Bella POV

 

 

Numa sexta fera nos mudamos.

 

Finalmente chegamos naquele lugarzinho no meio do nada, Forks, bem... Pelo menos nossa casa é linda!!!

 

— Pelo menos é bonita – a Niny disse.

 

— Bonita??? – a Ness perguntou indignada – ela é perfeita!

 

— Concordo plenamente – concordei com minha gêmea.

 

E deu no que deu, ainda bem que chegamos cedo, por que passamos o dia todo ajeitando as coisas.

 

Dividimos assim:

 

Eu cuidava da parte visual, sabe, a parte normal da casa: quartos, salas, banheiros, cozinha (minha parte favorita da casa).

A Nessie cuidava da parte escondida da casa, salas de treino, de tiro, de magia, biblioteca, planetário, sala de reuniões, essas coisas.

E a Niny tava cuidando do laboratório (que é simplesmente enorme!), do salão para a fabricação das armas, da ala mecânica (com tanta coisa que aquelas duas põem nos carros, realmente precisamos de um auto-eletrico aqui em casa, estão mais tunados que outra coisa, só não parecem estar, tanto os carro como as motos).

 

Quando conseguimos acabar tudo, já tava na hora da janta ((isso porque adiantamos tudo com magia)).

 

Então, a Bella pediu para a Ginx um jantar especial.

 

A Ginx é um demônio da limpeza e trabalha pra gente. O que? Não pode ter demônio bonzinho não? Pois bem, tem sim. A salvamos e ao seu bando de um comerciante do mercado negro ((achavam que eram uma espécie de animal desconhecida, ou ETs, sei lá)) Depois que tiramos eles de lá, ficaram muito gratos, e a Ginx, a lider, ficou com a gente, e quando nos fixamos aqui em Forks, o resto do bando apareceu, bem no meio da arrumação, nem queiram ver a cena...

 

Acabamos de jantar, os elfos arrumaram as coisas (eles não gostam de ser chamados de demônios, então ficou elfo mesmo). Combinamos que de manhã íamos dar uma volta, conhecer o lugar, as pessoas...

 

Minha noite foi turbulenta, mesmo estando num quarto perfeito, tive pesadelos, e a impressão de estar sendo observada...

 

 

 

Edward POV

 

 

Depois da reunião e da bronca de hoje, voltei pro meu quarto para ver se conseguia por as idéias pra funcionar.

 

Ta, eu vou parar de matar a minha comida, decidi, não quero ter que ouvir outra bronca do meu pai...

 

— Ahnn, Edward? – disse o Emmett já entrando no meu quarto.

 

— Eu já não disse que antes de entrar eu tenho que dar permissão? – perguntei com a cara séria, mas rindo por dentro.

 

— AFF moleque, cala vai! Vim te perguntar uma coisa...

 

— Pergunte então.

 

— Vamos lá à mansão pra ver as novatas – propôs ele com uma cara de safado do cão.

 

— Ficou louco? Já pensou se alguém pega a gente?

 

— Você só está se esquecendo de uma coisa.

 

— E o que seria Emm?

 

— Esqueceu que a gente é vampiro? Qualquer coisa é só sair correndo, ninguém iria conseguir nos alcançar seu jumento!

 

— Não posso discutir com isso – admiti.

 

— E...? – pressionou o Emm.

 

— OK vamos... Mas reze pra Alice não ver isso – disse já me levantando – se não o pai nos mata!

 

— iiihhhh cara relaxa – disse ele despreocupado – se o seu medo é a Alice, não precisa se preocupar!

 

— E por quê? – perguntei.

 

— Bem... – começou ele fazendo uma cara de safado – o Jass entrou lá a uns 30 minutos e pelo jeito não vai sair tão cedo...

 

— Caramba, esses dois viu, mereço, ¬¬’

 

— Mas cara, vamos ou não?? – perguntou o Emm.

 

— Ta ta, vamos, mas correndo, se não alguém pode nos ouvir...

 

Pulamos direto da minha janela pra não chamarmos atenção, e saímos correndo floresta adentro (nossa casa esta bem no meio dela).

 

Foram só uns três minutos correndo. Chegamos e demos de cara com uma mansão maravilhosa. “Nuss, não é pra menos que a Rose queria essa casa” o Emm pensou.

 

Demos uma olhada em volta, não vimos nenhum alarme, segurança nem nada...

 

— Oxi, que estranho – o Emm disse – se elas realmente fossem ruins, não deveriam pelo menos manter a casa segura?

 

— Nossa Emmett, é a primeira vez que te vejo falar alguma coisa que prestasse! – disse surpreso.

 

— É néh, pior que é mesmo... – ele concordou.

 

— Olha Emm, vai ver essa aparência normal é só fachada, eu vou da uma olhada lá dentro, você fica aqui fora e me avisa se acontecer alguma coisa ta bem? – sugeri.

 

— Ta beleza, vai lá, mas se tiver uma briga, me chama viu, não é pra me deixar de fora...

 

— Ta bom Emm, to indo.

 

Dei mais uma volta na casa pra vê se encontrava alguma janela aberta, e só tinha uma. “Estranho, deve ter ar-condicionado ou sei lá”.

 

Peguei impulso e alcancei a janela aberta no 2º andar. Quando entrei, dei uma olhada geral no que me parecia ser um quarto, tinha três portas, deveria ser a do quarto mesmo, do banheiro e do closet; um quadro cheio de fotos, uma em especial bem no centro, com três meninas se abraçado e nomes embaixo, na ordem, estava: Ness-Bella-Niny, depois me virei e vi a coisa mais linda e tentadora que já tinha visto.

 

Uma humana, a Bella da foto, deitada na cama, usando só uma baby doll preta, com o lençol caído do lado da cama. E o cheiro dela... Nossa, é o cheiro mais gostoso e tentador que já senti. Fui chegando bem peto dela, com os dentes já expostos, com um desejo enorme, só não sei se era do corpo ou do sangue dela, mas tinha que saciá-lo...

 

Quando cheguei bem perto, ela gemeu, mas não era o gemido que eu queria ouvi, era de medo, talvez até de pavor. Congelei, por mais que me doesse, não queria fazer mal aquela garota, mesmo ela talvez sendo uma assassina monstruosa, mas não poderia machucá-la. “Edward Cullen enlouqueceu? Ta ficando louco? Ela é uma humana, tem cheiro de humana, e pode ser uma assassina de coração de pedra, então por que você esta sentindo isso?” me perguntei desesperado, não tinha a mínima idéia de porque estava sentindo aquilo: de um lado, uma vontade enorme de sugar cada gota de sangue dela, mas do outro, sentiria nojo de mim mesmo se fizesse isso.

 

Então, ela eu um gritinho, de medo, deu um pulo e ia cair da cama. A segurei quando só faltava uns 5 cm de distancia do rosto dela para a chão, e a coloquei de volta no centro da cama em menos de 2 segundos. Mas, assim que a segurei, foi como se um tremor passasse por sua coluna e aumentou quando chegou na nuca. E assim que o tremor alcançou o centro de sua nuca, ela acordou assustada, como se tivesse levado um choque.

 

Não pensei duas vezes, sai o mais rápido possível pela janela e corri em direção à floresta com o Emm me seguindo.

 

— Que estranho, tive a impressão de que tinha alguém aqui... – a voz mais linda que já ouvi falou dentro do quarto e consegui ouvi-la.

 

“Bem, até amanhã Bella” – pensei

 

 

 

Nessie POV

 

 

Até que pra uma primeira noite em uma casa estranha e nova, eu dormi bem...

 

Deitei e dormi, que nem pedra. Acordei cedo com a Bells gritando e pulando do lado da minha cama:

 

— Acorda! Acorda! Nosso primeiro dia aqui !!! Acorda, acorda!!

 

— Bells, você sabe que eu te amo néh? – perguntei.

 

— Sei – disse ela confusa – por quê?

 

— É que mesmo eu te amando muito, se você ousar me acordar de novo de jeito, ou de qualquer outro jeito, EU TE MATO! – disse com os olhos já mudando de cor.

 

— Eita, pelo visto alguém acordou de mal humor hoje enn? – disse a Niny entrando no meu quarto.

 

— Não é mal humor – corrigi – é só sono mesmo... – e bocejei.

 

— Aff menina, nem vem – a Niny disse me levantando da cama – vamos dar uma geral hoje, da uma, hããnn... volta.

 

— Na verdade vai ser uma inspeção de rotina – disse a Bella – vamos andar por ai e ver se captamos algum sinal de sobrenatural.

 

— Nuss - exclamei indo pro closet – nada melhor do que passar um sábado perfeito trabalhando – disse com o maior tom de ironia possível.

 

— Nossa Ness – disse a Bells – como você ta sensível hoje! O que aconteceu?

 

— É que eu não gosto de ser acordada de manhãzinha, principalmente por uma menina alegre pulando e gritando do meu lado!

 

— É, ela ta delicada hoje mesmo... – a Niny disse meio séria olhando pra Bells.

 

— Aff gente, ta bom néh! Já entendi... – explodi de vez!

 

Passei pelo piso mesmo, indo parar na sala de jantar no andar de baixo andei até a cozinha onde a Ginx estava fazendo panquecas pro meu café, minhas favoritas.

 

Sentei no balcão e comecei a comer, quando as meninas chegaram.

 

— Você realmente não esta de bom humor não é? – a Niny me perguntou, sentando do meu lado.

 

— É só que não gosto de ser acordada, eu acordo sozinha ou por alguém, mas delicadamente, e não por uma pessoinha gritando e pulando do meu lado – disse olhando pra Bells.

 

— Ta bem, DESCULPA— a Bells berrou – é isso que você queria ouvir não era?

 

— Ta era sim – eu disse abrindo um sorriso enorme – brigadinha, agora to bem, vejamos... Posso ir pra praia?

 

— Ness, você não toma jeito mesmo enn – reclamou a Niny – agente tem que fazer a ronda esqueceu?

 

— Claro que não! – exclamei – assim você me ofende, se a gente vai ter que fazer essa ronda por todo lado, por que não posso fica com o litoral?

 

— É meio óbvio Ness – disse a Bells, parecendo estar falando com alguém de 5 anos – você adora praia, se for pra lá não vai fazer a ronda, vai fica andando, vai entrar na água...

 

— Juro que só faço isso depois do trabalho... POR FAVOOOOR – disse fazendo cara do gatinho do Sherek.

 

— Ah tudo bem – a Niny concordou – mas a Bella vai ficar de olho em você, se parar de trabalhar, ela vai atrás e você vai passar a patrulhar as cordilheiras entendeu?

 

— Claro, entendi perfeitamente – “ahhhh, vou pra praia, vou pra praia...” pensei.

 

— Nessie... ouvi essa – iiii, a Bells ouviu, “desculpa, trabalho primeiro”.

 

— Ta, melhoro...

 

Acabando o café fomos para a garagem, eu ia pro litoral, a Bells na floresta, e a Niny nas cidades próximas (ela adora pegar a parte mais difícil).

 

Peguei meu bebe (minha moto linda e maravilhosa) e fui em direção a primeira praia da lista, La Push.

 

Parei a moto no estacionamentozinho da praia e fui dar uma volta a pé na estradazinha pra ver se sentia algum ‘arrepio’, não deu em nada. Então fui em direção a praia, como por lá tinha mais gente, é meio lógico que se tivesse algum vampiro com sede, ele estaria por lá (uma espécie que não morresse no sol – o que não é provável, porque aqui quase não faz sol).

 

Além do aviso pelo ‘arrepio’, eu ainda tenho outras vantagens, estou usando três das novas invenções da Niny:

1- Lentes de contato com nano computador, visualização de alto alcance, e algumas coisinhas a mais.

2- Fones de alta tecnologia (aumenta a audição em 120%, nos fazendo poder ouvir um galho quebrando à 50 km de distância).

3-  Uma pulseira com localizador, e identificador (para localizar seres místicos).

 

Mas não estava sentindo, ouvindo ou vendo nada. Já tava indo de volta ao estacionamento para ir à outra praia quando ouvi uma coisa.

 

— Ahhhh, eu juro que mato aquele muleque, parece que ele faz isso de propósito! Sabe que não consigo subir essa rampa quando esta desse jeito, minha cadeira de rodas não é quatro por quatro!

 

“Não vai me matar ir ajudar o coitado néh?” pensei, já me voltando para o lugar de onde ouvi a voz, mas o mais estranho, é que eu conhecia essa voz, era grave, firme, de provavelmente, um homem de 40 anos, “mas porque to reconhecendo essa voz?”

 

Quando dei por mim, estava em frente de uma casa linda, quase berando a praia, parecia um chalezinho, achei ela maravilhosa (nunca gostei de casa muito grande, é a Bells que adora).

 

TACK o som da cadera de rodas batendo na rampa me acordou...

 

— Hããnnn, senhor, quer ajuda? – perguntei ao homem na cadeira, ele estava de costas pra mim.

 

— Ah querida, adoraria, mas acho que não vai agüentar essa cadeira – ele respondeu – meu filho irresponsável deixou de concertar essa rampa...

 

— Não, tudo bem, eu agüento sim – eu disse dando uma erguida na cadeira, e fazendo-a passar por cima da rampinha torta improvisada...

 

— Nossa – disse o homem – você não estava brincando, agüentou mesmo – e empurrei a cadeira até o final da rampinha até chegar na varanda.

 

Então o homem virou a cadeira pra ficar de frente pra mim. Quando vi seu rosto, quase tive um treco! Agora eu sei porque eu o estava reconhecendo.

 

— Muito obrigada mocinha – ele me disse – quando aquele preguiçoso chegar em casa vai ver uma coisa...

 

— Então o Jake não tomou jeito não é Billy? – perguntei abrindo um sorriso enorme.

 

— Só um minuto – Billy disse confuso – eu te conheço de algum lugar...

 

— Aff Billy, cresci mas não mudei tanto assim não – disse cruzando os braços e fazendo biquinho.

 

Foi o que bastou, o rosto do Billy se iluminou, abriu um enorme sorriso e disse:

 

— Ness? É você mesma? Eu devo estar sonhando... Não acredito que é você mesma! Não te vejo desde o enterro dos seus p...

 

Ele parou de fala ao ver a minha cara quando ele citou a morte dos meus pais.

 

— Hããnn, desculpa Ness, não queria, hãnn falar disso...

 

Percebi que ele tinha ficado constrangido, então votei a falar rindo feliz da vida.

 

— Ahh, nem se preocupa com isso não! Já superamos, mas fala ai, o que aconteceu com você?

 

— Como assim? – perguntou ele confuso.

 

Nem me dei o trabalho de responder, olhei pra ele com uma cara de “dããrr” e ele entendeu.

 

— Ah sim, a cadeira não é?

 

— É Billy, a cadeira...

 

— Você não quer entrar? – disse ele já virando a cadeira em direção a porta.

 

Eu é que não ia discutir com um dos melhores amigos dos meus pais, revirei os olhos e o segui até a sala. Quando éramos crianças, Billy ia a nossa casa umas três ou quatro vezes por ano, e passavam umas duas semanas lá. E todas as vezes, ele infelizmente levava a mala sem alça do filho dele, Jacob. Aquele menino vivia me enchendo a paciência, me irritando, enchendo o saco entendeu? NUSS, que peste aquele muleque! A Bells sempre me dizia que ele só fazia isso por que gostava de mim, e eu tenho que acreditar nela, ela ouviu ele pensando...

 

E de novo, só acordei do devaneio ouvindo o barulho da cadeira do Billy batendo em alguma coisa.

 

Quando olhei, vi que tinha sido na porta da cozinha, ele estava trazendo uma bandeja com sanduiches no colo.

 

— Senta ai menina! Ou vai querer ficar em pé o dia todo? – ele perguntou rindo da minha cara, “é, ele não mudou mesmo” pensei.

 

Fui até o sofa e me sentei, peguei um sanduiche e fiquei encerando o Billy.

 

— Não adianta fugir do assunto não Billy – eu disse – como foi que isso aconteceu?

 

— Não vamos falar dessas coisas Ness – ele fugindo do assunto de novo - mas e então? Como vai você e as meninas? Bella e Selinne vão bem?

 

— Vão sim, mas...                                                  

 

— Ah que bom, elas estão aqui também? – ele me cortou.

 

— Tão sim, bem, não exatamente aqui, tão por ai! Mas Billy como...

 

— E por que não vieram junto com você? – olha ele me cortando de novo.

 

— Elas estão fazendo umas coisas, mas Billy como foi q...

 

— Mas eu ainda não estou acreditando que vocês estão aqui! Quando o Jake ficar sabendo disso...

 

Aff meu! Que saco, ele vai continuar fingindo que não ouve o que eu to dizendo???

 

E ainda por cima vem colocar o Jacob no meio da conversa. Foi a gota d’água. Me levantei num pulo e fiquei de pé na frente do Billy, com um olhar assassino, não me surpreenderia se meus olhos tivessem ficando azuis.

 

Quando abria a boca pra falar, ouvi a ultima voz que gostaria de ouvir.

 

— Hey velho! Você não vai acreditar quem são as novatas que se mudaram...

 

Ouvi a porta se abrindo e fechando seguido do som dos passos do Jake andando no soalho de madeira, e parando bem atrás de mim.

 

Deu pra ouvir a respiração dele passando de calma e normal, para acelerada e depois ele parou de respirar.

 

Com muita relutância me virei e encarei aquela cara de bobão que ele estava, sua boca se abriu e fechou umas 7 vezes até conseguir fazer sair algum som de lá.

 

— N-N-Nessie???