Tudo bem, que tal recapitular? Eu conheci o menino mais idiota da face da terra, metido à grandalhão e herói; típico. Logo depois, nossos pais se encontraram, foi horrível. Então... Logo depois, conheci a irmã dele, Jane. Ela é um anjo perto dele, não deixa de ser americana. E agora, descobri que a pior pessoa que pode existir nesse mundo, é meu primo. Meu primo! Pode acreditar? Antes primo que irmão. Sinto pena de Alfred por ter um filho como aquele. Sinto pena da minha mãe por ter um irmão e um sobrinho como eles. Pena!

Após eu organizar tudo aquilo em minha mente, percebi que Robert estava me olhando com uma cara de peixe morto, digo... Cara de americano. Hunf! Eu sou o Robert F. Jones, sou o seu herói, olha o meu bastão de baseball, Jane ? Idiota, idiota. Stupid american, american idiot. Tudo bem, eu tinha que falar algo. Deu um sorriso largo, fitando Robert com desprezo.

- Heh ? Não tem como esse degenerado seu meu parente.

- D-Dege... O que ? – Robert questionou.

- Degenerado, brother. – Jane suspirou.

- Russell! Isso não são modos! – Meu pai quase me matou ali mesmo, que lindo.

Ficamos nessa briga por muito tempo, até que os filhos de Kiku, Hitoshi e Hiromi, entraram no meio da briga tentando nos acalmar.

- Rob-kun! Não seja tão rude com o Rus-chan! – Hiromi implorou.

- Que “chan”, aru ?

É. Foi o que acabaram de ouvir, caros amigos. Um “aru” misterioso. Era Pequim se aproximando. Ele é Hitoshi estavam se encarando, enquanto Hiromi corava de leve. Pequim era um jovem maior que nós, talvez por que ele tenha de ser criado antes. Tinha por volta de dezesseis, dezessete anos. Enquanto tínhamos quatorze, quinze. Ok, isso é muito humilhante, ahm ... Ah, sim. Após mais uma longa discussão, eu fui para casa levar uma velha e boa surra ao estilo Kirkland. Que coisa mais linda. Após chorar cargas d’água, fui para meu quarto, encarar o teto. Suspirei pesado, abraçando meu unicórnio de pelúcia.

- Ele é tão idiota... – Fechei os olhos, então, adormecendo.

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Acordei com meu pai acariciando minha cabeça, com um sorriso tolo no rosto. Levantei-me lentamente, coçando os olhos. Ele me acordou tão cedo, por que ? Tinha algum compromisso marcado ? Meu aniversário, compras, reclamar do Alfred ? Eu não sei, não me lembro de ter marcado algo. Quando ele viu minha expressão confusa, apontou para o calendário. E então, pude ler a seguinte data; 2O1O-11-27. Suspirei, dizendo, em voz baixa:

- Primeiro dia de aula ...

Então era aquilo que meu pai queria! Que traiçoeiro, se ele não batesse em mim na véspera do primeiro dia de aula, talvez eu conseguisse estar mais descansado. Não! Agora eu vou ter que ir para aquela escola idiota com dor nas costas! Odeio a minha vida, profundamente.