-hum…sim…eu sei quem é! – disse engolindo em seco.

-uau ficas-te branca agora.

-ahh é que… - ela é a puta de merda que está com o meu namorado. – ela é o meu ídolo…

Espero que tenha mentido de uma forma convincente.

-ela é super querida…

-imagino.

Continuamos o caminho sem proferir uma única palavra. Chegámos ao restaurante.

-boa noite menina lovato. Quem é a sua amiga?

-mariana, mr. Lopez.

-buenas noches senhorita mariana.

-buenas noches.

-uh que sotaque bom.

-sou portuguesa…ajuda.

-ahh Portugal sim, tenho familiares lá. É um bonito pais, condiz com a senhorita.

-obrigada.

-mesa 7. John leva estas senhoritas para a mesa 7. – disse o senhor lopez.

O senhor lopez era um homem gordinho, baixinho e moreno. Usava aqueles fatos de cozinheiro branco com um chapéu branco.

O empregado John já vestia um smoking, era alto e razoavelmente atraente.

-sentem-se. – diz.

-o que é que as senhoras vão desejar? – perguntou.

-hum…pode-me entregar as ementas por favor? – diz a demi.

-ohh claro sim.

Passado um minuto o empregado vinha com duas ementas. Fiquei a olhar para a ementa e escolhi um bife bem grelhado com batatas fritas, ela pediu um peixe grelhado.

-eu tenho que pedir coisas leves…estou de dieta. – diz ela depois de o empregado se ter ido embora.

-dieta? Tu estás óptima por amor de deus…eu acho que nunca na minha vida fiz uma dieta…sou gorducha…quero que se lixe. Não estou nem aí…

-não és normal, só pode.

-a diferença é que eu já recebi tanta critica que já nada nem ninguém me afecta.

-pareces ser uma rapariga forte emocionalmente.

-demi parecer e ser vai uma grande diferença. Disfarço muito bem. sabes que mais, não gosto da selena…menti á um bocado.

-e porque é que o dizes agora?

-porque não gosto de mentir.

-mas mentis-te.

-e agora remediei.

-pensei que fosses mais simpática.

-obrigada.

-és arrogante.

-mais uma vez, obrigada.

-para miúda. Assim só afastas os teus amigos.

-confiarei em ti mas tu sendo amiga da selena terias de escolher e obviamente escolhê-la-ias.

-porque raio é que teria que escolher?

-esquece. Desculpa…acordei de mau humor.

-ahh ok.

-então, gostas da tua comida?

-sim e tu?

-também.

O resto do jantar não se falou muito mais. Ela era simpática e tudo mas estva tão zangada com esta cena toda da selena com o justin que nem me abri para ela, não lhe mostrei o quão divertida eu sou. Estávamos a entrar na discoteca passando á frente daquela fila toda de gente que enchia quase a rua toda.

-mariana anda. – diz ela chamando-me.

A musica era boa, havia aquilo do pum-pum que fazia com que quase o meu coração salta-se da boca, o que era muito giro. Ela parou á frente de uma mesa e abraçou uma rapariga por sua vez muito bonita, tanto que até metia inveja. Selena, esta rapariga era a Selena.  Depois de se terem abraçado ela olhou para mim com um sorriso no rosto, muito bonito. Abriu os braços para me dar um abraço.

-deves ser a mariana correcto? A demi disse-me o teu nome. – disse enquanto que me abraçava.

Admito, se não estivesse com um ódio e inveja contra esta rapariga teria-me derretido á sua doçura de pessoa. Ela é muito querida, divertida, simpática, um amor de pessoa. Perfeita para o justin. Sentei-me ao pé delas, num sofá vermelho. Selena tinha ficado a ao meu lado estando de costas para o bar enquanto que a demi ficou com o corpo curvado para falar connosco, ao lado de sel.

-então mariana…tens quantos anos? – perguntou a selena.

-16. Faço anos em Agosto.

-uau adoro esse mês. É verão.

-pois…

-então sel como é que correu a turné? – perguntou a demi.

-muito bem. Havia muitos fãs simpáticos e divertidos. – disse ela.

-sel está aqui a tua bebida amor. – disse uma voz masculina atrás de nós.

Uma onda de calor percorreu a minha espinha.

-ohh obrigado amor. senta-te aqui connosco. – disse ela “dobrando” a cabeça para trás sorrindo e dando um beijo ao rapaz.

Eu sabia que era ele. Já que eles estavam a namorar, o melhor é que ele ainda não me tinha visto. Levantei-me do lugar para ele se sentar ao lado … da namorada.

-olá. – disse cumprimentando-o.  Ele ficou muito chocado a olhar para mim com a bebida dela ainda na mão.

-jus esta é a mariana. Mariana este é o justin. – disse ela apresentando-nos cordialmente.

-nós já nos conhecíamos. – disse justin dando um beijo na mais recente namorada.

Olhei para as minhas mãos e vi o meu anel que ele me tinha dado. Só nós os dois sabíamos do significado.

-bonito anel. – comenta a selena.

-obrigado.

-de nada. Não concordas amor?

-é sim. – disse engasgando-se.

-desculpem importam-se que convide o meu namorado? – perguntei olhando directamente para o justin.

Ele olhou para mim com tristeza nos olhos.

-não querida claro que não. – disse sel.

Liguei para ele.

-estou? – perguntou.

-estou? Gonçalo? Consegues ouvir-me? – perguntei.

-sim, sim. O que é que se passa?

-nós viemos para uma discoteca queres vir? – perguntei.

-claro. Onde é?

-ahh espera vou passar á demi. Ela sabe melhor do que eu. – disse. – demi diz aqui ao Gonçalo onde é a discoteca.

-ok miuida. Estou olá, eu sou a demi. Olha sabes aquela rua em que começam os bares? É logo o primeiro. NC, é o nome dele. Tchau. – disse entregando-me o telemóvel.

Justin e a selena levantaram-se e foram para a pista de dança. Começaram a dançar black eyed peas, the time of my life.

Gonçalo logo encontrou-me e deu-me um beijo delicado.

-foste rápido.

-estava aqui perto.

-ahh ok.

-olha, aquele ali não é o justin?

-sim ele está na nossa mesa.

-mariana… -falou ele muito triste.

-desculpa. – disse abraçando-o.

-não chores.

-eu não estou a chorar…só tinha uma coisinha no olho mas já saiu.

-pois…as raparigas e as coisas nos olhos. – disse acabando por nos rir-mos.

-queres dançar? – perguntei.

-claro. – disse e começou a dar uma musica de Michael bublé, sway.

Era uma musica que se tinha que dançar o tango. Eu comecei a andar até ele com uma sensualidade extrema e começámos a dançar. Surpreendeu-me bastante ele conseguir dançar tango. Muitos olhavam para nós. Justin interrompeu a nossa dança começando a dançar comigo. Olhei para Gonçalo que estava muito furioso, confusa.

Justin dançava mil vezes melhor, tinha que admitir. Ele levantou a minha perna fazendo com que ela rodeasse a sua cintura e depois baixou-me e passou a sua mão pela minha cintura, discretamente.

Olhei de novo para Gonçalo e ele estava agora com tristeza e derrota misturada naquele olhar irritado. Selena olhava para justin embasbacada mas sorrindo. Ela tinha confiança no namorado, percebi.

-é assim que se dança… mariana. – disse ele sussurrando ao meu ouvido.

O meu sangue todo congelou. Era aquele efeito que ele tinha em mim. Só o seu olhar metia-me louca. O seu corpo fazia-me alucinar e aquele sorriso…matava-me. Estava irrevogavelmente apaixonada por ele. Cada célula do meu corpo amava aquele ser que me roubou o coração. Acabou a musica e muitos aplaudiram-nos.

Comecei a ter uma dor alucinante e gemi de dor. Fora no sitio que tinha levado a facada. Comecei a chorar com dor. Ela abrira, só podia ser.

-mariana, mariana, estás bem? – pergunta ele muito preocupado.

-gonçalo…por favor leva-me para o hospital…a costura rebentou. Está a deitar sangue eu sinto. Gonçalo por favor…

Ele olhava para mim com uma mágoa tão grande, um ódio tão grande.

-ele é que te pôs nessa asneira ele que te tire… - falou ele com uma frieza.

-não acredito no que acabas-te de dizer. – disse muito estupefacta.

-ouviste muito bem, adeus. – dizendo isso foi-se embora.

-justin…

-mariana em que asneira é que eu te meti?  - pergunta ele.

-não posso dizer, para o teu bem. levas-me para o hospital?

-claro. Mariana…mariana…não… - já não consegui ouvir mais nada.

Acordei e estava numa sala branca, numa cama com uma máquina a fazer pipipi, hospital, conclui. Estou num hospital. Olho para o lado e lá estava o justin com uma camisola manga comprida com um capaz na cabeça a dormir.

-justin…justin… - sussurrei.

Odiei-me por tentar acordá-lo. Coitado do rapaz ele fez-te um favor de te trazer para o hospital e tu ainda agradeces acordando-o. Ele pelo menos sempre foi melhor do que o teu namorado.

-mariana?

-desculpa…justin. – disse começando a chorar.

Ele fez a coisa mais inesperada que alguém podia ter feito no momento.