He Could Be The One. escrita por Alien


Capítulo 7
Revelações & Decepções.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela a demora na postagem. Agradeço pela a paciência de vocês, mesmo.



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 Ao chegar na casa de Nick me assustei. Haviam vários equipamentos de música, inclusive um violão muito lindo, de madeira escura e com desenhos de flores. Não achei que fosse de algum deles, pois o objeto tinha uma aparência muito feminina. A não ser que eu estivesse fora de algum babado, hm.

- Miley! Entre! – Ele falou me pegando pela a mão. Senti minhas bochechas esquentando instantaneamente.

Olhei em volta, e pelo o visto, ele entendeu minha expressão confusa.

- Bem, sente-se. Gostaria de lhe falar e propor algumas coisas.

Sentei-me mas Nick permaneceu de pé.

- Então, diga.

- Gostaríamos que você fosse a uma audição conosco. 

 Hesitei, pensando porque ele havia usado um termo no plural. Só estávamos nós dois ali. Digeri o que ele me propôs, e pensei quantas vezes na vida eu havia saído da rotina.

 Sério, em todos esses anos (me senti super experiente agora) nunca fiz nada que se relacione com “Aventura”. Tudo o que sempre fiz foi sair com minhas amigas e estudar. Só.

- Eu acho que posso ir com você. – As palavras saíram da minha boca, como se forçadas a aquilo.

- Meus irmãos irão conosco, se você não se importa.

-Não! – Parei e tentei me explicar, antes que ele entendesse errado meu “Não.” – Não, quero dizer, não haverá problema algum. Somos uma equipe agora! – Sorri.

- Ótimo, para essa audição vamos precisar compor uma música – ele me observou com cautela, estudando minha reação. Minha vontade verdadeira era jogar as mãos para o alto e gritar “Você enlouqueceu? É a primeira vez que vou para uma AUDIÇÃO e você diz que precisamos COMPOR uma MÚSICA! Ah, que boa ideia! Talvez, com a longa experiência que eu tenho em COMPOR MÚSICAS isso dê certo!”

 Mas não podia fazer isso. Ele havia me convocado para fazermos isso juntos. Poderia ter escolhido outra pessoa, mas não. Eu não iria ser grossa com ele. Então, saindo totalmente da minha confusão psicológica, respondi do modo mais seguro e confiante que pude.

- Ótimo, assim fica mais fácil de decorar a letra. Que estilo você sugere que toquemos?

 Ele abriu um largo sorriso e seus olhos brilharam, como se estivessem sob a luz do luar. Pensei em como ele poderia ser tãaaao bonito, assim.

- Nós poderíamos tocar Country. É um estilo bem básico, e valoriza muito sua voz.

 Franzi minha sobrancelha. Eu não havia pensado em cantar sozinha, não mesmo. Minha cabeça, de repente, começou a apitar como se estivesse prestes a explodir de nervoso.

- Mas Nick, eu não posso cantar sozinha. Não agora.

- Claro que você não cantará sozinha, Miley. Somos uma equipe, esqueceu?

 E assim passamos a tarde, escrevendo as primeiras linhas de nossa música. Confesso que o garoto tinha um talento enorme. Devia ser proibido gente tão talentosa assim não estar sob holofotes o tempo inteiro. Na verdade, eu não sabia muito bem o porquê da tal audição. Não queria tomar conhecimento. Seria bem mais fácil se eu não soubesse o quão importante era ganhar isso. Meu nervosismo por si só já era enorme pelo o simples fato de, pela a primeira vez na minha vida, estar compondo uma música. E eu agradeça mentalmente por Nick ser o tipo de pessoa que não fala nada daquilo que você não queira ouvir. Deus, ele era perfeito!

 Quando terminamos, me despedi dele com um abraço e segui para o Starbucks mais próximo. Precisava de cafeína. Muita Cafeína.

A caminho do Starbucks, parei em uma loja de produtos felinos. Aphrodite precisava de brinquedos e comida. Surpreendentemente, quando entrei na loja, me deparei com Leslie.

 Não, ela não tinha gatos, e eu não sabia o que estava fazendo ali.

Ela me olhou por longos minutos e depois, virou o rosto bruscamente, me fazendo soltar um grunhido de sarcasmo. Desde quando ela se tornara tão chata e arrogante? Acho que suas novas amiguinhas não eram tão “boas influências” assim.

- Boa tarde. Quero um quilo daquela ração felina que está na vitrine. - Me virei para escolher alguns brinquedos na prateleira, quando esbarro feito uma tonta em Leslie. A impressão que tive era de que ela queria muito me atropelar, e cogitei a possibilidade de ela ter sorte demais de estarmos em um lugar público, onde eu não podia lhe dar uns bons gritos e perguntar o porquê de sua chatice instantânea.

- Ah, desculpe Miley. – Ela disse com uma voz completamente fria. Eu nem queria falar com ela, e ela me vem com esse tom ridículo, de como se EU houvesse feito algo de muito grave e a magoado profundamente. Ridícula.

De repente, percebi que estava com raiva de Leslie. Sim, muita raiva. E era tanta, que eu poderia voar em seu pescoço ali mesmo, na frente de todas aquelas pessoas. Ao invés disso, ergui meu queixo e falei naturalmente, tentando soar um pouco indiferente.

- Tudo bem, Leslie.

Atravessei aquele monturo de gente, e fingi bisbilhotar os brinquedos felpudos e assustadores da prateleira (minha nossa, havia muita coisa peluda e horrorosa. Tive a ligeira impressão de que um deles se parecia muito com o Predador, gr.) enquanto observava de relance Leslie falando alguma coisa para a balconista.

A mulher assentiu levemente, e saiu, voltando uns 2 minutos depois com um pacote de remédios para gato. Leslie, que não tinha sequer um papagaio, agora tinha um gato doente?

- Obrigada! – Ela falou alto suficiente para que eu ouvisse em uma distância razoável.

Inesperadamente, Leslie veio em minha direção com uma expressão severa e um jeito de andar típico de meninas mesquinhas e nojentas.

- Miley, gostaria de conversar com você, agora, se não se importar claro – a falsidade era visível em seu tom de voz, o que fez meu estômago dar longas voltas.

Limpei a garganta duas vezes antes de responder:

- Claro. Eu estava indo para o Starbucks aqui perto, podemos conversar lá?

Ela assentiu, então peguei minha compra e seguimos juntas, até a cafeteria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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