Sou só a Namorada do Justin Bieber escrita por The Sweet B


Capítulo 37
Believe


Notas iniciais do capítulo

muito obrigada a MaelyeYara (sim, meu nome é Bárbara, heheh) e Robertakpop por recomendarem *ooooo*

aqui tbm tem um POV autora ; )
perdoem qualquer erro! Divirtam-se



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Eu definitivamente amo os domingos de manhã, principalmente esse domingo em especial...

Descobri que posso sim amar mais o Justin Bieber, o que consegue me assustar. Mas ter ele aqui, do meu lado, apenas para mim, longe da mídia ou fãs...

A sensação que tenho e esse sorriso o tempo todo estampado no meu rosto, eu não sei explicar.

Apenas uma coisa atormentava meu domingo.

Justin voltaria a turnê e eu ficaria longe dele. Mas não antes de um show aqui em São Francisco!

Tia Sarah, minha mãe, Justin e eu estávamos tomando café da manhã: panquecas. Eu e Justin estávamos brincando, dando panqueca um para o outro e fazendo essas coisas fofas. Tia Sarah estava olhando para nós e suspirando, já minha mãe estava distante. Estranhei, pois ela estaria rindo de nós ou suspirando como a tia Sarah...

O celular do Justin tocou e eu vi quem era no visor. Há duvidas? Esse cara liga para o Justin o tempo todo! Falo do Scooter.

- Hey, man! – Justin disse ao telefone. Eu peguei mais um pouco do melado e derrubei nas panquecas restantes em meu prato. - Sim, e está tudo pronto para hoje?

Justin estava quase cochichando e tinha um sorriso travesso. Ele estava aprontando alguma.

- Yeah, te vejo mais tarde... Bye dude!

Quando ele desligou o telefone, eu olhei desconfiada para ele. Ele apenas me fitou, sorrindo e depois riu. Eu balancei a cabeça negativamente e voltei a comer as panquecas. Sabia que ele não me contaria nada.

- Scooter vem hoje, Justin? – minha mãe perguntou.

- Sim, ele pode... – Justin parou de falar quando olhou para mim. Eu desconfiei de tudo. Minha mãe entendeu e assentiu para ele. Ok, agora estou curiosa...

- Ele pode o que? – perguntei a Justin.

- Ele pode, ér... Pode...

- Pode me explicar algumas coisas em um relatório. – minha mãe disse no lugar de Justin. – É uma papelada com alguns termos, eu não estou entendendo...

- Mãe, achei que já tivesse assinado tudo isso... – eu disse, logo depois dei um gole no meu suco de laranja.

- E assinei... Faltou apenas esse papel... – ela disse. Estava estranha, tentando mentir para mim. Decidi esquecer.

Eu e Justin tínhamos um dia beem cheio hoje!

É, até me deixa cansada em pensar no dia. Pra começar, o clipe estava prontinho e nós íamos ver o resultado. Sairia amanhã no You Tube e eu estava completamente ansiosa. Imagina milhões de pessoas vendo você, atuando em um clipe... Pois é.

Hoje também teria um show e eu iria como namorada oficial do Justin Bieber.

Aaah, não me matem por isso!

Eu tomei um banho rápido, vesti uma calça jeans e uma T-shirt, com uma Nike colorida. Me maquiei apenas com blush, gloss e rímel; deixaria qualquer super produção para hoje à noite. Peguei minha bolsa e já estava pronta. Kenny estava na porta de casa, rindo de algo que Justin falou.

- Hey, Kenny! – eu disse sorridente.

- Little Aly! – ele disse, logo me abraçando. – Justin deu trabalho esses dias?

- Não, até foi um bom garoto... – eu olhei sorrindo para Justin e apertei sua bochecha. Ele fez uma carinha de anjo para Kenny e nós rimos.

Eu gritei um tchau para minha mãe e tia Sarah, depois sai de lá, indo para o carro. Kenny dirigiu até o local do show, o Davis Symphony Hall...

E, cara, que lugar grande! Simplesmente de ficar com torcicolo apenas de dá uma olhadinha!

Enquanto caminhávamos pelo local, produtores do show paravam o tempo todo para conversar com Justin. Um cara de camisa xadrez se aproximou de nós.

- Hey, JB! – ele disse, animado.

- Dan! What’s up dude? – Justin o cumprimentou, com um aperto de mão engraçado.

- E essa garota linda ai atrás é... – Dan sorriu para mim.

- Minha! – Justin o concluiu, com um sorriso aberto e um jeito infantil. Nós rimos.

- É, disso eu já sabia... – Dan disse, ainda rindo. Ele se aproximou de mim e estendeu a sua mão. Eu levei a minha até ele, achando que seria como um aperto de mão, mas Dan pegou minha mão e a beijou. – É um prazer, Alicia.

Eu sorri, encantada. Aquele cara era divertido e parecia bastante legal. Enquanto ele tinha o corpo levemente curvado como um cavaleiro – apesar do boné e da roupa descontraída -, segurando minha mão e olhando para mim, com um sorriso amigável, Justin pigarreou.

Dan riu de leve e soltou minha mão, voltando a sua postura ereta.

- Esqueci que você é ciumento, Bieber. – Dan bagunçou de leve o cabelo dele.

Justin deu seu hair-flip para arrumar o cabelo; aquilo me deixou sem ar.

- Tire o olho da minha, Dan, você é um homem casado agora. – Justin disse, de brincadeira.

- E bem casado! – Dan respondeu, animado. – Mas vamos ao plano de hoje, Bieber?

Após isso, apenas vi Justin e Kenny se movimentarem, pedindo silencio a Dan. Quando Dan percebeu, ele murmurou “ops”. Eu desconfiei.

- Que plano? – perguntei curiosa.

- O plano do show. – Justin disse rápido. Cerrei meus olhos para ele.

- Está aprontando uma, eu sei que está. – eu sussurrei, como se ele fosse um criminoso. Justin deu um sorriso amarelo.

- Não esconderia nada de você, amor. – ele me abraçou de lado.

- Rumm, sei... – murmurei em português, com desconfiança.

- O que? – Dan perguntou, desentendido.

- Haam? – Kenny perguntou também, porem rindo.

- Vão se acostumando... – Justin disse a eles, rindo. – Alicia sabe mais palavras que nós.

- Um idioma a mais. – eu o corrigi, sorrindo de canto.

- Yeah, baby. – Justin sorriu, me dando um beijo na bochecha. Eu sorri.

- Então? Vamos logo com o “plano do show”. – fiz questão de fazer aspas com as mãos. Justin ficou sem graça, sorrindo.

- Claro, claro... – murmurou, me fazendo caminhar ao lado dele.

Havia várias pessoas montando o palco naquele instante. Um palco enorme! Dan e Justin foram mais a frente, subindo ao palco. Fiquei para trás com Kenny.

- Kenny, onde está Scooter? – eu perguntei, por não ter achado meu empresário favorito ali.

- Ué, ele saiu com a sua mãe... – Kenny respondeu. – Não sabia?

- Não, eu não sabia... – eu disse, pensativa. – Para onde foram?

Kenny deu de ombros. Isso é completamente estranho, o que a minha mãe estaria fazendo com Scooter?

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Enquanto Scooter Braun pagava o taxista, Judith olhava a enorme casa com paredes de tijolos escuros, quase invisível por conta das trepadeiras. Milhões de memórias voltaram a sua mente, e elas não levavam a um fim feliz.

- É aqui? – Scooter perguntou, também observando a casa.

Judith suspirou pesadamente e assentiu, estremecendo. Caminhou junto a Scooter até os portões altos de ferro. Ela olhou demoradamente o interfone no muro da casa, não conseguia ter reação.

Scooter percebeu que ela não tocaria o interfone e fez isso ele mesmo. Não demorou para uma voz masculina atender eles:

- Quem deseja?

- Oi... Somos Scooter Braun e Judith Bernardes... – Scooter respondeu, sem saber o que falar. – Gostaríamos de falar com a Sra. Mayer.

- Quem não gostaria? – a voz murmurou.

Antes que Scooter pensasse em algo para responder, o portão se abriu automaticamente. Judith olhava nervosamente para a casa, logo teria que enfrentar aquela tortura novamente. A mesma que enfrentara quando ela e seu namorado tiveram que contar a ela que estavam esperando um bebê.

Scooter segurou na mão de Judith, encorajando a entrar no terreno coberto por pedrinhas. Caminharam, dando a volta na fonte que esbanjava água pela boca de um anjo; aquilo assustou Judith mais uma vez. Subiram os três degraus de mármore até a porta dupla de mogno. Antes que tocassem a capainha, a porta foi aberta.

A empregada deu passagem para Judith e Scooter passarem, sem falar nada, apenas sorrir. Direcionou eles até uma sala de esta grande, coberta por moveis de luxo, e depois saiu. Um homem de paletó cinza claro e camisa informal, com cabelos desgrenhados e curtos, na cor de bronze, estava virado para a janela, falando no celular. Ao escutar os passos do casal, o homem se virou.

Ele desligou o celular. Logo colocou um sorriso no rosto e foi com a mão estendida cumprimentar Judi e Scooter.

– Eu sou Adam, em que posso ajudar?

- Eu sou Scooter e essa Judith. – Scooter apresentou rapidamente. – Nós viemos falar com Abigail Mayer.

- Qual o assunto? Desculpem, sou assessor dela... Como braço direito. – ele explicou. – Nada passa para Abigail Mayer antes de passar por mim.

Scooter abriu sua boca para falar, mas Judith tocou levemente em sua barriga, o interrompendo. Deu um passo para frente e disse com a coragem que havia absorvido há poucos segundos:

- É sobre a neta dela.

Adam pareceu surpreso, arregalando os olhos e entreabrindo a boca.

- E-eu, vou chamá-la. – ele disse apressado nas palavras, escapulindo rapidamente da sala.

- Bem direta... – Scooter murmurou, rindo de leve. Judi olhou para ele, um pouco mais descontraída com sua risada.

- Quem mandou ele perguntar? – ela arqueou a sobrancelha e curvou o lábio em um sorriso. Scooter riu mais, mas foi obrigado a parar quando escutou paços de salto alto entrando na sala.

Judith e Abigail se olharam pela primeira vez em anos. 15 anos, para ser mais exata. Por mais que as duas estivessem passivas por fora, o coração palpitava no passado dentro delas. Judith sabia que som algum teria forças para sair de sua garganta, Abigail já conseguia ser mais profissional.

- Vamos cortar formalidades e seremos diretos uma vez na vida, ok? – ela disse seriamente, o olhar passando de Scooter a Judith. – Todos nessa sala já sabem do assunto, então trataremos de resolvê-lo logo. Será melhor conversar em meu escritório.

Abigail foi a primeira a se mover, virando-se e caminhando para fora da sala. Os outros três seguiram ela. No caminho, Judith só conseguia pensar em como ela continuava fria. Parecia agir como se o assunto da neta dela fosse um fardo, a impedindo de seguir adiante.

Entraram no escritório de Abigail Mayer e ela mesma trancou a porta. Se dirigiu até sua mesa e indicou duas cadeiras a sua frente, para Judith e Scooter. Adam ficou em pé ao seu lado.

- É um prazer revê-lo, Scooter. – Abigail disse sorrindo a ele, que assentiu com a cabeça. Seu olhar passou para o lado, para Judith. – E é um prazer revê-la também, Judith... Por incrível que pareça.

Judith tentava espantar a raiva dos fantasmas do passado de seu olhar. Ela não sabia se sua vontade era de atacar aquela mulher com coração de gelo ou fugir correndo daquela casa.

- É um prezar também, Abigail... Por incrível que pareça. – disse roucamente.

Por trás da cordialidade das palavras, uma serie de indiretas corriam uma para outra; se pudessem, seriam xingamentos.

- E como anda a vida? – Abigail perguntou.

- Como anda minha vida? – Judith deu uma risada seca. – Muito boa, Abigail, cuidando sozinha da sua neta, filha do seu filho.

- Ora, eu dei a ideia do aborto há 15 anos atrás... – Abigail disse desdenhosa.

Judith se levantou da cadeira, completamente fora de si. Seu sangue esquentou, sua raiva era clara.

- Desgraçada, fria e calculista! – berrou Judith, praticamente cuspindo as palavras. – Como tem coragem de falar isso?! Você a viu!

- Por favor, acalmem essa mulher. – Abigail pediu, calmamente.

Scooter segurou a mão de Judith, a puxando para sentar novamente na cadeira e a acalmando; Adam estava pronto para detê-la contra qualquer coisa.

- Ok, posso ter sido rude com as palavras. – desculpou-se Abigail – Vamos começar de novo? Eu sinto muito por esses 15 anos, Judith.

- Não sinta, Abigail. – Judith disse. – Foram os melhores 15 anos da minha vida! Minha filha é a melhor coisa em minha vida, assim como foi seu filho...

- Não vamos falar do Ben, por favor! – Abigail pediu, fechando seus olhos. Aquele assunto doía nela. – Estamos aqui para falar da Alicia.

- Sim. – Judith assentiu. – Temos muito o que falar sobre isso.

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- Dan, isso não tem graça. – eu disse, balançando a cabeça negativamente.

- Aaah, tem sim! – Dan balançou a cabeça positivamente, rindo. – Quem mandou ele apronta uma comigo?

- QUEM ENCHEU MEU TRAILER COM BOLINHAS DE PAPEL?! – Justin gritou irritado.

Não consegui, acabei rindo também. Dan e outras pessoas da banda do Justin estavam quase rolando de rir ao meu lado. Justin veio até nós, dando passos pesados no chão.

- Foram vocês! – ele rosnou e começamos a rir mais ainda. – Vai ter volta, podem esperar...

- Ensaio, pessoal! – alguém distante gritou, batendo palmas.

Justin, Dan e o pessoal correram para um ensaio. Quando ia seguir ele, o bolso da minha calça tremeu, recebi uma mensagem.

Você vai adorar esse show, acredite :)

Eu, Kevin e Ashley chegaremos um pouco antes do show

XoXo Sam

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- Então, quando... – Abigail limpou a garganta quando sua voz saiu rouca, mas logo se camuflou com sua pose seria. A mesma camuflagem que ela tinha durante toda a vida e principalmente agora, nessas longas horas que passaram de conversa. – Quando vamos contar a ela?

- O mais rápido possível! Já escondi isso dela por tempo de mais... – Judith disse. – Mas saiba que não quero seu dinheiro, apenas que minha filha conheça a avó e...

- Judith, não é um caso de você querer. – Abigail a interrompeu. – Eu quero dividir meus bens com a minha neta. Ela recebera meu nome, recebera meu dinheiro, morara na minha casa...

- Morar na sua casa? – repetiu Judith.

- Claro, onde mais ela vai morar?

- Não, ela não ficara longe de mim. – Judith balançou a cabeça lentamente, indignada.

- Judi, presta atenção. – Scooter pegou na mão dela, a fazendo olhar para ele. – Você terá que voltar ao Brasil uma hora ou outra, não pode morar aqui sem um visto permante...

- Mas... Ela sem mim? – Judi disse, com voz chorosa. – Não, não será confortável para ela. Alicia não lhe conhece, se sentirá sozinha... Ela tem a tia-avó!

- Claro que vamos tratar de nos conhecer antes disso. Não vejo problema em ela morar comigo, assim posso recompensar todos esses anos. – Abigail disse, profissionalmente. – E... E eu já sinto um carinho por ela – sua voz mudou agora, tentando esconder emoções. - Nos vimos apenas uma vez, mas já vi que ela é uma garota muito doce.

Todos na sala perceberam o sorriso de Abigail no rosto ao falar da neta, um sorriso que ela não tinha nessas ultimas horas de conversa. Quando notou, Abigail ficou constrangida.

- Quando você contar a Alicia, me ligue. – Abigail disse, se levantando da cadeira, encerrando o assunto. Judith e Scooter a imitaram. – Marcaremos na minha casa, para nos conhecer e então vamos resolver tudo quanto a questão do sobrenome.

- Claro. – Judith estendeu a mão para ela. – Obrigada, Abigail.

Abigail olhou para Judith, compreensivamente, e sorriu.

- Obrigada a você, Judith...

- Acompanho vocês até a porta. – Adam disse, os levando para fora do escritório.

Quando Abigail ficou sozinha no escritório, ela suspirou pesadamente.

- E me perdoe. – sussurrou na sala vazia.

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Já era noite, talvez umas 19:00h. Eu podia escutar as fãs chamarem pelo meu namorado. Não senti ciúmes.

Justin ama elas, mesmo sem as conhecerem. Eu nunca entendi isso dele, mas acho que é igual a como você amar um ídolo seu mesmo sem o conhecer.

Eu passei a amar as fãs de Justin, porque, se não fosse por elas, ele não estaria aqui. Se não fosse por elas, quem me apresentaria a Justin Bieber? Como ele entraria na minha vida?

O que mais tenho que fazer, é agradecer a todas elas. Fiz isso agora mesmo no twitter, depois de avisar que São Francisco ia tremer.

Justin aquecia sua voz, enquanto eu e Sam ficávamos vendo algumas replys no twitter. Dan afinava a guitarra, ele entraria primeiro no palco. Minha mãe e Pattie estavam no backstage; daqui a pouco o camarim seria esvaziado por completo. Daqui a cinco minutos.

Todo o pessoal do show se reuniu atrás do palco, formando um circulo e dando as mãos. Justin segurou minha mão e a da mãe dele, assim, Pattie rezou em voz alta.

Quando Pattie acabou, todos ruivaram, gritando animados. Abraçaram Justin, me levando para trás, quase fiquei perdida entre eles. Eu vi Kevin, abraçando Sam, vi minha mãe abraçando Scooter. Vi Dan chacoalhando os ombros de Kenny. Senti mãos me virarem.

- Preciso de beijo de boa sorte. – ele disse com um sorriso safado.

- Não sei se deveria, você anda escondendo muitas coisas de mim... – eu disse, me fazendo de difícil.

- Logo você vai saber o que é, mas eu preciso de sorte para isso.

- Bom, nesse caso... – eu coloquei meus braços em volta de seu pescoço e dei um selinho demorado nele. Eu ri e o empurrei de leve. – Vai logo, Bieber!

Ele riu e deu alguns passos para trás, me mandando um beijo no ar. Depois se virou e correu para longe de mim, para o palco.

E já fazia mais de meia hora do show. Eu estava assistindo, prestando atenção em como ele ficava perfeito se dedicando as fãs e cantando. Mas ai, Sam me chamou. E desapareceu. O que era isso, esconde-esconde?

- Sam? – eu a chamava, no corredor vazio de sei lá aonde, pois já havia me perdido nos bastidores daquela arena. – Sam, não tem graça... – eu disse, ficando irritada e até mesmo nervosa. – SAM!

Ela apareceu bem na minha frente e colocou o indicador no lábio, pedindo silencio. Eu franzi o cenho e a encarei confusa. Sam entendeu e gesticulou para que eu a seguisse.

Ok, agora já está ficando estranho e não estou entendendo bulhufas, como fala meu professor de geografia. Ela me levou para debaixo do palco, e eu sabia disso pois escutava claramente Justin falar com as fãs. Ele não estava cantando, estava mesmo falando, algo que eu não prestava atenção para entender.

- O que você tá fazendo? – falei alto, pois os gritos ensurdecedores das fãs estavam bem perto, e meio abaixada também. Aquele lugar não era confortável. De repente, Dan aparece. – O que está fazendo aqui, Dan? Volta pro palco, Justin precisa de um guitarrista!

- Aly, você tem que entrar aqui. – Dan disse, mais calmo que eu, com certeza.

- Entrar aonde? Do que estão falando?

E os gritos aumentaram. Olhei para cima, para o que era o chão do palco. Droga, não escutei o que Justin disse.

- Entra logo! – Sam me empurrou para um “calabouço”, um elevador que subia para o palco. Fiquei agachada lá, completamente confusa e desconfortável.

- O que estão fazendo? – indaguei quando vi Dan apertar um botão e o treco se mover comigo dentro.

Eles? Só sorriram. Um sorriso maléfico de quem estão tramando algo e está dando certo. Espera ai! Droga, estou indo para o palco!

- Não, não! – eu disse desesperada, tentando me equilibrar na coisa que já devia ter me tirado um metro do chão. – Não, me coloca no chão! Sam...!

E já era tarde. Já não podia mais ver eles e os gritos aumentaram. Uma fumaça forte surgiu do nada, assim como eu, e o meu coração disparava muito rápido; podia senti-lo bater.

Eu vi o chão do palco, e eu crescendo por cima dele. Assim que já podia me levantar, eu fiz, ainda sem entender nada! Eu também não via nada.

Respira... Respira... Respira! Eu pensei. Sentia uma grande multidão ao meu redor olhando para mim na escuridão. Uma luz branca e forte se abre em cima de mim e finalmente pude ver o rosto de todos. O rosto delas, gritando meu nome. Então sinto alguém pegar na minha mão.

Justin me puxou par aperto, me rodando. Seu sorriso incrivelmente lindo deixava em mostra toda a fileira de dentes brancos.

O que eu fazia quando via esse sorriso? Esquecia de tudo!

Fãs. Hãm...? Que fãs? Tem mais alguém olhando para mim, além dele?

Palco. Eu estou em um palco? Serio? Aqui mais parece o paraíso! E tem um anjo sorrindo para mim...

- Hora do show, baby – Justin disse para mim, longe do microfone preso nele, e sorrindo.

Rapidamente, ele me rodou de novo, dessa vez para frente do publico. Se não fosse as mãos de Justin nas minhas, eu acho que perdia o controle e saia correndo. Nunca tive tanta gente assim olhando para mim, não mesmo!

E, quando eu vi, ele me sentou em um banquinho, no meio do palco. Sorriu para mim, ajeitou o microfone na boca e olhou para a platéia.

- Eu só queria apresentar a vocês a minha One Less Lonely Girl. Encontrei a minha garota favorita (Favorite Girl)... Alguém para amar (Somebody to Love), minha Baby. Ela me trouxe de volta a terra (Down to Earth). Me fez ficar preso no momento (Stuck in the Moment)... – as palavras saiam daquela boca perfeita, relacionando com músicas dele. E o publico gritava muito, enquanto ele sorria para mim e eu sorria de volta, completamente encantada. - Ela me disse uma vez (One Time) que me amava (Love Me)... E eu a amo também... É a minha garota latina (Latin Girl) – ele disse, logo rindo, e eu ri também. E os múrmuros deviam ser as fãs rindo junto. – Eu nunca vou deixá-la ir (Never Let You Go)... And when she’s smile... I smile!

O inicio de U Smile começou com a banda atrás de mim. Gritos, gritos e mais gritos, seguidos de muitos sorrisos e aprovações das fãs. Mas sabe no que eu estava realmente prestando atenção? Nele...

E ele cantava tão belamente para mim, como se eu fosse a única naquele lugar. Era fácil isso acontecer, eu também só conseguia enxergar ele. E o doce som da voz rouca dele soava levemente em meus ouvidos.

Era possível amar mais ainda Justin Drew Bieber? Eu fiz essa pergunta para mim ainda hoje, mais cedo. Assim que eu encontrei ele, todos os meus problemas, toda a minha vida no Brasil, simplesmente... sumiu. E eu não fiz a mínima questão de procurá-los.

Para quê, se essa vida é melhor? Não por que namoro um astro do pop, lindo, rico e famoso. Para mim, isso não importa. Eu me apaixonaria por ele mesmo se não houvesse a fama e o meu intercambio houvesse sido para Stratford, Canadá.

Por quê? Porque eu acho realmente que fomos feitos um para o outro. E ficaríamos juntos, não importa onde estivéssemos.

Fui despertada por um som de piano, vindo do pianista da banda. Justin pegou no meu queixo, voltando a minha atenção para o mel dos olhos dele.

- Baby you won't ever walk for nothing. You are my ins and my means now with you here's no in between I'm all in! – ele soltou meu queixo e me levantou do banquinho, segurando no meu quadril e me rodando. Ou seja, começamos a dançar, com ele olhando fundo nos meus olhos. - Cause my cards are on the table and I'm willing and I'm able but I fold to your wish cause it's my command. Hey, hey, hey! You smile, I smile – Eu não parava de sorrir, ele também não. Nossos passos foram ficando mais lentos, até parar. - You smile, I smile.

Os lábios dele nos meus era o que faltava para terminar tudo perfeito. Por mais que tivesse uma multidão gritando animada, eu não ouvia. Eu só queria beijá-lo mais, mais, mais... Mostrar o quanto amava ele em um único beijo, mesmo meu amor sendo muito grande e impossível dos nossos pulmões agüentarem.

Senti Justin sorrir com sua boca ainda colada a minha, então ele se afastou. Minha audição voltou e eu pude ouvir tudo. Fiquei completamente envergonhada, muito mesmo! Nunca me vi corar, mas será que agora eu estava? Com certeza!

Dei um sorriso tímido, passando a língua nos lábios, tentando me recuperar. Justin me sentou novamente no banquinho e cantou One Less Lonely Girl.

Enquanto ele cantava, eu tentava raciocinar. Estava meio difícil com tanto sentimento reunido na boca do estomago...

Olhei para o lado do palco e vi Sam, Scooter, minha mãe, minha tia, Joe, Kevin e Pattie nos bastidores. Todos sorrindo. Eles que esconderam tudo isso de mim. Lancei um olhar assassino, principalmente para Sam e a vi recuar de medo, mas logo depois nós duas rimos.

One Less Lonely Girl acabou e Justin me levantou novamente do banco. Olhei para as fãs, pareciam felizes. Tinha uma segurando alto um cartaz escrito: AliBieber Forever

Eu sorri para a garota que seguravam o cartaz, me perguntando se ela havia notado isso. Sorri para todas elas e logo Justin e eu saímos do palco.

Todo mundo batendo palmas nos bastidores e Justin me encolheu em um abraço, o que fez eles assobiarem.

Eu tinha ele ali, em minhas mãos. Essa noite foi mais do que incrível!

Entramos no seu camarim, completamente vazio. E riamos muito.

- Não acredito que fez isso comigo! Era esse o mistério todo? – disse, rindo e vendo ele se jogar no sofá.

Ele fez beicinho e disse:

- Hum... É! – e riu.

Me sentei no colo dele, virada para ele, e acariciei seu rosto.

- Eu adorei – sussurrei sorrindo.

Justin colocou suas mãos no meu rosto e me puxou para um beijo. Não tinha nem selinho inicial, nossas línguas já estava brincando dentro da minha boca. Paramos quando a porta do camarim se abriu. Nos separamos rapidamente e encaramos quem foi que atrapalhou. HA, a Sam, claro!

- Sorry, vou deixar vocês, ér... terminarem... – Sam mandou uma piscadela para mim e foi fechando a porta lentamente. Atrás dela, vi Kevin. Não conseguia descrever o que o seu rosto dizia, estava tão sereno...

Sai de cima de Justin, como respeito a Kevin, e impedi Sam de fechar a porta.

- Não espera! – eu disse, olhando para Kevin, depois para Sam, quando ela parou. – Tudo bem, podem ficar. – sorri, os convidando.

Justin olhou para mim, indiferente, mas ele não diria nada. E assim Sam e Kevin entraram no camarim. Eu ainda não sabia o que Kevin estava sentindo e isso estava me matando.

- Onde está Ashley? – perguntei, lembrando da mensagem de Sam em que ela contava que Ashley também viria.

- Na pista do show, junto com o pessoal da escola. – Sam respondeu.

- Espera! Todo mundo da escola está aqui? – perguntei, indignada e Sam assentiu.

- Eles queriam ver o show. – Kevin disse, finalmente demonstrando alguma emoção. E parecia feliz, animado.

Olhei para ele aliviada. Meu melhor amigo, primo, irmão...

Oh, Kevin... Se puder me entender, saiba que fico feliz de que esteja feliz... Mesmo. Temos uma amizade tão forte, Kevin, você consegue me entender?

E ele me entendeu. Entendeu meu olhar e meu sorriso amigável. E assentiu, sorrindo também. Naquele gesto, ele disse que agora estava tudo bem. Que aquilo passou, eu podia ficar tranqüila. Logo depois, olhou para Sam que falava com Justin. Eu sorri e inclinei um pouco a cabeça, o apoiando para qualquer coisa que ele fizesse. Eu confiava nele. E agora eu entregava a minha melhor amiga, minha fadinha, para ele. Porque agora eu sabia que ele tinha boas intenções e Sam não seria um objeto para causar ciúmes, pois, como ele me disse mentalmente, eu podia ficar tranqüila, estava tudo bem.

Escutei uma voz muito conhecida, abafada pela porta. Passei um longo minuto no silencio, tentando ver se era aquela voz mesmo.

- Minha mãe está cantando? – perguntei, meio surpresa.

- Minha sogra não só cozinha bem... – Justin disse, dando um beijo na minha bochecha.

Eu ri e logo peguei na mão dele, saindo do camarim.

- Não, eu tenho que ver isso! – disse, muito animada.

Corri até ao lado do palco e a vi lá, linda como sempre, cantando como um anjo. O sonho da minha mãe realizado? Ela merecia isso, com certeza. A pessoa que mais admiro no mundo, por ter passando por tantas coisas. Cuidou de mim sozinha, por cima de dificuldades financeiras, mas nunca deixou que faltasse nada para mim. Minha mãe é forte, e eu queria ser igual a ela. Linda, batalhadora e forte...

O que me leva a minha avó, quero dizer, Abigail. Se eu tivesse um pingo da coragem da minha mãe, não seria difícil falar para ela sobre a Abigail. O cartão que Abigail me deu estava amassado no bolso da minha saia preta que usava agora. Eu estava levando ele para todos os lugares, não sei por que. Olhei para o bolso da minha saia, mas algo dourado chamou minha atenção.

“Juntos Para Sempre”

Espero que seja verdade, pai. Espero que esteja mesmo junto de mim para sempre. Se eu pelo menos conseguisse me lembrar do seu rosto... Pai, se está mesmo comigo, me ajuda! Fala com a mamãe, faça a entender que achar minha avó é a única maneira de está mais perto de você! E então, me mostre a minha avó. Me mande um sinal, algo que me diga se ela é a Abigail. Eu só queria saber mais da sua vida, talvez assim, eu me sentisse mais nela...

- Alicia? – Justin me chamou, tirando-me completamente do devaneio. Olhei para ele e vi seu rosto meio confuso, com o cenho franzido. – Tudo vai ser explicado. – ele disse, como se não soubesse o que falava. – Vai ter um sentido, acredite... – ele sussurrou a ultima palavra e encarava as minhas mãos.

- Mas por que está me dizendo isso? – perguntei com um leve sorriso. Ele levantou o olhar para mim e me fitou, olhando fundo nos meus olhos.

- Eu não sei. – ele deu de ombros, voltando ao normal, e aplaudindo a minha mãe que acabara de terminar a música, como todo mundo ali.

Eu acho que sei, pensei, sorrindo. Aplaudi minha mãe, enquanto olhava para cima, agradecendo ao meu pai.

Tudo realmente ia ser explicado, ia ter um sentido.

Eu acredito.


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Notas finais do capítulo

Calma que não terminooooou! Falta só mais... UM CAPITULO! yeeew!
hey hey, nem briguem cmg pq demorei, viram o tamanho desse capitulo? imaginem o trabalhão pra pensar em tudo isso! HSUASHAUS', mas eu adorei fazer esse cap. e espero que gostem n_n
Proximo capitulo tbm terá tantas emoções quanto esse ; )
AliBieber Forever foi criado por uma leitora, a HinaUzumaki :D

Ps.: Alguem tem sugestões para o nome da Segunda Temporada? Plixxx!

tenho certeza q deveria falar mais alguma coisa aq, mas n lembro o que.. oO'