a tocar. O visor mostrava: Bree.
- Bree.- eu disse lhe entregando o celular.- Ops! Desculpe! Eu li, foi sem querer.
Eu não sabia quem era Bree, mas sabia que era falta de educação ler o nome de quem está ligando no visor.
- Tudo bem.- ele disse, pegando o celular.
- Oi, Bree.- ele disse, atendendo o celular. Estranho, de repente ele parecia mais sociável.
-Oi, Ed. Tudo bem?
Ed? Com essa eu tive que rir.
Edward, ou melhor, Ed – hi, hi- revirou os olhos.
- Sim. E com você e sua família?
- Ah, sim. Estamos todos bem. Helena, Caio e Cinthya mandaram lembranças.
- Mande para eles também.
- Claro. Mais e aí? Na mesma?
Ele olhou para mim e eu balancei a cabeça negativamente.
- É, na mesma.
- Nós estávamos pensando em passar ai para te visitar... O que acha?
- Ah, ótimo. Adoraria que viessem.
- Ta. Então vou falar com eles e marcar uma data para ir. Tudo bem?
- Claro.- respondeu Edward.
- Tchau.
- Tchau.- ele disse, desligando.- É, vamos ter visitas.
- Acho que eu não devia aparecer enquanto Bree, Helena, Caio e Cinthya estiverem aqui.- repeti os nomes que ouvi Bree –rá, falo como se conhecesse- dizer.
- Não, tudo bem. Quero apresentar você á eles.- ele disse.
Eu franzia atesta, mas não disse nada.
Depois de alguns minutos de silêncio, ele perguntou:
- Sério que não tem nenhuma pergunta?- ele parecia incrédulo.
- Hei! Eu posso viver sem perguntar, sabia?
- Eu aposto dinheiro contra isso.- ele disse, um sorriso irônico no rosto.
- Ótimo! 30 dólares é tudo que eu tenho. Ta apostado?
- Durante quanto tempo?
- 24 horas.
- Fechado. Só espero que não vá sentir falta desses seus 30 dólares.
- Não, nem tenho por que me preocupar. Na verdade eu vou multiplicar os 30.- eu disse, confiante. Essa era uma característica em mim: eu era confiante até o final, até ter provas de que perdi.
- Sei, sei...
- Jamais duvide do que eu sou capaz.
- Se isso juntar você, um não e perguntas...
- O quê?- perguntei.
- Só duvido disso.
- Então espero que não goste desse dinheiro!
- Você é confiante até o fim, não é?- ele perguntou, nessa hora cheguei a duvidar sobre aquilo de ele não poder ler minha mente.- Mesmo quando a situação parece ser impossível...
- Sim, eu sou confiante, mas essa não parece uma situação impossível, pro seu governo!
Ele riu, desafiador.
- Veremos.
Os segundos foram passando e, na verdade eu tinha, entalado na garganta, algo para perguntar.
Era impo... Não, não era. A aposta só durava 24 horas e eu teria 60 dólares sem utilidade depois. Isso era testar a confiança!
15 minutos se passaram...
Mais 5 minutos se passaram...
Mais 2 minutos se passaram...
Mais 1 minuto se passou...
Mais trinta segundos se passaram..!
Por que o tempo era tão devagar?
Ô, criatura curiosa!
- Chega!- gritei e ele riu.- Num ri da minha cara! Agora eu to completamente pobre, não que os 30 tivessem alguma utilidade, mas...
- Bella?
- Quê?
- Você não perguntou ainda.
- Ah, é. - eu disse, franzindo a testa e o fazendo o sorrir. Ao contrário do que parece, não era um sorriso irônico ou debochado, era um sorriso, sorriso mesmo.
- Então, pergunte.
- Seu feio!- eu disse, brincando, é claro. Eu sabia uma lista do que podia xingar Edward Cullen e “feio” não estava nela.- Me forçando a perguntar só pra ganhar meu dinheiro!
- Vai pergunta ou não?- ele disse, ainda sorrindo.
- Bom... Você disse que quer me apresentar aos seus amigos aí...- eu disse, apontando para o celular.- Por quê?
- Eles são muito meus amigos...- ele disse, voltando a olhar para frente.- Bom, mais ou menos... Mas, enfim, eu achei que eles poderiam saber sobre você. A não ser que você não queira, é claro.
- Não, tudo bem. Mas...- eu disse.
- O quê?
- Você primeiro disse que eles eram muito seus amigos e depois disse “Bom, mais ou menos”. Então, eles são ou não são muito seus amigos?
- Bem, veja só: é que não exatamente isso. Eles são meus amigos, eu já morei com eles... Mas nós nos vemos pouco, talvez uma vez á cada década. Falei que era mais ou menos por esse não deve ser o tipo de amizade que está acostumada.
Arregalei os olhos.
- Não mesmo.- eu disse e coloquei a mão no bolso, peguei minha carteira e tirei de lá os trinta reais e estendi para ele.
- O que está fazendo?
- Você ganhou.- eu disse com um suspiro.- Eu perguntei; o dinheiro é seu.
Ele pegou o dinheiro e eu abaixei a mão. Então, ele fez uma coisa que me deixou confusa: após pegar o dinheiro, ele me estendeu novamente os 30 dólares.
- Não vou ficar com seu dinheiro.- ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Por quê? Você ganhou a aposta.
- Eu sei, mas eu já a fiz esperando ganhar.
- Mesmo assim.- eu disse.- Nos meus tempos, as pessoas não devolviam o dinheiro que ganharam das outras de forma justa.
Ele riu.
- Nos seus tempos, é?
- É. - eu disse, indiferente á sua piadinha.
-Nossa, vovó... Já que insiste...- ele disse enquanto guardava o dinheiro no bolso.
- Não me chama de vovó.
Ele sorriu.
- Sério, eu não vou ficar com o seu dinheiro.- ele disse, pegando os 30 dólares e me devolvendo.- É seu.
Suspirei.
Tudo bem, né... Já que ele queria tanto que eu ficasse com o dinheiro... Quem sou eu para recusar?
Eu peguei o dinheiro.
- Só por que você insiste.- eu disse, sorrindo.
EEHH, não havia perdido meus trinta inúteis dólares!
...
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