As Descobertas de Peg escrita por DrikaaH


Capítulo 23
Presente de Deus


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores! Descuulpa a demoraa, de novo!kk, queriia mas não consigo postar como a Gaby, quase todos os diias, pq só consigoo fazer textõeeeeeeees!HSUHAHSHASAHSAUHSUA...

Bom entãao lá vaai o cap! Estou super chateada porque meus reviews estão decaindoo! 8( Espero ser muito bem recompensada por esse cap!kkk... Rêeeh, te peguei direitinho! HUSHHUSAHHASUHSA

Sera que vou ganhar reviews? Recomendaçõoes? BOORA LER.KK



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       O vento frio e forte que vinha da caverna me fazia tremer, devia ser madrugada ainda... Eu não tinha a menor vontade me levantar! Meu corpo inteiro doía lembrando-me do esforço que fiz durante esses dias quase que intermináveis, estalei os dedos e espreguicei-me demoradamente... Fiquei enrolada entre os lençóis encolhida, sentindo a tensão e o vazio que esse quarto me proporcionava, definitivamente não era a mesma coisa sem Ian, até a cama parecia ser grande demais para mim. Senti gotas salgadas molharem os meus lábios, as emoções vinham intensas ultimamente, qualquer recordação, qualquer dor, ou alegria, eram motivos para lágrimas inundarem meu rosto e a saudade que sentia mesmo com Ian tão próximo a mim, era inevitável. 

“Eu vivo buscando em alguem
Alguma coisa que eu sei
Que só existe em você
Eu quero a metade de mim que é você
O riso que irradia o mundo
E que me faz viver
Eu não aguento mais essa saudade
E essa solidão que me invade me faz ver

Tudo que eu quero é você de volta
To te esperando vem bater na minha porta
Eu amo você, eu só sei te querer
Minha vida tem sentido se tiver você”.

             Depois de algumas horas, já podia sentir os primeiros raios de luz penetrarem as fendas da caverna...Eu já havia me acalmado um pouco, o choro fora embora, só restava uma grande ferida dentro de mim, por mais que eu tentasse, por mais que as lágrimas acabassem, por mais que eu evitasse pensar nele, nada a cicatrizava. Meu estômago começou a roncar, o que me fez voltar à realidade. Juntei força para levantar, num movimento rápido senti tudo girar a minha volta e sentei-me de novo... O meu corpo andava estranho ultimamente.

                 -  Será que estou doente? – Perguntei para mim mesma... Bom, mas tarde falaria com Doc, ou Joanna. Agora, mais lentamente levantei e peguei uma velha regata azul e um short branco curto, me admirei quando o botão não fechava na minha cintura, além de doente estou gorda agora, que beleza! Coloquei uma calça de malha que achei e segui emburrada para comer algo... 

              A cozinha estava praticamente fazia, peguei algumas frutas e uma pequena tigela com leite e cereais e sentei numa mesa do canto, Raquel e Aoki conversavam animadamente eu uma mesa ao fundo, pareciam terem se dado bem... Mel finalmente chegou com meu lindo sobrinho nos braços, Jared ao seu lado e Jamie que correu até mim com Liblika, desde o instante que chegamos ele havia feito questão de cuidar da pequena macaquinha, resolvi dá-la a Jamie. Ele me contou que antes da invasão das almas, ele tinha um cachorro bem “grandão”...

                - Bom dia Peg! – Ele me abraçou e eu beijei-lhe o rosto. – Dormiu bem? Eu e Liblika sim! Peg quero saber os detalhes da incursão, esse tal de Lennon era um homem mal não? E você lutou e salvou todos e Ian como o encontrou? Você viu ele fazer a implantação da alma em Ian? E como era o acampamento? E a mata, tinham animais ferozes...

        - Bom dia Jamie! – Ri de sua empolgação. – Acalme-se, lhe contarei tudo que aconteceu... Mas antes quero que coma direitinho. – Ele gemeu de frustração e assentiu indo buscar comida pra ele. Mel sentou e comeu enquanto Jared ninava Henry... Conversamos por um longo tempo, comi todas as frutas que havia pegado e mais uma maça que Jamie me trouxe. Mel me contava distraidamente sobre as novas cavernas e a união dos grupos, quando coloquei uma colher do leite com cereais em minha boca, o leite parecia azedo, estragado, não sei... Meu estômago revirou-se e pedi desculpas a eles, corri em disparada para a sala de banhos bati em algo duro como mármore, caí no chão. 

-                - Você esta bem? – Eu fitava seus olhos cor de neve, safira e meia-noite, que agora pareciam ter perdido o brilho e serenidade de antes, pareciam tristes, sofridos... Foi no peito de Ian que bati...

“Se por amor já veio a sofrer
E agora tem medo de amar e se envolver
Qual o seu medo?Diz pra mim....

Amor sincero tenho dentro de mim
Pra te dar, é só você querer e arriscar
Pois não é ilusão, nem tão pouco atração
É mais forte do que pode pensar
Não sabe o quanto já sofri por amor
Conheço bem essa dor que destrói
E causa insegurança demais
Pra você superar, tem que uma chance se dar
E não ter medo de se apaixonar
Deixa eu te amar”.

          O enjôo me privou de responder a sua pergunta, apenas balancei a cabeça afirmativamente e entrei na sala de banhos, debrucei-me próximo a corrente de água e joguei pra fora tudo o que havia comido no café da manhã e acho que até o que não tinha. Alguém segurou meus cabelos que caíam pelo rosto e uma mão firme segurou minha cintura.

“Não sei não pensar em você
Não sei não querer só você
Não sei não ouvir sua voz
Sempre a me dizer
Do que o amor é capaz
Queria não lembrar ao menos
O que meu coração conheceu
Que nada aconteceu
Todos esses anos
Eu não sei dizer
Que eu não te amo!”...

-               - Definitivamente, você não esta bem! – Ian me fitava nervoso percebendo o meu estado, me sentia meio grogue, minha pernas não me obedeciam, meu corpo não se sustentava em pé... Senti suas mãos quentes, molharem o meu rosto com um pouco d’água, depois bebi um pouco... – Acha que pode se levantar? – Eu apenas assenti e tentei levantar rápido, mas mais uma vez senti tudo rodar e de repente eu não enxergava mais nada.

               Quando acordei, me vi novamente em meu quarto, sendo examinada por Doc. Joanna me olhava curiosa, com um sorriso prestes a se abrir em seu rosto.

                   - Doc, o que há comigo?

            - Você esta bem Peg, pode ser apenas uma virose...

                      - Talvez não! – Disse Joanna o interrompendo baixinho. Doc trocou um sorriso cúmplice com ela.

            - Peg poderia me responder algumas perguntas?

           - Sim, Doc... Se for para lhe ajudar! – Ele assentiu.

          - Você esta tendo enjôos freqüentemente?

            - É Doc, já é a segunda vez que me acontece, eu acho! – Fique relembrando os fatos...

            - Hum... – Ele sibilou entretido. – E você sofreu algumas tonturas, desmaios?

         - Hunhun... – Afirmei.

-              - Certo e seu apetite têm aumentado, suas roupas estão um pouco apertadas? – Ele ria e Joanna fez um “Hunhun” sugestivamente.

              - Sim Doc, já tem uma conclusão? – Perguntei aflita. Doc respirou fundo e disse:

           - Acho que daqui a alguns meses Henry ganhara um priminho, ou priminha!

         - Mas...Mas, como assim... O que...O que quer dizer com isso Doc?

        - Parabéns Peg, você está grávida!

-         - Oh meu Deus! – Sibilei com um fio de voz... Senti meus olhos marejarem... – Mas, Doc, como isso é...Possível? Eu sou uma alma!

               - Peg, querida. Isso é cientificamente normal, por mais que você seja uma alma, seu corpo hospedeiro é humano e há relações sexuais com um outro humano sem prevenção um bebê é quase que inevitável! – Ele afagou meus cabelos.

-             - Doc, mas isso não é certo! O que...O que eu vou fazer? Como vou cuidar de um bebê? Eu não sei fazer isso... Não nasci pra isso Doc!

-             - Peg acalme-se... Ian irá te ajudar! E nós também! Toda criança é uma dádiva e esta não será diferente, basta apenas dar todo o seu amor pra ela ou ele... Fique tranqüila, vai dar tudo certo! – Ele me abraçou e senti meus olhos marejarem.

         - Obrigada Doc!

-             - Não precisa agradecer Peg, você sempre se sacrificou por nós e poder te ajudar de alguma forma é um dever pra mim... Agora, antes de descansar acho que devia falar com um cara que está muito preocupado com você! – Eu ri e assenti, acho que sei quem é esse cara, Doc e Joanna saíram e eu fiquei esperando a ‘sua’ visita.

            - Peg? Como se sente? – Levantei a cabeça pra ver quem era e me deparei com Aoki, não entendi nada, não era Ian quem estava preocupado comigo?

          - Oi Aoki, me sinto bem, obrigada! – Forcei o melhor dos meus sorrisos.

-             - Fiquei preocupado quando Ian passou correndo pela praça central com você nos braços e...

-           - Peg? – Ian chegou no momento em que Aoki conversava comigo, ele tentou sair do quarto, mas eu pedi pra que ficasse... 

“Eu sinto a sua falta
Eu morro de desejo
Eu fecho os olhos
Sinto o gosto do seu beijo
Não dá pra te esquecer

Seu amor ficou no meu olhar
Será que um dia você vai voltar
Tenho que sonhar”.

-            - Aoki, sera que poderia conversar com Ian a sós? – Aoki assentiu e saiu rápido do quarto. Ian parecia chateado, prestes a explodir de raiva.

            - Então foi pra isso que Doc me chamou aqui? Pra ver o mais novo casal?  - Eu sabia que ali não era a alma quem fala, aliás, ela devia estar inativa, talvez um acordo entre eles, até acharmos um corpo hospedeiro pra ele. Aquele ataque de ciúme com certeza era apenas de Ian.

             - Não Ian! Aoki acabou de aparecer aqui enquanto eu o esperava, só queria saber notícias, estava preocupado só isso... Preciso conversar com você! – Minha voz era trêmula eu só queria que ele ficasse comigo pra sempre, mas ele não queria me ouvir.

-            - Ah, ele estava preocupado? O seu namoradinho? Não precisamos conversar Peg, se você não me quer é só dizer, não precisa remoer mais isso! – Levantei com esforço da cama e fui até ele, toquei seu rosto com a ponta dos dedos, era tão bom estar em contato com sua pele quente e macia...

“É inevitável
Te amar assim
Quantas vezes digo não
Mas lá no fim
Sempre me entrego
É inevitável
O poder da paixão
Se tento esquecer
Lá dentro o coração
Fica surdo, fica mudo, fica cego”...

            - Então eu digo que te amo! Não faça isso comigo Ian, eu lutei por quase quatro meses pra te encontrar, acha que te trocaria por qualquer um? Aoki é uma boa pessoa, é interessante, mas não foi pra ele quem entreguei meu coração, é você que eu quero! – Eu sentia minha garganta queimar e se fechar cada vez mais enquanto Ian com os olhos fechados parecia distante.

           - Mas...Mas e aquele beijo? E toda essa preocupação dele? – Os olhos de Ian estavam marejados, era hora de eu dizer a verdade. Seu punho estava fechado como se ele estivesse tenso, percebi sangue escorrendo de seus dedos. Apavorei-me. Ele estava machucado.

             - Ian, ele me agarrou, se agora esta preocupado é porque é meu amigo, foi errado o que ele fez, mas já passou, ele entendeu que quem eu amo é você... Amor, eu...Eu estou grávida! Quer amor maior que esse? Nós vamos ter um bebê! – Ian me olhou perplexo, as lágrimas banhavam o seu rosto e ele me encarava sem dizer uma palavra, suas mãos tocaram a minha barriga que ainda não tinha volume e o que veio pela frente foi a pior coisa que eu podia ouvir dele...

           - Você vai ter um filho Peg... Mas...Mas eu não sei se esse filho é meu! – Eu o encarei incrédula... Eu o fitava com dor nos olhos, minha garganta havia se fechado e suas mãos se afastaram da minha barriga. Involuntariamente lhe acertei um tapa no rosto, senti todos os músculos do meu corpo travarem...

-             - Eu... – tentava respirar pra poder falar com um fio de voz. – Eu não acredito que disse isso Ian. Se não o quer tudo bem, só não diga que esse filho não é seu, porque em todas as minhas vidas, você foi o único amor que eu tive! – Ian me fitou com tristeza...

            - Desculpe, eu não deveria ter falado...

               - VÁ EMBORA IAN! – Eu gritei pra ele... Antes que ele dissesse mais alguma coisa eu o empurrei e fechei a porta... Deixei a dor me dominar por inteira, me joguei na cama e chorei... Chorei como nunca havia chorado antes. Chorei por amor, pela perda, pela dor, pelo medo de cuidar sozinha dessa nova vida que surgiu dentro de mim...

           - Acho que agora somos só nós dois...Ou nós duas! – Afaguei minha barriga quase que inexistente e solucei pelo resto da tarde até sentir que não havia mais condições de sofrer.

“Eu te amo tanto e quando a gente ama só quer ver o bem
Você vai embora
Eu vou ficar chorando
Mas o que é que tem
Se é isso o que o seu coração quer,
O que é que eu vou fazer
Mas eu sei
Vai doer... vai doer...

Esqueça que eu te amo
Que eu vou me virando
Segue sua vida
Vai ser melhor assim
Se não está mais afim
Não vejo outra saída”.

PDV Ian

               Desde o momento que a vi beijar Aoki o mundo pareceu parar de existir... A alma que habitava em mim percebia todo o meu sofrimento, acho quem nem ela e agora muito menos eu tínhamos vontade de viver nesse planeta. O ciúme me cegara absolutamente, ela tentou falar comigo e se explicar, mas eu não permiti... Até hoje cedo eu a vi estranha, passando mal! E como eu quis envolve-la em meus braços e aconchega-la em meu corpo e dizer que ela iria ficar bem, mas apenas a socorri quando ela desmaiou. Deixei-a no quarto, ela parecia um anjo de mármore, linda, seu semblante era impenetrável, como uma donzela repousando em seus mais belos sonhos.

“Vai ver a gente não conhece o amor direito
prazer eu sou um cara cheio de defeitos
Igualzinho aquele que você aprendeu amar
Mesmo que o sol se apague e venha a lua te trazer de volta aos sonhos meus
Pode passar mil anos você vai me amar
E eu vou ser pra sempre seu”.

           Não resisti e enquanto Peg não acordara de seu desmaio acariciei seu rosto e sussurrei em seus ouvidos:

-              - Meu amor, por que fez isso comigo? Por que me traiu desta forma? Por que me salvou da morte? Do que adianta se agora me sinto tão perdido? Não posso mais viver sem você minha Peg...Mas você desperdiçou o meu amor, você abriu mão da gente pra ficar com um cara que mal conhece. - beijei seus lábios delicadamente e antes que ela pudesse acordar fui à procura de Doc. Ele estava com Joanna na praça central.

          - Doc, Doc, me ajude, por favor! – Dizia sem fôlego.

         - O que foi que aconteceu Ian?

-           - Peg desmaiou! – Doc já notara o tamanho do meu desespero e correu até o quarto dela, ou nosso, não sabia mais dizer a quem pertencia. Resolvi não ficar lá dentro com eles, não queria que ela acordasse e percebesse que eu ainda me preocupava com ela.

                Talvez essa minha idéia idiota tenha sido pior, como era ruim não ter notícias dela. Acho que devia ouvi-la... E se aquele beijo tenha sido a força? E se ela ainda me amar? E se ela estiver precisando de mim? Oh, meu Deus, como eu fui estúpido com Peg. A fúria se apossou de mim e involuntariamente acertei um golpe na parede da caverna e um buraco se formou nesta. Meu punho sangrava, mas eu não ligava mais pra dor... Meus pensamentos eram sempre recorrentes ao estado de Peg. O tempo parecia não andar e eu estava prestes a explodir quando Doc finalmente apareceu com Joanna ao seu lado.

-           - E então Doc? Como ela está? – Doc me fitou com um sorriso bobo os lábios. 

-          - Acho que devia falar com Peg... Ela precisa de você agora! – Doc deu um tapinha de incentivo em minhas costas e sem entender comecei a correr para vê-la...

-           - O que houve com seu punho? – Ouvi Doc gritar há alguns metros atrás de mim.

           - Estava testando a maciez da parede! – As gargalhadas fizeram eco pelas cavernas. Finalmente cheguei ao corredor e a porta já estava entreaberta. Percebi que havia alguém com Peg e quando a chamei pelo nome e entrei Aoki estava lá com ela. Imbecil, idiota! Como pôde acreditar que eles não tem nada? Como fui tão burro a ponto de achar que ela ainda me amava? Já estava saindo do quarto quando ela sibilou para que eu ficasse. Aquele japonês ridículo e metido saiu e eu fiquei fitando seu rosto aflito, ela parecia escolher as palavras para tentar argumentar comigo, pra que afinal? Peg me trocou por um japinha de pipi pequeno! Pelo menos essa é a fama deles!

            Depois que ela começou a falar tudo passou como um flash, muito depressa. Toda a discussão, as suas fracas explicações... Até que ela levantou da cama e se aproximou de mim... Suas mãos contornaram os traços do meu rosto, e como eu senti falta daquele toque, fechei os olhos e respirei fundo tentando impedir a minha fraqueza e as lágrimas que queriam vir tão fortes como o fogo de um incêndio.

“Eu viajei no seu olhar, no teu sorriso
Nos teus segredos
Eu descobri o que é amar
Pelo toque dos seus beijos”

                  Tentei recuperar o pouquinho de integridade que me restara e perguntei e ela sobre o beijo, sobre a preocupação eminente de Aoki, naquele momento eu não tinha dúvidas de que ele “estava” com ela. Mas o que ela disse desmoronou todas as minhas estruturas...

-              - Ian, ele me agarrou, se agora esta preocupado é porque é meu amigo, foi errado o que ele fez, mas já passou, ele entendeu que quem eu amo é você... Amor, eu...Eu estou grávida! Quer amor maior que esse? Nós vamos ter um bebê! – Eu perdi o ar, a fala... Aquele bebê seria a coisa mais feliz que me aconteceu em toda a minha vida. Podia até imagina-lo. Uma linda menininha sorrindo e dizendo que eu era o seu herói, ou um menininho agitado, jogando bola pelos corredores das cavernas... Não me contive e toquei levemente sua barriga inexistente ao pensar que existia uma vida ali... Mas as dúvidas voltaram a me rodear. E se essa criança não fosse minha? Fiquei perdido por muito tempo num mundo obscuro, sendo torturado pelo maldito Lennon e depois com uma alma dominando o meu corpo, seria tempo suficiente para Peg me esquecer e trocar-me por outro?

          - Você vai ter um filho Peg... Mas...Mas eu não sei se esse filho é meu! – Rapidamente ela me acertou um tapa no rosto.

-           - Eu... Eu não acredito que disse isso Ian. Se não o quer tudo bem, só não diga que esse filho não é seu, porque em todas as minhas vidas, você foi o único amor que eu tive! – Eu a olhei com tristeza, a dor era inevitável, eu não devia ter dito isso sem ter certeza e agora suas palavras pareciam serem tão verdadeiras, eu estava extremamente aflito, confuso... Eu preferia ter levado centenas de tapas e chutes do que ouvir o que ela havia dito, às vezes as palavras ferem mais do que agressões físicas, eu a magoei e conseqüentemente me magoei também, parecia que havia adagas perfurando todo o meu corpo.

-            - Desculpe, eu não deveria ter falado... – Tentei argumentar, mas ela gritou para que eu saísse. Apenas assenti, meu corpo todo esta dormente, em transe. Corri desesperadamente para o meu esconderijo, o mesmo da noite anterior, próximo ao buraco em que Peg era mantida quando chegou. Desabei no chão e chorei.

“Eu sou tua saudade reprimida
Sou o teu sangrar ao ver minha partida
Sou o teu peito a apelar, gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor”

              Chorei como uma criança quando esta sozinha e desamparada. Chorei por saber que podia te-la perdido pra sempre! Chorei por medo de está-la abandonando caso o bebê seja meu, chorei pelas palavras que cuspi para ela, fui frio e sem sentimento, chorei por saber que eu a estava fazendo sofrer. – Ouvi um barulho aproximar-se. Tentei inutilmente me recompor.

          - Você esta péssimo! – Disse a alma para mim.

       “Cale a boca” eu pensei. Jeb se aproximou e sentou-se ao meu lado, deu um leve tapinha em minhas costas e para ele eu na podia esconder nada. Jeb sempre me tratou como um filho.

              - Eu sei meu filho, Doc me contou tudo! – Eu deitei a cabeça em seu colo e chorei, chorei muito...

-              - Sabe Ian, acho que não tenho o direito de me intrometer na relação de vocês. Mas nessa vida complicada, eu já aprendi muita coisa. O caminho realmente não é fácil, as escolhas se tornam pedras, que podem se tornar algumas ou centenas, dependendo das suas decisões. Pode parecer clichê, mas acredito que “Deus nunca nos dá um fardo maior que não possamos carregar”.

             - Eu sei Doc, mas estou confuso com tudo isso... - Soluçava desconsolado.

             - Meu filho, isso vai passar. Pensemos bem, nós não amamos para sermos felizes, amamos para fazermos o outro feliz! Se você só pensa em si, no que sua intuição diz, nunca acreditará no que Peg diz, nunca haverá confiança e conseqüentemente nunca poderá faze-la feliz! – Ele bagunçou os meus cabelos e saiu!

                   Jeb estava certo... O ciúme me cegou, Peg é tudo o que tenho aqui, ela não seria capaz de me trair... Peg é boa e provou que me ama quando correu perigo se misturando a outros humanos mesmo sem conhece-los, só pra me salvar. Quando pegou numa arma de fogo e fugindo de todos os seus princípios matou um homem por medo do que ele fizesse comigo.

           Ela nunca desistiu de mim...  Como fui estúpido! Espero que ela seja capaz de perdoar os meus erros e me aceite de volta como o “seu amor” porque é isso que eu quero ser para o resto da vida, quero ser feliz mais principalmente faze-la feliz e cuidar do fruto do nosso amor, o nosso filho!

“Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, o teu inferno a tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada
Minha pequena, és minha amada
Eu sou o teu mundo, sou teu poder
Sou tua vida, sou meu eu em você”.

“O amor é quando a gente mora um no outro”. Mario Quintana 

Músicas: Maria Cecília e Rodolfo: Você de volta, Deixa eu te amar.

Edson e Udson: Eu não sei dizer que eu não te amoDaniel: Tenho que sonhar.

Bruno e Marrone: Inevitável.  Edson e udson: Esqueça que eu te amo.

Jorge e Matheus: Mil Anos, Seu Astral. Victor e Léo: Meu eu em você.


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Notas finais do capítulo

Ah! Tomei a liberdade de colocar os meus sertanejos preferidoos.kk, acho que pensam que eu sou maluuca, é meninas eu gostoo de tooodo o tipo de musiiica! *-*

AHHH! Gente vsês acham que a Peg deve perdooar a estupidez que o Ian disse? kk

Gente ninguem leu HALO? Me dêem uma forcinha please??kk, Bjuu!