A Secret escrita por backstreetdentist


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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Nas masmorras, Draco contemplava a companhia da ruiva, mas de um jeito diferente.

"Somos primos, Malfoy. Não devíamos fazer isso." Isobel sorriu maliciosamente, com as pernas encaixadas no quadril do primo no sofá.

"Desde quando liga para as regras, Lestrange?" e voltou a beijá-la.

"Boa pergunta." ela riu e retribuiu o beijo.

Passos ecoaram pela escada do dormitório feminino.

"Pansy." sussurrou Isobel, levantando do colo de Draco, ajeitando-se toda e preparando-se para gritar com o primo falsamente.

Eles riram antes de se concentrarem em fingir não se gostarem.

"Sabe primo... Você podia crescer um pouco, só para variar!" ela começou a andar pela masmorra.

Quando ele ia retrucar, uma morena de nariz empinado e um ar superior desceu da escada do dormitório feminino com cara de nojo.

"Olha só! Se não é a traidora do sangue Lestrange..." ela sorriu amarelo.

Isobel retrucou:

"Se não é a namorada do Draco!" ela encarou o primo, que se segurou para não rir. "Não vou atrapalhar vocês. Se Draco não procriar, tia Ciça vai ficar muito chateada." ela pegou a mochila e jogou-a displicentemente no ombro, foi para a porta da masmorra, observando o primo se contorcer de tanto segurar o riso.

A verdade era que Isobel gostava do primo. E vice-versa. Mas eram primos. Por isso Draco não terminara com Pansy. Por isso que eles ficavam em segredo.

Já era o dia seguinte, segundo dia de aula, um pouco mais cedo que o normal. Isobel foi direto para o jardim principal e avistou um grupo de seis alunos veteranos da Corvinal e da Lufa-Lufa conversando em um banco.

Era hora. Hora de jogar seu charme e puxar assunto com os garotos.

Precisava virar amiga deles. Ganhar sua confiança. Ser simpática mas ao mesmo tempo cheia de charme. Perguntaria sobre seu primo, por mais que soubesse onde ele estava.

Ajeitou os cachos e a franja cor-de-fogo, arrumou a saia e começou seu andar rebolado até os garotos, que pararam para olhá-la.

"Bom dia meninos..." ela disse, com a voz doce, muito diferente da mãe. "Vocês viram meu primo?"

"Seu primo?" perguntou um Corvinal de cabelos castanhos lisos e um ar inteligente.

"Draco Malfoy." ela apoiou o peso em uma das pernas e começou a brincar com a gravata de Sonserina, descontraída.

"É prima do Malfoy?" perguntou um Lufano louro, incrédulo.

"Sou Isobel Lestrange." ela sorriu e apertou a mão do Lufano. "Mas não se preocupem, não puxei minha mãe em nada." ela deu de ombros. "Acho até que vou bater no meu primo. Aquele desnutrido de melanina está me dando nos nervos."

Os seis garotos riram.

"Vimos você conversando com o Harry ontem..." disse outro Corvinal ruivo.

"Tinha que me desculpar por tudo o que minha mãe causou." ela balançou a cabeça. "Mas enfim... Qual o nome de vocês?" ela sorriu.

"Sou Josh White." sorriu o Corvinal de cabelos castanhos.

"James Gilbert." o Corvinal ruivo apertou a mão dela e sorriu.

"Justin Finch-Fletchey." sorriu um Lufano moreno.

"Ralph Beshop." cumprimentou o Lufano louro.

"Andrew Lopez." sorriu o último Corvinal moreno.

"Já que o último é sempre o melhor... Paul Days, as suas ordens." o Lufano de cabelos castanhos beijou a mão da ruiva, que riu do exagero.

Os amigos riram com Isobel e deram empurrõezinhos no ombro de Paul.

"Muito prazer." completou ela.

"Por que uma sangue-puro Sonserina como você está falando com nascidos trouxas como eu?" perguntou Beshop, encarando os olhos negros da ruiva.

"Talvez porque a sangue-puro não se importe com o sangue que tem." ela deu de ombros.

"Então por que a sangue-puro está na Sonserina?" perguntou Lopez.

"Por causa da matriarca da sangue-puro." justificou ela, tranquila. "Por mais que a sangue-puro seja totalmente diferente da mãe."

"Acho que a sangue-puro se entreteu tanto com a gente que esqueceu o que veio fazer." disse Days.

"Tem razão!" ela riu. "Viram o Draco?"

Eles balançaram a cabeça.

"Acho que a sangue-puro está atrasada para a aula. Draco já deve estar lá." ela foi se afastando. "Prazer em conhecer vocês." sorriu e saiu com seu habitual rebolado em direção à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, uma aula que, para ela, era extremamente desnecessária.

Na sala, havia um palco comprido, um alto professor de cabelos ruivos e cacheados, e dos lados do palco, os veteranos da Grifinória e da

Sonseria misturados. Isobel foi na direção de Hermione, Rony e Harry, estes dois últimos sorriram ao vê-la.

"Bom, meus alunos... A professora Minerva não achou ninguém para dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, e como eu estava
desempregado, me ofereci para ocupar o cargo temporariamente até ela achar alguém. Não façam essas caras, Sonserinos, porque agora eu posso
aplicar detenções para vocês."

Era um homem razoavelmente alto, por volta de uns 23 anos, ruivo e sorridente, com marcas da guerra espalhadas pelo corpo, inclusive esse
sorriso que não desaparecia, junto de seu bom humor, afinal seu irmão morreu sorrindo porque ele havia feito uma piada. Mas ainda assim, com
seus inseparáveis óculos de tartaruga.

Percy Weasley.

"Bom... Para começar a aula de hoje, eu quero saber como vocês estão duelando. Vou selecionar alguém e esse alguém vai escolher um adversário." ele andava pela passarela. "Soube que temos uma aluna nova..." encarou Isobel e fez um movimento com a cabeça para ela subir no palco.

Ela sorriu, sacou a varinha, entregou a mochila para Rony e, com seu habitual rebolado, subiu na passarela.

"Por favor, Isobel, escolha um adversário."

A ruiva sorriu maliciosamente. Já sabia quem iria escolher. Sabia quem mais queria hulmilhar naquele momento. Passou os olhos por aleatórios alunos da Sonserina e avistou o primo. Estava ali.

"Senhorita Pansy Parkinson." disse ela, alto e claro, fazendo a morena estremecer e subir no palco.

Isobel sorriu. Aquele sorriso que faz Harry ter calafrios. O sorriso que matou Sirius.

A ruiva foi para uma ponta da passarela com seu andar habitual, totalmente segura de si, com o sorriso mau e satisfeito no rosto. Já a

morena foi insegura para o outro lado, tentando manter o nariz empinado, sem muito sucesso.

"Só não se matem, por favor." pediu Percy, descendo da passarela. "Quando quiserem começar..."

Isobel ficou parada observando Pansy. A morena esperou a adversária atacar, mas esta não fez nada, apenas manteve o sorriso mau.

Pansy resolveu atacar. Ainda insegura, ela murmurou "Rictusempra!", mas Isobel foi mais rápida e, com um displicente aceno da varinha, bloqueou o feitiço. A morena arregalou os olhos, mas a ruiva apenas continuou a sorrir. Os veteranos murmuravam, impressionados.

Pansy suspirou e começou a gritar vários feitiços, chegando cada vez mais para frente e Isobel foi bloqueando todos, com o sorriso mau no
rosto transparecendo muita facilidade. A morena parou ofegante, desistindo de jogar feitiços para serem bloqueados. A ruiva sorriu, fez um gesto singelo com a varinha, como
uma fada, e um lampejo saiu de sua varinha, atingindo em cheio a barriga de Pansy, que caiu para trás, parada.

Todos os veteranos prorromperam em aplausos, impressionados. Draco não pôde deixar de transparecer orgulho. Percy estava impressionado.

"Você foi incrível!" exclamou Harry, no jardim, para Isobel.

"Obrigada, Harry!" ela sorriu. "Eu ia te chamar para duelar comigo, ia ser muito legal, mas a Pansy estava me dando nos nervos.

"Queria duelar comigo?" perguntou ele, surpreso.

"Todos querem duelar com você, Harry." ela explicou como se dissesse que a Terra é redonda.

"Você..." ele deu ênfase "quer duelar comigo?" eles pararam de andar e ficaram frente a frente no jardim de Hogwarts, sorrindo.

Ela apoiou a mochila em um banco e sacou a varinha. Ele fez o mesmo.

Todos em volta pararam para olhar, curiosos.

"Posso pegar pesado?" perguntou ela, abrindo espaço entre eles.

"Claro." ele sorriu.

Os dois fizeram posição de ataque e as pessoas em volta prenderam a respiração. Isobel lançou um feitiço sem falá-lo, mas Harry foi rápido para proteger e gritar "Expelliarmus!" (N/A Não é atoa que ele é conhecido como Só-Sabe-Expelliarmus-Potter nas Masmorras kk), mas para a ruiva aquilo era fácil, então bloqueou e desviou do feitiço.

Eles seguiram assim, movimentando pelo jardim, ora em cima dos bancos, ora atrás da multidão empolgada, ora com o pé no chão.

Depois de muitos feitiços lançados e bloqueados, Harry acabou encurralando Isobel na borda do chafariz. Esta se desequilibrou e o peso de seu corpo foi caindo para trás, mas Harry foi novamente rápido.

Agarrou a ruiva pela cintura e puxou-a em sua direção, a contrária do chafariz, fazendo os braços dela se enrolarem em seu pescoço, finalizado em um abraço selado por ela.

"Ai Merlin, obrigada Harry!" ela ofegava ainda se recuperando da quase caída no chafariz. "Você me salvou de um belo banho." eles se encararam, ofegando, com muitos olhares curiosos a sua volta.

Soltaram uma risada juntos e se separam do abraço. Harry jurava ter visto uma movimentação estranha no meio da multidão, mas ignorou e foi com Isobel pegar sua mochila.

"Você devia ter estudado aqui na época da Armada de Dumbledore. Teria sido bem útil." afirmou Harry, fazendo a ruiva corar.

"Ah, obrigada Harry... Mas acho que não ia rolar, minha mãe me mataria. É por isso que vim para Hogwarts. Mesmo sendo de Sonserina, posso falar com a Casa que quiser e ninguém vai me matar por isso. Seja sangue-puro ou não, seja da Grifinória ou da Sonserina, seja filho de Comensal da Morte ou não. Por isso me infiltro nos grupos para conversar. Mas só porque minha mãe está morta." eles andavam lado a lado no corredor. "Sei que minha vida está melhor sem ela mas... Sinto falta da minha mãe."

"Sei como se sente." concluiu Harry, fazendo um enorme sorriso de afinidade brotar no rosto de Isobel.

Quem olhasse aquela cena de fora acharia que o mundo bruxo estava acabando.


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Notas finais do capítulo

E aí? Esclareci mais coisas, não...?