[POV – Bella]

Assim que soou o sinal para o intervalo ouvi a cadeira de Edward sendo arrastada, virei em direção ao Edward, na esperança de ouvir um “Adeus” ou um “Foi bom te conhecer”, mas nada, o garoto virou e foi embora. É definitivo, além de um Deus Grego, ele é tímido.

Observei-o desaparecer pela porta em um passo ligeiro, enquanto esperava Jéssica e Lauren começarem a me bombardear com perguntas. Não demorou muito para as duas estarem ao meu lado.

— Bella, me conta tudo. — pediu Jéssica.

— Tudo o que Jess? — respondi, se elas queriam respostas iam ter que perguntar exatamente o que queriam saber.

— O que você conversou com Edward ‘Gato’ Cullen? — poderia jurar que os olhos de Jéssica brilharam quando ela disse o nome de Edward.

— Ele se apresentou e eu disse que me chamava Isabella e que ele poderia me chamar de Bella, então ele disse: “Okay, Bella então.”

— Ele não te cantou? Nem fez nenhuma brincadeirinha com o seu apelido? — disse Jéssica me interrompendo.

Neguei com a cabeça e olhei para ela, vi que estava um pouco satisfeita com o fato de Edward não ter me cantado, mas tentava disfarçar ao máximo. Eu seria capaz de apostar que ela estava com o seguinte pensamento na cabeça: “Pelo menos um garoto nesse colégio vê que Bella é uma ‘sem-sal’”, ou algo assim.

Uns três anos antes, quando ainda era nerd, estava passando pela sessão de Romances da biblioteca para pegar um livro para a aula de Inglês e, sem querer, escutei uma conversa entre Jéssica e Lauren.

Flashback

— Não gostei quando Brian me disse que uma garota não é só beleza. Nós estávamos sozinhos na minha casa e tudo o que ele queria fazer era conversar sobre livros e sobre o universo. Quando eu interrompi um discurso dele sobre o espaço e 'buracos nas minhocas', ele ficou bravo e disse que eu precisava de mais conteúdo, me disse que 'seria interessante que eu lesse mais para mantermos uma conversa'... Nós estávamos sozinhos na minha casa, pra que conversar quando há coisas muito melhores para se fazer? Se é que você me entende — disse Lauren Mallory, uma garota super popular aqui no Forks High.

— Eu concordo com você, amiga. — disse Jéssica Stanley, uma garota popular e super fofoqueira que não desgrudava da Lauren — De que adianta ser como aquela insignificante da Swan? — Arfei.

— Quem? ‘Isabella Swan’? A filha do Chefe Swan? — fiquei horrorizada com a maneira que a Mallory havia dito o meu nome, havia desprezo na voz dela.

— É, ela mesma. É toda certinha, vive lendo e estudando, mas quem quer ficar com uma garota que não sabe nem se arrumar? Ela nem deve saber o número que ela veste, todas as roupas dela são muito largas, folgadas. Aposto que usa essas roupas pra esconder que não tem peito, nem bunda. — Jéssica riu. Cada palavra que ela usava pra me descrever era um soco na minha frágil auto-estima — Se o Brian gosta tanto de garotas inteligentes, então por que não está com a Swan? Ah, é, porque ela é uma sem-sal, sem graça e feia... — Dessa vez, Jéssica gargalhou. Havia um tom de deboche em sua voz que me deixou muito magoada. O que eu tinha feito para que elas me detestassem assim? Nada.

— Você tem toda a razão, Jess. Prefiro continuar assim, como eu sou, muito melhor do que ser patética, como aquela lá. — disse Mallory, antes de elas saírem do “esconderijo” onde elas fofocavam sem saber que eu estava escutando tudo.

Fim do Flashback

O que elas não sabiam é que eu namorava com o...

— Bella! — disse Jéssica estalando os dedos diante dos meus olhos, me fazendo piscar algumas vezes.

— Que foi, Jess? — perguntei parando de andar.

— Não vai me responder? Estou te perguntando o que mais você conversou com Edward Cullen? — disse Jess, gesticulando com as mãos.

— Ah, tá. Bem, depois expliquei para ele o que sobre o trabalho de Biologia e ele começou a fazer. Depois de um tempo ele me entregou a parte dele no trabalho e nós começamos a conversar. — disse sendo evasiva.

— E o que vocês conversaram depois? — perguntou Lauren.

Revirei os olhos antes de responder, quase me esqueci que ela estava ali.

— Perguntei por que a família dele veio para cá e ele disse que o Dr. Cullen recebeu uma oferta de emprego no Hospital de Forks. Depois perguntei o que ele estava achando de Forks, mas o Sr. Banner não o deixou responder.

— E foi só? Você não aproveitou para convidá-lo para sair, nem nada? — perguntou Lauren e pelo jeito que falou ela aproveitaria a qualquer oportunidade perto de Edward Cullen para convidá-lo para sair. Mal sabe ela que quanto mais desesperada ela for, mais rápido os homens perdem o interesse. Por isso ela nunca consegue manter um namorado por mais que três meses... Puff, eu é que não iria ensiná-la.

— Sim, Lauren, foi só isso. O garoto parece meio assustado, sei lá.

E no fundo era verdade, Edward realmente parecia assustado. Mas não seria por isso que eu iria desistir dele, não, eu só iria devagar. Fazer com que ele se sentisse atraído por mim, deixar que ele pensasse que eu não fazia a menor questão de sair com ele... É assim que se conquista um cara.

— Ah Bella, quase que eu me esqueci. — ‘É não foi dessa vez que você me fez mais feliz’, pensei — Aonde você conseguiu esse anel? — Os olhos de Jéssica estavam grudados no anel e a inveja estava estampada nas suas feições.

— Ah, esse? — disse erguendo a mão para que Jéssica e Lauren pudessem ver bem a linda pedra azul, afinal de contas, eu já estava com a cova pronta, cavar um pouquinho mais fundo não mudaria nada — Ganhei de presente de Kaoos.

— Oh! Sério? Mas como assim? Porque ele te daria um presente tão caro se vocês nem estão namorando? — perguntou Jéssica, enquanto Lauren me fuzilava com os olhos.

— Sim, é sério. — disse respirando fundo — Ontem fui à Port Angeles fazer compras e aproveitei para ir ao cinema. E na bilheteria, adivinha quem eu encontro? O Kaoos. Começamos a conversar e decidimos assistir o mesmo filme, ‘Up in the Air’ se não me engano. No meio do filme, Kaoos me beijou e assim foi até o filme acabar. — Menti, na maior cara de pau.

— E, aí? Foi cada um para a sua casa ou não? — perguntou Lauren com uma cara maliciosa enquanto nos servíamos no refeitório.

— Depois disso, Kaoos me acompanhou até a Hayabusa onde nos despedimos com um beijo cinematográfico e cada um foi para a sua casa. — disse completando a mentira.

— Okay, mas você ainda não explicou sobre o anel. — disse Jéssica. Parece que essa garota tirou o dia para me atormentar.

Sentamo-nos em uma mesa afastada do restante.

— Bem, Kaoos ficou apaixonado, ou coisa assim, e comprou o anel para me dar como pedido de namoro. — disse como se aquilo fosse perfeitamente óbvio.

— Então, você está namorando? — era totalmente claro o quanto Lauren queria que eu respondesse sim para a sua pergunta.

— Óbvio — fazendo uma pausa estratégica, só para ter a satisfação de ver Lauren se segurando para não gritar de alegria — que não! Ou vocês realmente acharam que eu iria me amarrar a um cara?! — Lauren desmoronou.

— E qual foi a reação de Kaoos? — perguntou Jéssica.

— Veja você mesma. — disse apontando com a cabeça o outro lado do refeitório, onde Kaoos estava sentado sozinho com a cabeça baixa, mexendo distraidamente na comida, porem, sem comê-la.

— É ele ficou bem abalado. — comentou Lauren.

— Ai – Meu – Deus, olha quem está vindo aqui. — disse Jéssica.

Ergui a cabeça na esperança de ver o Cullen vindo em nossa direção, mas ao invés disso vi Mike Newton vindo.

— Bom dia, meninas. — disse Mike dando uma piscadela para mim. Esse cara não cansa de ser cafona?!

— Bom dia, Mike. — disse Jess, jogando charme para Mike.

— Oi. — foi o que me limitei a responder.

— E então Bella, está livre hoje à noite? — disse Mike. Eu tive que me segurar para não olhar para ele com cara de nojo.

— Para você Mike, eu estou sempre ocupada, mas e você Jess? Não está livre hoje? — disse olhando para Jéssica, apesar de Jéssica estar me atormentando hoje, resolvi fazer a minha ‘boa ação’ do dia.

— Estou. — Jéssica respondeu quase imediatamente. 'Rápido demais', pensei. Jéssica cometeu um grave erro, passou a imagem de desesperada para Mike e homens não gostam quando as mulheres correm atrás deles.

— Então Mike, porque não sai com a Jess? Ela está livre, você também... O que acha de um cineminha às 7:30? — disse, torcendo para Mike concordar.

— Hum... Tudo bem, então. Te pego às 7:00. — disse Mike, fazendo Jéssica abrir um sorriso enorme. Outro erro, Jess mostrou a Mike que se importa muito com o encontro.

Mike, finalmente, saiu e nos deixou a sós.

— Bella, você é demais. — disse Jess.

— Eu sei, eu sei.

Ao terminar a frase, olhei para o lado e vi Edward Cullen sentado em uma mesa um pouco distante da nossa, mas tão afastada das outras quanto a nossa. Edward Cullen não estava sozinho, ele estava, provavelmente, com a família.

Ao lado de direito Edward tinha uma cadeira vazia e do esquerdo uma garota baixinha e magra, com os cabelos curtos e negros como a noite que apontavam para todos os lados. Ao lado da baixinha, estava um cara com expressão de dor no rosto e cabelos louros e ondulados, ele era um pouco mais forte que Edward, mas nada comparado ao rapaz à esquerda. Ele era enorme, muito forte com os cabelos curtinhos e tão pretos quanto os da baixinha e ele ria abertamente mostrando os dentes brancos. E, do lado esquerdo do fortão, estava uma garota com os cabelos louros até o meio das costas, tão bonita que parecia uma Barbie.

Eles eram tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo. Cada um com suas características, mas ao mesmo tempo parecidíssimos. Todos muito brancos com olheiras roxas sob os olhos dourados e todos eram tão lindos, pareciam saídos das revistas ou dos filmes de Hollywood.

Jéssica reparou que eu estava olhando e disse:

— Estão vendo a loira bonitona e o grandalhão com jeito de urso? — disse Jéssica. Concordei com a cabeça.

— São Rosálie e Emmett Cullen, os dois são namorados. A baixinha, Alice Cullen e o loiro com cara de louco, Jasper Cullen, também namoram. Eu acho isso muito estranho. — o que mais eu podia esperar de Jéssica?!

— Já falei para você parar de pensar assim, Jess. Que pensamento do ‘século passado’. Eles não são irmão de sangue, sendo assim, não tem problema nenhum eles se apaixonarem e namorarem. — será que um dia Jéssica ira para de pensar como uma caipira do interior?

— Não sei, mas Edward Cullen está te olhando. — disse Jess. Tentando não demonstrar o quanto eu queria que aquilo fosse verdade, demorei um pouco antes de olhar e, lá estava o ‘Edinho’, me olhando com cara de interessado.

‘Uh, então agora ele está interessado?’ pensei comigo, afinal na aula ele nem falou comigo direito e agora fica me olhando.

‘Piiiii’. Escutei o sinal, indicando que a tortura estava há 5 minutos de começar. Levantei-me, peguei minha bandeja com uma maça, que eu não havia nem encostado, joguei-a no lixo e fui para as aulas de Literatura.

As aulas se arrastaram e nos meus pensamentos só havia espaço para Edward Cullen. Quando as aulas terminaram sai, praticamente, correndo da sala só para chegar logo até a moto e ir para casa.

Atravessei a escola pensando em ir para casa, faltando uns 50 metros para alcançar a Hayabusa, eu vejo, entrando no Volvo C30, a família Cullen. Isso mesmo, além de lindos, eles tem dinheiro e muito bom gosto.

Fiquei os observando ir embora. ‘Hum, Edward é muito bom motorista’. Pensei comigo, ele saiu da vaga de ré, e, praticamente, sem parar saiu pelo estacionamento. Assim que os Cullen foram embora montei na Hayabusa e fui para casa.

O tempo estava nublado, sem chuva, então fui devagar, aproveitando para pensar na vida. Okay, na vida não, em Edward Cullen. Cheguei em casa rápido, para meu azar, afinal não tinha nada para fazer.

Chegando em casa reparei em como eu estava com fome. Fui até a cozinha e resolvi fazer peixe para o almoço, assim eu tinha um ‘passatempo’ e ainda comia algo que não engordava muito.

Duas horas depois, eu já tinha almoçado, guardado um tanto para Charlie, limpado a cozinha e já estava a meia hora jogada no sofá assistindo televisão. Sem nada interessante na televisão, resolvi dar uma volta no pequeno bosque que tem atrás da minha casa.

O dia ainda estava claro, então eu devia ter mais ou menos uma hora e meia antes de Charlie chegar em casa e exercitar o corpo me ajudaria a distrair um pouco.

Cheguei à beirada do bosque, em frente a uma trilha, e olhei para dentro, dava para senti como estava tudo calmo. Entrei no bosque observando-o, a vegetação virgem e verde, pra falar a verdade, verde demais para o meu gosto, a copa das arvores era verde, as samambaias no chão eram verde, até mesmo o tronco das arvores era verde devido a quantidade de musgo nas cascas.

Continuei andando e sentindo a mata. Ouviam-se os passarinhos ao fundo, pequenos e constantes estalos de gravetos, que provavelmente pertenciam a pequenos animais. Continuava caminhando mata adentro, quando meus instintos me avisaram que eu estava sendo observada, e, de repente, a mata que antes me parecia tranquila, se tornou assustadora.

Meus sentidos se aguçaram, principalmente a audição, mas eu não conseguia escutar nada. ‘O que aconteceu com os animais?’ Me perguntei, mas, obviamente, não obtive resposta.

Olhei para todos os lados, em busca que algo diferente, que não fosse verde, uma pessoa, um animal feroz, mas como poderia algum animal ou pessoa ou o que fosse, não fazer barulho nenhum?

Mas a sensação de estar sendo observada continuava e estava cada vez mais forte. Virando a cabeça para todos os lados eu via o verde passar como um borrão pelos meus olhos, até que algo alaranjado me chama atenção, olhei de novo, mas não tinha nada, devia ser a minha imaginação.

Ainda assustada com o bosque e o silêncio, comecei a voltar para casa, com os sentidos ainda atentos. Era como se eu esperasse que algo fosse sair de trás de uma arvore para me matar.

‘Crack’. Um pequeno barulho a minha esquerda me fez virar a cabeça quase instantaneamente e lá, atrás de algumas arvores, eu vi novamente um borrão alaranjado, aquela cor me parecia familiar.

O medo me dominou e, com os olhos arregalados, eu comecei a correr para fora do bosque. Cheguei à porta de casa arfando, entrei, me tranquei e me encostei na porta, lutando para normalizar a minha respiração e meu coração que estavam acelerados.

Corri até a janela da sala, que dava para os fundos da casa, e olhei através, tentando localizar aquilo que me assustou, mas não havia nada. Ainda respirando pesadamente, subi as escadas e fui tomar banho.

Durante o banho fiquei pensando no que tinha acontecido. Aquele tom de alaranjado, eu tinha certeza que me era familiar. Pareciam... Pareciam olhos, do mesmo tom dos de ‘Edinho’.

‘Não, não, não, não. Devia ser só impressão minha.’ Pensei, tentando me acalmar. ‘O que Edinho estaria fazendo no meio de um bosque, atrás da minha casa?’ Nada, foi o que respondi logo em seguida. Eu devia ter visto os olhos de uma coruja, ou algo assim e já estava imaginando coisas.

— Cheguei, Bella. — gritou meu pai, quase me matando de susto, no andar inferior.

Eu estava tão distraída que nem escutei a viatura, nem a porta sendo aberta. Desci as escadas correndo.

— Oi, pai. — disse.

— Aconteceu alguma coisa, Bella? — perguntou Charlie, era meio estranho como, às vezes, ele sabia que tinha acontecido alguma coisa comigo.

— Não. Nada, por quê?

— Não adianta mentir Bella, dá pra ver no seu rosto que você está assustada. — disse Charlie.

Nessa hora minha boca abriu um pouquinho. Como é que ele sabia que eu estava assustada?

— Bem, eu... eu fui ao bosque — falei antes de ser interrompida por Charlie.

— Bella, o que eu lhe disse sobre ir ao bosque? Não é porque você está um pouquinho mais velha que você pode ir ao bosque sozinha.

— Pai, eu não estou ‘um pouquinho mais velha’, eu estou 4 anos mais velha e eu só fui caminhar um pouco, mas graças a toda a baboseira que você colocou na minha cabeça sobre o bosque ser perigoso, eu me assustei e sai de lá correndo, foi só isso.

Quando eu tinha 14 anos, comecei a ir ao bosque para ler sozinha e um dia eu caí e me machuquei e desde então Charlie acha que eu não devo ir lá porque é perigoso e que eu poderia ter sido atacada por algum animal.

Antes eu não acreditava nisso, mas agora...

— Não são baboseiras, Bella.

— Tem peixe na geladeira. — disse antes que Charlie começasse mais um dos sermões de como a floresta pode ser perigosa — Quer que eu esquente para você?

— Não precisa, vá se deitar e descansar, amanhã você tem aula.

— Okay.

E foi o que eu fiz. Subi, me deitei e dormi.

‘Pi-pi-pi-pi’. Apitou o meu celular, me dizendo que era hora de levantar. Não dormi bem porque durante a noite inteira tive pesadelos em que eu era perseguida no bosque por um lindo, mas apavorante, Edward Cullen.

Passei em frente ao espelho antes de abrir a porta e parei imediatamente com a boca aberta. Eu estava horrível, nem mesmo maquiagem iria me ajudar. Havia olheiras nos meus olhos, minha pele estava mais branca do que nunca, até o meu cabelo parecia mais sem vida e desidratado.

Corri para o banheiro, tomei um banho, escovei os dentes e os cabelos. Ainda enrolada na toalha, olhei pela janela a fim de analisar o tempo. Não estava chovendo, abri a janela para ver se estava frio, mas o clima estava morno.

Fiquei feliz com isso, era muito difícil isso acontecer em Forks. Fui até o armário, e comecei a procurar meu vestidinho jeans, ele era tomara que caia com botões na frente e meio balonê. Coloquei-o na minha mochila, porque não dava para pilotar a Hayabusa de vestido, e coloquei minha sandália rosa salto 8 cm junto.

Vesti um short jeans, uma blusinha e uma rasteirinha, quando chegasse ao Forks High eu iria para o vestiário do ginásio de esportes e trocaria de roupa. Voltei para o espelho e voltei a me arrumar, deixei os cabelos soltos e caprichei na maquiagem.

Quando terminei, me olhei mais uma vez, até que não estava tão mal. Com o banho eu tinha dado um jeito no cabelo, com pó, base e muito corretivo eu tinha feito as olheiras diminuírem consideravelmente, mas quanto à pele branca não teve jeito.

Peguei a mochila e desci. Charlie já tinha saído de casa e eu fiz o mesmo, trancando a porta ao passar.

Cheguei ao Forks High bem rápido, deixei a Hayabusa o mais próximo do ginásio possível e fui me trocar. Quando terminei, fui procurar Jess e Lauren. Encontrei-as sentadas em uma mesinha nos jardins do colégio, que raramente eram usadas devido às condições climáticas, junto com Mike e Tyler.

— Olha quem vem vindo! Oi, Bella. — disse Tyler.

— E aí?! Tyler, Lauren, Jess, Mike.

— Bella, o que aconteceu com você? — perguntou Jéssica me deixando com vontade de esganá-la, porque ninguém tinha reparado em mim, o suficiente, para perceber que eu estava péssima, mas agora estavam me olhando minuciosamente.

— Vamos andando que eu vou explicando pra vocês. — disse me dirigindo ao colégio.

[...]

— E foi por isso que eu acordei assim. — disse entrando no refeitório, ainda tinha um tempo antes das aulas começarem.

— E o que você acha que era? Só uma coruja mesmo? — perguntou Jess, interessada. Neste momento, os meninos já tinham sumido.

— Ah, sei lá Jess. Eu... ‘AH’ — gritei quando um corpo se chocou contra o meu.

Senti que estava caindo. As mãos da pessoa que estava na minha frente tentaram me segurar pelos braços, mas acabaram falhando.

— Ah meu Deus, Bella. — escutei Mike gritando.

Eu estava certa que iria cair em pleno refeitório com uns 50 alunos me olhando, quando sinto mãos realmente geladas me segurando.

Abri os olhos e vi que quem tinha me segurado era Edward. Isso mesmo, eu estava nos braços de Edward 'Fucking' Cullen. Seus olhos incrivelmente dourados me olhavam de maneira intensa.