Carpie Diem escrita por SecretsAlice


Capítulo 2
O início do pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Gente, fiquei tão felizinha com os reviews, nos vemos nas notas finais.



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POV Bella

 

  Já fazia uma semana que nós viajávamos. Havia muito tempo que não ficávamos juntos, sem brigas ou discussões. Eu e meus pais éramos, como se pode dizer? Ou 8 ou 80. A única pessoa que eu achava que me entendia era minha melhor amiga, a Alice. Um dia parecíamos uma família perfeita, já no outro... Reneé tinha cabelos ruivos, bem repicados, na altura dos ombros. Bom, Charlie era bem diferente, ele parecia um caçador, as vestes, o visual, tudo. Mais eles de algum modo se completavam. Será que um dia eu acharei meu par perfeito?

  Neste dia, fomos visitar uma cachoeira. O tempo estava meio fechado, mais dentro de alguns dias já iria embora, então eu implorei a meus pais que fossemos. Quando chegamos lá, eu logo fiquei só de biquíni e fui à água. Sempre me senti bem dentro da mesma. Era basicamente meu refugio. O tempo fechou mais um pouco. Mais não me importei. Meus pais estavam em cima de uma pedra, ao lado da cachoeira. Insisti para eles entrarem, que a água estava boa. Começamos a conversar e a brincar. Meu pai nadou para perto de uma queda d’água, onde fazia tipo uma massagem. Minha mãe e eu começamos a conversar:

- Bella, está gostando da viagem? –

- Sim, mãe, fazia tempo que não ficamos tão juntos como agora. Mais daqui a pouco já temos que voltar, Emmet logo entrar na faculdade e acho que vocês querem estar para ajudar com a mudança. –

- Claro,querida. E logo, logo será sua vez também. Já sabe o que pretende fazer? – essa era minha conversa com a minha mãe. Sempre sobre meu futuro ou o do meu irmão. Nunca tivemos uma conversa séria de mãe e filha. A não ser quando tinha 12 anos, quando menstruei pela primeira vez. Lembro como fiquei envergonhada de conversar com a minha mãe sobre isso. Agora eu ansiava por essas conversas com ela. Não entendia o que acontecia comigo, mais também não tinha coragem para perguntar.

- Eu gostaria de ser bióloga marinha. Você sabe como eu amo o mar. –

- Sim, parece uma ótima profissão. – minha mãe nunca aprovou minha idéia, ela sempre quis que eu fosse algo mais, como meu irmão, ele iria começar a faculdade de Engenharia daqui a um mês, e tínhamos que chegar antes para ajudá-lo a arrumar tudo. Se fosse escolha dela eu já estaria fazendo estágios em hospitais ou alguma empresa de advocacia. Depois dessa “quase discussão”, seguiu um silencio constrangedor. Meu pai a chamou para se juntar a ele. Ela me olhou e foi.

  Depois disso, tudo aconteceu muito rápido. Eu senti que tinha que sair da água, o mais rápido possível e levar meus pais juntos. Nadei com todas as minhas forças para a pedra onde colocamos nossas bolsas. Quando subi, comecei a gritar pelos meus pais. Mais eles não me ouviam, ou se ouviam não estavam dando bola.

- MÃE, PAI. SAIAM DA ÁGUA, AGORA. VENHAM! POR FAVOR. – fiquei gritando algumas vezes. Quando decidi entrar na água e ir até onde eles estavam, escutei um estrondo. Soou como uma bomba. Eu me assustei com o barulho e dei um passo para trás. Pude ver as expressões de terror dos meus pais quando a correnteza começou a puxá-los. Minha mãe tentou nadar contra, por sabia que se deixasse a correnteza a levaria. Meu pai tentou ajudá-la. Mais não conseguiram. Eu observei quando eles desistiram de lutar e se renderam a correnteza. Eles só conseguiram me olhar com um pedido de desculpas estampado no rosto. A correnteza os levou. Para sempre longe de mim. Comecei a ver manchas vermelhas na água. Tive vontade de sair correndo não mais não consegui. Só fiquei ali parada, chorando e vendo a água se acalmar aos poucos. A pouco tempo ela era minha aliada, agora seria para sempre minha inimiga. Quando me dei conta que já tinha escurecido sai correndo pela trilha que me levaria para a estrada. Não peguei minha bolsa, as bolsas de meus pais nem nada. Só queria esquecer esse dia. Não ter nenhuma lembrança. Sai correndo com todas as minhas forças pela trilha para ir o mais longe possível dessa desgraça que aconteceu. Mesmo correndo tive a impressão que demorou horas. Com meus pais demorou apenas minutos. Por que não podia acordar deste pesadelo com minha mãe ao meu lado com um copo de água? Lagrimas me cegaram e eu tropecei em uma raiz. Cai de mau jeito e ouvi um estalo no meu braço. Ótimo, mais uma coisa para deixar meu dia melhor. Tentei move-lo mais doía demais. Levantei com uma mão e dessa vez fui andando. Tentando não pensar em nada. Estava perdida, e não do caminho. Mais sim de meus objetivos, da minha vida. Mesmo eu brigando tanto com eles, ou que às vezes eu explodia. Eu os amava e nada iria mudar isso.

     Finalmente consegui sair da trilha. Me vi em uma estrada deserta. Consegui ver ao longe uma luz de faróis. Quando os faróis se aproximaram um pouco, eu fiz sinal para parar. Eu vi que era um caminhão. Ele parou bem na minha frente e quando a porta abriu vi...

 


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Notas finais do capítulo

Nossa, tô torturando vocês... hahaha não me matem, se tiver bastantes reviews eu posto amanhã, reviews com estrelinhas produzem estrelinhas nos meus olhos e se quiserem recomendar pra deixar a autora feliz eu... posto dois caps em um dia... então se esforçam que eu tô me esforçando! beijos

P.S: divulguem bastante, ein?