As mãos de Harry envolveram a cintura de Isobel de uma maneira carinhosa e íntima, mas, o mesmo tempo, acompanhando a intensidade das mãos dela em seu pescoço.

Beijaram-se como se já fizessem isso há anos, terminando com uma selada de falta de ar.

Eles se olharam por alguns longos segundos, até serem interrompidos por Harry sorrindo e se voltando para beijar Isobel.

Dessa vez, a intensidade foi tanta que os pés dela ameaçaram sair do chão.

Ficaram ali longos minutos, que pareciam simples segundos para eles, querendo sempre prolongar o tempo e aprveitar mais.

Do outro lado de Hogwarts, na torre, Hermione e Gina estavam sentadas no sofá do Salão Comunal quando Hermione lembrou-se que um certo Sonserino a aguardava.

“Gina, eu tenho que ir.” Ela se levantou e caminhou em direção a saída.

“Você vai ao Clube do Slugue? Disse que não ia” Gina acompanhou o andar de Hermione com os olhos.

“Na verdade, não. Tenho que resolver umas coisas.” ela explicou e saiu.

Detestava mentir para Gina, a única garota que a escutava em seus seis anos, sua única amiga que podia conversar sobre garotos, agora Hermione estava mentindo para ela sobre Draco.

Mas não estava mentindo. Apenas omitindo.

Caminhou cautelosamente pelos corredores, esquivando-se ao ver qualquer pessoa e acelerando quando via o caminho livre.

Draco pediu para ela ir ao Campo de Quadribol à noite. Não sabia exatamente o que fariam lá, na verdade, não tinha nem idéia, mas estava indo como prometido.

Estava disposta a dar uma chance a Draco, disposta a ver se ele realmente mudou. Afinal, ela não ia perder nada, não é?

No campo de Quadribol, Draco estava sentado na circunferência de uma das balizas, lá no alto, mexendo em sua vassoura. Abriu um grande sorriso ao ver Hermione irromper no estádio.

“Boa noite.” cumprimentou ele, olhando para baixo.

“Pode descer, por favor?” sorriu ela.

“Não, suba.” ele sorriu. “Accio vassoura.” ele estendeu a varinha e uma vassoura saiu voando do vestiário até sua mão. “Locomotor.” e a vassoura foi até a mão de Hermione.

“Não sei voar, Draco.” ela ficou desconfortável.

“Claro que sabe.” ele se colocou sobre sua própria vassoura e desceu até Hermione.

Ela estava sem ação. Se queria que aquilo realmente desse certo, ela teria que assumir as rédeas às vezes. Então se projetou para frente e beijou Draco.

Ele explodiu de felicidade. Finalmente ela começara a confiar nele, como Isobel havia pedido. Então segurou a cintura dela com os dois braços.

“Antes de subir na vassoura, venha aqui.” Draco puxou-a pela mão, subiu na vassoura e ofereceu suas costas a ela.

Hermione subiu na vassoura de Draco (N/A Desculpa, eu tentei ao máximo não postar essa frase meio duplo-sentido, mas não deu KKK), atrás dele, e envolveu seus braços firme na sua cintura.

Quando Draco levantou vôo, ela apertou ainda mais os braços na cintura dele, causando um leve choque na nuca do loiro. Mesmo sendo uma sangue-ruim, ela ainda era uma mulher, e Draco um homem que não fizera nenhum voto de castidade. Um comportamento comum.

Ele voou por todo campo vagarosamente, contornando as torres das torcidas das casas e as balizas, evitando subir muito para não serem expostos para os outros bruxos.

Hermione se sentia leve e, até mesmo, segura com Draco. Se arrependeu de nunca ter feito isso antes e desejou estar ali todos os dias.

“Quer que eu pare?” perguntou ele, gentilmente, rumando o chão.

“Não, continue, por favor.” sussurrou ela, com a boca muito próxima ao ouvido de Draco, causando-o arrepios novamente.

As pessoas voltaram a adentrar o Salão Principal, mas nem isso interrompeu Harry e Isobel, que pareciam muito concentrados no que faziam.

Rony suspirou ao ver aquela cena, desejando e se imaginando no lugar de Harry. Segundos depois do transe, balançou a cabeça para afastar aquele pensamento e se voltou para se concentrar em qualquer outra coisa.

“Estava demorando, né?” disse uma voz feminina atrás de Rony. Gina Weasley.

“Gina?! Estava torcendo por isso?!” o queixo de Rony caiu.

“Não sei se torcendo é a palavra certa...” ela franziu o cenho “Mas já que o Harry não acredita em mim quando digo que a Isobel é uma vadia, deixei ele mesmo descobrir.” Rony olhava assustado para a irmã “Dói muito fazer isso, Rony. E sim, eu ainda amo o Harry... mas não vou ficar chorando sobre algo que vem à tona mais cedo ou mais tarde.” terminou ela, tranqüila.

“Você é louca.” foi só o que Rony disse.

Gina revirou os olhos e se afastou.

As pessoas começaram a rodear Harry e Isobel, curiosos e/ou espantados com o que viam. Paul Days ria com gosto daquela cena, pois a tentação era muita para não interromper.

“OU, OU!” chamou atenção “Isso é um lugar público, gente. Está ficando muito quente aqui.” brincou Paul, separando Isobel e Harry e arrancando risadas gerais.

O casal respirava tão rapidamente e profundamente que nem um nem outro conseguiu abrir a boca para contra argumentar, apenas riram envergonhados.

“Foi forte o negócio, ein!” Paul arqueou as sobrancelhas.

“Muito obrigada, Paul. A sua participação foi de exímia importância.” zombou Isobel, empurrando o amigo para longe.

Mais risadas foram soltas. As pessoas voltavam para suas mesas enquanto uma música lenta começou a tocar.

“Quer dançar?” perguntou Harry ao pé do ouvido de Isobel.

Ela passou gentilmente os braços pelo pescoço dele enquanto ele rodeava sua cintura com as mãos.

Eles ficaram ali por um bom tempo. Música veio e música foi, mas eles continuaram abraçados, vendo a noite passar bem diante de seus olhos.

Domingo amanheceu ensolarado, ajudando Isobel com o seu hábito de usar saia.

Os alunos já se preparavam para ir à Hogsmeade. Muitos já haviam tomado café, alguns ainda tomavam, e outros estavam no jardim esperando a liberação.

Isobel estava sentada em um dos bancos, conversando com uma veterana da Corvinal e uma outra da Grifinória, falando sobre garotos.

“Sabe...” começou a Corvinal, Janet Reese “Tem um garoto que eu acho meio...” ela parecia desconfortável.

“Pode falar!” encorajou Isobel, ansiosa pela resposta.

“Meio sexy... Meio maravilhoso... Meio perfeito...” soltou Janet, arrancando risadas gerais.

“Quem?!” encorajou Lilá Brown.

“Vocês vão me matar...” murmurou a Corvinal “Draco Malfoy.”

“Meu primo?!” exclamou Isobel.

“SH!” suplicou Janet, quase subindo na Sonserina.

“Desculpe. Mas... Nossa! O Draco?” perguntou a ruiva.

“É, sempre fico meio sem ar quando ele chega com aquela roupa preta dele...” suspirou.

“Não gosto dele.” admitiu Lilá, envergonhada.

“É claro que não...” começou Isobel.

“Ali! Ele está vindo pra cá!” exclamou Janet.

Draco vinha com sua roupa preta e nariz em pé na direção das garotas, fazendo a Corvinal suspirar e a Sonserina segurar uma gargalhada.

Malfoy parou, se abaixou e sussurrou no ouvido da prima:

“Tenho uma surpresa para você hoje à noite.”

Virou de costas e começou a se afastar.

“DRACO, VOLTA AQUI!” Isobel se levantou e disparou atrás do primo, ele que já estava correndo.

Em segundos, Draco já urrava seus famosos “Saiam da frente!”, seguido de empurrões, procurando fugir da prima, que avançava com selvageria.

“DRACO MALFOY, VOLTE JÁ AQUI!” urrava ela.

Então ele teve uma idéia. Parou de supetão no meio do corredor. Isobel perdeu os freios e bateu nas costas do primo, ele rapidamente agarrou as pernas dela, fazendo-a segurar-se fortemente em seu pesoço.

"Malfoy, me põe no chão." suplicou ela no ouvido dele.

Mas isso só o fez acelerar mais.

"Draco, a minha saia, seu imbecil! Me põe no chão!" urrava ela.

Ele parou de repente e virou o rosto ao máximo. Abriu a boca, puxou o ar, mas não foi a voz dele que falou.

"Põe ela no chão, Malfoy." Harry estava sério na frente dos Sonserinos.

"Ih Potter..." desdenhou Draco "Acha que pode mandar em mim só porque tenho sua namorada em minhas costas?" ele deu um sorriso cínico "Pois saiba que ela é tão minha prima quanto sua namorada. Então... Se eu quiser fazer isso" ele abaixou o tronco 90 graus, levando Isobel consigo, exibindo ainda mais o conteúdo de sua saia. "Eu vou... AI!"

Isobel havia cravado os dentes na orelha direita de Draco, fazendo ele soltá-la e ela cair em pé no chão com graça. Harry prorrompeu em gargalhadas. A ruiva contornou o primo e abaixou a cabeça até a altura da dele, que continuava abaixado e sussurrou:

"Exagerado." seguido de uma risada.

Harry estava parado atrás de Isobel, olhando para cima para não olhar para baixo. A ruiva puxou ele pelo braço, deixando o primo gemendo no meio do corredor.

"Não precisava ter me salvado, Harry. Mas obrigada." ela puxou-o para um beijo.

"Tenho que te salvar mais vezes." os dois riram "Mas você viu o que ele fez com você..."

"Sim, Harry." ela o interrompeu "Mas desde que eu me conheço por gente, sei me livrar do Draco."

"Então, pelo visto, você não precia de mim..." ele ameaçou ir embora, brincando.

"Não! Assim sim, mas assim também não!" ela segurou os braços dele, rindo.

E os dois rumaram juntos para a saída do castelo, na direção de Hogsmeade.

Draco e Hermione aproveitaram que todos estariam em Hogsmeade e foram para a Torre de Astronomia passar um tempo juntos, mas a verdade é que a surpresa que faria para Isobel à noite não saía da cabeça de Draco.

Isobel e Harry se divertiram muito na sua espécie de primeiro encontro, com muita cerveja amanteigada, beijos e zoação. Harry nunca imaginou que um dia pudesse tão próximo de uma Sonserina como estava em Hogsmeade. Tanto psicologicamente quanto fisicamente. Ele tinha plena noção de que as pernas de Isobel estavam muito próximas.

Mas o que ele não sabia era que, em momento algum, Isobel tirou Draco de sua cabeça.

A noite se aproximou rapidamente, fazendo Draco deixar Hermione e ir para a Sala Precisa.

"Harry, amanhã nos falamos. Tenho que resolver umas coisas agora." Isobel beijou o Grifinório.

Ela tomou o caminho da Sala Precisa, com os hormônios transbordando como nunca fizeram antes.

A porta da Sala estava diferente. Havia assumido um belo e majestoso preto, se assimilando muito com as roupas que Draco costumava usar.

Entrou na Sala e se deparou com três paredes pretas, sendo que a que se encontrava na sua frente possuía uma outra porta e uma placa que dizia: "Proibida a entrada com roupas".

Isobel riu com gosto. Draco estava aprendendo com ela. Ninguém diria que, algum tempo atrás, ele faria tal brincadeira. Ela se despiu, ficando apenas de roupa íntima, jogou suas roupas no chão e entrou pela porta.

Estava num quarto extenso, de paredes verde-musgo, chão de carpete preto. A cama parecia grande e macia, com colchas e almofadas pretas. Pelo quarto, havia uma guitarra preta, um baixo verde-musgo, uma bateria preta e prata e um pequeno palco no canto direito.

Isobel ficou imaginando tudo o que podia acontecer naquele cômodo, começando pela cama, o mais óbvio, passando pelos instrumentos e finalizando no palco. Sorriu só de pensar.

Ela pegou as baquetas da bateria e começou a brincar com elas entre seus dedos, imaginando o propósito de estarem ali.

“Gostou da decoração?” um Draco só de cueca adentrou no cômodo.

“Orgulho Sonserino.” riu Isobel.

“E das baquetas?” ele riu maliciosamente.

Isobel decidiu que faria doce. Não se entregaria tão fácil.

“Só não entendi porque estão aqui.” ela deu de ombros e subiu na cama, ficando em pé na mesma, ainda brincando com as baquetas nos seus dedos.

“Então deixa que eu te mostro.” disse ele, e a seguir, tudo aconteceu muito rápido.

Ele subiu na cama, arrancou as baquetas da mão da prima, deitou-a na cama e deitou-se por cima dela, e começou a deslizar as baquetas pela coxa de Isobel, provocando-a.

Isobel riu em resposta e puxou o primo para um beijo.

Seria uma longa noite.