Eu, Russell, percebi que meu pai estava um tanto aflito nessas semanas antes do Congresso Mundial. Decidi então, tentar animá-lo, corri até seu quarto – Força de expressão, eu estava carregando uma xícara de chá. -, levando a xícara em mãos. Abri a porta com a mão livre e entrei no quarto. Papai estava cercado de papéis e pastas, algo que era até surpreendente. Ele olhou para mim, suspirando e soltando um sorriso normal, expressando certo cansaço.

- Russell! O que faz aqui? Não estava estudando?

- Daddy, eu pausei meus estudos por um momento para entregar-lhe este chá, que fiz agora pouco.

- Você fez? – Ele tomou a xícara em mãos, tomando um pequeno gole, sorrindo em aprovação. – Está ótimo, Russell!

- Obrigado, daddy! – Passei minhas mãos pelo braço e antebraço.

- Agora, é melhor estudar. Quando eu acabar isso aqui, prometo brincar com você, Russell! Mas tem de estudar, certo? – Passou a mão pelo topo de minha cabeça, sorrindo.

- Sim, daddy!

──── x ────

Passado alguns dias, era o Congresso. E eu, claro, implorei semanas para meu pai me levar junto dele. E ele cedeu ao meu pedido, eu iria nessa Audição, e sabendo disso, os outros países participaram disso também, levando seu filho, sua capital respectiva. Budapeste, Moscou, Berlim, Viena, Minsk, Madri, Copenhague, Lisboa, Varsóvia, entre outros. Quando cheguei lá, tentei não demonstrar a minha surpresa, e por Deus! O lugar era enorme! Talvez... Quando eu crescer, eu consiga andar diariamente por aqueles mesmo corredores. Mas ainda não. Eu não sou como o Sealand, ele é muito ansioso, isso é ponto negativo na política.

Enfim, aproveitei tudo aquilo, meu pai me mostrou tudo, até dizer que a reunião estava prestes a começar, e falou para eu ficar esperando na sala ao lado, com os outros, o que me fez ficar um tanto indignado. Por que eu tenho que ficar com aquelas crianças? Tenho quinze anos, ora! De qualquer forma, eu tive que ir. A sala era grande, e os adultos estavam acomodando as crianças antes de irem para a reunião, sentei-me num banco qualquer na sala, tomando o chá que estava para ser servido. Parecia que eu era o único calmo ali, até que o filho de Ludwig começou a tentar colocar moral alguma no recinto. Olhei-o com certo desprezo, ele gritava demais! Finalmente, no momento em que ele estava reclamando, eu disse:

- Barulhento.

Todos olharam para mim, por que eu era o único capaz de desafiá-lo, que na opinião do todos, era mais assustador do que o filho do Rússia. Ele me fuzilou com os olhos azuis tenebrosos, voltei a tomar o chá tranquilamente, quando ele viu que eu de nada me importava com ele, disse:

- Com quem acha que está falando?!

- Com um homem morto se não parar de gritar.

- O qu-... Seu...! – Ele saiu correndo para me ferir, inútil.

Eu ia me defender... Eu sabia lutar, eu era filho do maior pirata de todos os tempos! Mas não... Eu fui salvo involuntariamente, alguém segurava as mãos do pequeno alemão, e quando eu olhei quem era o defensor, um choque percorreu meu corpo, era ele... A pessoa que eu menos queria encontrar e que eu mais desejava conhecer. E então, com um sorriso galante no rosto, disse:

- Hey! Quem chamou o... Herói?