As Descobertas de Peg escrita por DrikaaH


Capítulo 22
Perdida & Salva


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL PRA VSÊS atrasado.kk E UM ANO NOVO CHEIO DE ALEGRIAS E CONQUISTAS!Quero agradecer a uma leitora em especial que fez uma conta, só pra poder acompanhar minha fic, me senti muito honrada de verdade, obrigada Tuannegc! E tbm a minha nova leitora, lov_com. Agradecer a Deus por tudo, por esse ano maravilhoso, cheio de novas experiências! ;)

DESCULPEM PELA DEMORA, HÁ SEMANAS TENTO POSTAR, MAS O NYAH ME DEIXA DOIDAAAA E NÃO CONSIGO!kkk... Bora ler!



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Ian começou a cantar baixinho em meu ouvido, me arrepiando por inteira, sua voz era melodiosa, como se um anjo estivesse ao meu lado, me passando toda a calma, amor e proteção do mundo...

   A noite passada fora mágica, há quantas semanas eu não me sentia assim, tão bem, tão em paz! Por mais que uma alma habitasse seu corpo, eu o sentia em cada respiração, em cada palavra da musica cantada por ele, em cada toque, em cada expressão de seu rosto, em cada gesto de carinho!

“Tentativas vãs de descrever
O que me calou
Me roubou palavras
E chão e ar
Me roubou de mim”

  E agora pela manhã nos alimentamos em silêncio e nenhum comentário fora feito, o clima era pesado, no fundo eu sabia o quanto Joseph, Ethan, Ivi, Gabe, Joanna, Steven, Sarha e Aoki gostavam de mim e de Ian, mas já os outros eram indiferentes, nossa presença não os deixavam tristes, mas também não os regozijavam. A convivência era boa, as pessoas tinham um bom coração e eram prestativos, mas eu nunca me sentiria à vontade ali, minha casa era outra, a minha família era outra! Imediatamente uma angustia me afligiu, como será que todos estavam? Será que sentiram nossa falta? Será que tentaram nos procurar?

  Eu precisava conversar com Joseph, agradecer sua hospitalidade maravilhosa, agradecer por ele ter me ajudado tanto a reencontrar Ian, sem ele eu sei que não haveria conseguido nada! O sol já estava a pino e com a cabeça indiquei o caminho do riacho a ele.

          -   Peg, minha querida, quer falar comigo?


      -    Sim Joe! Não sei por onde devo começar, mas tentarei ser objetiva. Quero lhe agradecer por tudo o que tem feito por mim, em tantos mundos em que tive chance de viver, foram poucas as coisas de que me apeguei, de que pude guardá-las em minhas lembranças, talvez aqui seja o único mundo de que tenho recordações incríveis, foi o mais difícil, o mais estranho e o mais perfeito! Tenho certeza de que o guardei pra sempre no coração, Joseph. Sabe que não tenho muita experiência aqui, mas posso dizer pela pouca vivência, que consigo determinar e diferenciar as pessoas, as boas das más, as certas das erradas, sei que você é maravilhoso, é bondoso e generoso! Obrigado Joe, por tudo, mas aqui não é o meu lar, nem de Ian, precisamos partir!

              -     Peg, não agradeça.. Você é uma bela jovem, uma bela alma! Muitas pessoas passaram pela minha vida, você foi uma das poucas que demonstraram tanta força, determinação e fé! Tudo o que eu fiz foi o mínimo que eu podia ter feito por você e Ian! Estaremos sempre a esperar tuas visitas... Espero um dia ter a oportunidade de conhecer o seu grupo e as cavernas de Jeb! – Ele sorriu e senti lágrimas brotarem involuntariamente de meus olhos. Ficou combinado que no dia seguinte, antes do sol nascer partiríamos. 

   “Só havia o branco da neve por todos os lados. Fazia frio e os meus dentes chocavam-se simultaneamente, lembrando-me a toda hora das necessidades que o corpo sentia. Eu queria algo que me cobrisse, algo que me fizesse parar de tremer. Quando já não existia chances de sobrevivência em meio a tanto gelo, seu corpo quente e ágil me envolveu, como um cobertor que não aumenta a temperatura do corpo, mas retém o calor e nos mantém aquecido. Meu paraíso particular tinha nome, IAN O’SHEA.

“E a dor some no vazio
Que o seu beijo preencheu

Da flor somem os espinhos
É assim o mundo que você me deu”

       Enquanto meu corpo se sentia reconfortado ele me fitava sério, seus olhos mudaram de cor, agora pareciam tão gélidos e cruéis quanto o cenário a minha volta. Suas mãos me apertavam com força, me impedindo de me desvencilhar de seus braços fortes. Sua boca procurava faminta a minha e eu via fúria em seus olhos, aquele não era o meu Ian.

           -     Ian? – Perguntei aflita.

     -     Ian morreu dentro de si mesmo, ele passou a fazer parte de outro mundo, o subconsciente da minha mente!

     -     ESSE CORPO NÃO É SEU, ESSA MENTE NÃO É SUA! – Eu cuspi em seu rosto e a última coisa que senti foi à face queimar de dor e meu corpo tombar no chão... Agora só havia escuridão!”

“Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,

Elas passam em instantes como murcham as rosas.”

       Gotículas de suor cobriam todo o meu rosto, tudo fora apenas um sonho, na verdade, um pesadelo. Incontáveis minutos depois, minha respiração estava serena novamente e sem conseguir dormir, saí da minha cabana sem fazer barulho, procurando por ele... Abri o zíper de sua cabana devagar e meu coração se aquietou ao vê-lo dormir tranqüilamente. Minha razão me dizia pra sair dali rapidamente, mas meu coração insistia em continuar a me aproximar cada vez mais e assim o fiz... Minhas mãos trêmulas contornaram as linhas de seu rosto, cheguei aos seus cabelos e fiquei brincando com uma mecha. Num movimento lento, a alma acordou, ou Ian... Sei lá, já não sabia mais o que pensar.

               -  Des... Desculpe, eu não...Não quis acorda-lo, na verdade já ia sair, mas... – Fiquei completamente sem reação, gaguejava sem parar... O escuro me deixava mais perdida ainda dentro daquela pequena cabana ao lado dele, nossos corpos estavam numa proximidade em que eu podia sentir seu hálito quente em meu rosto cada vez que ele falava.

          -  Não se desculpe Peg... Tudo bem! – O silêncio era constrangedor. – Você precisava de alguma coisa?

          -  Não, é que eu tive um son...Um pesadelo, mas estou melhor... Eu só fui tomar um ar lá fora e aí resolvi vir aqui pra ver se estava tudo bem e saber se... – Senti seus lábios se chocarem com os meus, silenciando a minha falação contínua. Mergulhei naquele beijo, com todo o amor imaginável que estava preso em meu peito, minhas mãos apertavam e puxavam seus cabelos, enquanto as dele procuravam cada parte do meu corpo, como se quisesse senti-lo cada vez mais próximo, mais encaixado ao seu.

“Não há
Sensação melhor
Não há
Sinto estar
Perdida e salva”

 Quando nos separamos para buscar o ar que nossos pulmões tanto imploravam, percebi que Ian me fitava assustado e eu já estava debaixo de seu corpo.

             -  Peg, saia de perto dele! – Sua voz era rouca e grave, como uma ordem, eu sabia que ali não era alma quem falava e sim ele “IAN”. O seu ciúme foi a maior prova de que ele ainda dominava o corpo e isso me encheu de alegria. Meu sonho não iria fazer parte da nossa realidade, Ian lutaria até o fim e eu estaria ao seu lado!

               -  Boa noite alma! – Eu disse ironicamente e ri... – Boa noite amor, eu te amo! – Percebi um leve sorriso se abrir no rosto de Ian. Voltei para cabana e caí num sono profundo e tranqüilo, só acordei quando raios de luz alcançaram meus olhos.

“Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo

Que das nossas tristezas ele faz seus investimentos.”

           A mesa era farta de frutas, cereais e sucos... Comi pouco e guardei alimento dentro de uma mochila que Steven arranjou em sua ultima incursão. Joanna trouxe garrafas cheias d’água e eu agradeci a ela. Na hora de me despedir, não agüentei e chorei feito uma criança precisando de colo, acho que nunca me acostumaria com esse mundo, dentre todos que já vivi, era incrível a facilidade que tínhamos em construir laços afetivos com as pessoas. Abracei um por um, agradecendo a todos pela hospitalidade e bondade em nos receber. Eu sabia o quanto era difícil pra eles conviverem com uma ‘alma’, na verdade ‘duas’ agora, indiretamente, somos as causadoras de toda a devastação e destruição da espécie humana!

         Depois de todas as lágrimas e melancolias, fiquei extremamente feliz quando Joanna, Joseph e Aoki decidiram partir conosco para as cavernas de Jeb, a fim de conhecer os nossos recursos, meios de sobrevivência e os outros humanos sobreviventes do meu grupo.

          Finalmente voltamos a nos embrenhar nas matas... O sol escaldante queimava minha pele clara. Meu corpo fraco, como sempre já implorava por socorro... Mas minha mente era forte, firme na decisão de manter meus pés caminhando. “Estou indo pra casa, pra casa, pra casa...” E assim eu voltava a ganhar forças pra não desanimar, iria revê-los, Jeb, Mel, Jamie, meu pequeno Jamie! Um sorriso se abriu em meu rosto e segui pela mata...

       Uma parada para beber água, comer frutas, descansar. Aoki sentou-se ao meu lado a fim de conversar um pouco:

     -   Cansada Peg? – Ele me olhava achando graça.

                 -  Um pouquinho, esse corpo não é tão forte quanto o seu! – Ele riu alto e eu acompanhei alarmando todos que continuaram a se alimentarem, Ian me olhava confuso.

  -  Poxa, eu sou japonês Peg, no meu país aprendemos a ser muito disciplinados, a respeitar as pessoas, a lutar, passei a me exercitar sempre por isso o biótipo... – Ele levantou o braço direito e fechou a mão no ar como se estivesse pronto pra acertar um soco, mas só estava brincando, mostrando os músculos. – Caímos na gargalhada novamente. 

                -   E o que você fazia antes de “tudo” isso acontecer? – Me referia a invasão, não me sentia bem em falar nas outras almas. Em partes, nós não tínhamos culpa alguma. 

           -  Eu era um veterinário renomado, morria de medo de fazer pequenas cirurgias nos pobres animais que chegavam atropelados, ou doentes de velhice, mas no final sempre dava tudo certo! – Eu ri de sua observação, Aoki tinha um ótimo humor e era fácil dialogar com ele.

             - Você perdeu pessoas Aoki? – Eu prestava atenção nos animais da mata, procurando desviar meu olhar, era triste saber disso, mas pra mim era importante.

               -  Perdi meus pais Peg. Meu pai foi capturado e minha mãe suicidou-se após saber notícias dele. Fiquei sozinho, me escondi por muitos becos e guetos, até encontrar Steven que me ajudou prontamente. 

-               -  Steven é um homem bom, ah! Eu sinto muito pelas suas perdas. Eu sei que muitas pessoas me culpam e as... 

              -   Ei Peg! Tudo bem, não explique nada, eu sei exatamente o que vai me falar, mas eu já aceitei a invasão, já me acostumei a ficar só. – Ele segurou minha mão e sorriu. – Quero lhe dar uma coisa, na verdade, não é bem uma coisa. Feche os olhos! – Eu ri e obedeci. O toque de seus dedos em minhas mãos foi ocupado por algo quente e peludo.

       -  Pode abrir Peg! – Um animalzinho pequeno e marrom com uma leve manchinha preta na testa e grandes olhos amendoados me olhava intrigado, suas mãozinhas pequenas que antes seguravam uma mexerica agora puxavam devagar uma mecha dos meus cabelos louros.

            -  O que... O que é isso? – Eu ri quando percebi que o pequeno bicho escalava meus braços até subir no alto da minha cabeça. 

-               -  Peg, esta é Liblika, é uma antiga visitante do nosso acampamento, ela vive na mata, mas sempre volta pra pegar comida, eu costumo cuidar dela é a nossa miquinho. – Eu sorri e agradeci a Aoki, ela era linda.   

                -  Algo me diz que seremos grandes amigas, Aoki, não é Liblika? – A coloquei dentro da minha mochila sem fechar o zíper para que ela pudesse respirar e voltamos a caminhar. Ian me fitava sério, como se eu tivesse feito algo de errado, seu olhar de censura me intimidou, mas não me reprimiu, nada acabaria com a minha felicidade hoje, pois eu estava voltando pra casa.  

   Finalmente chegamos próximos da estrada, com facilidade Aoki roubou uma van que estava parada no acostamento, já era noite, por isso não tínhamos grande chance de sermos capturados. Aoki deu sinal e adentramos no carro, partimos e saímos de Tucson na mesma noite, Liblika dormiu no meu colo, era intrigante ter alguém, ou mesmo uma criaturinha para se cuidar, acho que todos deviam criar animais para serem mais felizes. 

 Ian dormia ao meu lado e depois de tanto tempo, senti que ali era o meu ponto de paz, me senti feliz e plena novamente.

“Tentativas vãs de libertar
O sentido maior
Que as palavras prenderam
Quando eu disse: amo você”

  Aoki me fitava pelo retrovisor, baixei a cabeça procurando fugir de seu olhar que pra mim era perturbador e tirava toda a minha paz, seus pequenos olhos negros eram indecifráveis, seus lábios se contornaram num sorriso terno para mim, retribui o gesto e fiquei olhando a paisagem tentando disfarçar.

“Disseram-me que o destino debocha de nós

Que não nos dá nada e nos promete tudo”.

  Já era de madrugada, quando senti Ian me chamar, já havíamos chegado ao fim da estrada, Aoki deixou o carro perto de um posto de gasolina e saímos da estrada, pisei sobre a área fina do deserto, peguei um punhado dela na mão, me senti novamente em casa. Corri freneticamente com Ian ao meu lado e Aoki do outro... Joe e Joanna precisaram parar diversas vezes pela idade avançada, eles não conseguiam correr, apenas caminhavam rápido, então tínhamos que espera-los... O sol já estava a pino e estávamos cada vez mais próximos das cavernas de Jeb. Não enxergávamos mais Joe e Joanna, sentamos debaixo de uma árvore seca, a mesma em que Jeb havia achado o corpo de Mel da primeira vez. Aoki sentou-se do meu lado deu água e duas bananas para Liblika que comeu com pressa. Nós rimos de sua gula.

               -  Peg? 

              -  Sim Aoki. 

             - Estou feliz por estar aqui com você! – Senti o toque de sua mão sobre a minha. Ele a afagou e eu sorri em retorno. 

             -  Também fico feliz de você ter decidido vir Aoki. – Retirei sua mão da minha com cuidado pra não ser indelicada, olhei p Ian e ele cochilava recostado na árvore, senti a mão de Aoki em meu queixo e um ato rápido ele beijou meus lábios, eu não sabia o que estava acontecendo, me sentia confusa, perdida. Aoki beijava bem, mas não era aquele corpo que o meu sentia falta, não eram naqueles braços que eu me perdia, não eram aqueles lábios que os meus procuravam. Empurrei Aoki com toda força que tinha.

            -   O que você fez? Perdeu o juízo? – Ele coçou a cabeça. 

            -   Desculpe Peg, mas eu não resisti, você é tão linda e carinhosa e... 

           -   Não se justifique, isso não tem fundamento, é ele que eu am... – Antes de acabar de falar Ian não estava mais ali. Ele vira tudo e deve ter entendido tudo errado. – Oh meu Deus! Ian? 

“No entanto alguém me disse...

Que você ainda me amava.” 

   Joseph e Joanna se aproximaram de nós e perguntaram o que havia acontecido, onde Ian estava, eu engoli em seco e disse pra eles para nos apressarmos. Finalmente chegamos as cavernas e como eu já esperava Jared segurava Ian com força o rendendo.

             - NÃO SE MEXAM! – Jared gritou. Todos estavam atrás dele assustados, Jamie, meu pequeno Jamie, Mel, Jeb, Sharon, Doc... 

            -  Tudo bem, tudo bem Jared. Vou explicar tudo pra vocês! – Contei-lhes detalhadamente toda a nossa trajetória, o começo da incursão em que Ian fora seqüestrado, Ethan, o acampamento de Joseph, a morte de Lennon, os corpos como experiência, o retorno de Ian, a alma em seu corpo... E todos ficaram chocados. Jamie correu para me abraçar, Mel veio logo em seguida, Jared soltou finalmente Ian, seus olhos fitaram os meus com dor e tristeza, eu tinha de lhe explicar o que havia acontecido.

“Faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos,

Então a gente estende a mão e se descobre louco.”

  -                                - SEJAM MUITO BEM-VINDOS MEUS AMIGOS!

     Jeb saldou os visitantes, mostrou-lhes a caverna, os levaram na sala de banhos, depois ofereceu um jantar a eles, contando-lhe os detalhes da nossa sobrevivência e percebi o quanto Joseph e Jeb se deram bem! Já Doc raptou Joanna para conhecer seus métodos de cura, as plantas, ervas e tudo o que envolvia a medicina. Por acaso o grupo de Nate também estava por lá e Raquel já botava suas asinhas de fora atrás de Aoki, talvez eu tenha resolvido dois problemas de uma vez só. 

    Tomei um longo banho. Comi um pouco de pão e sopa, coloquei Jamie para dormir e conversei horas com Melanie enquanto ela amamentava meu pequeno sobrinho Henry, ela disse que as obras na nova caverna de Jeb pararam depois de nosso desaparecimento, todos andavam desanimados, triste, fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo, surpresa por “todos” terem sentido minha falta e feliz por estar de volta...Prometi a ela que voltaria a fazer uma incursão para trazer mantimentos, fraldas e o que o bebê estivesse precisando, porque na verdade o motivo de nossa ultima incursão era esse, ela apenas assentiu, colocou Henry para dormir e me abraçou ternamente. Depois tomei coragem e vaguei pelos corredores até chegar a porta de meu antigo quarto, que por acaso também era o quarto de Ian, entrei e ele não estava lá.

 Tudo estava em seu devido lugar, a sensação era de que fazia anos e não quatro meses que havíamos sumido. Sem ele tudo era tão vazio e estranho ali, corri desesperadamente para achá-lo, por todas as salas, todos os corredores, desesperada, tentei raciocinar e faltava um lugar no qual eu ainda não havia procurado. O mesmo lugar em que Ian me levou uma vez, há quase um ano, era uma caverna em frente ao buraco rochoso no qual fiquei quando cheguei, respirei fundo e entrei, Ian estava sentado no chão, com a cabeça entre os joelhos, ele fitava o vazio, perdido em pensamentos.

       - Ian? 

             - Ian não quer falar com você Peg. Sinto muito!

            - Eu quero me explicar, você entendeu tudo errado!

             - Eu entendi Peg, mas ele não... Deixe as coisas esfriarem, ele não quer falar!

            - Mas...Mas... – As lágrimas invadiam grosseiramente o meu rosto... 

            -  Peg, ele ama você, mas esta magoado. Depois vocês conversam, ele pediu para virmos pra cá, então vá para o quarto que era de vocês e descanse.

“Sabe, alguém me disse...

Que você ainda me amava, disseram-me isso de verdade...

Que você ainda me amava, Seria isto possível então?.”

              - Tudo bem! – Enxuguei as lágrimas com minha blusa velha. – Eu preciso conversar com você Ian, então peço que me ouça depois...É só isso! – Saí as pressas chorando sem parar, despenquei na cama e chorei pelo resto da noite. Por que tudo tinha que dar errado? Por que depois de tudo o que passamos, de todo o esforço para encontra-lo, pra sermos finalmente felizes, ainda há fatos que nos separam? Eu vou lutar por você Ian, não desisti quando achei que estava morto, não será agora que desistirei!

“Mas quem me disse que você ainda me amava?

Eu não recordo mais, já era tarde da noite,

Eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços

'ele ama você, isso é segredo, não diga a ele que eu disse a você”.

 Musicas: Perdida e Salva – Sandy Leah

Quelqu’um M’a Dit – Carla Bruni.


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Notas finais do capítulo

Gente, criei uma nova fic, na verdade é song-fic.kk (segundo a Gaby)... Será que poderiam ler, nem que seja pra criticar, eu deixo.kkk! http://fanfiction.nyah.com.br/historia/121209/Halo_-_Depois_Do_Amor

Obrigadaaaa!QUERO FAZER UM ÚLTIMO PEDIDO que todas as 28 pessoinhas que me acompanham: daiamatos, miojo, Nah_Lautner, LUH STANLEY, gabyclearwater, Feer_Sa, AndressaCullen, Eduarda_Pontes, Gynnah, Deli_Ed, dany_kissetell, 19191, belepc, gabiand, Thelicias, Faby-chan, alice_lindinha, bibi_cullen, afrodyte, amrds, gabyclearwater, lanninha, Eduarda_Pontes, Team-Percabeth, namy, Biahzinha, AndressaCullen, Nathy_Black..... mandem review! Valeeeeeeeeeeeeu. Bju, bjuu! FELIZ ANO NOVOOO! Homenagem de hj foi pra Liblika! *-*



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