My Alternative Ending escrita por Laradith


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ooii!! Sétimo capítulo, enjoy =D



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Se uma garota do ensino médio visse sua mãe gritando com o cara que ela gosta, o máximo que pode sair são alguns conflitos, gritos e coisas do gênero. Mas se uma garota dhampir vê a sua mãe gritando com seu mentor/amante, o inferno pode muito bem estar com raiva dela. Porque pior que isso, só se o próprio Lúcifer passar pela Terra. E o fato da minha mãe estar gritando com Dimitri, um dos guardiões mais respeitados da Academia? Bem, talvez o céu também esteja com alguns ressentimentos.

 

- ... suicídio, só pode! Como você pode deixar ela fazer uma coisa dessas?! – A voz dela estava estridente com os berros, e várias pessoas que estavam passando por ali pararam, mas não falaram nada. Afinal, ninguém podia com uma Janine Hathaway furiosa? Eu passei pela multidão de Moroi, e fui em direção a ela. – Você vai cancelar essa viagem imediatamente, está me ouvindo?

 

- Mãe! O que você está fazendo? – Eu puxei seu braço para que ela ficasse de frente para mim. – Pare com isso!

 

- Parar? Você está indo para o outro lado do mundo em uma missão suicida com seu mentor, e você quer que eu pare? Você, Rose, é que vai parar de bancar a heroína. – Ela gritou para mim, seu tom tão forte e protetor que eu automaticamente dei um passo para trás, levantando minhas mãos em sinal de paz.

 

- É minha decisão. – Eu calmamente disse. – Se você quiser discutir isso, podemos sentar em algum lugar e conversarmos, mas berrar com Dimitri não vai ajudar nada, mãe, exceto criar uma comoção no meio da Academia. – Eu gesticulei em direção aos alunos que nos assistiam, boquiabertos. Com uma voz surpreendentemente fria, eu adicionei, - ou se passar de louca, e roubar meu posto de encrenqueira.

 

Ela cerrou os punhos, respirou fundo, tentando ganhar algum controle, e finalmente cedeu, acenando em direção a uma sala. – Vamos conversar. E você, - disse, apontando um dedo para Dimitri. – vem conosco.

 

Ele assentiu, e nós a seguimos, lado a lado.

 

- Bom controle de danos, - ele sussurrou para mim. – Eu pensei que ela ia me matar.

 

Um sorriso levantou o canto da minha boca. – Como se ela fosse grande desafio.

 

- Ela é, acredite em mim.

 

Minha mãe nos levou até uma sala de espera, no prédio administrativo da Academia. Eu fiquei com medo de mais alguém ouvir nossa briga, mas ao mesmo tempo, minha ansiedade de convencer minha mãe da viagem também era grande. Eu precisava ir. E precisava explicar a ela que precisava ir. A sala continha dois sofás médios, e uma mesinha de centro com revistas de marcas famosas. Janine sentou no sofá da direita, e Dimitri e eu sentamos no outro. Seu corpo estava do lado do meu, com seu braço roçando suavemente meu cotovelo, mas até o mais simples dos toques me passava segurança e coragem, como faíscas vindo em direção ao meu peito e amenizando a pressão nos meus ombros.

 

- Rose, você tem ideia do quão suicida essa missão é? Você tem ideia do que pode acontecer a você?

 

- E você tem ideia do que pode acontecer se eu não for? Dezenas, mãe. Dezenas de pessoas podem morrer, ou serem transformadas em strigoi. Adições às forças deles é a última coisa que precisamos, agora. – Tentei soar confiante e capaz, e não somente uma garota adolescente querendo provar-se.

 

- Concordo, mas esse não é o jeito correto de resolver o problema. – Ela olhou para Dimitri. – Mandar uma garota, com menos de 18 anos, até a Rússia, para caçar strigoi fortes o suficiente para derrubar uma Academia como St. Basil? É loucura, e você sabe muito bem disso. Eu não apoiaria de maneira alguma, e o fato da minha filha estar nessa missão faz com que eu me oponha mais ainda. – Fiz um som de indignação, e o olhar dela pousou em mim. Janine nunca tinha sido a mãe protetora, e agora estava me impedindo de ajudar pessoas inocentes? Ela se importava, e eu reconhecia isso, mas não arriscaria a vida de ninguém se pudesse ajudar.

 

- Eu sei que você se opõe a isso, mãe. Mas eu sou a única que pode salvá-los.

 

Ela levantou uma sobrancelha. – Como assim, a única?

 

Senti Dimitri me lançar um olhar de aviso. Se contasse para Janine sobre Espírito, os efeitos, os fantasmas, e todo o resto da maluquice sobre ser uma ShadowKissed, seria provavelmente a coisa mais estúpida que faria na minha vida, e olha que eu era cheia de fazer coisas assim. Ela me mandaria para o psiquiatra, e eu teria que tomar mais remédios do que já tinha que tomar – como se eu fosse cumprir as ordens de tomar comprimidos todos os dias – e nunca me deixaria ir para a Rússia com Dimitri. Que bela vida eu tinha.

 

Hesitei por alguns segundos antes de responder. – Porque eu sou a única que conhece todas as habilidades de Dimitri, e se alguém é perfeitamente sincronizado com seus movimentos, esse alguém sou eu. Vi como lutamos juntos, e quase ninguém conseguiu nos derrubar. Treinamos em grupo algumas vezes. – Mentira, mas não sabia o que fazer, ou como justificar a burrice que acabara de falar.

 

- Podemos treinar mais alguém, ou eu mesma posso ir com Dimitri. Minhas habilidades são ótimas, - ela levantou o queixo quando disse isso, como se estivesse se gabando. – e flexíveis, também. Posso adaptá-las corretamente na batalha, e ser capaz de me mover do mesmo jeito que Dimitri se move.

 

Sorri friamente para ela. – E levar quantos dias fazendo isso? Três? Quatro? Não temos tempo. A cada segundo, os strigoi tem mais poder, e nós perdemos mais vidas. Eu sou a única capaz de lutar com Dimitri no momento, sem levar em consideração que ele me ensinou praticamente tudo que sei. Sendo meu mentor, conhecemos o corpo e força do outro, - e muitas outras coisas, adicionei mentalmente. – e isso, em uma batalha, pode determinar a vitória ou derrota.

 

Eu percebi que estávamos conversando como se Dimitri não estivesse na sala, e ele estava agindo do mesmo jeito, ficando invisível, e só observando. Finalmente, ouvi sua voz em meio ao silêncio constrangedor que se propagou. – Ela tem razão. Não gosto da ideia tanto quanto você, mas se estamos nessa para salvar vidas, Rose é nossa melhor opção. Eu posso rastrear os strigoi, já que conheço a área, e Rose e eu podemos matá-los. É claro, com a ajuda de vários guardiões russos, apropriados para a missão de resgate. Eles estão sendo treinados nesse instante, e saberão como agir. – Meu olhar se prendeu nos olhos dele. Guardiões especializados? Por que Dimitri não tinha me contado sobre isso? Facilitaria muito meu argumento. Eu encarei minha mãe, tentando ver qualquer vestígio de dúvida, qualquer sombra de indecisão.

 

Mas não. Seu rosto era duro, frio, como uma rocha, e seus olhos estavam fixos a sua frente, encarando o nada. Quem a olhasse pensaria que estava meditando, mas eu conhecia Janine Hathaway bem o bastante para afirmar que mecanismos giravam pela sua cabeça, milhões de ideia passando pela sua mente. Essa era a minha mãe.

 

- Não sei. Sinceramente, não sei. É muito arriscado.

 

- Não é. Estarei completamente protegida. Você ouviu Dimitri, há guardiões especializados em resgates, e eles garantirão minha segurança. Vou ficar bem.

 

- Do mesmo jeito que ficou bem depois da última missão de resgate que participou? – Minha mão coçou para que eu tocasse meu pescoço, embora ele estivesse limpo. O rosto do strigoi loiro passou pela minha mente, e meus braços se encheram de arrepios. Ponto para Janine. – Pelo o que eu sei, aquele maníaco estava doido para te transformar. Se os ataques estiverem conectados, o que a faz pensar que eles não querem você como um deles? Ficou bem claro que você era um alvo naquela missão, e se não fosse por Dimitri, Deus sabe o que teria acontecido. – Deus não tinha nada a ver com isso, mas fiquei calada. Ela tinha razão. Outro ponto. Eu tinha sido um alvo, um alvo combinado, e se os ataques às Academias estivessem conectados, o que poderia impedi-los de tentarem me transformar de novo?

 

Senti Dimitri ficar tenso do meu lado. Ele tinha percebido que era verdade, e se as palavras da minha mãe penetrassem nele, eu teria dois obstáculos para ultrapassar. E Dimitri era um desafio e tanto para mim. Abaixei meu olhar, a derrota quase sendo declarada, e ela não pertencia a Janine. Pertencia a mim. Do jeito que sempre fazia quando não tinha opções, passei para a ofensiva. Minha mãe entendeu o que eu estava tentando fazer.

 

- Você quer mesmo que dezenas de pessoas morram? É esse o seu objetivo? Porque acredite em mim, você está quase conseguindo. – Minha voz mudou para um tom mais sombrio, mais frio, e o olhar que minha mãe tinha em seu rosto ostentava preocupação, e não raiva. – Eu quero ajudar, só isso. Se ficar nessa droga de Academia enquanto meu mentor se arrisca mundo afora é uma forma de ajudar, então Deus me ajude, porque estou com sérios problemas mentais! – Meu corpo lutava para sair do sofá, e idéias doentes passaram pela minha cabeça, como lutar com a minha mãe, ou ameaçá-la, ou contar sobre meu amor por Dimitri e forçá-la a aceitar e aceitar meus sentimentos.

 

Dimitri tinha colocado uma mão no meu antebraço, meu forçando a sentar, e em seu rosto tinha um olhar tão preocupado que achei estranho minha mãe não desconfiar de nada. Ela tinha sua própria expressão de Será-que-Rose-perdeu-a-cabeça?

 

Mas nada disso importava. Assim como quando aconteceu com Jesse, minhas emoções estavam centradas em apenas uma coisa: Ir à Rússia, não importando as conseqüências. Eu mataria para conseguir o que queria, e aqueles sentimentos negros estavam começando a florescer em meu peito novamente, como água fria me afogando, sem eu conseguir impedir. Minha cabeça parecia pesar vinte quilos, como se não tivesse dormido bem – um efeito que eu nunca havia sentido -  mas surpreendentemente, eu conseguia olhar para minha mãe sem ter que fechar os olhos de tanta exaustão. A mão de Dimitri continuava no meu braço.

 

- Rose? – Minha mãe perguntou, com a voz insegura. Lutei para não rir ao som daquilo. Ela parecia tão... Patética. Tão fraca. Nada como minha mãe. – Você está bem?

 

Meu corpo deu um pequeno solavanco, como se se preparasse para sair do sofá, e Dimitri intensificou seu aperto em mim, estreitando os olhos em uma mistura de suspeita e preocupação. A pressão fez eu me concentrar nele, e no momento que olhei dentro daqueles olhos castanhos, os olhos que amava, e vi o amor no seu rosto, toda a água fria se dissipou do meu sistema, e eu fui capaz de respirar novamente.

 

Eu estivera prestes a atacar minha mãe, sem levar em consideração minha explosão com ela. Dimitri conseguiu me colocar no lugar de novo, e ultimamente, ele parecia a única pessoa que conseguia. Até Lissa não me acalmava, mas Dimitri, sim. Suspirei fundo, meus lábios queimando com desejo. Os olhos de Dimitri só mostravam preocupação, e quem o visse, acharia que era profissional. Mas eu conseguia ver o fundo daquele castanho, e sabia que era mais do que isso.

 

- Ótima, - Eu disse, esfregando uma mão contra minha testa, como se estivesse com dor de cabeça. – Desculpe pela... Falta de controle. Não vai acontecer novamente. É só que... – Balancei a cabeça algumas vezes, estragando o fingimento da dor. – É muita coisa, mãe. Eu quero ajudar. Você sabe qual é o meu ponto de vista. Eu preciso ajudar. A irmã de Dimitri está em perigo. – Ela hesitou, obviamente sem saber dessa parte da história. Provavelmente acabara de revelar algum segredo. Ótimo. Ela se virou para Dimitri, com a curiosidade emanando de seu rosto.

 

- Sua irmã? O que houve?

 

Ele hesitou por um momento, e eu vi a dor em seu semblante. – Viktoria. Ela está desaparecida, e um dos motivos de eu querer levar Rose, é que ela pode me ajudar a achá-la. Temos praticamente a mesma linha de pensamento.

 

Depois disso, vários minutos se passaram. Janine mordia o lábio, e eu ficava olhando para ela, tentando portar uma expressão segura, mas que ao mesmo tempo demonstrasse minha ansiedade. Deve ter ficado parecido com uma careta, mas não me importei. Minha mãe, embora tivesse me deixado quando bebê, me conhecia bem, e eu esperava que tomasse a decisão certa. Por que sinceramente, iria mesmo se a resposta fosse não.

 

Finalmente, ela olhou alternadamente para mim e Dimitri, apontando um dedo. – Que fique bem claro o que vou dizer. Você – ela apontou para mim. – fique perto de Dimitri ou de algum outro guardião o tempo todo. Vou me certificar de falar com Stan para que ele passe instruções aos guardiões qualificados para a missão de resgate. – Ela disse como se fosse um xingamento, e olhou para Dimitri, com a expressão um pouco mais suave. – E você, trate de achar a sua irmã o mais rápido possível. A Academia precisa de você, principalmente com a aposentadoria de Kirova, e eu preciso da minha filha, sã e salva.

 

Demorou para a ficha cair. Eu ia naquela missão. Eu acompanharia Dimitri e teria minha primeira missão oficial pela Academia. Devia me sentir honrada, claro, mas caçaria um bando de strigoi que, supostamente, estavam tentando me transformar em uma morta-viva. Não era lá uma coisa muito legal para se comemorar, então limitei o champagne a um simples “Obrigado, mãe”.

 

Ela assentiu, e disse. – É melhor ir treinar, Rose. Soube que vocês irão amanhã, estou correta? – Dimitri assentiu, e eu quase caí do sofá.

 

- Amanhã?

 

- 15 pessoas estão sendo mantidas reféns, Rose. Você acha que iríamos esperar até quando? – Engoli, e balancei minha cabeça. Pelo que me lembrava, eram 20 pessoas, e não 15. A explicação veio como um soco. 5 já estavam mortos, e era bem provável que seus corpos tinham sido encontrados. Cinco vidas desperdiçadas.

 

- Vou me preparar. – Ela assentiu novamente, e eu acrescentei, me virando para Dimitri. – Treina comigo? Eu preciso praticar.

 

Ele não parecia surpreso, então concordou. Minha mãe não disse mais nada enquanto saímos da sala, e eu não esperava coisa diferente. Precisava de tempo para aceitar o que estava para acontecer. Droga, eu precisava de tempo para isso. Meu físico estava ótimo. O que estragava o pacote era o meu emocional.

 

Enquanto Dimitri e eu íamos ao ginásio, repassei mentalmente a sensação da sua pele na minha, tentando gravar e memorizar tudo. Talvez isso ajudasse quando perdesse o controle. Se ajudaria, eu não tinha certeza. Somente a presença dele me acalmava. Somente os seus olhos podiam olhar dentro de mim, e sentir tudo o que eu estava passando. Somente ele conseguia me entender.

 

Eu fui até o vestiário, e me troquei para uma calça cinza e top de ginástica simples. Não estava no humor para me arrumar. Prendi meu longo cabelo em um rabo de cavalo alto, e me olhei no espelho por longos momentos, apenas pensando no meu futuro com Dimitri, e se viveria o suficiente para presenciá-lo.

 

Quando voltei, Dimitri já estava a postos, me esperando. Ele tinha prendido seu cabelo, também, mas alguns fios continuavam caindo na altura dos olhos. Tomei uma respiração profunda e relaxante, e centrei meus sentidos na luta. Dimitri não esperou, e veio na minha direção, tentando me dar um chute na altura do quadril. Eu pulei para trás, saindo do seu alcance, e começamos andar em círculos, procurando um ponto fraco. Meus olhos passaram rapidamente pelo seu corpo. Uma mão mal posicionada. Um movimento ruim. Qualquer coisa, e eu podia transformá-la em vantagem.

 

Então eu vi. Ele mantinha a maior parte do seu peso no lado direto do corpo, e desferia os golpes com a mão direita, também. Falsifiquei um chute no seu torso, que ele bloqueou perfeitamente. Estava fingindo uma fraqueza, para que eu o atacasse do jeito que queria. Sorri maldosamente. – Não vai me enganar, camarada. – Eu disse-lhe.

 

Ele continuou a atacar com graça e suavidade, como uma pantera. Quase não conseguia ver seu movimento até que estivesse em cima do meu corpo, assim eu era obrigada a defender de maneira precária. Isso quando eu conseguia defender. Três minutos de luta e eu já estava suando, com meu ombro esquerdo ardendo e meu joelho tremendo. Não ia agüentar por muito tempo.

 

Então, Dimitri fez o movimento final. Sabendo como eu estava fraca da luta, veio em minha direção com força total do seu corpo, tentando me jogar no chão. Fui capaz de desviar parcialmente, mas ele me atingiu no outro ombro, com a violência de uma minivan. Não era intencional, mas mesmo assim, ele estava em cima de mim depois de um segundo de hesitação. Suas pernas seguravam meus quadris firmemente no chão, enquanto ele prendia meus pulsos acima da minha cabeça. Estava presa. Completamente presa e incapaz de me mexer, com Dimitri em cima de mim. Bem, talvez eu quisesse ficar assim.

 

Eu estava suando, mas ele, nem tanto. Somente algumas linhas de suor desciam pelo seu corpo, e eu era capaz de sentir sua respiração quente no meu rosto. Estávamos muito perto, quase colados.

 

- Nunca procure uma fraqueza no adversário em meio à luta, - ele disse. – e sorria quando pensar que a encontrou. Pode ser um fingimento, e isso te entregará ao inimigo. – Eu podia dizer que ele estava lutando para formular palavras, e eu estava lutando para assentir, enquanto meus olhos não deixavam seus lábios. Fiquei pensando em como seria encostar seus lábios nos meus, envolver meus braços em seu pescoço e trazer seu corpo perfeito para o meu... Assim como tínhamos feito na cabana. Ali estava. Aquela sede crescente, um pelo outro. Estava aumentando, e ela cortou qualquer necessidade que tínhamos por atos.

 

Lentamente, ele levou uma das mãos ao meu maxilar, segurando meu rosto com uma mão, e meus pulsos com outra. Seus lábios encontraram o meu como um jato de energia elétrica, aquecendo meu corpo todo. Eu respondi furiosamente, querendo mais dele. Querendo somente ele. Porque se ficássemos juntos, estaríamos bem. Sua boca ficou na minha por vários segundos, e depois ele percorreu uma trilha de beijos pelo meu rosto, então pelo meu pescoço e clavícula. Tudo que podia fazer era fechar os olhos e saborear a sensação que ele me trazia. Libertei meus pulsos, e o beijei de novo, uma última vez, antes de nos separarmos. Se alguém entrasse no ginásio, as coisas ficariam bem complicadas.

 

Ele foi em direção à porta, pegando seu casaco e um livro do faroeste no caminho. Antes de sair, ele me olhou uma última vez. – Você luta bem, Rose. Nunca se esqueça disso. Mas não se iluda pensando que pode derrubar qualquer strigoi que aparecer na sua frente. Na Rússia, as coisas são bem diferentes, e você logo vai aprender isso. Espero que esteja pronta para essa viagem.

 

- Eu estou. – Assegurei a ele.

 

- Espero que sim. Você não sabe o quanto significa para mim. – Meu coração se apertou com suas palavras, e tudo que pude fazer foi franzir minha testa. Porque não havia palavras para descrever o que sentia. – Até amanha. – Ele disse, indo em direção a porta. Dimitri me deu um último olhar antes de fechá-la atrás de si.


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Notas finais do capítulo

Ok, no próximo capítulo eles vão para a Rússia... E tem uma surpresinha também ^^

Eu sei que prometi que ia postar na sexta feira, mas não consegui, tinha muita coisa pra fazer, e o final do capítulo não me agradou, ai depois eu reescrevi =)Ficou bom?

Bjooos!!! *-*