Sou só a Namorada do Justin Bieber escrita por The Sweet B


Capítulo 31
Let It Be, Sam e Ryan




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P.O.V. Samantha

Okay, fiz uma GRAANDEE DROGA! O que?! WHF?! Samantha Lewis, por que foi dizer isso?

Agora estava em uma grande enrascada, pois Kevin olhou para mim e depois para Ryan. E seu olhar não era dos melhores, não.

- Aquele cara ali? – Kevin apontou com desprezo para Ryan.

- Sim.

Não, Samantha, está se afundando mais!

- E como se conheceram, bonitinha? – Kevin ergueu uma sobrancelha.

- Hum... Agora.

- E como podem já está juntos?! – Kevin perguntou completamente confuso e com um pouquinho de desespero.

- Sabe como é... a química... – menti sem graça. Por que eu não fico com a boca fechada?

Kevin me olhou desconfiado, então suspirou.

- Desculpe pelo que te fiz, Sam... – ele murmurou com a cabeça baixa.

Não sinta pena dele, não sinta!

Me virei e caminhei até a mesa. Pude sentir Kevin me seguindo. Me sentei na cadeira, ao lado de Alicia e, enquanto me sentava, cochichei em seu ouvido:

- Me meti em encrenca, depois te conto.

Ela me olhou completamente confusa, então Kevin se sentou na mesa também.

- Pedimos batata fritas, gostam? – Ryan disse sorrindo.

Fiquei paralisada, Kevin me olhava como se estivesse desconfiando de minha mentira.

- Ah, Ryan, você realmente já me conhece! – forcei um sorriso, fiz uma voz doce e passei a mão ligeiramente pelo seu cabelo.

Todos me olharam estranho, principalmente Ryan.

- Mas acabaram de se conhecer... – Justin disse.

E então descobri que tenho a melhor amiga do mundo, porque Alicia, mesmo eu não tendo contado nada a ela, fez o enorme favor de chutar seu namorado.

- Ai! – ele gemeu. – Por que fez isso?

- Ah, desculpa, era seu pé? – ela fez uma cara sínica e deu um olhar mortal para ele. Me controlei para não rir.

Virei à cabeça e vi Ryan me olhando como a pessoa mais estranha do mundo. Kevin estava brincando com o saleiro, mas não tirava a atenção de mim e Ryan. Dei um sorriso amarelo a Ryan e logo as batas fritas chegaram.

Justin pegou uma e, ao invés de levá-la a boca, jogou em Alicia. Ela abriu a boca chocada, mas controlava os risos. Pegou outra e jogou em Justin. Fizeram uma guerrinha de amor, entre muitos risos, então olhei para Kevin que ainda estava desconfiado e depois para Ryan, que terminava de dar um gole em seu milk-shake. Rapidamente e sem pensar outra vez, de novo, peguei uma batata e joguei em Ryan. Ele me olhou estranho de novo e levemente irritado. Quando achei que fosse ficar bravo e me desmascarar na frente de Kevin, ele riu e pegou outra batata, jogando em mim. Achei engraçado, então acabamos fazendo nossa própria guerra.

- Hey, assim vamos ficar sem nada para comer. – Justin nos parou.

Percebi que ele e Alicia já haviam parado há tempos e olhavam para nós. Paramos de rir e eu me senti bem envergonhada, mas estava dando certo, Kevin agora estava ficando convencido.

- Foi mal, nos empolgamos... – Ryan disse ainda rindo.

- Parem então, empolgadinhos, quero chegar ao hotel com a barriga cheia. – Justin disse levando uma batata a boca.

- Ah, Justin, eu sei que quando chegarmos ao hotel vai pedir serviço de quarto com 30 sabores diferentes de sorvete. – Ryan disse, rindo.

- Hey, você bem que come os 30 sabores de sorvete também! – Justin falou, sem conseguir e rir também.

- Entendi, você dois comem 30 sabores de sorvete, mas eu não entro na festa, não é? – Alicia falou, se fingindo de chateada.

- Quer festinha no meu quarto, baby? – Justin se aproximou mais dela na mesa e deu um sorriso malicioso. – Nessa Ryan não entra.

- Justin Drew Bieber! – ela apertou os olhos.

Eu, Ryan e Justin gargalharmos alto, menos Kevin, ele estava deslocado. O resto da noite foi assim, entre brincadeiras engraçadas e Kevin segurando a vela... aquele castiçal ignorante que eu ainda gostava. Mas estava me divertindo com Ryan, ele era bonito e, depois de um tempo, percebi que não estava mais mentindo sobre gostar de ficar ao lado dele, estava realmente gostando daquilo. Mas quando olhava para Kevin, me sentia mal. Eu não o entendia, ele estava assim por mim ou por Alicia?

P.O.V. Alicia

Então nos levantamos e fomos até o carro. Fui com as mãos entrelaçadas nas de Justin, enquanto ele conversava com Ryan, mas algo me puxou do meu sonho.

- Ai! – disse quando aquele algo me levava para longe do meu amor. E esse algo era...

- Sam, o que foi?

- Precisamos conversar.

Encarei Justin, ele estava rindo por Sam ter me tomado dele.

- Urgente. – ela pediu ao olhar para Ryan.

- Ah, é... Você se meteu em encrenca. Conta, Samantha!

- Eu não deveria mentir, eu sei, e você vai me chamar de louca ou até me matar, porque, como melhor amiga de Samantha Lewis, você tem que me ajudar, não é?

- É, se eu não te ajudar você não se ajuda! – disse rindo um pouco.

- Como posso me ajudar se sou eu mesmo que me meto em roubadas? – ela estava se desesperando. – O negocio é o seguinte: Kevin veio falar comigo.

- Eu sei. O que aquele boboca te disse?

- Não entendi, ele estava se desculpando por ter me usado... Mas eu fiz de tudo para não parecer fácil para ele e... Menti que eu e o Ryan estamos juntos.

- Você o que?! – eu quase berrei, chamei a atenção dos meninos e Sam tapou minha boca.

- Grita mais alto, acho que ninguém lá no seu país escutou! – disse Sam irritada e tirando sua mão da minha boca aos poucos.

- Você é maluca, sabia? – disse rindo da insanidade dela.

- Eu sei, agora estou ferrada!

- Vai alimentar essa mentira ainda? – ergui uma sobrancelha para ela.

- Claro! Kevin vai me achar boba se eu desmentir.

Ela era maluca, mas minha melhor amiga, então tinha mesmo que ajudá-la a sair de encrencas.

- Tudo bem, vou falar com o Justin e pedir que Ryan te trate como... namorada...

- Ai, ele vai me achar uma idiota! – disse Sam se escondendo de vergonhas com as mãos no rosto.

- Não se preocupa, Ryan parece ser do mesmo tipo que Justin: se vende por doces. – sorri para ela e nós duas rimos depois.

- Hey vocês! – gritou Ryan. Já estavam entrando no carro. – Festinha do pijama agora? Vamos meninas!

Eu e Sam corremos até o carro. Justin parou na casa de cada um e os deixou. Eu queria muito ir para o hotel dele, ou que ele ficasse em casa, mas Scooter provavelmente estava explodindo com Justin por demorar e minha mãe não ia deixar. Então me despedi dele, mas com Ryan nos olhando era, digamos... Vergonhoso.

- Querem que eu chame uma equipe de iluminação? E uma fonte de água também? Talvez pétalas de rosa! Só pra deixar mais romântico... – ele disse bufando.

Justin, sem deixar de retirar seus lábios dos meus, balançou a mão para Ryan, como se quisesse fazer ele calar a boca. Depois sorriu e nos separou.

- Te vejo amanhã. – ele disse olhando nos meus olhos.

- É, agora sem a turnê vou ter que te ver todo dia mesmo... – brinquei.

Justin fez um biquinho e depois riu.

- Eu te amo.

- E eu também. – respondi com muita sinceridade.

Ele entrou novamente no carro e me esperou entrar em casa. Em casa, vi minha mãe com os óculos de leitura dela assinando papeis no sofá.

- Oi, mamis! – gritei entrando na sala. Adorava brincar de lhe chamar de mamis.

Ela olhou para mim sorrindo e retirou os óculos, colocando em cima da mesinha a sua frente, junto com os papeis e a caneta. Depois ela abriu os braços e eu me joguei em seu colo.

- O que está fazendo? – perguntei encarando os papeis enquanto ela tirava mechas do meu cabelo de seu rosto.

- Scooter me mandou esses papeis. São contratos, cláusulas, alguma coisa de danos morais, essas coisas que eu não tenho a mínima ideia do que seja... – minha mãe respondeu e eu ri.

Ela realmente não ligava para esses papeis, mesmo tendo que assinar muito quando é contratada por algum restaurante, bar ou hotel para cantar. O que me fez lembrar de uma coisa:

- Ah, mãe! – eu virei um pouco minha cabeça para tentar vê-la. – E seu trabalho?

- Pedi demissão... – ela deu de ombros.

- Como pediu demissão? – perguntei desentendida.

- Alicia, sabe que eu não gosto quando mandam em mim, e aquele velho rabugento ficava me mandando cantar músicas dos anos 50 o tempo todo, mas eu disse a ele que eu e minha banda escolhemos a música que vamos tocar. Então eu disse adeus ao restaurantezinho de quinta dele.

- Você disse adeus, ou ele disse adeus a você? – ergui uma sobrancelha.

- Tudo bem, ele me chutou... – minha mãe disse e eu comecei a rir. – Maaaas que fique claro que eu já ia pedir demissão, porque essa garotinha aqui – ela apertou minha bochecha. – inventou de arranjar um namorado famoso e não me avisou.

- Ah, tudo bem... – disse parando de rir. – E como vai o pessoal?

Os amigos de banda da minha mãe eram ótimos, cresci com eles. Me ensinaram a tocar violão e piano.

- Todo mundo tem saudades de você, ficam me falando o tempo todo. Ainda mais agora que está namorando Justin Bieber.

- Eu também tenho saudades deles...

- Eu te trouxe uma coisa. – minha mãe disse tirando os braços ao redor de mim.

- Uma coisa? – perguntei curiosa e saindo do colo dela.

- Sim, eu perguntei a você se não havia esquecido nada no Brasil, antes de você vim para cá. Você disse que não e blábláblá...

Ela desapareceu da sala e logo depois voltou com um sorriso enorme e o meu violão nas mãos.

- O meu bebê! – falei com as mãos erguidas para o violão.

- Seu bebê? – minha mãe parou de andar e levantou uma sobrancelha. - E que mãe é essa que esquece o bebê no Brasil?

- Hey, eu senti falta dele, ta legal? – disse ofendida e fui buscar meu violão.

Ganhei ele quando tinha 9 anos, já estava velhinho, mas ele era forte. Quantas músicas não compus nesse violão! Sim, às vezes eu me arriscava a compor. Eram músicas ridículas que eu falava sobre coisinhas da minha vida, como quando gostava de um garoto, meu primeiro beijo, amigas. Minha mãe às vezes achava meu caderno com as composições e as cantava para um publico de 20 pessoas, o que me deixava envergonhada.

Sentei-me no sofá com a minha mãe e comecei a passar os dedos nas cordas do violão, matando minha saudade.

- Toca alguma coisa. – minha mãe pediu, sorrindo.

Comecei a dedilhar, pensando em alguma música. Logo uma veio na minha cabeça, e eu sorrir com ela. Lembrei das notas e comecei a tocar Let It Be, dos Beatles. Toquei uma introdução, fazendo minha mãe se lembrar também de que musica era.

(http://www.youtube.com/watch?v=0714IbwC3HA)

Ela sorriu e começou a cantar:

- When I find myself in times of trouble. – sua voz doce era extremamente linda, estava com saudades da voz da minha mãe. - Mother mary comes to me. Speaking words of wisdom, let it be. And in my hour of darkness. She is standing right in front of me. Speaking words of wisdom, let it be.

Eu ri e cantamos o refrão juntas:

- Let it be, let it be. Let it be, let it be. Whisper words of wisdom, let it be!

E repetimos:

- Whisper words of wisdom, let it be!

Logo caímos na gargalhada. Me divertia tanto com minha mãe, ela me fazia bem. Como Sam, ela era minha melhor amiga, e só Deus sabe quanta falta senti dela! Como achei que fosse ser tão forte a resistir a seis meses longe dela? Ainda bem que entrou Justin Bieber em minha vida e trouxe ela de volta para mim, meio que por impulso, mas a trouxe.

- Ain, minha filha! – minha mãe me abraçou forte, ainda cessando seus risos.

- Estava com saudades. – disse retribuindo seu abraço.

- E eu quase morri! – ela disse e me soltou.

Sorrimos uma para outra, então minha mãe se lembrou de algo.

- Ah, sabe o que eu estou tendo que assinar também? – ela perguntou colocando uma mexa do cabelo atrás da orelha e pegando alguns dos papeis em cima da mesinha. – Uma papelada sobre um clipe, não sei bem... Scooter disse que me explicaria depois, você sabe?

Ela olhou para mim, eu estava chocada. Era o clipe que Justin havia me falada em Las Vegas, com certeza. Era para a semana da nossa viajem, mas ele disse que ainda não tinha retorno dos produtores. E agora essa? Por que ele não me avisou antes?

Forcei um sorriso para a minha mãe, depois me levantei do sofá, coloquei meu violão de lado, e subi as escadas, deixando minha mãe sem resposta. Mesmo tarde, sabia que Justin não estava dormindo, talvez estivesse chegando agora no hotel. Peguei meu celular e esperei a voz doce dele atender:

- Alô?

- BIEBEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER!


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Notas finais do capítulo

afe, titulo nada haver ¬¬'