Imediatamente após levantar e arrumar-se, Cathy seguiu para o campo onde os cento e cinquenta soldados que lhe restavam estavam esperando, logo ela se dirigiu a todos eles:

              -Todos aqui sabem que o propósito desse grupo é entrar na terra inimiga e resgatar o nosso povo. Tendo vos relembrado destas circunstâncias irei direto ao objetivo desta reunião: Aqueles que não têm a bravura de se sacrificar em nome do Grande Aslam, em nome de Nárnia e daqueles que precisam de nós, à esses peço que se retirem imediatamente.

            Após esse discurso passou cerca de trinta segundos de silencio antes de cerca de cento e dez soldados (entre eles alguns eram humanos, faunos e pouquíssimos centauros) se retiraram. Você deve estar pensando “É claro que saíram! Essa maluca praticamente disse que eles iriam morrer!”, mas isso era tudo parte de uma estratégia se você prestar atenção vai ver que só permaneceram os que tinham como objetivo servir a Aslam lutando, não importando se morreriam. E até parece que Catherine iria fazer um plano em que alguém pudesse morrer.   

            Quando os desertores saíram, Anemos perguntou:

              -Agora que eles saíram porque a senhorita fez isso?

              -Porque se eles não confiam que Aslam está comigo ouse o fazem  não tem coragem para enfrentar uma batalha porque deveria eu confiar neles?

            Em seguida Catherine chamou Ánemos  e seus irmãos elfos Talassa e Tífonas (comandavam juntos os ataques aéreos), Sinefo (um Fauno bem atrapalhado que foi escolhido para comandar a retaguarda por ser muito honesto) e claro Fielis (ele comandava a linha de frente), para uma reunião para explicar como decorreria o resgate.

NOTA: [Sinefo descobriu que a prisão escondida em que os narnianos estavam presos era numa caverna no monte Piro ao sul, em Arquelândia logo depois do rio Archen. Para ir até lá e voltar a cavalo seriam 11 horas muito desgastantes (contando que o resgates seja rápido), mas se você for montado em um grifo ou cavalo alado, 7 horas seriam suficientes.]

            A partir deste dia, o treinamento era muito intenso não só para os soldados, mas para os cavalos (alados ou não) e para os grifos também. Catherine treinava arduamente e a cada dia que passava melhorava suas habilidades com a espada e com o arco, porém ela era excepcional com a espada, tanto que alguns brincavam dizendo “Nossa, ela luta feito homem!”.

            Quando faltava cerca de 5 dias para o grande baile, a jovem guerreira mostrou as melhorias que deveriam ser feitas nas armas para que fossem usadas no resgate.

              -Mas senhorita, se nós aumentamos o tamanho das espadas de 1 m para 1,5 m elas ficaram muito pesadas. Isso sem contar que é loucura lutar sem escudos! –Falou Fielis

              -Bom, na verdade faz sentido não usar escudos, afinal vamos a um lugar pequeno e precisamos ser ágeis, nesse caso os escudos só atrapalhariam. – Interpôs Ánemos – E há uma maneira de aumentar as espadas sem que fiquem pesadas...

              -Não venha nos encher com essa história de novo! – Protestou Tífonas – Mesmo que seja tudo verdade eles não irão nos ajudar!

              -Que história é essa Ánemos? – Perguntou Cathy

              -A história diz que um velho anão (vermelho) possui uma semente de uma planta mágica que a partir de suas flores pode-se fazer uma poção, essa se colocada nos metais ficam leves como madeira. Ele mora lá nos bosques do oeste, próximo ao Ermo do Lampião. Muitos soldados tentaram convencê-lo a dar-lhes a semente, mas ele recusou-se, mas talvez se a senhorita falar com ele...

            Sinefo, pela primeira vez manifesta sua opinião:

              -Eu acho que é uma tentativa inútil ir lá, mas se a senhorita permitir eu também irei até lá.

              -Então vamos!