Sou só a Namorada do Justin Bieber escrita por The Sweet B


Capítulo 36
It's serious, I know who is her grandmother




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P.O.V. Justin

- Scooter! – chamei por ele assim que entrei no quarto dele do hotel. Ele estava arrumando as sua mala e notei que eu o peguei de surpresa.

- Justin – ele disse meu nome com a mão sobre o coração, como se tentasse acalmar as palpitações pelo susto. – Você me assustou, hein! – concluiu rindo um pouco e voltando a sua mala.

- Preciso que faça algo por mim. – fui direto, já estava ao seu lado e fitava ele colocar as coisas na mala.

- Okay. Você me diz e semana que vem eu faço, tudo bem?

- Não, Scooter. É algo serio. – disse, agora olhava para ele. Scooter terminou de fechar a mala, suspirou e olhou para mim.

- Justin, se é outro vídeo game, você sabe que sua mãe já me proibiu de liberar seu dinheiro para isso e...

- Não é nada disso, Scooter. – eu o interrompi. – Eu disse que é algo serio.

- Mas vídeo games é algo serio para você... Não é? – ele arqueou uma sobrancelha e me olhou desconfiado. Eu sorri.

- Scooter, preciso que descubra tudo sobre a tal da Abigail Mayer.

- Quem? – Scooter perguntou confuso.

- Uma das patrocinadoras do clipe... Forever 21... – falei devagar, vendo se ele se lembrava.

- Acho que sei quem é. – ele disse ainda em seus pensamentos, depois olhou serio para mim. – Mas por que quer que eu faça isso?

- Só faça, por favor. – disse, virando-me já para me retirar.

- Sem chances, Justin, estou de férias.

Eu parei de caminhar e me virei novamente, Scooter tinhas os braços cruzados e um olhar sereno.

- Por favor, Scoot! – implorei, tentando fazer cara de cachorrinho, mas eu sabia que aquilo não funcionava muito bem com ele.

- Justin, eu estava esperando essa semana de férias; ia finalmente aproveitar o Hawaii!

- Nós já fomos ao Hawaii

- É, mas enquanto você ficava andando de barco e tomando banho de mar com a Jasmine Villegas, eu estava ocupado cuidado das coisas do seu show! – Scooter reclamou.

- Shhh, cara! – eu pedi por silencio, falava mais baixo agora. – Não fala da Jasmine, a Alicia está aqui do lado!

Scooter deu de ombros e pegou sua mala de cima da cama, colocando no chão.

- Resolvo quando voltar de férias, JB. Agora vamos, não quero que percam o voou de vocês e nem quero perder o meu voou para o Hawaii. – ele suspirou e deu um sorriso bobo na ultima palavra, e eu revirei meus olhos.

- Scooter, eu peço, por favor. – pedi calmamente, com um pingo de esperança de que Scooter ficasse comovido com a minha pequena atuação. Ele suspirou novamente e, pela cara que ele fez, sabia que havia vencido.

- Tudo bem, Justin, vou ver o que posso fazer.

Yeeh, eu mando muito bem! Não é a toa que me escolheram para participar de CSI.

- Valeu, cara, eu te devo uma. – fechei meu punho e esperei que Scooter fizesse o mesmo, como comprimento.

- Você me deve várias, Justin, inclusive me deve paz no Hawaii. – ele bufou, mas retribui meu cumprimento. Eu acabei rindo da careta que Scooter fazia. – Mas posso saber por que você quer tanto informações sobre essa mulher? – perguntou curioso.

- Ela tem chances de ser a avó paterna da Alicia. Eu quero muito descobrir isso antes dela, não quero que fique decepcionada caso essa tal Abigail não seja. – disse seriamente.

- Tem razão, man, é algo serio... Fico feliz de que esteja parando de pensar em vídeo games para pensar em algo que possa fazer uma pessoa feliz. – Scooter soltou uma gargalhada zombeteira.

- Eu faço tudo para ver a Alicia feliz, dude. – respondi a ele, sorrindo.

P.O.V. Alicia

- Olha, já cansei de te tirar do mundo da lua, Alicia. Você me escutou dessa vez? – Sam resmungava, com as mãos na cintura e me encarando com raiva. Desapoiei minha cabeça da mão, em cima do braço da poltrona do nosso quarto, e a olhei com um olhar de desculpas.

- Acho que não estou bem hoje... – murmurei abaixando a cabeça.

- É, eu percebi... – sua voz ficara menos de brava para algo como serio. – Não acha que tenha que me contar o que estragou seu dia? Hoje de manhã estava me acordando super feliz.

- Ah, eu não acordei você... – olhei para ela, com um sorriso de canto.

- Não mude de assunto. – ela até conseguiu me assustar com sua pose séria. Eu suspirei pesadamente e abaixei o olhar de novo.

- Tudo bem, eu conto... Eu falei a você sobre o surto daquela Abigail sobre o meu pingente, não foi? – esperei Sam assenti, mas demorei alguns segundo para continuar: - Eu fui até lá, falar com ela; precisava tirar aquela história a limpo... Nós conversamos, ela me contou que tinha um pingente igual - seu marido a dera -, mas que havia perdido o pingente... Esse pingente, Sam, o meu pai me deu, eu já contei a você. É uma das únicas coisas que tenho dele, o resto é só fotos... Nem o sobrenome dele eu tenho!

- Mas o que essa Abigail tem haver com o seu pingente? Por que ela agiu daquela maneira, então? – Sam perguntou, completamente confusa.

- Sam, eu não tenho certeza... – eu me limitei a sussurrar. – Mas acho que ela pode ser a minha avó.

Sam abriu a boca, precisou colocar a mão por cima para esconder sua reação de choque.

- Sua avó?

- Ligue os fatos, Sam. – eu lhe disse. Ligando os fatos, a chance era bastante grande, Justin tinha razão. – Ela mora em São Francisco; perdeu um filho em acidente de carro no Brasil, antes de se casar com uma brasileira. Ele também deixou um filho de apenas quatro anos na época, quem a Abigail nunca teve coragem de conhecer... Essa é a minha história! Não acha que existe muita coincidência?

- Com certeza, amiga. – Sam se aproximou e se ajoelhou ao lado da minha poltrona. – Ela é sua avó, não há duvidas.

- Mas para mim há duvidas sim. – murmurei, olhando para longe dela. – Eu tenho medo de que não seja minha avó. Sempre sonhei com aquelas velhinhas, sentadas em cadeiras de balanço, sorrindo para você. Que te dão presentes ou fazem tortas para você, mesmo sua mãe dizendo que não pode comer açúcar. Aquelas que funcionam como segunda mãe e que te apóiam, mesmo você estando errada... Eu perdi minha avó materna quando tinha oito anos, já convivo há um bom tempo sem isso, Sam. Era apenas eu e a minha mãe, nos virando sozinha em tudo, não tínhamos uma vida cercada de luxo. Minha mãe batalhou muito para nunca faltar comida em casa... Abigail é...

- Rica. – Sam disse, como se me concluísse, mesmo não sendo isso que eu iria falar. Porem, aquilo me fez refletir. Então a minha suposta avó é rica? Eu e minha mãe sofremos por tantas dificuldades financeiras no Brasil enquanto ela tinha uma vida confortável, me rejeitando por todos esse anos? Se isso for mesmo a verdade, ela teria que se explicar...

Pattie entrou no quarto, fazendo um barulho enorme na porta.

- Ah, desculpa, meninas. – ela pediu um pouco envergonhada pelo barulho e eu e Sam sorrimos para reconfortá-la. – Estão prontas? Está na hora do voou.

- Claro, estamos sim... – disse me levantando da poltrona, um pouco cabisbaixa, e indo pegar minha mala, que não era grande e nem estava pesada. Pattie estava na porta, esperando que nós passássemos e, quando estava ao lado dela, ela me abraçou de lado e caminhou comigo para fora do quarto.

- Você está bem, honey? Parece um pouco triste... – ela disse atenciosamente a mim.

- É por que ela... – Sam começou, mas eu a interrompi.

- Estou triste por ir embora. – menti.

- Oh, não fique assim – Pattie riu. – Aposto que ainda vamos voltar muito para cá. – ela disse, me parando e sua mão no meu ombro me virou para ela. Ela piscou para mim, um sorriso no canto dos lábios. Pattie me fez rir.

Depois disse senti aqueles braços quentes em volta do meu corpo, aqueles braços que tem o poder de me dar o abraço mais reconfortante e caloroso do mundo. Eu sorri.

- Vamos? – Justin praticamente sussurrou no meu pescoço e deu um beijo na minha bochecha quando eu assenti.

- Ótimo, vou voltar ao Canadá sem nenhuma foto com a Paris Hilton! Chaz vai zombar de mim. – Ryan disse emburrado.

- Eu digo a Chaz que Paris Hilton dançou com você e depois lhe deu um beijo na bochecha. – Justin falou.

- Na bochecha? Não pode ser na boca? Nem um selinho? – Ryan pediu e Justin gargalhou.

- Ryan, conforme-se com o beijo na bochecha! Chaz nunca acreditaria que a Paris Hilton teve coragem em trocar salivas com você. – Justin continuava rindo e todos nós nos juntamos a ele.

Nós fomos até o aeroporto, o esquema era o mesmo como fizemos em São Francisco. Ryan voltaria ao Canadá, seu voou saia primeiro que o nosso. Nós saímos do carro para nos despedirmos dele.

- Ryan, dê lembranças a sua mãe por mim. – Pattie disse o abraçando.

- Sim, Pattie e obrigado. – Ryan disse sorrindo, assim que ela o soltou. Depois caminhou até Scooter. – Sabe que sinto saudades de você, Scoot. – Ryan piscou para ele e mandou um beijinho no ar. Scooter bufou.

- Vão continuar com isso? Pattie, é culpa sua! – Scooter apontou para ela, porem não conseguia controlar o riso. Pattie levantou as mãos para o alto rindo, como quem se rende.

Ryan foi até Kenny, o abraçou de lado e com o outro braço, fez um toque de mão em Kenny.

- Big Kenny Hamilton. – Ryan disse, depois o soltou e foi até Sam. – Sam, se precisar de mim para causar ciúmes em alguém de novo, venho voando do Canadá. – Ryan piscou para ela, que corou.

- Acho que... Obrigada? – Sam sorriu encabulada para ele, depois ele a abraçou, quase a tirando do chão, e foi até mim. – Você é agora minha irmãzinha, Alicia. Cuida do JBieebs por mim.

- Pode deixar, Ry... – eu sorri e passei o braço pela cintura de Justin, que apoiou seu braço em meu ombro. – Venha de novo para cá nas suas férias, assim passa mais tempo com a gente.

- Eu volto, brazilian. – ele me apelidou e eu ri de leve, depois ele olhou para Justin.

Justin me soltou e fez um toque de mão em Ryan.

- Se cuida, cara. E você ouviu: Alicia é a minha irmãzinha, se aprontar algo com ela... – Ryan o ameaçou, apenas de brincadeira, e todos nós rimos.

- Não se preocupe, Ry. E se cuida também. – Justin disse, depois deu um abraço ligeiro nele. – Diga a todos que estou com saudades deles no Canadá.

- Eu digo. – Ryan falou, já se afastando de nós. – Bye! – ele acenou, sorrindo para nós. Acenamos de volta e Ryan se virou, agora caminhando de frente para o aeroporto iluminado de Los Angeles.

O vento frio da noite soprou e eu me aconcheguei em Justin para me esquentar. Ele passou o braço sobre mim e beijou o topo da minha cabeça, depois entramos no carro novamente esperamos os poucos minutos para a hora do nosso voou.

Logo, já estávamos sentados nas poltronas do avião. Eu fiquei na janela, olhando para o lado de fora e me despedindo mentalmente daquela cidade. Quando era criança, sempre sonhava com Hollywood e eu ri dessa lembrança.

- Do que está rindo? – Justin perguntou se acomodando na poltrona, um pouco divertido com a minha risada. Eu desviei o olhar da janela e olhei para ele.

- Nada, só estou pensando em Los Angeles... É linda! – eu disse, sorrindo.

Justin sorriu também e me puxou para perto do seu corpo.

- Muitas coisas aconteceram aqui, não é?

- É, muitas... – eu sussurrei, lembrando-me da Abigail. Depois me virei para olhar para ele, seu rosto estava bem perto do meu. – E obrigada por me trazer até aqui... Nada disso teria acontecido se eu ficasse em São Francisco.

- Acho que aconteceria. – ele me fitou, pensativo. – Ela mora lá, não é?

- Talvez não tão rapidamente. – eu me corrigi, depois sorri para ele. – Obrigada.

- Você não tem o que me agradecer, Alicia. – ele sorriu de volta, depois aproximou mais o seu rosto do meu e selou nossos lábios. Minha atenção desviou para a voz da Sam e nós nos separamos.

- Porque a loira leva ferro de passar no jogo de futebol? – Sam começou a piada. Scooter já estava rindo e disse não. - Porque o técnico sempre grita “Passa a bola!”

Sam começou a rir da própria piada e Scooter também. Eu e Justin nos entreolhamos e reviramos os olhos para os dois, rindo.

O voou foi tranqüilo, Justin caiu no sono logo depois de dizer que ficaria acordado comigo. Eu não reclamei, ver ele dormindo era lindo e até mesmo me acalmava. Era como se nada no mundo existisse e todas os sentimentos fugiam. Naquele momento, era apenas Justin, um anjo adormecido.

E era ótimo, pois eu não pensava em mais nada.

E eu não queria pensar em nada, meus pensamentos me torturavam com a pressão da Abigail ser mesmo minha avó.

Apenas percebi que havia dormido quando Justin me acordou com um beijo e caricias no meu cabelo.

P.O.V. Justin

- Alô?

- Justin, eu fiz o que você mandou. – Scooter, do outro lado da linha, me disse.

- Fez? Ótimo, obrigado, Scooter! Então... O que sabe sobre essa mulher?

- Eu falei com um amigo meu; ele com os arquivos de São Francisco. Você me disse que o nome do pai dela era Ben Mayer, não é?

- Sim. – eu respondi.

- Então é isso, cara... Essa tal Abigail Mayer é mesmo a avó da Alicia.

Eu fiquei aliviado. Suspeitava disso desde o começo, mas imagina se não fosse mesmo a avó dela? Nem sabia por onde começar a procurar...

- Cara, muito obrigado, Scooter! Eu dou créditos a você para Alicia. – eu disse.

- É, pelo menos consegui aproveitar o Hawaii, mesmo tendo que cuidar disso para você... Mas como foi sua semana ai, sem mim?

- Eu estou do lado da garota que eu amo, não tem como ficar melhor. – eu o respondi, sorrindo. – Estou hospedado em um hotel, mas acabo vindo dormir na casa dela enquanto minha mãe e Kenny ficam no hotel.

- Tome cuidado, Justin, use proteção...

Eu ri envergonhado e disse:

- Scooter, não, não! Não dormimos juntos, eu...

- Ufa! Eu não queria ter que avisar a imprensa que você vai ser pai tão cedo, ai já era a sua carreira...

- Scooter, está parecendo a minha mãe! – eu o parei rindo. – Estou em um quarto separado do dela!

- Bom, isso deixa Pattie aliviada... – ele disse e depois soltou ar, também parecia aliviado. – Vejo você amanhã, nanico. Já vou adiantando que sua agenda está bem cheia, tive que adiar muitas coisas graças a essas duas semanas de férias forçada.

- É, eu imagino... – disse já cansado em apenas pensar na agenda lotada.

- Até mais. – ele disse e eu desliguei o telefone. Eu coloquei o telefone na cabeceira de madeira surrada ao lado da cama. O quarto de hospedes era pequeno. Me joguei naquela cama e relaxei, pensando em como contaria aquilo a Alicia.

Foi apenas pensar nela que ela já estava entrando no quarto.

- A preguiça é tão grande assim? – ela disse ao me ver estirado na cama, com uma risada leve e doce.

- Um pouquinho... – eu fiz beicinho e ela se aproximou de mim, se sentando ao meu lado na cama. Ela me olhou sorridente e tocou a ponta do meu nariz com o dedo.

- Estou adorando ter você aqui. – ela confessou. Eu sorri e a puxei pela cintura, a fazendo deitar no meu tórax.

- Também estou adorando está aqui com você. – disse sincero logo depois de beijar seus cabelos que tinham um cheiro bom... Morango?

Alicia sorriu e se aconchegou mais em meu peito. Ficamos calados por segundos, eu pensando em uma maneira em contar tudo aquilo a ela e ela pensando em algo que eu não fazia ideia. Por um momento meu pensamento desviou apenas para tentar descobrir o que ela estava pensando.

- No que está pensando? – perguntei completamente curioso.

- Em você... – ela sussurrou e levantou a cabeça para me dá um selinho. – E você? No que está pensando?

Apenas em como contar a você que descobri quem é a sua avó que você tanto quis conhecer, Aly...

Não, eu não podia dizer isso. Ia ficar maluco, não sabia como contar isso a ela.

- Em você também. – eu lhe disse e não era mentira.

O sorriso dela aumentou e ela me beijou novamente, dessa vez mais intensamente. Eu retribui o beijo e logo ela já estava em cima de mim. Eu apertei mais sua cintura e mudei de posição, ficando em cima dela.

Nesse momento eu só conseguia pensar nela. No cheiro dela, no beijo dela, na maciez da pela dela...

Eu levei minhas mãos para dentro da camisa dela, passando meus dedos na barriga lisinha. Senti ela se arrepiar debaixo de mim, depois levei minha boca até seu pescoço, mordicando.

- Justin...

Ela gemeu? Mordisquei o lóbulo da sua orelha e ela abafou outro gemido, mordendo o lábio inferior. Isso me excitou.

- Geme meu nome de novo, Aly... – eu sussurrei ainda na sua orelha e ela fez.

Estava quase arrancando a camisa dela, e ela a minha.

E ele... Nem quero comentar o estado do meu amigo aqui em baixo...

Enquanto beijava seu pescoço novamente, sentindo o aroma delicioso dela, a senti enrijecer embaixo de mim.

- Acho melhor não... – ela falou baixo, quase não a ouvi e continuei a beijando. – Justin, não. – ela pediu novamente e dessa vez entendi. Parei de beijar e me levantei de cima dela.

- Desculpa. – eu pedi. Ela riu, se levantando da cama também para se sentar na minha frente. Depois passou os dedos delicadamente na minha bochecha.

- Não se desculpe... – ela falou com uma voz doce e ainda sorrindo. – Talvez um outro dia?

Eu sorri de um jeito safado. Então teria um dia?

Ela notou meu olhar e riu. Depois chegou mais perto de mim e se encostou no meu peito. Ela fechou os olhos e achei que fosse dormir. Eu passei a mão levemente em seu cabelo e a reação dela foi sorrir e se aconchegar mais em mim.

Eu poderia dizer agora...

Mas não conseguia, as palavras simplesmente não saiam da minha boca.

Ela abriu os olhos novamente, tinha um sorriso tão sereno nela, aquilo me acalmou. Quando ela olhou para a janela, viu o sol caindo e já anoitecendo.

- Vou tomar banho, okay? – ela disse, porem não esperou minha resposta e já foi se levantando da cama e indo para a porta. Se ela tivesse pedido minha resposta, eu diria “Vou com você, baby”.

Sim, era isso que eu queria.

O volume entre minhas pernas estava ficando insuportável e eu esperei ela sair do quarto para ir até o banheiro pequeno do quarto e me aliviar.

Depois do meu banho, eu desci as escadas e fui até a cozinha da casa da tia Sarah. Já andava tão livremente, me sentia em casa. Na verdade, minha sogra fez de tudo para que eu me sentisse em casa e eu já adorei a mãe da Alicia.

Nós jantamos assistindo a um jogo de basquete na televisão, em meio a risadas e brincadeiras. Depois, Judi, como eu chamava minha sogra, colocou um filme para assistirmos. Tia Sarah estava na cozinha conversando com o noivo dela; eles me convidaram para o casamento deles, seria no fim do mês. Alicia estava adormecida no meu ombro e Judi olhava ela, sorrindo. Eu olhei para Alicia também e sorri, depois para Judi. Decidi que seria melhor conversar com ela sobre o que eu descobrira. O que Alicia mais falou nessa semana foi que não conseguia coragem para conversar com a sua mãe. E eu estava sem coragem para conversar com ela, talvez Judi me ajudasse.

- Judi, eu... – sussurrei, para não acordar Alicia, mas não prossegui.

- O que? – ela insistiu.

- Não sei exatamente como falar isso... Talvez me ajude, se me entender...

- Justin, pode falar para mim. – ela disse sorrindo. Eu respirei fundo, tentando puxar coragem também.

- Alicia me contou sobre uma avó dela, uma que ela não conheceu... – comecei, porem não falei ao ver a postura de Judi mudar e ela ficar seria. Decidi continuar, já que ela não falou nada: - Ela disse que tinha o desejo de conhecer-la...

- Ela não vai. – Judith me interrompeu, porem não rude. – A avó dela não quer conhecer ela.

Respirei fundo novamente. Vamos Justin, fale logo!

- Quando gravamos o clipe em Los Angeles, nossos figurinos eram de uma marca de roupas que patrocinava as gravações. Uma das donas da marca nos acompanhou nas gravações, ajudando com as roupas do clipe... Judith, você deve conhecer... Abigail Mayer.

Ela endureceu e se remexeu na poltrona da sala, desconfortável. Se levantou com o pote da pipoca vazio e caminhou até a cozinha murmurando:

- Não, não conheço.

Eu, cuidadosamente por causa da Alicia, me levantei do sofá e a segui para cozinha.

- Desculpe, mas acho que conhece sim... – enquanto terminava de falar isso, Judith se virou para mim.

- Querido, não vale a pena remoer o passado... Por favor, não fale sobre isso, não alimente falsas esperanças para a Alicia. – ela pediu, depois deu as costas a mim de novo e levou o pote de pipocas para o balcão da pia. Eu dei mais dois passos para a frente, ficando mais perto dela. Tia Sarah nos olhava confusa enquanto ainda conversava no telefone.

- Não são falsas esperanças, ela é a avó da Ali...

- Justin! Não! – Judith berrou nervosa, sem me deixar terminar a frase.

Eu fiquei um pouco assustado e tia Sarah também, até tirando o telefone do ouvido e encarando Judi assustada como eu. Judith respirou fundo e pegou um copo, indo até a pia.

- Me desculpe, eu... – comecei a falar, mas ela me interrompeu.

- Não, eu que lhe devo desculpas. – falou dando um gole na água. – Não gosto de falar nesse assunto.

- Eu entendo... – sussurrei, fitando meus pés.

- Não é um assunto muito agradável para mim, me perdoe.

- Tudo bem... – eu sorri para ela e balancei a cabeça positivamente. Ela forçou um sorriso, mas saiu fraco.

- Alicia já sabe...? – ela perguntou receosa.

- Suspeita... – eu respondi e ela soltou um muxoxo.

Reparei que tia Sarah terminava sua conversa no telefone dizendo que ligava depois e nos encarou.

- O que a Alicia suspeita? – perguntou curiosa, mas Judi não conseguiu falar.

Eu tomei a liberdade de dizer:

- Quem é a avó dela.

Ela tapou a boca que se abriu em choque.

- Não. Acredito. – disse pausadamente encarando Judi. – Aquela mulher? Mas como? Como ela descobriu?

Judi balançou a cabeça negativamente, olhando para baixo. Eu respondi novamente:

- Ela nos disponibilizou roupas para o clipe.

- Wow! – ela exclamou e foi com os braços abertos até Judi, a abraçando.

Podia ver Judith se esforçar para não chorar na nossa frente. Eu olhei para trás e vi Alicia dormindo lindamente no sofá. Ela me fez sorrir. Depois me virei novamente para Judi e disse:

- Não quero lhe pressionar, Judi, sei que deve ser difícil mexer em uma ferida. Alicia me contou tudo... Mas ela está tão feliz com isso... Ela merece saber...

- Acho que tem razão... – ela murmurou ainda tendo tia Sarah a abraçando. – Alicia merece, Justin, mas eu primeiro preciso falar com a Abigail. Não quero que Alicia seja rejeitada novamente.


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Notas finais do capítulo

Não aguentei e vim postar logo esse capitulo, também para dizer que... A FIC ESTÁ NA RETA FINAL :DD
nem se preocupem porque tome minha decisão... TERÁ SEGUNDA TEMPORADAA!
fiquem de olhinhos abertos, só temos poucos capitulos agora =x
muito obrigada por tudo!
com amor,
B.