A Secret escrita por backstreetdentist


Capítulo 7
Capítulo 7




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Harry não havia dormido. Revirava-se na casa afim de olhar através do biombo, mas era impossível.

Provavelmente, já havia amanhecido. Precisava tirar Isobel dali. Acordá-la. Mas realmente não queria apanhar. Podia deixá-la ali, mas não seria capaz de abandoná-la.

Então Harry se levantou, arrepiou o cabelo, suspirou e contornou o biombo.

Isobel dormia calmamente. O cobertor já não a cobria totalmente, deixando as pernas expostas pela camisola verde e prata.

Harry suspirou. Era uma tortura para ele ver a garota que mais desejava naquele momento dormindo na sua frente e ele sem ação. Se aproximou mais alguns passos dela e se ajoelhou ao seu lado para ficarem com os olhos na mesma altura um do outro.

"Isobel..." sussurrou ele, esticando a mão para acordá-la. "Acorde..."

Ela abriu os olhos, piscou algumas vezes e se espreguiçou como um gato, fazendo Harry estremecer.

"Acho que amanheceu. Vamos colocar a Capa. Eu te deixo nas masmorras." sugeriu ele.

"Ótima idéia." ela se levantou, ajeitou a camisola e o cabelo, pegou e dobrou suas roupas e as de Harry e jogou a capa para ele. "Não vou colocar essa roupa suja."

Harry sorriu e entrou na Capa ao lado de Isobel. Era muita garota para uma roupa tão  pequena, mas ele não conseguia parar de olhar.

Eram pouquíssimas as pessoas que circulavam pelos corredores, deixando o caminho para as masmorras muito mais fácil.

Isobel estava feliz com o caminho que as coisas tinham tomado. Não estava nos seus planos passar a noite na Sala Precisa, mas essa segunda opção se encaixou perfeitamente no plano original.

Na porta das masmorras, Draco saía para tomas café, então Harry não podia deixar Isobel na porta.

Eles retrocederam um corredor e viram que não tinha ninguém em volta.

"Obrigada, Harry." ela beijou-o na bochecha e saiu da Capa, com a roupa nas mãos, sem dispensar o rebolado, mesmo de camisola.

Draco parou de supetão ao ver a prima naquele estado. Ela apoiou o dedo indicador sobre a boca em sinal de silêncio, num modo de Harry, atrás dela, não ver nem ouvir nada e seguiu para dentro das masmorras, com seu primo em seus calcanhares.

Provavelmente, todos estavam dormindo, pois o Salão Comunal estava completamente vazio.

"O. Que. É. Isso?" perguntou Draco, incrédulo.

"Saiu melhor que a encomenda." ela abriu um sorriso.

"Vocês... Vocês...?" o queixo de Draco caiu.

"Claro que não, Malfoy!" ela jogou a roupa no sofá. "Dormimos na Sala Precisa. A resistência dele é impressionante. Ah!" ela exclamou. "Ele terminou com a Gina!"

"Merlin!" Draco se jogou no sofá.

"É, foi mais ou menos assim..."

Isobel explicou toda a sua noite para o primo, começando pela lembrança, passando por Filch e terminando com a Sala Precisa. Draco ouviu atentamente toda a história, completamente desapontado por nunca ter estudado com a prima antes.

"Você recebeu minha carta."

Draco abriu um enorme sorriso ao ver Hermione aparecer entre as árvores da Floresta Proibida na escuridão da noite de sexta-feira.

Ela respirava forte, decidida. Parecia sofrer por alguma maneira, o que não agradou Draco.

"Só vim aqui dizer que não vamos mais nos encontrar. Naquele dia, eu estava carente, precisava de um ombro, mas eu não quero nada com você, Malfoy. Foi muito legal o que fez, mas não podemos mais nos ver." Ela se virou e se preparou para ir embora.

Draco levantou-se num salto e disparou na direção de Hermione. Ele virou-a para si, encostou-a contra uma árvore e fez ela parar de respirar. Estavam muito perto.

"Nunca mais faça isso." sussurrou ele, encarando os olhos dela, deixando-a sem fala.

Quando Hermione finalmente puxou o ar para falar, ele não deixou. Apenas ocupou a boca dela com a sua de uma maneira incrivelmente calorosa.

Ela sentiu um aperto no coração. Um estranho vazio sendo anormalmente preenchido, mas ainda assim, continuava doendo no fundo de seu peito.

Ao se separarem, continuaram se encarando, ela sem ar e ele orgulhoso.

"Por favor, Hermione... Por que não aproveitamos que quase todo mundo
vai estar no Clube do Slugue e fugimos um pouco?" sugeriu Draco, sorrindo confortavelmente.

"Quer que eu não vá?" ela o encarou.

"Por favor, Hermione. Olha, eu mudei. Não sou o mesmo de antes da guerra. Depois que salvaram a minha vida, eu nunca mais fui tão grato."

Hermione suspirou e encostou a testa no ombro de Draco. Seus sentimentos por Rony ainda estavam ali, pulsando, mas eles não estavam mais juntos, então um grande vazio se formara no seu peito. E Draco poderia ocupá-lo. Não se importaria se tivesse realmente mudado, não é?

"Tudo bem, eu não vou ao Clube do Slugue."

Draco abriu um grande sorriso. Havia conseguido. Isobel iria ficar orgulhosa. Hermione o daria uma chance, achando que ele realmente havia mudado. Ele estava impressionado com como uma sangue-ruim poderia ser tão ingênua.

Sábado finalmente chegou para os alunos de Hogwarts. Eles passaram a tarde se arrumando, inclusive Isobel, mas Draco não.

"Lestrange, para onde eu levo a Granger?" perguntou Draco, na Sala Precisa, sentado na cama, observando a prima se movimentar pelo cômodo, se vestindo.

"Eu não sei. Traga ela para cá, ou leve-a ao campo de Quadribol, escolha. Só fique longe de todo mundo." alertou ela, colocando os brincos.

Draco abriu um grande sorriso. Enquanto ele estava sentado na cama, sua prima se arrumava de costas para ele e de frente para um espelho, proporcionando-o uma ótima visão.

"Do que está rindo, Malfoy?" ela riu junto, já sabendo a resposta.

"Sabe que eu podia ficar a noite toda aqui com você, não é?" ele recostou no travesseiro e sorriu ainda mais.

Isobel contornou a cama, sentou na borda da mesma e puxou o pescoço de Draco para um beijo.

"Contente-se com uma tarde." sussurrou ela, entre beijos.

Ele puxou a cintura da prima para si, fazendo-a encaixar-se em seu colo. Ela passou a perna para o outro lado do corpo do primo, envolvendo-se no quadril dele.

Draco aproveitou o vestido da prima e colocou a mão sob ele, fazendo seu braço sumir de vista cada vez mais.

"Malfoy, tenho que ir. Harry deve estar me esperando." eles se separaram e ela enrolou os longos dedos no cabelo do primo carinhosamente.

"Vai me trocar pelo Potter?" desdenhou ele, ainda com as mãos sob o vestido ela.

"Claro que não." ela puxou a cabeça do primo para si, recomeçando um beijo bem mais selvagem.

Isobel não queria ir embora. Queria passar a noite toda ali, junto do primo, mas tinha mais o que fazer.

"Adeus, Malfoy." disse ela, se levantando e saindo da Sala Precisa.

O corredor estava lotado de pessoas com roupas chiques e elegantes, mas no momento em que Isobel saiu, todos os olhares de voltaram para ela.

Estava definitivamente deslumbrante. Os cachos ruivos foram alisados e presos em um alto rabo-de-cavalo, um tubinho preto até acima do joelho, de mangas cumpridas e as costas nuas, completando com um scarpin de bico arredondado e preto.

Já era alta. Depois do salto, era quase adulta.

"Isobel! Nossa! Você está linda!" Ralph Beshop se colocou ao lado da ruiva e observou-a de cima abaixo.

"Obrigada, Ralph. Você também está elegante." sorriu ela.

"Você viu o Andrew?" perguntou ele.

"Na verdade, não." ela balançou a cabeça.

"Tudo bem, vou  procurá-lo. Até mais!" ele sorriu e se afastou.

Isobel observou-o se afastar, curiosa e intrigada.

"Quer saber um segredo?" perguntou uma voz doce ao pé do ouvido da ruiva.

Isobel se arrepiou com o bafo doce no lóbulo de sua orelha. Ao virar-se para ver quem era, avistou um alto Lufano moreno. Paul Days.

"Claro." ela sorriu.

Ele passou um dos braços pelos ombros dela e os dois começaram a caminhar juntos, rumando o Salão Principal.

"Sabe o Ralph?" perguntou ele, sussurrando.

"Sim." ela acompanhou o sussurro.

"Sabe o Andrew?" perguntou ele, novamente.

"Sim." reafirmou ela.

Ele aproximou ainda mais a boca do ouvido dela.

"Eles saíram do armário ontem." riu ele.

O queixo de Isobel caiu.

"Ontem à noite. Na verdade, pegamos eles no flagra. Foi nojento." Paul fez uma careta. "Não vamos deixar de ser amigos deles, mas mesmo assim... Foi hilário."

"Que estranho... Ele veio aqui, disse que eu estou linda e tudo mais...!" ela arqueou as sobrancelhas.

"Ele não que expor isso, as pessoas são muito preconceituosas. E..." ele a olhou nos olhos. "Ele não estava mentindo." ele sorriu de um modo sedutor.

"Obrigada, Paul." ela sorriu, confortável.

"Sabe... O seu cabelo preso assim..." ele enrolou a mão no rabo-de-cavalo dela. "É ótimo para puxar em certas situações." ele arqueou as sobrancelhas.

Ela soltou uma risada e empurrou o amigo com o quadril. Paul ficou parado, com um sorriso no rosto, observando o rebolado de Isobel entrar no Salão Principal.

A decoração estava toda prata e branca, com seda pendurada no teto estrelado, uma enorme pista de dança e mesas e mais mesas de comida.

Um pequeno grupo de amigos conversava alegremente em uma das mesas.
Nem Hermione nem Gina estavam lá.

Isobel se posicionou atrás de Harry e fez sinal para o resto da roda ficar em silêncio. Ela apoiou as mãos sobre os olhos dele e esperou sua reação.

Harry sorriu e retirou as mãos dela de seus olhos, mas não soltou-as. Isobel sentou-se na cadeira vazia ao lado dele, ainda segurando firme suas mãos.

"Boa noite." cumprimentou ela, com um sorriso bobo.

Todos os garotos, que estavam estáticos olhando para o vestido de Isobel, pigarrearam e cumprimentaram de volta.

"Está linda." falou Harry, olhando-a nos olhos.

Ela abriu um enorme sorriso.

"Você também." ascentiu ela.

"Harry? Isobel?" perguntou uma voz atrás deles.

Toda a roda se virou para olhar a origem da voz. Jorge Weasley.

"Você parece muito feliz para alguém que perdeu a mãe recentemente, Isobel." desdenhou ele.

Harry fechou os olhos, desapontado com a grosseria de Jorge, e aguardou os gritos de Isobel.

Mas nada.

Ela apenas sorriu.

"Agradeça sua mãe por mim, tá?" falou ela.

Todos os olhares se viraram para Isobel. Todos esbugalhados, espantados e impressionados. Harry nunca vira nada igual. Como alguém podia odiar tanto sua própria mãe?

Depois disso, a festa correu como nunca. Eles dançaram, comeram, conversaram até não aguentarem mais.

Certa hora, enquanto todos dançavam, Isobel chamou Rony em um canto, para uma conversa particular. Ele ficou vermelho.

"Rony, por que você não chama todo mundo para jogar Verdade ou  Consequência?" sugeriu ela.

"Am... Boa idéia." disse ele, ascentindo.

"Chama todo mundo para uma sala vazia ou coisa assim... Vai ser divertido." ela sorriu.

"O.K." ele se afastou.

Em pouco tempo, todos já estavam indo para uma sala vazia aos poucos, restando no Salão Principal apenas Harry, Isobel e alguns Sonserinos.

"Vocês não vêm?" perguntou Rony.

"Daqui a pouco." falou Isobel, puxando Harry pela mão para longe da porta.

"Achava que você tinha sugerido isso para o Rony..." Harry franziu o cenho.

"E fui eu. Mas por outro motivo..." ela sorriu e encontou as costas em uma das paredes de pedra.

"Ah é?" Harry sorriu.

"Fiz isso para esvaziar o Salão. Se formos jogar, com tanta gente, a possibilidade de nos beijarmos é minúscula." ela sorriu.

"Então... É por isso que não estamos lá?" a respiração dele aumentou.

"Não precisamos de um jogo para fazer isso." ela continuou sorrindo maliciosamente.

Era hora. Ela estava ali, se jogando para cima dele. Precisava fazer algo. Talvez o que queria desde a noite da lembrança fosse uma ótima idéia.

Ele se aproximou dela, esperando sua reação. Ela apenas de ajeitou e  encarou os lábios de Harry.

Ele não podia mais esperar. Sangue pulsava muito rapidamente pelo seu corpo para "esperar".

Então passou os braços pela cintura de Isobel e puxou-a para o tão esperado beijo.


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Notas finais do capítulo

Desculpe pela demora, gente. A escola está de matar D: Mas enfim, já estou escrevendo o capítulo 8! E SIM, caros leitores, deixei voces curiosos DE NOVO porque eu ADORO fazer isso KKK *-* Espero que gostem desse capítulo.



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