Skater Girl escrita por Luza Black


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Um pouquinho dos Cullens nesse cap!



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Capitulo 4 -

 

Nessie PDV

 

Dei os primeiros acordes no meu violão. Ele fez um barulho estranho.

 

Tentei de novo. Barulho estranho.

 

Porcaria!!

 

- Jasper!!! – gritei meu irmão cabeça oca que vive mexendo nas minhas coisas.

 

- O que foi??!!! – gritou de volta.

 

- O que você fez com a Lilá??! – gritei para ele.

 

- Com quem???

 

- A Lilá!!!!! – gritei bem forte.

 

- Com o que???? – gritou de novo.

 

- Meu violão!!!!!!! – gritei mais alto ainda.

 

 

Afe, ninguém merece ter três irmãos mais velhos!!

 

- Eu não fiz nada!!!! – gritou se defendendo.

 

- Mais que merda, para de gritar!!!!!!! – gritou Emmet aparecendo na sala, que é onde eu estava.

 

- JASPER!!!!

 

- O que foi garota chata!!! – reclamou ele descendo as escadas que levam ao andar de cima onde ficam os quartos.

 

- Você fez o que com o meu violão? – perguntei.

 

- Eu não mexi nessa coisa roxa estranha! – retrucou.

 

- Ela não é estranha! – exclamei.

 

- É um violão roxo com o nome Lilá. Isso é uma aberração da natureza. – disse meu irmão loiro.

 

- Não é não! – briguei.

 

- Que seja! – disse revirando os olhos e começando a subir as escadas.

 

- Hei! Pra onde vai? – perguntei.

 

- Continuar fazendo o que eu estava fazendo antes de você testar nossas cordas vocais. – respondeu.

 

Fechei a cara pra ele.

 

- Você estava com o meu violão ontem à noite, o que você fez? – perguntei com um olhar de: ‘Se você não responder direito eu te mato’.

 

- Eu dei pro Emmet para ele te entregar. – Emmet começou a assoviar e fazer cara de paisagem.

 

- EMMET!

 

- O que é?

 

- O que você fez com a Lilá? – perguntei quase pirando.

 

Ele fez cara de culpado.

 

- Sinceramente? Não sei, tentei tocar um pouquinho e então começou a fazer esse barulho parecendo de uma sanfona estragada. – disse ele. – Acho que a Lilá está morrendo.

 

Não!!! A Lilá não!!

 

Ela me acompanha desde os nove anos quando eu aprendi a tocar violão. Não pode me deixar agora.

 

E tudo é culpa do Emmet!

 

Olhei para ele com um olhar matador.

 

- Emmet!! Você matou a Lilá!! - falei bem devagar – Agora eu mato você!! – e parti pra cima dele que tinha quase o dobro do meu tamanho.

 

Ele saiu correndo e gritando pela casa.

 

- Eu sou muito lindo, famoso e novo pra morrer!! – gritava o idiota enquanto eu corria atrás dele.

 

Quando eu estava quase alcançando o Emmet um par de mãos me pararam e pegaram no colo.

 

- Nada de matar pessoas hoje Reenesme – disse uma voz num tom brincalhão que me carregava parecendo um saco de batatas. Eu bati nas costas dele.

 

- Me larga Edward!! Eu vou acabar com o Emmet agora!! – tentei lutar, mas ele é mais forte então desisti e comecei a fazer bico e com a voz chorosa eu disse:

 

- Ele matou a Lilá, Ed – ninguém nunca resiste quando eu jogo o teatro de pobre coitadinha.

 

- A Lilá? Impossível – disse risonho.

 

- Você não acredita em mim? – falei indignada.

 

Ele me pôs no sofá branco e luxuoso em que eu estava antes e lá estava meu violão roxo.

 

- Não, porque sei que um violão não pode morrer – disse com aquele ar sabe-tudo que ele tem e pegou meu violão roxo do sofá e começou a tocar.

 

Aquele som estranho saiu dela (da Lilá eu quero dizer)

 

- Viu?

 

Edward mexeu aqui e ali afinando o violão. Eu não sei fazer isso direito e daí? Depois tentou tocar outra vez e o som saiu quase bom.

 

- Acho que ta na hora de trocar as cordas – deu o veredicto.

 

- Hum... então ela vai viver? – perguntei.

 

- Vai. Ou seja, não precisa mais matar o Emmet

 

Droga! Essa era uma boa oportunidade para eu me livrar dele.

 

- Ta.

 

- Estava tentando compor uma musica? – perguntou.

 

- Não, tentando tocar uma das suas – falei e sorri.

 

- Porque não tenta fazer uma? Pode ser o novo sucesso da The Cullens. – disse animado.

 

Porque ele ainda tenta? Eu só tenho a voz boa e nenhuma criatividade para escrever. Não sou uma poetisa como o meu irmão, quer dizer irmãos (esqueci do Jaz).

 

- Não tenho inspiração – resumi.

 

- Sei que um dia você vai escrever algo – ele garantiu.

 

Edward sempre tenta ver meu lado legal. Não to dizendo que eu não seja legal, mas muita gente me acha metida, chata e cheia de estrelismo.

 

Mas eu não sou assim de verdade, é que é mais fácil ser indiferente com as pessoas do que me aproximar demais delas.

 

- É... talvez...

 

O celular dele começou a tocar. Ele olhou no visor quem era e com uma careta desligou.

 

- Victoria? – chutei.

 

- É – disse com a mesma careta de antes.

 

- Ela não se toca não é? Garota abusada.

 

- Também acho – disse um pouco triste, mas decidido. – Vou tomar um banho – e saiu tão rápido como apareceu.

 

Victoria era a garota que meu irmão fora apaixonado todo o ginásio e o ensino médio. Agora ele tem 20 anos e já deve ter superado essa paixão sem pé nem cabeça.

 

A historia é a seguinte:

 

Ele era apaixonado por ela. Ela o achava bonitinho.

 

Ele gostava de rock e vivia com o skate nas mãos. Ela gostava de baladinhas românticas e praticava balé.

 

Ele se vestia de um jeito despojado e único. Ela seguia a moda a risca e só usava roupas de grife.

 

No fundo ela sentia algo por ele, mas nunca demonstrou.

 

Agora que ele ficou um guitarrista famoso e sempre aparece na MTV, ela resolveu dar sinal de vida e procurou Ed dizendo que tinha engravidado dele.

 

O caso é que eles nunca tiveram nada e no fim o filho era de um tal de James, ex namorado da Victoria que a deixou com um filho pra criar com apenas 19 anos.

 

Agora ela vive atrás do Edward tentando ter algo com ele. Mas, cara, ele sofreu muito por ela e agora não quer nada com a Victoria.

 

Situação engraçada né? Tão engraçada que deu origem a nossa nova musica escrita pelo meu irmãozinho Ed para ser ouvida através da minha linda voz.

 

Bom, já que a Lilá ta sem serventia nesse momento vou dar uma olhada nas fofocas da internet. Peguei o notbook que tava encima da mesinha de centro e no liguei. Entrai no meu blog que tava cheio de mensagens dos meus admiradores, que não são poucos.

 

Um já me pediu em casamento e disse que se eu não aceitasse ele se jogaria da ponte, aí eu respondi dizendo que se ele arranjasse uma forma de suicídio mais criativa até que eu pensaria no caso dele.

 

- Nessie, temos que pegar o avião hoje a noite, já arrumou suas coisas? - perguntou Esme, minha mãe.

 

- Acho que sim – respondi sem tirar os olhos da tela conferindo cada cometário nos sites de fofoca.

 

- Quais as novidades? - perguntou ela sentando ao meu lado.

 

- Uma idiota publicou que eu era uma metida que não sabia me vestir. - falei com uma careta – você acha que eu não sei me vestir? - perguntei pra ela com minha cara de coitadinha.

 

- É claro que sabe, não é a toa que foi considerada uma das dez adolescentes mais estilosas do país. - disse ela de forma maternal.

 

Nossa, eu amo mesmo minha mãe!

 

- Valeu, mãe – eu disse dando um abraço nela.

 

- Que tal fechar a mala agora? Temos que ir para Boston.

 

- Ta legal – falei – mas faz um chocolate quente pra mim? - pedi toda manhosa.

 

- Faço – disse ela sorrindo.

 

Ela sempre faz tudo que eu peço, se é difícil ela da um jeito, sempre tive tudo o que quis. E isso é tao legal!

 

 

 

Bella PDV

 

Cheguei em casa um pouco nervosa, mas ao mesmo tempo animada, será que minha mãe seria compreensiva? Me deixaria seguir meu grande sonho? Eu tinha que tentar de um jeito ou de outro, precisava tentar.

 

Abri a porta de casa, Alice estava atras de mim me encorajando.

 

- Vai logo – disse ela. Entrei e lá estava minha mãe sentada no sofá com uma carta nas mãos e com uma expressão bem séria.

 

Engoli em seco ao ver o envelope e reconhecer o emblema.

 

- Agora ferrou! - exclamei baixinho, só a Alice ouviu e me olhou confusa.

 

- Isabella poderia me dizer o que isso significa? - disse Renée balançando o papel nas mãos.

 

Decidi fingir-me de desentendida. E com o ar de maior naturalidade possível joguei minha mochila em um canto e perguntei bem inocente:

 

- Não sei, ainda não li – acho que essa foi a resposta errada porque logo ela ficou vermelha e estreitou os olhos de forma assassina.

 

Ops!

 

- Acho que eu vou pro meu quarto – disse Alice sentindo o clima e sumindo da sala.

 

- Isso é uma correspondência feita pelo próprio diretor da escola dizendo como as suas notas estão caindo, tentando entender o motivo de você ficar tao dispersa nas aulas e conversar tanto. Querendo saber se estamos passando por algum problema em casa para ver se explica como sua produtividade escolar está tao decadente. - ela disparou a falar.

 

Me encolhi um pouco, e eu pensando que resolveria meus problemas rasgando todos os comunicados.

 

- E ainda diz que já que eu não pude comparecer as três vezes que me chamou na escola, ele resolveu mandar uma correspondência para me alertar. Agora me diz: que três vezes foram essas que eu não soube? - perguntou ficando de pé e com as mãos na cintura.

 

- Bom...er...sabe...eu não queria te preocupar com bobagens...

 

- Você acha que é bobagem saber da vida escolar da minha filha? - exclamou ela – O que está acontecendo Bella? - perguntou com a voz mais calma agora, estava clara a decepção. - Esse é o seu ultima ano, precisa se esforçar para a faculdade.

 

- Mãe, eu... desculpa ta? - falei sem saber exatamente o que dizer – Ando meio distraída com umas coisas, mas prometo melhorar...

 

- Essa promessa você faz desde o começo do ano. - Então seu olhar desceu até o objeto que eu segurava em minhas mãos – E acho que até já sei o motivo.

 

Abracei meu bebê o protegendo.

 

- Não tem nada há ver.

 

- Já te disse que essa brincadeira não da futuro pra ninguém. - falou ela quase gritando.

 

- Não é uma brincadeira! - revidei

 

- Está te prejudicando, Bella! Me da esse skate aqui! - mandou ela estendendo as mãos.

 

Arregalei os olhos. NAOOOOO!!!

 

- Como? - falei sem estender.

 

- Me da o skate.

 

- O que vai fazer com ele? - perguntei assustada.

 

- Ele será confiscado até segunda ordem. - disse autoritária.

 

Balancei a cabeça negativamente – Ah, não. Você não pode tira-lo de mim, não agora que eu descobri a chance da minha vida. Mãe, você precisa me escutar, tem um concurso e...

 

- Quem precisa escutar é você! Cansei, essa brincadeira já foi longe demais, quando você tinha 12 anos, era bonitinho, agora passou dos limites. Me da o skate.

 

- Não – afirmei.

 

- Isabella... me da esse skate. O terá de volta assim que sair o seu boletim dessa unidade. Até lá, nada de pistas, rampas ou prancha com rodas pra você.

 

Meu mundo caiu. Senti a derrota subir pelo meu corpo. Acabou, me acordaram do sonho antes mesmo de eu me deitar. E a muito contra gosto, como se eu estivesse arrancando meu coração e o entregando a alguem em uma bandeja, entreguei meu skate para ela.

 

- Você está arruinando a minha vida! Eu acabei de receber uma chance inédita e você nem quer me escutar!

 

- Se tiver a ver com isso – disse balançando o skate em suas mãos – Eu não quero escutar mesmo. Um dia você vai me agradecer.

 

E com isso ela subiu para seu quarto, me deixando na sala. Eu estava parada, estática e sentindo um enorme vazio no peito, uma dor terrível, como eu viveria sem ele? Meu bebê era tudo o que eu tinha, andar de skate era tudo o que eu sabia fazer na vida. Não tinha mais vocação para nada, não sabia dançar, não tinha talento para cantar, nunca consegui desenhar nada que preste, odiava números, dormia nas aulas de historia e geografia. Sem meu skate eu era uma inútil! Um peso no mundo.

 

Sentei no sofá e deixei a tristeza me consumir. Aquele futuro idealizado por Jake e imaginado por mim sumiu em um PLOF, deixando para traz apenas uma fumacinha. Senti um bolo na garganta e o choro apareceu sem que eu pudesse evita-lo.

 

Minha vida acabou!

 

 

Rosalie PDV

 

Depois do telefonema desesperado de Alice eu entrei no meu carro, girei a chave e apertei o pé no acelerador, logo eu estava voando pelo asfalto. Cheguei na cada de Bella e Alice cinco minutos depois.

 

Toquei a campainha, eram umas seis e pouca da tarde e já estava escurecendo.

 

Alice abriu a porta com o olhar em panico. Eu entrei na casa sem cerimonias e eu e a baixinha subimos correndo para o quarto de Bella. Abri a porta do quarto dela e vi o estado que encontrava minha amiga.

 

- Esta pior do que eu imaginei. - falei ao ver Bella deitada na cama olhando fixo para o teto e com o som ligado no rock as alturas.

 

- Ela não quer falar nada, ta assim desde que terminou de falar com a mamãe e não disse nada. Nem gritou comigo quando eu coloquei a musica do Barney para tocar. Ela ficou desse mesmo jeito.

 

Então é grave. Não há nenhuma musica que irrita mais a Bella do que a musica do Barney.

 

- Bella! - chamei entrando no quarto dela e desligando o som. - Bella, amiga, reage!!! - gritei. Ela nem se moveu. Então eu cheguei perto dela, agarrei seus ombros e a sacudi feito uma maluca. -Bellaaaa!

 

Ela piscou duas vezes.

 

- Me larga!!! - gritou pra mim.

 

- Ufa! Ela voltou! - respirou aliviada Alice.

 

- O que pensa que tava fazendo Rose??? - perguntou Bella furiosa. Outra coisa que ela odeia: ser sacudida aos berros.

 

- Te tirando do estado vegetal. O que aconteceu, amiga? - perguntei sentando na beira da cama dela. Sua expressão passou de raiva para tristeza total.

 

- Minha mãe me odeia – respondeu.

 

- Como?

 

- Ela me odeia e resolveu acabar com minha vida de uma vez por todas. - disse ela e contou para mim e Alice toda a historia. Ficamos sem palavras por um minuto.

 

- Não acredito! - exclamei enfim.

 

- Ela não tinha o direito de fazer isso sem nem ao menos ouvir o que você tinha para falar. - disse Alice. - Vou conversar com ela, explicar a sua chance.

 

- Faria isso por mim? - perguntou Bella com os olhos brilhando.

 

- Claro! Pra isso que servem as irmãs, certo? Vou lá agora – e sumiu porta afora.

 

Passou-se os dez minutos mais longos e tensos que já presenciei, a Bella não falava nada, só ficava de olhar fixo na porta. Alice, enfim, apareceu, mas a expressão dela não me animou.

 

- Iai? - perguntou Bella.

 

- Você realmente não devia ter escondido as reuniões dela. Foi o principal motivo para isso tudo. Ela não vai mudar de ideia, Bella.

 

Bella desabou na cama e enterrou o rosto no travesseiro.

 

- Ela acha que é tudo besteira, será que não pode perceber que é o que eu gosto? Será que não pode respeitar o que eu quero? - resmungava ela.

 

- Você falou sobre o concurso? - perguntei pra Alice.

 

- Falei. Ela disse que é melhor ela converter a energia que gastaria para o concurso em vontade de estudar. - disse Alice com o olhar cheio de pena.

 

- Que P**** - Bella xingou um palavrão que eu prefiro nem comentar. - Se pelo menos eu pudesse provar que posso usar isso como carreira, se ela me desse essa chance de mostrar que posso levar a sério.

 

Silencio total até que uma ideia me atinge em cheio, me atingiu tao forte que eu até cai da cama.

 

- É isso!! - exclamei tentando levantar do chão num pulo. As duas me olharam sem entender nada.

 

- É isso o que? - perguntaram em conjunto.

 

- você vai participar do concurso, vai vencer e vai se tornar profissional. E assim provar para sua mãe que você leva a sério, que é o que realmente quer! - expliquei minha ideia.

 

- Boa ideia! - exclamou Alice, mas Bella ainda me olhava confusa.

 

- Mas ela não vai deixar eu ir e... Espera um pouco! - e por fim ela entendeu abrindo um sorriso maroto – Vamos para Nova Iorque e vou participar do concurso sem ela saber de nada e quando eu vencer ela não poderá falar que não posso usar isso como profissão e... Uau Rose, você é loira mas até que pensa.

 

Ignorei a ultima parte e quando dei por mim estávamos nós três dando pulinhos e gritinhos pelo quarto.

 

- Temos que bolar um bom plano. Minha mãe não pode nem sonhar que vou fazer uma coisa dessas – disse Bella.

 

- Pode deixar que vamos pensar em tudo! - eu disse animada e já pensando em um plano mirabolante.

 

- Como vamos para Nova Iorque? E como teremos certeza que serei uma das 50 primeiras a chegar lá? E quando vamos e...

 

- Calma, Bella! - disse Alice risonha.

 

- Bom, respondendo a primeira pergunta: vamos no meu carro. A segunda: a gente acampa na porta se for preciso. E a terceira: saímos daqui dia vinte.

 

- Em plena quarta-feira? - falou Bella com cara de desanimo.

 

Pensei um pouco...

- Já sei! - exclamou Alice praticamente quicando no chão.

 

- Fala logo, mulher! - disse Bella ansiosa.

 

- O concurso começa na quinta, não é? Dia vinte e dois. - disse ela.

 

- É – respondemos eu e Bella com a maior cara de 'Ta na cara'

 

- A mamãe e o papai vão para aquela conferencia que tem todo ano, não é? - começou a dizer – E esse ano vai ser na Florida, ou seja, já ta tudo certo!

 

- É mesmo! - exclamou Bella e começou a quicar no chão que nem a Alice.

 

- E quando será essa conferencia? - perguntei.

 

- Sempre é no final de maio, mas não tenho certeza – disse Alice e pegou o celular do bolso, discou vários números bem rápido e ficou esperando ser atendida.

 

- Pra quem ela ta ligando? - sussurrei para Bella.

 

Ela deu de ombros – Não faço ideia!

 

- Alô, papi? Sou eu, Alice...ta tudo certo... é eu só liguei para saber se esse ano vocês vão para aquela conferencia... e quando vai ser...jura? E porque você não avisou pra gente?...Não sabe se vai? Mas pai você e a mamãe estão precisando sair um pouco não acha?... Então ta, acho que ela vai gostar sim...legal, - Ela sinalizou um positivo pra gente – Ta também te amo. Beijinhos. - E desligou, olhou para nós duas a cara de séria e por fim não aguentou. - AAAHHHH!!!

 

- O que? O que? - perguntamos freneticamente pulando ao redor de Alice que não se mantinha parada.

 

- A conferencia é nesse fim de semana e como você sabe dura uma semana inteirinha, desse sábado para o outro. Eles não iam, mas eu acabei o convencendo a fazer uma surpresa pra a mamãe e ai ele disse que faria a inscrição hoje mesmo. - despejou de uma vez.

 

- AAHHH! - gritamos todas juntas e pulando. Mas aí notei uma coisa nessa historia.

 

- Para tudo! - elas duas congelaram no lugar e me olharam. - Só sábado???

 

- É – disse Alice

 

- Mas o concurso começa na quinta. - disse Bella murchando o sorriso.

 

- Vamos dar um jeito! - tentou animar Alice – São duas fases não é?

 

- É, mas era melhor que fossemos para Nova Iorque, já que lá tem a minha prima Claire e... - parei estática – É ISSO!! - gritei dando um pulo e sobressaltando minhas amigas.

- Teve outra ideia? - exclamou Bella com os olhos arregalados de surpresa – O mundo ta acabando mesmo!

 

- Haha, engraçadinha – ironizei – Mas se não quer saber... tudo bem, eu não falo.

 

- Não! Me fala vai – pediu ela.

 

- Melhor não, o mundo pode acabar... - me fiz de difícil.

 

- Eu imploro! - ela quase se jogou aos meus pé. Cansei de tortura-la então desandei a falar, contei todo o meu plano que, modéstia parte, estava brilhante!

 

- O que acham? - perguntei no fim da explicação. As duas me fitavam pasmas.

 

- Aproveitem bem, porque o apocalipse está chegando – foi assim que Alice resolveu encerrar o dia.

 

Qual é, eu sou loira, mas não sou tao burra assim!

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bjos