Segredos e a Dádiva do Destino escrita por lilly_forever


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/88816/chapter/2

Capitulo dois.

- Eu não agüento essa menina. - Falou null sozinha no quarto. – Ainda mais quando ela começa com essa história de fazer as coisas sem que eu saiba. Argh!
null tinha acabado de pintar as unhas quando alguém abriu a porta do seu quarto. Ok, onde está a minha privacidade? A porta existe para isso. Pensou null, mas fez uma carinha convidativa quando viu que era sua mãe na porta, segurando a maçaneta.
- Suas amigas chegaram. Estão te intimando a ir mais rápido. – Riu a mulher de meia idade que todas as meninas gostavam tanto.
- Ta bem, mãe. Eu já vou descer. Peça para elas se controlarem. Eu já to indo.
- Vem logo null! – Ouviu-se uma voz que com certeza era a de null no pé da escada.
A mãe de null limitou-se a sorrir e saiu do quarto da garota sem dizer mais nada. null pegou sua bolsa o mais rápido que pôde e saiu do quarto indo em direção as escadas. Descendo ao primeiro andar encontrou uma null de cara amarrada, provavelmente pela sua demora habitual em se arrumar para qualquer coisa que fosse, e uma null sorridente.
- Para alegria geral da nação, eu estou aqui. – Riu null.
- Até que enfim. – Reclamou null. – Mais um pouquinho e a sua mãe ia ter que vir aguar minhas raízes. Porque crescer elas já cresceram.
- Nada dramática você, não é null? – null falou. – Não se preocupa null, a gente só esperou o normal. Nada que tenha me surpreendido. – Riu null, só fazendo null amarrar mais ainda sua cara, se isso fosse possível.
- Bem, vamos logo antes que a null exploda. – Alfinetou null. – Pasmem: O meu pai me emprestou o carro. Disse que é mais seguro para nós. Mal sabe ele o quão difícil é fazer algum mal a qualquer uma de nós. – Riu null, ainda que sussurrando as últimas palavras.
- Valeu, tio! – Gritou null com uma pontada de bom humor.
- Cuidado vocês todas. – Disse a mãe de null se aproximando dela para lhe dar um beijo na testa. – Nada de dormir muito tarde. – Disse essa ultima frase olhando diretamente nos olhos de cada uma das meninas.
- Dormiremos cedo, pode deixar. – Disse null. – Eu sou a mais velha e cuido das minhas crianças.
As outras duas garotas olharam feio para null, enquanto a mãe de null parecia agradecida. Terminado as despedidas, todas as três foram para a garagem do carro do pai de null. Estavam atrasadas do horário combinado com null, mas isso já era esperado. Chegando à garagem, null abriu a porta do motorista e entrou. Seguida por null que entrou do banco do carona e null que não se deu ao trabalho de abrir a porta traseira do carro e entrou mergulhando na superfície metálica e pousando no banco.
- Você poderia abrir a porta de vez em quando. – Disse null.
- Não é necessário. – Respondeu null simplesmente.
- null tem razão, null. – Repreendeu null. – Alguém podia ter visto esse acontecimento nada natural. Não podemos nos arriscar tanto.
- Ah, esqueci que na ausência protetora da null é você que vira a chata. – Inflamou null.
- Eu não estou sendo chata null, é só cuidado que a gente precisa ter de vez em quando. – Disse null fazendo null revirar os olhos.
- Sem brigas, ok? – Disse null. – Vamos ver se a gente consegue ficar um final de semana sem brigar por besteiras. – As outras duas apenas menearam a cabeça afirmativamente.
- Vamos falar de um assunto mais saudável. – Começou null. – A null me ligou hoje de tarde para dizer que chegaram novos vizinhos naquela casa que a gente dizia ser assombrada.
- E o que isso tem de bom? – Perguntou null.
- Bem, aí é que ta. null disse que são quatro garotos. Quatro garotos lindos.
- Lindos? Foi essa a palavra que ela usou? – Perguntou null. – Eles realmente devem ser bonitos. Ainda bem, de vizinhos chatos e feios eu já to cheia. Gente bonita. Era disso que nosso bairro tava precisando. – Riu null, fazendo todas rirem com ela.
- Mas a null é exagerada, null. – Disse null.
- Exagerada é pouco. Meus tímpanos estão reclamando até agora da maneira como ela falou deles. – Debochou null.
- Eu prefiro acreditar nela. – Concluiu null. – To precisando de uma mudança na minha vida. E dessa vez eu não to falando de cortar os cabelos.
- Eles agradecem. – Disse null. – Não faz nem um mês que você mudou o corte.
- Ah, qual é. Eu sinto uma necessidade em mudar. Por quê? Fica feio? Meu cabelo ta feio? – Perguntou null amedrontada.
- Lógico que não. Você é irritantemente linda. – Disse null.
- Bem, vou considerar isso como um elogio. – Riu null.
- Considere. null elogiando é um milagre. – Disse null fazendo todas caírem na gargalhada. – Chegamos.
Todas desceram do carro, e dessa vez null abriu a porta, porque tinham pessoas andando aleatoriamente na rua. null parou para olhar o Volvo estacionado na frente do casarão. Constatou que esse seria o carro dos novos vizinhos de null. O som do carro estava ligado e tinha alguém sentado no banco do motorista, que estava inclinado. A pessoa parecia se sentir confortável naquela posição, e null pensou por que ele estava sozinho naquele carro parado. O garoto se mexeu levemente no banco, mas nada mais que isso null conseguiu ver. Desistindo de tentar ver o rosto do novo morador, null foi em direção a porta da casa de null, acompanhada das amigas que conversavam alguma coisa que para null não fazia a menor coerência.

- Qual você escolhe null? – Perguntou null.
- O quê? – Questionou null que parecia ter acordado naquele exato momento.
- Qual a cor? – Foi a vez de null perguntar.
- Cor de quê? – Disse null que ainda parecia atordoada e sem entender o que as garotas diziam.
- Alô!! Tem alguém aí dentro? – Disse null dando soquinhos de leve na cabeça de null. – Qual a cor da camisa que null vai estar? Eu e null estamos apostando.
- Ah! – Disse null que finalmente encontrava palavras com coesão. – Verde.
- Eu aposto que é branco. – Disse null confiante.
- Pois eu tiro toda minha roupa no meio da rua se ela não tiver de rosa. – Disse null.
- Sem ficar invisível? – Desafiou null mesmo já sabendo a resposta.
- Bem, null, cada um usa o poder que tem. – Riu null fazendo null revirar os olhos.
null abriu a porta sorridente e se deparou com duas caras decepcionadas e uma sem expressão alguma.
- Nossa, o que foi que aconteceu? Quem morreu? – Perguntou null.
- Você está de preto. – Disse null desanimada. – Que sem graça. Não podia ta de rosa? – Perguntou por fim, mesmo que não prestando atenção na resposta de null e adentrando a casa dela sendo seguida de null. null continuava do lado de fora da casa com uma expressão imparcial.
- Alguém me explica por que eu tinha que estar de rosa? – Perguntou null.
- Nada demais. Elas estavam apostando a cor da sua blusa. null disse rosa. – Disse null ainda indiferente.
- Ah. – Disse null entendendo tudo naquele momento. Quase tudo. – E que cara é essa?
- Cara nenhuma. – Respondeu null.
- Me engana que eu gosto. – Retrucou null.
- Queria saber quem são os novatos ali. – Disse null por fim.
- Ah! A curiosidade bateu na porta foi? – Perguntou uma null sarcástica.
null se limitou a mostrar a língua para a amiga. Era incrível como uma nunca conseguia esconder um segredo da outra. Na verdade, entre as quatro garotas não havia segredos. Desde que foram todas escolhidas para ter esses estranhos poderes que nenhuma sabia ao certo se tinha algum propósito. Desde que foram seqüestradas por um grupo de pessoas como elas, quando só tinham 10 anos, para explicá-las as regras. Desde quando elas tinham que se juntar para ninguém além delas saberem dos seus poderes. Para protegerem umas as outras da Companhia que com certeza tinha poderes quase ilimitados. Muitas pessoas como elas estavam juntas. Mas elas queriam ter uma vida normal. Elas eram as mais jovens na época. Não poderiam ser interrompidas ou exploradas. Elas eram leais umas com as outras desde sempre. Amigas. Irmãs. Uma família.

Chegando à sala da sua casa, null viu que as amigas já conversavam abertamente sobre algum filme que tinham assistido há algum tempo atrás. Sentaram-se ela e null em duas poltronas de frente para as outras duas que ainda riam.
- Eu to com vontade de comer brigadeiro. – Disse null olhando para o nada como se visse um prato cheio de brigadeiros a chamando.
- Tem leite condensado aqui, null? – Perguntou null. null apenas balançou a cabeça indicando que sim. – Vamos fazer.
Todas as garotas se levantaram e foram para a cozinha. null prontamente pegou os ingredientes e se preparou para fazer o brigadeiro.
- Eu faço. O meu é melhor. – Gabou-se.
- Faça, minha escrava. – Respondeu null.
null fez cara feia, mas foi fazer o doce.
- E então null, os garotos aí da frente são lindos mesmo? – Começou null. null suspirou antes de responder.
- null, eles são perfeitos.
- Nossa, eu quero conhecer! – Disse null entusiasmada.
- A gente pode fazer isso se quisermos. – Disse null com o olhar que só podia indicar uma coisa: usar os seus poderes.
- Isso é arriscado demais. – Disse null.
- Ai, não acredito null. Quando a null concorda em podermos usar os nossos poderes para algo de bom vem você com essa história de arriscado. – Irritou-se null.
null respirou fundo e se viu sem defesas. null era a única que se opunha sempre às travessuras delas. Se ela parecia concordar, que mal haveria?
- O que vocês estão pensando em fazer, suas malucas? – Perguntou por fim. null sorriu satisfeita.
- Eu poderia ir invisível até lá. – Disse null.
- E como você supõe abrir a porta sem que eles percebam? – null falou. – Eu posso aparecer no quarto de um deles.
- E todos eles iam achar que tinham enlouquecido. – Disse null. – Ou você esqueceu que eles vão te ver?
- É exatamente para isso que a null existe. – Respondeu null, e continuou logo em seguida vendo o olhar nada feliz de null. – Você poderia parar o tempo só um pouquinho, não é null? Todas nós poderíamos ver. – Concluiu.
- Ok, agora eu estou achando que isso é loucura. – Disse null.
- Ah! Não vai dar para trás agora não né! – Irritou-se null. – Você quem começou com isso. Não é justo cortar minha curiosidade assim.
- Concordo plenamente. - Disse null que se lembrou da imensa curiosidade que despertou nela aquele garoto dentro do carro ouvindo música.
- Nós somos muito, muito loucas por pensar numa coisa dessas. – Disse null parecendo atordoada. – Não poderíamos ser normais só um pouquinho? Uma pessoa normal esperaria até eles saírem amanhã para vê-los.
- Nós não somos normais. – Disse null fazendo null sentir um deja vu da ultima conversa que tiveram ao telefone.
- Tudo bem, vamos fazer isso. – Concordou null.
Todas comemoraram por null concordar e null desligou o fogo.
- Está pronto. – Disse, se referindo ao brigadeiro.
- A panela é minha! – Gritou null já indo pegar. null fez cara de “nem pensar!” e também se levantou.
- Dessa vez eu não vou brigar. Eu sempre ganho mesmo. – Disse null presunçosa.
- Calma! – Disse null. E agora a panela já não estava mais em suas mãos, estava em cima de sua cabeça pairando levemente. – Eu vou colocar na mesa. Parem de brigar.
- Nós não vamos brigar por isso. – Disseram juntas null e null sem parecerem muito convincentes aos olhos de null, que riu.
null colocou a panela graciosamente encima da mesa. Visto isso null pegou a panela muito rápido, sem tirar os olhos da expressão de null. Os olhos de null brilharam e null teve certeza do que ia acontecer a seguir. Muito rápido null parou o tempo na esperança de tomar a panela das mãos de null sem nenhum esforço, mas se decepcionou ao ver que não tinha sido rápida o bastante e null já tinha ficado invisível. Droga! Como eu vou saber onde ela está? Pensou null ao mesmo tempo em que tateava a cozinha tentando encontrar null. Decorridos alguns minutos incontáveis no mundo normal, null desistiu se sentando novamente na cadeira e destravando o tempo com a cara emburrada. null se encontrava imprensada entre a geladeira e o freezer com as mãos levantadas carregando a panela, e trazia consigo um sorriso enorme.
- Eu sou demais. – Disse ela. – Você tava realmente achando que era invencível, null?
- Não. – Respondeu null a contragosto.
As outras garotas agora riam da caçada pela panela enquanto null se deliciava no doce e null parecia cada vez mais enfurecida. Foi então que a campainha tocou. Devagar e musical.

- Você está esperando alguém? – Perguntou null a null.
- Eu não. – Respondeu a menina secamente.

X.X.X

Edward estava no seu carro ouvindo suas músicas preferidas, estava muito relaxado. Seus irmãos e Carlisle estavam dentro da casa, ainda organizando-a. Ele conseguira um minuto sem Emmett e Jasper brigando em seus ouvidos. Foi quando ele ouviu.
“Por que ele está naquele carro sozinho?” Provavelmente aquele pensamento se referia a ele. Visto que era o único por perto que se encontrava exatamente igual à descrição do pensamento feminino. Ele se mexeu no banco querendo abrir os olhos, mas sem querer que a menina se assustasse com sua mudança de posição tão repentina em direção a ela, justamente quando ela estava pensando nele. Ele esperou um pouco mais até que os pensamentos da garota não estivessem mais nele e abriu os olhos para ver o que acontecia naquela rua. Viu três meninas paradas na frente de uma casa conversando sobre alguma coisa que ele julgou sem importância. Analisou uma garota morena com os cabelos longos e constatou que o pensamento deveria vir dela. Saiu do carro rápido e foi para dentro de casa.

- Você acertou Emmett. – Disse quando chegou à sala em que estavam Emmett, Carlisle e Jasper conversando.
- Sim, eu acertei. Eu sempre acerto. – Disse Emmett. – Mas você poderia dizer de qual acerto você está falando? – Perguntou o moreno que agora se ocupava em colocar velas em um candelabro.
- Bem, eu vou ignorar seu gênio. – Disse Edward. – A garota aí da frente tem amigas bonitas.
- Tem? Jura? – Perguntou Emmett muito animado.
- Por que a surpresa? Você não está sempre certo? – Disse Jasper.
- Ah, cala a boca Jazz. – Respondeu um Emmett irritado fazendo Jasper sorrir pelo nariz.
- Chegaram três garotas a casa dela agora mesmo, eu vi.
- Olha só, o nosso querido Edward prestando atenção na vida dos humanos. – Disse Jasper.
- Uma delas pensou sobre mim. Foi só por isso que eu as vi. – Disse Edward indiferente.
- Eu quero conhecer. – Disse Emmett quando Jasper já parecia querer responder a Edward.
- Não, você não quer. – Disse Carlisle que até o presente momento estava ali apenas de ouvinte.
- Ah, qual é Carlisle! Que mal há? – Perguntou Emmett agora parecendo indefeso.
- Ele tem razão, Emm. – Disse Edward. – Elas são apenas humanas. Não podemos interferir na vida delas.
- Eu não acredito no que eu estou ouvindo. – Disse Emmett que parecia ter encontrado um novo argumento. – Qual é a graça de sermos lindos, eu mais do que vocês, lógico. – Disse arrancando uma risada de Jasper. – Se não podemos nos relacionar com ninguém?
- Emm...- Tentou argumentar Carlisle, mas foi cortado por Jasper.
- O Emm tem razão, Carlisle. – Disse Jasper e depois se assustou em concordar com Emmett uma vez na vida. – A eternidade não tem graça se não nos relacionarmos com ninguém. E além do mais não creio que haja tantos problemas nisso.
Todos olhavam para a cara de Jasper incrédulos, menos Emmett que além de incredulidade aparentava compaixão e felicidade. Jasper imediatamente lembrou do rosto da garota que vira há pouco tempo atrás, e sentiu uma vontade indescritível de ao menos saber o nome dela. Tentou afastar o pensamento da cabeça visto que Edward não ia demorar muito para entendê-los. Edward soltou um sorriso breve para Jasper, que percebeu que ele já havia entendido o motivo de sua mudança de opinião repentina, mas não falou nada.
- O que você sugere? Que batamos na porta da casa dela e nos apresentemos? – Perguntou Carlisle sarcástico a Emmett que parecia se divertir em seus pensamentos.
- Bem, quanto a isso eu não sei. – Respondeu Emmett um pouco tristonho.
- Podemos fazer com que esse encontro seja casual. – Disse Jasper que parecia ter uma idéia.
Edward riu para o irmão e logo entendeu o que ele quis dizer. Pegou o telefone e discou rapidamente um número.
- Pizzaria Nosso Sabor, boa noite? – Todos ouviram uma voz masculina do outro lado da linha.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos e a Dádiva do Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.