Havíamos chegado na CBI, Cho e Rigsby já haviam saído .Van Pelt, passava informações sobre a Senhora Dysson. Eu estava cansado, e me deitei no sofá lendo o Livro de Sofia. Quando folheio as páginas uma carta caí em meu colo.

“Minha pequena Sofia

Quando aceitará minhas desculpas? Não gosto de ficar brigado com você. Sabe que adoro seu sorriso, você é a garota mais cativante e intêligente que conheci. Espero que você aceite ir no baile de máscaras comigo.

Um beijo, Julius.”

Era óbvio que Sofia tinha um namorado me senti muito idiota, me interessando por ela.

—Jane? Jane? -Lisbon estava quase gritando- Vamos conversar com a ex-mulher do Sr. Vanner.

Eu me levantei rapidamente e fomos em direção a um apartamento não muito longe da CBI.

Lisbon parou para falar no interfone.

—Olá Sr. Never, somos da CBI queremos fazer algumas perguntas sobre Jake Vanner.

—Sim, sim podem subir.

E nisso o portão se abriu. O prédio era simples, a Sra. Never morava no terceiro andar,  ela estava na porta nos esperando uma mulher de aparência severa e hostil, mas os olhos esbugalhados de medo.

—Olá, entrem por favor. -Falou ela dando espaço para entrarmos.

—Sra. Never, eu sou a Agente Teresa Lisbon e esse é o Consultor Patrick Jane, estamos aqui para fazer algumas perguntas.

—Sentem-se por favor. -Ela disse.

Lisbon começou a interroga-la, eu não estava muito atento e interrompi.

—Será que posso usar o banheiro?

—Sim é no final do corredor. -Respondeu ela apontando para seguir em frente.

Eu não queria ir no banheiro, fui andando e ouvi pequenos sussurros vindo de um quarto fechado, abri a porta e lá duas menininhas ruivas estavam brincando de boneca.

—Oi, quem é o senhor? -Perguntou a menina maior com grande curiosidade.

—Meu nome é Patrick Jane.

—Eu sou Lucia, e essa é minha irmã Claudia. -Respondeu ela sorrindo.

—Vocês estão tomando chá?

—Sim, quer um pouquinho? -Claudia, pegou uma xícara de brinquedo e colocou em minhas mãos.

Eu estava olhando seriamente ambas tinham traços severos da mãe e ao mesmo tempo o sorriso risonho do pai. Elas ainda não sabiam o que tinha acontecido.

—Como é o nome dessa boneca? -Perguntei apontando para a boneca que Lucia segurava.

—Tereza, ela é minha filinha sabia? -Ela respondeu

—Muito bonita. -Respondi

Nisso, Lisbon e a Sra. Never entram no quarto.

—Jane, pensei que você ia no banheiro!

—Na verdade Lucia e Claudia me convidaram para tomar chá. -Respondi. -E a propósito estava muito bom.

As meninas sorriram.

—Lisbon sabia que a filinha de Lucia tem o seu nome?

—A senhora tem o mesmo nome que minha boneca? Quer tomar chá?-Lucia perguntou.

—Eu ham...claro. -Respondeu ela envergonhada.

—Sra. Never posso falar com a Senhora?

—Sim. -Ela respondeu

—Você ainda não disse a suas filhas que o pai morreu?

—Não senhor, elas eram muito grudadas ao pai. Elas vão ficar arrasadas só tem 7 e 10 anos.

—As crianças são muito mais puras e forte que os adultos, elas vão compreender, melhor explicar antes que sintam a falta dele e comecem a perceber a mentira.

Lisbon saiu do quarto um tanto envergonhada.

—Sra. Never mais uma pergunta. -Ela acenou com a cabeça para que prosseguisse. -O que sabe sobre Merilyn Dysson?

—Meu Deus, o que ela tem haver com o assassinato do meu ex-marido?

—Tudo ela pode ser a assassina. -Respondi, senti o olhar de Lisbon perfurando minhas costas.

—Merilyn Dysson, estudava comigo, nós duas éramos amigas. Melhores amigas. Ela era inteligente, ótima em química. Depois que comecei a sair com Jake, ela mudou e nos afastamos.

—A Sra. Odeia o seu ex-marido. -Afirmei

—Como? -Ela falou surpresa

—A Sra. O odeia porque ele a traia, talvez não no começo, mais depois da primeira filha. Talvez a Sra. Tenha matado ele com raiva por ele mais uma vez ter trocado a Sra. por uma menininha

—Como o Senhor ousa me insultar.

—Desculpe Sra. -Lisbon Disse- Obrigada

—Obrigado Sra. Never. -Falei

—Qualquer coisa entraremos em contato. -Lisbon falou-me empurrando pela porta.

—Qual é seu problema??Não viu que ela estava arrasada?-Falou furiosa.

—Calma Lisbon isso faz parte do meu plano. -Disse sorrindo.

—Jane se algo der errado...-Não deixei completar a frase.

—Confie em mim nunca dará errado. -Fui andando na frente.

Chegamos rápido na CBI. Van Pelt estava aguardando ansiosa com documentos na mão.

—Chefe, o laudo das vitimas chegaram. O que foi encontrado no corpo foi Cianeto

—Cianeto? -Perguntou Lisbon

—Sim, geralmente sais de cianeto são eventualmente usados para um suicídio instantâneo. Ao entrar em contato com os sucos digestivos, íons CN- são liberados, paralisando o sistema nervoso e respiratório do indivíduo, conclui-se que a ação é mais rápida se a vítima estiver de estômago vazio-Terminou Van Pelt

—Lisbon acho que teremos que revistar o laboratório de química também. -Falei

—Cho, e Rigsby na chegaram?-Perguntou Lisbon.

Van Pelt nem precisou responder a pergunta.

—Chefe os Pais de Jessica estão completamente chocados, falaram que a menina nunca teve inimigos, mais que andava comentando que um garoto chamado Julius fazia brincadeiras de maus gosto. -Falou Cho.

—Julius Stanford. Estudava na mesma sala que ela. -Conclui Rigsby.

—Jane onde você vai?-Perguntou Lisbon.

—Devolver o livro. -Respondi sacudindo o livro e sai.