Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 8
Capítulo 9




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Na manhã seguinte, quando finalmente conseguiu sair de seu quarto, uma vez que a indisposição a abatia de formas nunca antes vistas; ela rumou na direção da sala, onde uma criança aguardava próxima a porta, junto a Katrina.

Duas pessoas, um homem e uma mulher, chegaram pela porta e olharam para a criança de forma doce.

- Theodore? – a mulher disse, praticamente aos prantos.

- Olá mamãe. – a criança sorriu.

A mulher se atirou de joelhos no chão, abraçando a criança que tinha olhos alegres, pouco depois os três foram embora.

Katrina passou por Eleonor, e parou ao lado de seus ombros, olhando para a escada.

- Theodore é o filho deles, mas infelizmente ele morreu de câncer dois anos atrás. Essas pessoas vêm aqui tentar recuperar a lacuna que essa criança deixou, uma tentativa inútil, claro... Nós preenchemos carências, sejam elas quais forem... Mas não que eu espere que você entenda isso...

E com isso, Katrina continuou a andar, subindo as escadas sem olhar pra trás uma vez que fosse.

Eleonor não sabia mais o que pensar à respeito daquela casa, não sabia se era bom, se era ruim, mas não tinha mais nada a se fazer, o que estava feito, estava feito.

Caminhando até o jardim, Eleonor vê Gerrard sentado na grama, embaixo de um salgueiro; uma joaninha passeava pela palma de sua mão direita.

Os olhos negros de Gerrard se viraram na direção de Eleonor, o vento brincava com seus cabelos loiros platinados.

- Oi. – ele sorriu.

- Oi. – Eleonor disse, ainda confusa sobre o que vira na noite anterior.

- Ainda pensando no que aconteceu ontem? – Gerrard pergunta.

- Mais ou menos. – ela diz, sentando-se do lado de Gerrard no chão.

- Oliver disse que isso ia acontecer... – Gerrard suspira.

- Ainda não entendo como vocês podem vender as Dolls como se fossem coisas...

Gerrard olha para o céu.

- Todos nós, menos Oliver, fomos feitos por Katrina. – ele diz. – Mas... Antes da morte do pai dela. – ele disse, abaixando o olhar novamente. – Depois da morte do mestre Henry, Katrina não conseguiu mais fazer Dolls com emoções, como nós... Elas não têm alma.

Eleonor olhou para Gerrard com um ar de quem acabara de tomar um tapa no meio da cara.

- Depois de saber o que é perder, como é ter aquela falta, de alguém, seja ele quem for... Katrina abriu Doll House, e começou a fazer as Dolls para aqueles que também sentiam falta de alguma coisa em suas vidas... Não importando o que fosse, e claro que com isso, vieram pessoas como aquele homem que tentou comprá-la ontem. Mas a mestra não julga as deficiências das pessoas...

Eleonor não pensava que era assim que Katrina enxergava o trabalho em Doll House, e se sentiu um pouco culpada por julgá-la apenas como uma mercenária.

- Mas eu não disse nada. – Gerrard diz, respirando fundo encostando-se à árvore atrás deles.

- Obrigada por me contar Gerrard...

- De nada. – Gerrard sorri.

O dia passou rápido, todos estavam ocupados... Mas Eleonor não chegou a ver Oliver em momento nenhum... Onde ele estaria naquele momento?

 


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