Carpie Diem escrita por SecretsAlice


Capítulo 3
Pesadelo Eterno


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pela recomendação Jubs Novaes. Amei. Se tiver erros, desculpa esse capítulo não foi betado.



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  POV Bella 

 Eu vi um homem, moreno que pelas vestes me lembrava meu pai. Ele me olhava com um sorriso sincero como se soubesse o que eu estava passando. Eu perguntei se podia entrar e ele só acenou, mesmo me sentindo mal, algo nele me reconfortou como se ele assumisse o lugar de meus pais! Não! Ninguém nunca vai ficar no lugar deles, nunca. Eu não vou deixar isso acontecer. Ele pisou no acelerador e avançou, fomos passando por todos os lugares que no começo do dia passei com meus pais. Talvez se eu não tivesse insistido em ir, eles ainda estariam vivos. Percebi que o homem me olhava. Quando eu retornei o olhar ele disse:

- Olá, meu nome é Harry Clearwater. Posso saber o seu? – Me encolhi mais na porta do carro e sussurrei:

- Isabella Swan. – E continuamos em silencio como se ninguém falou.

- Será que eu podia saber o motivo de uma garota tão bela estar sofrendo tanto? – Será que ele não tinha percebido que eu não queria conversar, só quero pegar o primeiro estilete que aparecer na minha frente e dissipar toda minha dor.

- Eu estou perdida. – Falei.

- Perdida... –

- Perdida do que? –

- Da vida, de tudo. – Disse a mim mesma. Ele finalmente percebeu que eu não estava pra conversa, já que meu rosto estava molhado de lágrimas já secas.

                                    ---x---

 

 Nós paramos em frente de uma casa pequena e que vista de fora parecia aconchegante. Se eu tivesse em meu estado normal, nunca, nunca deixaria um estranho me levar pra onde quisesse, pelo que parece me levou para a casa dele.

- Olhe, esta é a minha casa, pelo que parece você não está bem e como não falou nada durante o trajeto inteiro eu pensei em te trazer aqui, mais se quiser te levo onde quiser, só me diga onde. – Ele parecia realmente se importar comigo.

- Hm... Eu sei que deve parecer estranho mais eu não tenho pra onde voltar, será que eu podia ficar uns dias, até eu encontrar algum lugar, não sei. – Essa foi a única frase que pude pensar, para onde iria? Dormir em baixo da ponte? Eu torço para ele ser um serial killer e talvez ele tenha compaixão e me mate de uma vez.

- Claro, minha casa está sempre aberta a visitas. – Ele desligou o caminhão, desceu do carro e foi em direção a porta. Percebi que continuava parada, imediatamente o segui, antes que ele mudasse de idéia.

- Querida, cheguei. – Ele abriu a porta. Não me surpreendi ao ver que ele era um homem de família. Em quase todos os aspectos ele me lembrava meu pai. Senti uma enxurrada de lágrimas virem e me forcei para conte-las. Ele entrou em uma sala que se comparava ao hall. Ouvimos a voz de uma mulher dizendo:

- Harry, você demorou hoje. – Ela entrou na sala onde estávamos carregando uma travessa com comida. E me olhou de cima abaixo e depois deu olhou para o Harry, com um olhar dizendo: “Quem é ela? Temos muito que conversar.”

- Desculpe querida. Quer ajuda com a comida? –

- Pode ser, vou te esperar na cozinha. – eu não identifiquei o tom de voz dela, até essa hora eu estava como espectadora, até que ele se virou pra mim e disse:

- Isabella, me desculpe por isso, vou explicar para a minha esposa tudo o que está acontecendo. Venha vou te levar ao quarto de hóspedes. – Ele me indicou para subir a escada e eu passei por dois quartos, de um dava pra ouvir música alta e do outro, dava pra ouvir que tinha duas pessoas se pegando. Eu o segui e fomos parar em uma porta no final do corredor.  Ele abriu e revelou ser um quarto com cama de casal e uma TV velha.

- Não é muita coisa, eu sei, mais espero que se sinta à vontade. – Ele estava se esforçando para me fazer sentir em casa, mas eu não tenho mais casa.

- Muito obrigada, é mais do que eu posso pedir. –

- Presumo que você queira estar sozinha, né? Vou descer, o jantar já vai ser servido, se quiser tomar banho, há um banheiro do outro lado do corredor. Vou ver com a Leah alguma roupa pra você. Talvez fiquem um pouco grandes, mas acho melhor do que colocar as mesmas vestes. – Falando isso ele se retirou. Me deixando sozinha com meus pensamentos, agora eu poderia me entregar a dor, que estava se acumulando em meu peito havia horas.

 Ouvi uma batida na porta. Enxuguei minhas lágrimas e me levantei. Era a esposa do Harry. Não sabia o nome dela, ela vinha com uma muda de roupas e uma toalha.

- Olá, acho que não me apresentei. Meu nome é Sue Clearwater. Eu trouxe umas mudas de roupas, imaginei que não ia querer ficar com estas, se quiser ao tomar banho, você pode me dar essas e eu lavo. Aqui estão. Vou te deixar em paz. – E saiu, talvez o Harry tenha dito a ela que eu tenho problemas mentais.

 Fui tomar banho e vesti uma das roupas que havia na pilha. Ficaram um pouco largas, mais nada que incomodasse demais. Ouvi um grito dizendo que o jantar estava pronto, não sabia o que fazer, só sai do banheiro e desci as escadas. Já estavam todos na mesa. Sue Clearwater ao lado do Harry Clearwater, que estava na cabeceira da mesa. Do outro lado dele estava uma garota que aparentava 14 anos, e que eu desconhecia quem era. Nos últimos dois lugares estava uma garota que parecia ter minha idade ou mais velha e um garoto que estava na frente dela, provavelmente seu namorado, quem ela estava pegando no quarto. E só restou um lugar na cabeceira, onde eu ficava entre os dois apaixonados. Adentrei na sala de jantar e todos me olharam. Harry se levantou e começou a fazer as apresentações. O garoto de 14 anos se chamava Seth. Me olhou com interesse e curiosidade. A garota era irmã dele, se chamava Leah, deduzi que foi ela que me emprestou as roupas e que deve ter pego as mais velhas e mais esfarrapadas. Me olhou com desgosto. O garoto que era o suposto namorado dela se chamava Jacob Black. Parecia desinteressado, como se tudo fosse entediante a sua volta, talvez a única coisa interessante seja transar no quarto da Leah.

 Eu me apresentei a todos e me sentei. Comemos e me enfurnei no quarto novamente. Dormir sem sonhos.

 

                                   ---x---

 Acordei e liguei a TV. Eram sete horas da manhã. Me sentei na cama e comecei a ver o jornal. Não tinha nenhuma notícia importante e pensei que cedo ou tarde eles descobririam os corpos dos meus pais e começariam a procurar por mim. Hoje era sábado. Em uma situação normal eu estaria feliz, mais em uma casa desconhecida e me sentindo como uma intrusa, não era uma situação muito normal.

 O dia passou quase como ontem, a diferença era que eu estava desde de manhã então  eu ajudava com algumas tarefas, ficava em silêncio e quando não precisavam mais de mim eu voltava para o quarto.

 E assim passou,

 Domingo,

 Segunda,

 Terça,

 Quarta,

Quinta,

Sexta,

Novamente sábado,

E quando chegou domingo uma surpresa me aguardava.

 


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Notas finais do capítulo

Gente eu só posto o próximo amanhã ou depois de amanhã. Por favor reviews, estrelinhas e recomendações. Eu estou vendo, se vocês quiserem de fazer um capítulo bonus expondo o ponto de vista dele desse cap. Então se tiver apoio eu posto. Quem adivinhar o que é a surpresa, ganha um pr~emio relacionado com a fic, então mandem seus palpites por reviews, msn e mensagens. bjs