Voltando no Tempo escrita por Anpa, Katie


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou muito triste. Em nenhum dois dois últimos capítulos eu e a Paula conseguimos o número de reviews solicitados. O que houve?



Sério mesmo, obrigada a todos aqueles que comentaram, e comentam sempre. Bem vindos de volta aos leitores que nos acompanharam na CdF e agora chegaram aqui na VnT.



Eu demorei um século pra postar esse capítulo por dois motivos:



1- Eu não consegui tempo para escrevê-lo. Sinto muito. Eu até chegava a escrever algumas coisas nas aulas, mas depois eu as descartava, porque elas não estavam agradáveis ao meu ver.



2- Eu estava esperando todos os reviews pedidos. Mas não consegui. E cansei de esperar. Sério mesmo! Isso é triste.



Mas... que seja.



Aaah, sim... A PaulaCouto ainda não viu este aqui completo. EU acabei perdendo um pouco do contato com ela e com muitas outras pessoas que falavam comigo, não só aqui do site, mas no geral, porque eu realmente ando atolada com a escola. Na primeira semana começaram minhas provas semanais, e na segunda começaram as outras provas, e semana que vem começam as outras. Estou enlouquecendo! Hoje, felizmente, é aniversário da cidade e eu não tive aula, então pude tirar um tempo para vir aqui e aprimorar o capítulo. Mas só. Daqui a pouco vou fazer uma maquete do ouvido, escrever dois textos, fazer no mínimo vinte páginas de tarefa, e por aí vai... Como eu disse, estou enlouquecendo!



Mas saibam: por mais que eu demore pra postar, ou por menos que eu apareça, eu nunca vou abandonar isso aqui. Essa fic, assim como cada um de vocês, leitores, entrou na minha vida como parte de mim.



Muito obrigada a todos aqueles que nos acompanham e que, apesar da minha demora em aparecer, continuam lendo e comentando na fic. Amo todos e cada um dos leitores dessa Fic e, mesmo sem consentimento, já adotei todos vocês como minha família virtual kkkk



Enfim... Acho que chega de escrever. Espero que gostem disso aqui. Eu ainda não me decidi se EU gostei. Mas enfim.... Estou indo agora, ainda tenho muito a fazer. Até a próxima, amores da minha vida!



Aaaah... e Eu juro que ainda respondo os reviews do capítulo 7 que não estão respondidos, ok? é que eu estou realmente sem tempo pra nada ultimamente.



Acho que é isso.



Mais uma vez, me desculpem pela demora. A culpa é exclusivamente minha.



Até loguinho, lindos!



Beeeeijiiinhoos!♥



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No capítulo Anterior…

James bufou, e Marlene subiu as escadas para trocar de roupa. Depois de algum tempo esperando, James viu a ruiva descer as escadas acompanhada das amigas. Sorriu, levantando-se e estendendo a mão para que caminhassem juntos.

Lily sorriu e aceitou a mão do maroto. Naquela tarde ela iria apenas se divertir e conhecer mais o verdadeiro James Potter. Naquela tarde ela seria apenas Lily Evans.

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Capítulo 9

Lily, Lene, James, Harry, Sirius e Remus, acompanhados por Emmeline Vance e Dorcas Meadowes, duas colegas de dormitório de Lily e Lene que seriam os pares de Remus e Sirius, respectivamente. O grupo logo tomou uma carruagem, e a conversa alegre se instaurou entre eles.

A viagem se passou entre conversas amenas na carruagem dos casais, e logo eles já se viam parados em frente à entrada do vilarejo. Remus e Emmeline já foram logo caminhando em direção ao café da Madame Puddifoot. Lene puxou Harry para a Dedosdemel, e Sirius, acompanhado de Dorcas, deixando Lily sozinha com James, com a promessa de todos se encontrarem no Três Vassouras próximo às duas da tarde.

— Então... — começou James, se virando contente para a ruiva ao seu lado. — Aonde quer ir?

Lily o encarou por alguns minutos e tombou a cabeça para o lado, pensativa. Alguns segundos depois, ela sorriu levemente para o moreno.

— Me surpreenda. — ela demandou, fazendo James sorrir largamente.

— Confia em mim? — ele perguntou com um ar maroto. Ela assentiu sem desfazer o sorriso.

O moreno tomou a mão de sua acompanhante e a puxou para dentro da floresta, onde havia uma trilha apagada no chão de terra fofa. James a guiou rapidamente por entre as árvores, seguindo a trilha como se a conhecesse havia anos. E talvez o fizesse, mas isso não importava. Lily deixava-se levar pela sensação prazerosa outrora desconhecida que a presença do Marauder lhe proporcionava.

Após alguns minutos de uma maravilhosa corrida, James parou, e Lily fez o mesmo. O moreno sorriu e a jogou por sobre o ombro, como um saco de batatas.

— James! — a ruiva ralhou em meio a risos. — Me ponha no chão!

O moreno gargalhou.

— Não! — retrucou ele simplesmente com um sorriso imenso. Lily riu e relaxou o corpo, aproveitando a ‘carona’. Ele andou por mais alguns minutos, sem demonstrar qualquer sinal de esforço por carregá-la, e parou subitamente, depositando-a no chão com cuidado e delicadeza. — Chegamos — o moreno anunciou, abrindo os braços, demonstrando um belo bosque de flores coloridas, onde se podia ver e ouvir a água corrente de um cristalino riacho.

Lily olhou ao redor, bestificada com a beleza do lugar.

— Gostou? — o garoto perguntou esperançoso, olhando Lily com os olhos brilhando. A garota riu com a pose infantil dele e suspirou sonhadoramente.

— É... Lindo. — ela disse sorrindo docemente. — Perfeito, eu diria. Obrigada por me trazer aqui.

James, se possível, alargou mais ainda o sorriso e envolveu a ruiva num abraço apertado, sentido o encaixe perfeito dos dois corpos e inspirando o perfume que tanto lhe encantava.

— De nada. — ele disse, ainda a abraçando — Obrigado por confiar em mim, e por vir comigo até aqui. Você é a primeira pessoa que eu trago a este bosque. Eu nunca mostrei este lugar nem para os garotos.

Ao ouvir as palavras do garoto, Lily apertou mais ainda seus pequenos braços ao redor dele, sentindo o delicioso odor másculo que exalava de seu corpo. Ali, envolta nos braços do Marauder que sempre lhe causara repulsa, Lilian se sentia bem; protegida, como se pertencesse a ele, desejando que aquele maravilhoso abraço não se desfizesse nunca.

James a soltou algum tempo depois. Se foram minutos ou horas que se passaram, eles não saberiam dizer; a única certeza mútua era que o fim do abraço trazia a ambos um vazio inesperado, inconfortável.

— Então... — o moreno pigarreou. — O que quer fazer?

Lily encarou os olhos avelã, se sentindo um tanto confusa quanto ao turbilhão de sentimentos que a invadiram quando os fortes braços do moreno lhe envolveram e, posteriormente, lhe soltaram.

— Eu não seu. — ela sorriu brevemente. — O que sugere?

James sorriu mais uma vez para a ruiva e estendeu-lhe a mão. Lily suspirou, deixando de lado a parte de si que insistia em repudiar a imagem do garoto Potter à sua frente e seguindo, pela primeira vez em anos, a voz em sua cabeça que insistia em dizer: “Vá em frente. Arrisque”.

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Harry e Lene, mais uma vez interpretando um casal apaixonado, andavam pelas ruelas banhadas por raios amenos de sol de Hogsmeade. Os dois conversavam tranqüilos com as mãos entrelaçadas, enquanto caminhavam lentamente por entre o mar de estudantes e bruxos que visitavam o vilarejo.

Em certo ponto do passeio, um moreno de olhos cinzentos passou risonho ao lado deles, envolvendo uma loira de olhos azuis cristalinos pelos ombros com seu braço musculoso. Marlene, que falava animada sobre qualquer assunto relacionado às finais do atual campeonato de Quidditch — que era liderado de longe pela Holyhead Harpies, fato que dava ainda mais entusiasmo à fala da morena —, olhou a cena com olhos lacrimejantes, e parou subitamente seu relato.

Harry observou Sirius Black se afastar com Dorcas enquanto sua pseudo-namorada se recuperava silenciosamente. O garoto Potter sorriu divertido para a morena ao seu lado, e falou displicentemente, com um tom de incredulidade quase oculto pela voz marota:

— Você gosta dele. — afirmou o de olhos verdes.

Os olhos muito azuis da morena se arregalaram, e ela sentiu suas mãos suarem frio.

— O q-quê? — gaguejou ela. Harry riu.

— Sirius. Você gosta dele. É tão óbvio! — o dos olhos verdes afirmou.

Lene pigarreou, tornando a falar com uma voz mais firme.

— Eu não sei do que está falando, Potter. — o semblante aristocrático da garota se fechou rapidamente, de forma que se tornasse um tanto sombrio e misterioso.

— Não se preocupe. Não vou contar. — gargalhou o rapaz, levando um tapa no ombro, deferido pela pseudo-namorada. — Mas, enfim... Acho que esse nosso namoro já deu o que tinha que dar, não? Talvez seja melhor criarmos logo uma cena para acabar com tudo. O que acha?

Lene o olhou por alguns segundos, e, após ponderar um pouco, assentiu lentamente, com incerteza expressa em seu olhar.

— E, quem sabe, depois disso, nós não trabalhamos no seu possível-futuro-relacionamento com o Sr. Black? — o moreno sorriu marotamente, levando outro tapa da moça, apenas fazendo-o gargalhar ainda mais.

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Sirius, após algumas horas na companhia de Dorcas, conseguiu despistá-la para se embrenhar pelos corredores repletos de alunos de todos os anos de Hogwarts da grande filial da Zonko’s. O moreno transitava naturalmente pelas prateleiras, checando tudo e rindo com os novos produtos.

Havia alguns dias que ignorava o ‘namoro’ de Lene e Harry (com muito esforço), apesar de não entender o motivo de sentir seu estômago revirando a cada beijo trocado pelo ‘casal’.

Distraído, o rapaz mal notou quando uma pequena garota loira de seus quinze anos muito alegre e risonha esbarrou nele, levando os dois corpos ao chão.

— Eu... Me desculpe — disse a garota um tanto corada, mas ainda sorridente. — Eu não te vi.

Sirius riu.

— Tudo bem. Só tome mais cuidado para não trombar com algum Sonserino metido — disse o moreno rindo, e a expressão da garota se converteu de doçura a desdém de forma assustadora.

— Ah, sim, como não o reconheci antes? — ela disse com depreciação. — A escória dos Black que se acha superior aos demais membros da família. Hmpf. Ainda bem que não foi parar na Sonserina. Você não é digno da pureza do sangue. Volte para seus amiguinhos Grifinórios nojentos, Black, e pare de poluir os corredores com o lixo que você e seus amigos são.

Com essas palavras, a loirinha deu as costas ao moreno, deixando-o bestificado e confuso com as palavras proferidas por si, parado no meio do corredor da grande loja de logros.

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Remus andava ao lado de Emmeline absorto numa discussão agradável, na qual ambos contavam sobre si tranquilamente. O rapaz sorria levemente para a garota, fazendo-a ruborizar levemente. Ao perceber isso, o garoto se repreendia internamente, pois, por mais adorasse a companhia de Emmeline, não queria se apaixonar por ela, ou fazê-la se apaixonar — apesar de saber que a primeira parte era vã, pois o castanho já se descobrira ‘interessado’ na garota havia tempos, desde seu terceiro ano, mas nunca tivera coragem de tentar alguma coisa —, para que não a pusesse em risco.

Sirius e James sempre o criticavam por esse pensamento, mas ele não conseguia evitar. Era um monstro, e tinha consciência disso.

— Hey! — ela chamou com um sorriso tímido. — No que está pensando?

Remus a encarou sorrindo, mas a garota pôde ver uma sombra de tristeza perpassar seu olhar. Ela o abraçou, e ele apenas retribuiu, apertando-a contra si. Emmeline afastou sua cabeça minimamente, e encarou profundamente os olhos castanho-claros do rapaz.

Não se sabe ao certo quem começou, mas, instantes depois, os adolescentes se viram envolvidos num beijo terno, mas intenso.

O Lupin se entregou ao beijo por alguns instantes, esquecendo de tudo; para ele, no momento em que seus lábios encontraram os de Emmeline, tudo à sua volta sumiu por alguns instantes: não havia Hogwarts, não havia Marauders, não havia Licantropia. Mas, em um momento de lucidez, tudo veio à tona, e Remus se separou da garota Vance de supetão, deixando-a um tanto confusa.

— Eu... Eu... — gaguejou o garoto desconfortável — Me desculpe.

E, sem mais palavras, ele se virou e saiu deli, correndo em direção à floresta, no intuito de pensar um pouco e se acalmar.

Emmeline olhou para o ponto onde o castanho desaparecera com lágrimas em seus belos olhos verde-acinzentados*.

{* N/Katie: Não há descrições físicas de Dorcas Meadowes, Marlene McKinnon, nem de Emmeline Vance, mas eu vejo a Lene como cabelos pretos e olhos azuis, a Dorkie loira de olhos também azuis, e a Emmie com cabelos castanhos ondulados e olhos verde-acinzentados... Sei lá... Vai na definição de vocês. E... argh! Eu to me mordendo pra não escrever os nomes originais! L Eu acho ‘‘Remus’’ e ‘‘James’’ tão mais sonoro... Mas respeitemos a tradutora, não?}

Então, a garota se virou e correu em direção ao Castelo.

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Horas depois, Remus, Lily, Sirius, James, Harry e Lene se encontravam no Três Vassouras. As garotas estranharam a ausência das outras duas. Sirius sorria para um grupo de Corvinais algumas mesas de distância. Remus tinha uma expressão pesarosa. Lily e James sorriam um para o outro. Harry e Lene fingiam indiferença mútua, mas ambos observavam as ações dos amigos.

— Então... — começou Harry incerto, atraindo as atenções para si. — Quem quer cerveja amanteigada? Eu vou lá buscar... Já volto.

— Eu vou junto. — disse Sirius prontamente. Ao que parecia, também não estava gostando nem um pouco do clima impessoal que se instaurara naquela mesa.

Os dois morenos se levantaram e foram até o balcão. Quando retornaram, porém, todos puderam ouvir estalos estrondosos de aparatação e, em seguida, gritos aterrorizados. Harry, Sirius, Lene e Remus correram para fora do lugar, deixando Lily e James tomando conta dos demais alunos como Monitores-Chefe.

Quando irromperam pela porta, Harry e seus amigos do passado constataram o óbvio: Hogsmeade estava sob ataque. Mas não um simples ataque: os Comensais encapuzados de Voldemort se encontravam em peso ali. Sem pensar muito, Harry conjurou um belo Cervo Prateado e enviou, por ele, uma mensagem a Dumbledore. Sem parar para raciocinar, o garoto Potter se embrenhou no meio dos Comensais, duelando ‘‘de cara’’ com cinco deles.

Remus, Sirius e Lene o encararam bestificados, mas logo se recuperaram e, como o moreno fizeram segundos antes, seguiram para a batalha.

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Albus Dumbledore se encontrava em seu escritório com Alastor Moody e Kingsley Shacklebolt, e os dois homens lhe passavam o relatório semanal do andamento de sua Ordem. Cada vez mais ataques assolavam a população bruxa e trouxa, e os índices de morte eram preocupantes.

Moody falava algo sobre Comensais disfarçados em Londres, quando um belo Patrono em forma de Cervo irrompeu no escritório do Diretor.

Diretor, Hogsmeade está sob ataque. Reúna a Ordem, os professores e alguns aurores, e venha com eles o mais rápido possível. Há alunos tentando contê-los, eu, dois dos Marauders e Marlene McKinnon ente estes, mas acho que os setimanistas e poucos moradores da vila não irão durar muito, então seja rápido.

Tão logo o Cervo se dissipou, Dumbledore se levantou, e Olho-Tonto e Kim, entendendo a mensagem, se dirigiram rapidamente à lareira, indo à sede da Ordem e ao Ministério, respectivamente, enquanto o diretor da Escola caminhava rapidamente pelos corredores, lançando Patronos para os professores, convocando-os para acompanharem-lhe até o povoado, e alertando Poppy Pomfrey sobre o ataque, dizendo-a para se preparar para cuidar de possíveis feridos.

Com um suspiro o velho diretor se encaminhou até o Hall de Entrada, e esperou ali por alguns segundos, até que McGonagall apareceu.

— Albus, mas o que... Hogsmeade está mesmo sob ataque? — ela perguntou com um semblante perplexo e extremamente preocupado.

Dumbledore abaixou os olhos e consentiu, fazendo a mulher o olhar por alguns minutos e se retirar dali rapidamente, voltando ao mesmo tempo em que os demais professores chegavam.

— Aonde... — começou o diretor para a professora.

— Fui avisar aos alunos mais novos e aos que não foram ao vilarejo que ficassem nos Salões Comunais. Não os quero vagando por aí com Comensais da Morte próximos do Castelo. Não podemos arriscar e, como a escola ficará sem proteção com os professores fora... — ela explicou rapidamente, sacando a varinha e apontando-a para duas estátuas que ali se encontravam. — Piertotum Locomotor. (N/Katie: desculpa, gente, não resisti! Kkk)

As duas estátuas que jaziam nas extremidades do local começaram a se movimentar pomposamente, se postando em frente às portas de carvalho de forma protetora. Dumbledore sorriu para as estátuas e, acompanhado por todos os professores da escola, correu em direção à luta que se instaurava no povoado.

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Dentro do Três Vassouras, Lily e James guardavam a porta, impedindo os alunos assustados de tentarem sair dali, e abrindo passagem somente aos feridos que conseguiam se arrastar até o bar, onde tinham seus ferimentos limpos com água e esterilizados com Firewhisky.

James encarava as portas do local ansiosamente, sentindo a necessidade de abandonar o posto e se juntar ao combate, mas se utilizando de um esforço sobre-humano para não sair dali e se juntar aos amigos.

A ruiva olhou pesarosa para os estudantes de sexto e sétimo ano que saíam da luta. Muitos estavam cansados e feridos, e já não se agüentavam em pé. Outros foram trazidos inconscientes pelos amigos, que, depois, estes retornaram à batalha para impedir que o vilarejo e o Castelo que tanto amavam.

A garota olhou, então, para o moreno ao seu lado que, apesar de querer lutar ao lado dos amigos, se encontrava ali, guardando os alunos mais novos que não teriam base suficiente para lutar. Isso a fazia admirá-lo mais do que já fazia. Por fim, a ruiva suspirou e se dirigiu à mesa onde um par de monitores quintanistas da Corvinal se encontravam aflitos.

— Annabelle, Steven, vocês poderia, por favor, substituir a mim e ao James? — Lily os olhou esperançosamente — Estamos perdendo muitos números, e acho que eu e ele devemos ajudar.

Os Corvinais a olharam com seriedade e assentiram mutuamente, se levantando e acompanhado a Monitora-Chefe até onde James estava.

— Jay. — chamou Lily. — Vamos. Annabelle e Steven irão nos substituir. Duas pessoas podem não fazer tanta diferença, mas eu e você precisamos ir até lá.

O moreno a olhou por um breve momento, e estendeu sua mão à garota, que aceitou sem hesitação. Sussurrando um ‘Não se esqueça que eu te amo’ ao pé da orelha da ruiva após envolvê-la num caloroso abraço, o moreno abriu as portas do bar e, ao lado da garota que tanto amava, seguiu para o combate.

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Estupefaça! — o moreno de óculos redondos e olhos verdes berrou, se desviando de mais um feitiço de um dos comensais que tentavam atingi-lo, e acertando seu alvo com precisão, assim como fizera pelo menos com os últimos vinte e nove encapuzados que tentaram atingi-lo. Respirando com dificuldade, Harry Potter relaxou um pouco a varinha entre os dedos e olhou em volta.

A cena era um tanto deprimente. O cenário de destruição eminente invadia a mente do rapaz, fazendo-o se recordar com um aperto no peito da Grande Guerra da qual participara, e de todos aqueles que perdera.

Ali, em no tempo de seus pais, ele visualizou Sirius estancando o sangue de um corte no abdômen enquanto lutava bravamente com outros três comensais; seus braços e rosto possuíam vários cortes, suas roupas estavam rasgadas e sujas. Lene e Remus não estavam muito atrás, assim como Frank Longbottom, Alice Cohen - namorada do Grifinório e a última companheira de quarto de Lily e Lene - e todos os outro alunos e moradores de Hogsmeade.

A morena McKinnon apertava o antebraço contra si, impedindo que o braço sangrasse e batalhava com dois encapuzados. Remus mancava e duelava com três comensais, assim como Frank. Alice lutava com dois, e tinha um corte na testa que jorrava sangue de forma preocupante. E foi com muita surpresa que Harry viu ambos os seus pais duelando harmoniosa e fervorosamente com um grupo de comensais.

Lily e James faziam um trabalho esplêndido. Um defendia o outro, e ambos atacavam de forma eficiente os oponentes.

Avada Ked... — uma voz começou muito próxima do Potter do futuro, e este se virou rapidamente, vendo um comensal apontar a varinha para ele, impedindo-o de fazer o feitiço, e entrando em um duelo com ele e outros seguidores do ‘Lorde das Trevas’ que viam Harry como uma ameaça.

Antes não o tivesse feito.

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Lily desviava dos feitiços que lhes eram lançados e revidava bravamente. Sentia o cansaço e a dor de alguns ferimentos se apoderar de seu corpo, mas ignorava. Tinha que lutar, tinha que ser forte. Por Hogwarts, por sua família, por si... Por James.

As palavras que ele lhe dissera antes de saírem do Três Vassouras ainda ecoavam em sua mente. Não se esqueça que eu te amo”. Será que era realmente verdade? Lily custava a acreditar, mas, tendo em vista a recém-descoberta facilidade com a qual ela levava a amizade de ambos, a ruiva já não duvidava da afirmação do moreno tanto quanto fizera no passado.

Um pensamento. Uma distração. Um momento. Foi tudo o que bastou para que a Monitora-Chefe se desconcentrasse da luta que travava com os projetos de Comensais, de forma que ela não pôde ver um feixe de luz arroxeado partir em sua direção.

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James se encontrava a alguns metros dela, ainda lutando ferozmente, olhando para ela periodicamente para checar a situação de sua garota.

E foi em uma dessas olhadelas que o garoto Potter viu uma Lily um tanto distraída se tornar alvo de um dos Comensais. O encapuzado proferiu um feitiço qualquer na direção da garota, mas esta, ao contrário do moreno de olhos avelã que assistia a cena, não notou que estava prestes a ser atingida.

Devido à distância, a única coisa que James Potter conseguiu fazer foi soltar um grito com um desespero quase palpável.

— LILY, NÃO!


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