Chegando a Doll House...

- Katrina. – Oliver chama, uma vez decidido que ele não mais a chamaria de mestra.

- Sim? – ela responde.

Ele dirige seus olhos a Dietrich, e em seguida novamente a Oliver.

- O que significa isso?

- Preciso de ajuda... – Oliver diz.

Katrina parece pega de surpresa.

- ... Certo, o que foi?

- Dietrich... Ele está morrendo...

- Morrendo?...

- Isso, por favor, você pode tentar ajudá-lo...?

- Bem... Se é isso que você acha certo, Oliver...

Katrina possuía um grande respeito e confiança nas escolhas de Oliver, para tanto, decidiu ajudar Dietrich. Também a deixava feliz que os dois parecessem estar se dando bem...

- Siga-me. – ela diz a Dietrich.

- Está bem...

Ela guia Dietrich até uma sala de portas de ferro, está localizava-se atrás da escada, e com isso os dois somem.

Oliver e Eleonor, juntamente com os outros sete, agora parados na sala, sendo que nenhum dos outros Dolls noturnos foi dormir, agora estão parados na sala, observando o que estava acontecendo naquele momento.

- Oliver? – Yuri chama.

- Vou dar uma chance a ele. – Oliver diz, puxando o ar profundamente.

Enquanto tudo é explicado na sala, dentro da sala onde Katrina e Dietrich estão...

- O que deu em Oliver pra ajudar você...? – Katrina pergunta.

- Eu estou morrendo... Mas você já deve saber disso.

- Na verdade, descobri isso agora... Mas sei do ódio que meu avô cultivava por você.

- Você compartilha desse ódio?

- Não. Nem o entendo. Dolls são filhos, nós concebemos vocês. O amor de um Doll Maker...

- “Não deve ser questionado” – Dietrich completa.

- Isso... Como você sabia?

- O mestre dizia muito isso... Mas também dizia: “Mesmo assim, quando os filhos são desprezíveis, como você, não existe razão para o Doll Maker gastar o amor que pode dar aos outros filhos com uma criatura fraca e patética”. – ele diz, olhando para o chão.

- Dietrich...

- Pode me chamar de Trich... – ele sorri, com pesar na voz.

- Eu sinto muito... Pelo meu avô.

- Ele e seu pai... Não se davam bem, não é?

- Não... O papai sempre odiou o vovô.

- Eu não... Eu o amava... Mesmo que ele considerasse a minha existência uma ofensa a vida dele.

- Foi ele... Que te deu esse tempo de vida?

- Foi...

- Entendo.

Katrina caminhou até ele, beijando-lhe a testa.

- Venha viver conosco.

Dietrich sorri simpaticamente, depois acenando negativamente com a cabeça.

- Meu lugar não é aqui... Nunca foi.

- Eu entendo. – Katrina diz. – Deite-se, por favor.

Dietrich deita na maca atrás de si.

- Vou precisar abrir você, pra ver o que está acontecendo ai dentro.

- Tudo bem.

De volta a sala...

- Muito bom, acho que agora eu entendi. – Yuri comenta.

- Pois é... – Oliver suspira. – Minha vida está uma bagunça.

- Tem certeza de que não quer mesmo continuar morando aqui, Eleonor? – Sebastian pergunta.

- Não. Até que Oliver se decidir, eu acho melhor eu me manter distante.

Mais uma hora de conversa vem e vai até que Katrina saia da sala, limpando as mãos com uma toalha.

- E então? – Oliver pergunta.

- Os pulmões dele estão morrendo... E... Não sei se posso ajudá-lo, eu vou pesquisar nos arquivos e...

- Mas eu não quero. – Dietrich diz, saindo da sala, e terminando de abaixar a camisa.

- Dietrich! – Oliver e Eleonor disparam.

- Eu só quero o tempo que me cabe. – ele diz.

- Mas Dietrich, eu poderia... – Katrina começa.

- Eu sei que poderia, mas eu não quero.

- Dietrich! No que está pensando?! – Oliver grita.

- O que há de errado numa vida mortal? – ele pergunta.

- É muito curta! – Oliver diz.

- Não se preocupe... – Dietrich sorri. – Espero que você venha me visitar daqui pra frente.

A sala fica em silêncio.

- Vamos Eleonor? – ele pergunta, virando-se para Eleonor.

- Certo... – Eleonor diz, caminhando até Oliver antes de partir. – Vou me despedir e já vou. – ela diz a Dietrich.

- Claro. – Dietrich sorri.

- Vou tentar convence-lo. – ela fala, em voz baixa, e apenas para Oliver.

- Certo. – Oliver suspira. – Espero vê-la em breve, Eleonor.

- Isso só dependerá de você. – ela sorri, indo atrás de Dietrich na porta.