Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 4
Capítulo 2 - Necessidades




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Capítulo 02 – Necessidades

 

- Onde vocês duas estavam durante toda a tarde? – Jacob perguntou a Leah e a Bella

 

Elas entreolharam-se e então continuaram caladas. Bella não queria dizer a ele que as vezes visitava a casa que era de seus pais, ela sabia que Jacob se irritaria e, como sempre dizia, não queria ver um lobo irritado. Jacob respirou profundamente, tendo controlar a irritação que começava ferver em seu sangue. Leah, então corotu o silencio.

 

- Você é muito chato sabia? Garotas não podem nem ter seus momentos dentro de uma loja de lingeries, Jake?

- Está mentindo. – Ele rebateu.

- Você tem um péssimo gênio e, é péssimo em tentar ver se eu estou mentido ou não.

- Argh, sabe, você anda muito chato com as nossas saídas, Jacob! – Bella explodiu. – Eu passo dias, quase um mês inteiro trancada dentro dessas terras com a Leah, nós não podemos nem sair! Eu não posso nem ir mais visitar meus pais no cemitério. Não tenho mais minha privacidade, minhas cavalgadas são reprimidas! Quero minha vida social de volta!

 

Jacob não via saída a não ser dar o que Bella queria. Ele não podia simplesmente falar que não podia deixar que ela saísse, simplesmente porque tinha medo que ela encontrasse vampiros e ele a levasse. Bella não podia saber que Jacob fazia parte de um passado obscuro e da morte de seus pais, ela não podia saber que havia um segredo que cercava toda a sua vida.

 

- Tudo bem! Saiam, vão juntas a cidade! – Ele exclamou. – Mas sempre... Juntas.

 

Bella e Leah sorriam aliviadas e então deixaram-no sozinho na sala de estar. O rosto dele queimava e a adrenalina corria solta em sua corrente sangüínea. Jacob levantou-se e foi em direção ao seu escritório. Trancou-se lá e lutou para acalmar a raiva que crescia dentro dele.

 

- Reúnam todos. – Ele disse seco ao telefone. – Sim, no penhasco.

 

Leah e Bella estavam no quarto. O quarto tinha uma decoração em tons pastéis, um tom bem claro de amarelo e branco, davam claridade ao quarto nos dias de inverno. O ambiente eram amplo, lembrava um pouco um aposento de um castelo; a cama de Leah e Bella ficavam lado a lado, elas dividiam um enorme closet e um grande banheiro. Bella estava encostada na parede, sentada no grande espaço que havia entre a janela e o quarto, ela olhava para o céu negro. Não havia estrelas naquele dia.

 

- Ele me irrita. – Ela disse.

- Com certeza. – Leah assentiu.

- Daqui um mês é meu aniversário. – Bella comentou. – Vou fazer dezoito anos e já vi que vai ser a mesma história de sempre. Jake vai ficar me paparicando até eu dizer chega e mesmo assim ele vai continuar.

- Pelo menos eu me livro dessa. Eu só queria poder ir embora e encontrar a pessoa certa para mim. Não que eu não goste daqui... – Ela acrescentou.

- Yeah, eu até gosto. Mas pensando bem, não me vejo ao lado dele da forma como você vê. Nós somos diferentes.

 

Nesse momento, os olhos de Bella encontraram a figura altiva de Jacob percorrendo o campo, em direção á praia. Leah juntou-se a ela e as duas se entreolharam, perguntando-se o que ele ia fazer a aquela hora da noite na praia da sua reserva. Jacob olhou para atrás e avistou a figura esguia de Bella na janela do quarto, ele adentrou a floresta e então transformou-se no grande lobo castanho avermelhado.

 

Suas patas batiam com força no chão, sustentando seu peso e dando impulso enquanto ele ia em direção ao penhasco. O som de fúria das ondas batendo no batendo paredão de pedra e o vento uivando espalhando a brisa marinha, eram cenário para a reunião da matilha. Segundos depois, mais alguns lobos apareceram e sentaram-se formando um semi-circulo. Jacob era o líder.

 

“Vamos ter problemas de agora em diante.” Ele disse em pensamento. Os outros lobos piscaram e ele continuou. “Bella e Leah rebelaram-se e não vou conseguir mantê-las por mais tempo aqui.”

“Então quer que nos revezemos para vigiá-las cada vez que elas resolverem sair?” Quil perguntou.

“Exato. Nós também não podemos vacilar, agora que Sam não está mais do nosso lado.” Jacob lembrou-os. “Não posso mais ouvir a mente dele, agora que ele contestou minha autoridade. Os frios tem um forte aliado e...”

“Hey, mas não os vimos mais, lembra-se? Faz o que? Desde a última garota?” Seth perguntou, interrompendo Jacob.

 

Jacob balançou a cabeça concordando, não fazia sentido ficar tão alvoroçado com uma simples saída, afinal faziam mais de trinta anos que o controle daquela região estava nas mãos dos lobos.

 

“também não faz sentido ficar executando vampiros por aí, Jacob.” Embry murmurou, soltando um uivo baixo.

“O quê? Está com dó, com pena dos frios, agora?” Jacob rosnou. “Quer que eles voltem a sugar o sangue de todos os humanos naquela cidade? Treesville está segura agora, não está?”

“As pessoas sabem que vampiros não são de todo mal. Desculpe, mas nem você, nem o alfa poderão mudar o que eu penso.” Embry resmungou. Sua calda bateu no chão com força. “É idiotice querer executar vampiros, você sabe disso.”

“Eles podem se revoltar. Eles estão por aí, Jake.” Quil bateu sua calda no chão.

“Sei disso.” Jacob assentiu.

“Se continuar metendo os pés pelas mãos, nós vamos te impedir. Nós podemos, você sabe.” Quil pensou ceticamente e trouxe a mente a imagem de Jacob cravando uma estaca no peito de um vampiro, então uma tocha foi jogada em cima do corpo paralisado.

 

Longe dali, na imensa casa antiga incrustada na montanha, Edward adentrava seu quarto e encarava a noite escura pela janela alta, quando a porta foi aberta, exibindo um corpo escultural. A mulher fechou a porta atrás de si e caminhou até ele. Edward continuou encarando a noite.

 

- Precisa se alimentar.

- Não, Tanya. – Ele disse seco.

- Edward, o mercado negro não vai ter bolsas de sangue para sempre. – Ela sibilou, passando as mãos pelos cabelos louros-arruivados, jogando-os ao lado de seu pescoço, deixando sua jugular á mostra.

- Pare de me tentar, Tanya! – Ele rosnou.

- Porque odeia tanto o que é, Edward? – Ela perguntou, aproximando seus lábios do ouvido dele, passando suas mãos pelo seu peito marmóreo. – Porque odeia a imortalidade, a beleza de um deus grego, os poderes que o tornam tão especial? Porque quer ignorar o ser que é? Porque ignora toda a luxúria a sua volta, nem sempre poderá ser bom, Edward.

 

O vampiro não hesitou e virou-se, encarando Tanya nos olhos. Os olhos rubros fitavam, sem quebrar em instante algum, o contato com os olhos escuros da vampira. Tanya subiu sua mão pelas costas do vampiro e virou a cabeça para o lado. Edward finalmente encarou-a.

 

- Eu me odeio porque tenho que fazer isso... – Ele deslizou os dedos pelo pescoço dela. – Me odeio porque tenho que tirar a vida de um humano e não tenho como resistir. Odeio porque serei eu a tirar a vida de uma humana para garantir a nossa liberdade e evitar uma possível guerra entre espécies.

 

Edward voltou a fitar o vazio.

 

- Eu sou o que sou, Tanya. Beleza e imortalidade não apagam o monstro que vive dentro de mim. Você também é um monstro. Você é uma lenda viva, minha cara. – Ele novamente deslizou os dedos pelo rosto, pescoço e chegando ao busto dela.

- Sendo uma lenda viva, minha sobrevivência é diferente da sua.  – Ela sorriu torto. – Se for bonzinho posso lhe proporcionar um pouco de... momentos prazerosos, quem sabe.

 

Edward já não resistia a tentação de ver o pescoço de Tanya ali. Ele deixou seus caninos aparecerem e então lambeu a pele da vampira. Tanya juntou-se a ele e deixou o pescoço mais a mostra, para então, receber os dentes de Edward ferindo sua pele. O sangue da vampira diminuía a queimação em sua garganta, acalmava a fera que rosnava para sair e fazer um banho de sangue.

 

Quando separou-os, Tanya sorriu e então murmurou algo como: É a minha vez. Ela empurrou Edward para a cama e deslizou os dedos pelo laço de sua camisola longa, que deixava suas curvas a mostra. Edward sorriu torto ao ver o corpo nu da vampira lendária. Os olhos escuros tomaram a coloração rubi, os cabelos louros-arruivados acompanhavam as formas do rosto de boneca e a pele branca ganhava um leve cintilar na penumbra do quarto.

 

Tanya aproximou-se de Edward e o beijou calorosamente, intensificando as carícias.


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Notas finais do capítulo

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