Fathers Day escrita por Swann


Capítulo 1
Ukitake e Kyouraku


Notas iniciais do capítulo

Uma idéia louca que tive ontem a noite e resolvi escrever. Eu espero, sinceramente, que gostem.



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- Eu me pergunto. Como uma criança pode nascer idêntica ao pai?  - Kyouraku refletia sobre a questão enquanto observava Ukitake brincando com um bebê nos braços.

 

O pequeno nascera com os mesmos cabelos brancos do pai. Não se sabiam dizer o porquê, já que a cabeleira branca de Ukitake era devido a sua doença. Sua herança genética era pesquisada dia e noite por alguns membros do quarto esquadrão devido as chances da criança também ter nascido com a doença do pai. Além dos cabelos, os olhos também eram da mesma cor.

 

- É verdade, ele não parece nada com a mãe – Nanao concordou, sorrindo. Era engraçado ver o capitão no décimo terceiro esquadrão enchendo seu filho de doces. – Mesmo sendo a cara do pai, até que ele é bonitinho. – Os dois riram. Nanao ajeitou os óculos e endireitou o livro em baixo do braço.

- Espero que ele aceite isso como um elogio – Unohana entrou no cômodo do quarto esquadrão e deparou-se com a cena. Ukitake deitado de bruços oferecendo um pirulito à criança. Ela não conseguiu conter um sorriso.

 

Os negros cabelos da taichou não estavam presos nas tradicionais tranças que envolviam seu pescoço; estavam soltos e jogados sobre os ombros. Ela vestia seu shihakusho, mas seu haori estava forrado no chão, onde a criança estava sentada. Esta ria enquanto se lambuzava com o doce oferecido pelo pai. Segurando o pirulito de cabeça para baixo, ele virava a mãozinha para poder passar os lábios no doce que parecia estar inalcançável. Ukitake riu e o ajeitou na mão dele, melando também a sua. Passou a língua pelos dedos lambuzados e sorriu ao notar a presença de seus amigos e da mãe de seu filho.

 

- Oe! – Kyouraku acenou para o abobalhado pai. – Viemos lhe dar um feliz dia dos pais. Os dois se aproximaram, mas Unohana continuou a observá-los de longe.

- Arigatou – o rapaz de cabelos brancos agradeceu com um enorme sorriso no rosto. Sentia-se emocionado por esse dia não passar em branco para ele.

- Vocês deveriam ter trabalhado duro para fazer esse garotão – Kyouraku disse com um sorriso safado no rosto. A taichou do quarto esquadrão, assim como a tenente do oitavo, coraram com a hipótese.

- E como – Ukitake riu com o rosto rosado. Já estava acostumado com as brincadeiras do seu amigo. Não poderia dizer o mesmo da sua esposa, que estava com o rosto em chamas de tanta vergonha. – Vocês dois não ficam para trás também não.

- Como assim? – Nanao arqueou uma sobrancelha e ajeitou os óculos. Sabia que vinha bomba para o seu lado. Ao ver seu taichou sentar-se ao lado de Ukitake, fez o mesmo.

- Daqui a pouco chega o herdeiro do oitavo esquadrão – Ukitake gargalhou ao ver o rosto de Nanao corado. Notou que Kyouraku havia pego o bebê no colo e que o último oferecia o pirulito para ele, lambuzando todo seu rosto.

- Isso é uma acusação muito séria, Ukitake-taichou -  Nanao ajeitou novamente os óculos sobre os olhos e o observou atentamente.

 

Seu taichou não estava nem aí para as acusações de Ukitake, só queria saber de brincar com o bebê, que ria sem parar das cócegas que ele insistia em fazer com o rosto em sua barriga. Tudo bem que tentaram esconder do mundo inteiro que àquela noite em que compartilharam saque não havia terminado em coisa boa. Só que isso não significava que estava grávida de seu taichou. Deus! Não queria nem pensar.

Não se lembrava muito bem daquela noite e então não sabia se usaram ou não preservativo. Apesar de que ultimamente ela vinha sentindo uns enjôos e muita fome. Será que ele estava mesmo certo? Estava confusa

 

- A acusação é tão séria quanto verdadeira – Ukitake riu mais uma vez. – Feliz dia dos pais, Kyo-kun.

 

Desta vez, Kyouraku deixou de brincar com a criança e olhou para os dois sem entender. Ele notou Nanao de cabeça baixa extremamente corada. Ukitake continuava rindo da situação então foi aí que ele entendeu.

 

- Nanao-chan! – Exclamou com um imenso sorriso nos lábios. Ia realmente ser pai? Não estava acreditando nisso. Morria de inveja de Ukitake por ter um pirralho como filho e sonhava em ter o seu.

- Não é nada disso, pervertido! – Ao dizer, a tenente deu-lhe uma pancada com o livro na cabeça. Depois saiu batendo o pé e completamente corada.

 

Kyouraku levantou-se e correu atrás dela, dando o filho do amigo para a mãe, que se encontrava no mesmo lugar de antes. Unohana o pegou e fez de tudo para ele manter as mãozinhas meladas longe do rosto dela, em vão.

 

- Amor, por que você contou? – A taichou caminhou até ele e sentou-se ao seu lado. – Ela havia me contado que estava em duvida por isso te contei.

- A graça era ele saber no dia dos pais – Ukitake sorriu enquanto pegava o doce na mão de seu filho e colocava na sua própria boca. – Não fique brava.

- Não fiquei, mas ela deve ter ficado – fez uma cara preocupada, mas logo sorriu ao ver que o pequeno queria ir para o colo do pai. Na verdade, ele queria o pirulito.

 

Ukitake o pegou no colo e logo notou que ele estava puxando o cabo do doce da sua boca. Riu e a abriu para que ele pegasse, em seguida colocou-o sentado sobre o haori de Unohana.

 

- Ela verá que foi bom ele saber antecipadamente – riu mais uma vez, mas desta puxando a taichou para mais perto de si. – Ei, você está melada aqui, doutora – ele disse, rindo. Aquilo chamou a atenção dela.

 

Abraçando-a carinhosamente, ele lambeu-lhe o canto da boca que havia sido melado pela mão do pequeno. Unohana corou e sorriu ao mesmo tempo. Amava o romantismo do marido. Aproveitou a ocasião para roubar-lhe um beijo apaixonado. Aninhou-se em seu colo e parabenizou-o:

 

- Feliz dia dos pais, meu paciente – depois de dito, ela fechou os olhos e ficou a ouvir seu pequeno balbuciar palavras incompreensivas enquanto babava e melava o haori forrado ao chão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Se puderem, mandem reviews.

Beijao e até a próxima.