-já tinha tantas saudades tuas! – disse correndo até ele.

Ele o meu amigo.

-eu também tinha muitas! – disse Gonçalo.

Abracei-o e ele enrolou os seus dedos no meu cabelo.

-e onde é que vais ficar? – perguntei.

-num hotel. Mariana tu e o justin não estão mais pois não?! – perguntou.

-não não estamos.

-e tu querias? – perguntou. Parecia que ele tinha medo da minha resposta.

-queria o que?

-acabar…

-não…

-mas foste tu.

-fui quase que obrigada.

-ah?

-não é nada demais.

-mariana… - disse olhando nos meus olhos. – para mim todos os teus momentos são importantes.

-omg isso foi lindo. – disse.

-é…ás vezes tenho os meus momentos.

-aquilo foi tudo muito rápido … num momento eu estava a ir ter com o justin ao quarto no outro estava uma rapariga a esfaquear-me e a dizer para eu me afastar dele senão, ele iria magoar-se. Ele e a família. Por isso decidi ir-me embora muito rápido. Mas ele parece que nem me amava…ele está com a selena. Mas ainda ontem telefonou-me num telefonem desesperado para que eu volta-se para ele. Eu sinceramente não percebo.

-talvez não te ame o suficiente. Se calhar existem outros tipos que te merecem mais e que te dariam o devido valor.

-e quem por exemplo? Diz-me é que eu ainda não encontrei.

-eu por exemplo. – disse ele olhando para os meus olhos.

-ahhh eu não sei o que dizer.

-então, não digas nada. – ele pôs uma mão na minha cara e comecei a aproximar-se. Eu já conseguia sentir o seu hálito e era óptimo. Afastei-me rapidamente dele.

-queres comer alguma coisa? – perguntei com cara de parva como se não tivesse passado nada.

-ahh não obrigada. – disse ele meio atrapalhado com a pergunta idiota para o momento.

-ouve para mim é complicado. Eu amo o justin. Se eu te beijasse estaria a trai-lo.

-mas ele está a fazer o mesmo.

-se eu me atirasse para um poço tu também te atiravas?

-sim…só para ficar ao pé de ti.

-por amor de deus Gonçalo. Para com isso sim?! Tu não me amas… é apenas uma ilusão do teu coração.

Ele pegou na minha cara olhando seriamente para mim um pouco irritado.

-podes me dizer tudo…mas NUNCA , mariana nunca, digas que eu não te amo. Sempre te amei. Desde o parque lembras-te? Eu lembro. Tu estavas lá sentada…foi amor á primeira vista.

-mesmo assim Gonçalo…ele feriu-me, ele foi o primeiro a mexer no meu coração.

-deixa-me amar-te mariana. Com o meu amor eu irei curar-te as feridas, com os meus beijos irei preencher os espaços vazios massacrados … mas por favor dá-me apenas uma oportunidade.

-eu… - não consegui acabar pois ele beijava-me com uma paixão arrebatadora.

-o que achas? – perguntou.

Eu estava com os olhos fechados…e incontrolavelmente, lambi os meus lábios. Desta vez fui eu que o puxei para mim. Ele começou a passar as mãos pela minha cintura, mas percebi que não queria abusar com medo. Para lhe mostrar que ele podia abusar meti as mãos no seu rabo. Ele estremeceu com esse toque e rapidamente pegou no meu rabo e meteu-me em cima da bancada da cozinha. Começou a dar beijos no meu pescoço. Gemi quando ele deu um beijo no meu peito.

-g-gonçalo…?

-sim?

-não achas que estamos a levantar demasiado a fasquia para a nossa primeira vez?

-és virgem mariana? – disse ele  a ronronar ao pé do meu pescoço ignorando o que tinha acabado de dizer.

-não.

-com quem é que a perdes-te? Ou espera já sei…não digas não digas justin bieber? Acertei. Meu deus… - disse ele com um tom muito sarcástico.

Dei-lhe um estalo. Ele parou com as carícias e ficou a olhar para mim muito serio.

-desculpa desculpa…eu eu não devia ter dito nada. Foi apenas um ataque de ciúmes. Não fiques chateada.

-tarde de mais querido.

-por favor mariana…

-já está a ficar tarde queres dormir cá?

-são que horas?

-11 da noite.

-pois…não te importas?

-não claro que não.

-eu trago-te uns cobertores e tu dormes no sofá pode ser?

-sim…seria melhor na mesma cama que tu…

-eu não me conteria e eu tenho que estar chateada, não te esqueças.

-uns beijinhos não melhorariam a tua disposição…?

-só se fossem mesmo bons…

-eu juro que me vou esforçar. – disse vindo na minha direcção.

Não me chamem de puta nem nada, mas é diferente. Eu já tinha uma amizade com o Gonçalo, estou carente…e ele ama-me. Porque não aproveitar? Só os outros podem ser felizes? Eu não tenho direito? E quem sabe se ele não me faz deixar ou esconder o meu amor pelo justin? E quem diz que eu já não me sentia atraída por ele? Á pois…eu sentia. Todas ficariam no meu lugar. Giro, querido, simpático…PERFEITO!

Pegou em mim e começou a andar em direcção á cama.

-não quero sexo. O máximo é langerie.

-ok chefe. Então eu vou até ao máximo. Eu ainda não sei se estou preparado para tirar a minha virgindade….por isso.

-és virgem? Um homem como tu? Nunca te ofereceram?

-sim mariana…já me ofereceram…não foi falta de oferta só que eu nunca tinha encontrado nenhuma rapariga á altura. Tem que ser especial, percebes?!

-sim…percebo. Poderei ser eu?

-o que?

-noutro dia e quando estiveres preparado…poderei ser eu?

-sim…sim minha princesinha.  Com certeza. Seria a maior honra das honras.

-adoro-te. Estou-te a depositar a minha confiança e um pouco do meu coração…aproveita e não o machuques por favor.

-não…seria imperdoável. Eu dou-te tudo, o meu amor, coração, alma inclusive o meu corpo. Faz o que quiseres com isto mas não me deixes.

-ok

Abracei-me a ele e deitei-me. Ele pôs-se por cima de mim e começou a distribuir beijos por todo o meu pescoço e rosto. Tirou a minha camisola beijando o meu peito e a minha barriga…

-hum…sabes bem. cheiras bem….meu deus, tu és perfeita. – corei de imediato. – inclusive és linda quando coras.

-pois pois. – ele riu-se.

Tirou as minhas calças e começámos a beijar-nos. Na minha mesinha de cabeceira o meu telemóvel começou a tocar. Ele continuou e beijar.

-g-gonçalo…deixa-me.

-esquece o telemóvel…somos só nós.

-pode ser algo importante. – disse dando uma gargalhada. Ele agora dava beijos no meu pescoço enquanto que eu tentava alcançar o meu telemóvel. Atendi logo.

-olá. – disse.

-olá. Falo com a mariana? – perguntou uma voz feminina.

-ahh…sim. Quem é?

-sou a demetria.

-desculpe…não conheço ninguém com esse nome.

-certamente que não conhece pessoalmente mas pelas revistas não? Demetria lovato, não conhece.

-o seu apelido é-me conhecido mas a rapariga chama-se demi lovato.

-sim…esse é o nome que me conhecem mas o meu nome verdadeiro é demetria.

-ohh desculpa então.

-não faz mal.

-e a que é que se deve este telefonema?

-eu queria combinar um encontro…sabes contigo. E que tal almoçarmos amanhã juntas?

-almoçar? Hum…poderá ser jantar? É que almoço na escola e o horário é meio apertado.

-ah sim claro. Então amanhã? Onde vives?

-provisoriamente, no colégio high school NY.

-hum…o meu motorista deve saber o caminho. Olha importas-te que leve uma amiga? Ela chegou da sua turné e daqui a uma semana vai-se já embora…por isso amanhã poderá o único dia em que ela poderá estar comigo.

-ah sim claro. É na boa.

-ainda bem. então posso te ir buscar ás 8 e meia da noite?

-sim. Ok beijos.

Não me tinha apercebido que ele tinha parado de distribuir beijos. Agora, ele olhava para mim.

-então? – perguntou ele curioso.

-demi lovato. Vamos jantar as duas amanha.

-hum…ok. – disse ele. – boa noite.

-boa noite querido.  – dizendo isto, adormeci.

 Acordei no outro dia de manhã sobressaltada pois já estava MUITO atrasada.  Nem tomei banho, vestindo apenas uma t-shirt normal com umas bermudas.  Lavei os dentes e a cara. Penteei o meu cabelo apenas com os dedos. Cheguei ao pé dele e beijei-o.

-bom dia, adeus. – disse.

-adeus. – disse voltando a dormir.

Comecei a correr que nem uma ideia e entrei na aula de educação visual. Arg…desenho não é comigo.

Bati á porta.

-sim?

-stora, posso entrar? – perguntei para uma mulher irritantemente magra com um vestido que mais parecia ir para um baile. A maquilhagem era carregada essencialmente com o lápis preto, tendo o rímel e um batom vermelho. Tinha o cabelo como as bailarinas de ballet mas conseguindo ser ainda mais perfeito.  A sua cara era muito severa dando uma imagem de uma professora dura.

-não devia. Mas estou de bom humor hoje por isso leva apenas uma falta ao primeiro tempo. – disse ela. Tendo também um sotaque francês.

1 minuto com ela e já a odeio. Meu deus, esta mulher bateu o recorde dos recordes.

-desenhem uma paisagem. Têm até ao resto da aula depois quero os trabalhos em cima da mesa.

Eu esforcei-me mas…aquilo mais pareciam uns rabiscos feitos por uma rapariga do primeiro ano. Eu sou mesmo má para estas coisas no final quando fui entregar o desenho a stora olhou para ele com cara de quem ia vomitar a qualquer momento. “Que horror” disse ela.  

O resto do dia foi sereno. O almoço foi com muitas risadas até que cheguei finalmente em casa.

Tomei banho e sequei o meu cabelo deixando-o com caracóis soltos. O vestido era lindíssimo e ficava-me muito bem. http://www.polyvore.com/cgi/set?id=30295897&.locale=pt-br

-hum…onde é que vais? – perguntou o Gonçalo quando eu fui á cozinha beber água. – acho que não te deixo sair de casa assim…alguém ainda te rouba… não pode ser.

-gonçalo. Assim vais-me deixar vermelha.

-ohh ‘tadinha ahaha

-gonçalo José!

-eu não sou Gonçalo José.

-que seja. Vá…chega-te para lá. – disse sentando-me ao lado dele no sofá. Estava a dar um filme.

A campainha tocou. Vou á varanda e vejo um Mercedes parado á frente da escola e logo de imediato recebo uma mensagem da demi a dizer que estava á minha espera.  Sai do quarto e fui até lá em baixo. Ela estava com um vestido, muito mais aperaltada do que eu…parecia que ia sair  á noite.

-olá. – diz ela cumprimentando-me com dois beijos na cara.

-olá. – digo.

-entra. – diz ela estendendo a mão para a porta agora aberta.

Entrei e acomodei-me.

-então…estás muito bonita. – digo.

-obrigada. Tu nem se fala. Como hoje é sexta-feira…amanhã não há aulas pensei que pudéssemos sair á noite, o que achas?

-claro. Para mim é uma óptima ideia.

-ainda bem. vamos jantar num restaurante perto da zona dos bares. Já conheces nova yorque?

-como é que sabes que eu nunca vivi aqui?

-longa historia…

 -eu tenho tempo. Já agora tenho outras perguntas. Como é que conseguis-te o meu numero?

-foi o justin.

-justin?

-sim…justin bieber. – disse como se fosse obvio.

-e por que raio é que ele te deu o meu numero?

-porque eu lhe pedi. Olha eu quando te vi na tua escola achei que eras muito simpática…e eu já tenho tido falta de gente simpática e honesta na minha vida. Não quero ir outra vez para a reabilitação. Os meus fãs são óptimos e eu adoro-os a cima de tuda mas…preciso de uma amiga não de uma rapariga que vai concordar com tudo aquilo que eu diga ou faça só por ser famosa ou seu ídolo. Percebes?

-sim… eu percebo. Então obrigada.

-de que?

-por tentares criar uma amizade comigo.

-ah de nada. Olha sobre a minha amiga ela disse que só pode estar connosco quando sairmos.

-quem é ela?

-ela?

-sim a tua amiga.

-é a sel.

-sel?

-olha eu tenho aqui uma foto dela…eu mostro-ta.

Gelei por dentro quando vi a foto. Era ela…com ele…aos beijos.